sexta-feira, 1 de julho de 2011

SOJA: TRADERS ADICIONAM PRÊMIO DE RISCO E MERCADO FECHA EM ALTA

Os futuros da soja fecharam em alta hoje na Bolsa de Chicago, sustentados pelo prêmio de risco em meio a preocupações com a área plantada menor. O contrato novembro da oleaginosa subiu 18,50 centavos, ou 1,43%, para fechar cotado a US$ 13,1250 por bushel.
O mercado voltou a adicionar prêmio aos preços devido às incertezas climáticas para o desenvolvimento das safras durante o verão, disse o analista Tim Hannagan, da PFG Best. A estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de área plantada abaixo do esperado aumentou a importância de o país conseguir boas produtividades para evitar um aperto da oferta no ano comercial 2011/12.
Os produtos derivados também se recuperaram, em linha com as incertezas que rondam a produção do grão. O contrato dezembro do farelo ganhou US$ 10,10, ou 3,05%, para US$ 341,0 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo avançou 15 pontos, ou 0,27%, cotado a 56,30 centavos por libra-peso.

MILHO RECUA MAIS 3,8%
Os contratos referenciais do mercado de milho encerraram a sexta-feira com perdas expressivas pelo segundo dia consecutivo na Bolsa de Chicago (CBOT). As estimativas de estoques e área plantada divulgadas ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) voltaram a pressionar as cotações
Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, terminaram o dia em baixa de 23,75 cents ou 3,83%, cotados a US$ 5,9675/bushel. Os futuros reagiram a uma pressão de vendas reprimida ontem, quando terminaram no limite de baixa permitido pela bolsa.
Ontem, o USDA informou estimativas mais altas do que o esperado para área plantada com milho na primavera dos Estados Unidos e para os estoques no dia 1º de junho.
Segundo o analista Chad Henderson, da corretora Prime Ag Consultants, os preços devem se estabilizar na semana que vem, conforme se esgotar a liquidação alimentada pelos dados do governo. Ele entende que participantes do mercado voltarão a se concentrar nas previsões do tempo, pois ainda é necessário ter clima favorável para ver uma grande safra. "Se subirmos ou cairmos 30 cents, será totalmente por causa do clima", disse Henderson.

SOJA: EXPORTAÇÕES RECUAM EM JUNHO PARA 4,55 MI TONELADAS

As exportações brasileiras de soja em grão atingiram 4,55 milhões de toneladas em junho, abaixo das 5,30 milhões de toneladas embarcadas em maio e pouco acima das 4,04 milhões de toneladas no mesmo mês de 2010, de acordo com dados divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A queda nos embarques da oleaginosa no mês de junho começa a refletir a finalização da colheita da safra 2010/11 no País. No acumulado do ano, as exportações dos grãos somam 18,9 milhões de toneladas.
A receita com as exportações do grão totalizou US$ 2,23 bilhões no mês passado, ante US$ US$ 2,56 bilhões em maio e US$ 1,49 bilhão em junho do ano passado. O preço médio da tonelada de soja embarcada em junho foi de US$ 490,2, contra US$ 482,2 no mês anterior e US$ 368,5 em junho de 2010.
Os embarques de farelo em junho de 2011 totalizaram 1,68 milhão de toneladas, acima das 1,54 milhão de toneladas em maio e das 1,42 milhão de toneladas embarcadas no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano foram embarcadas 6,93 milhões de toneladas. A receita com as vendas externas de farelo em junho chegaram a US$ 652,1 milhões, contra US$ 608,8 milhões no mês anterior e US$ 440,7 milhões em junho de 2010. O preço médio do produto foi de US$ 387,1 por tonelada, ante US$ 394,8 em maio e US$ 310,8 em junho de 2010.
Quanto ao óleo de soja bruto, as exportações subiram para 185,9 mil toneladas em junho, contra 165,2 mil no mês anterior e 236,9 mil no mesmo período de 2010, com o acumulado em 2011 chegando a 733,8 mil toneladas. A receita ficou em US$ 232,3 milhões em junho, acima do valor registrado em maio, quando atingiu US$ 198,7 milhões, e do mesmo mês de 2010, quando foi de US$ 192,9 milhões. O preço médio do óleo vendido ao mercado internacional foi de US$ 1.249,6 por tonelada em junho, contra US$ 1.202,6 no mês anterior e US$ 814,5 em junho de 2010.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

MILHO FECHA NO MENOR NÍVEL EM TRÊS MESES E MEIO

Os preços futuros do milho terminaram o dia no limite de queda permitido pela Bolsa de Chicago (CBOT), depois que as estimativas do governo registraram perspectiva de oferta maior do que se esperava. Os contratos com vencimento em setembro, os mais líquidos, fecharam em baixa de 30 cents ou 4,42%, cotados US$ 6,48/bushel. Trata-se do nível mais baixo em três meses e meio.
Traders foram surpreendidos pelos dois relatórios divulgados hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de área plantada e estoques. O primeiro indicou que os produtores do país cultivaram 92,3 milhões de acres de milho nesta primavera, o que representa 1,7% a mais do que na estimativa divulgada três semanas atrás.
O outro relatório sinalizou que os estoques de milho dos Estados Unidos em 1º de junho somavam 3,67 bilhões de bushels, ou seja, 15% inferiores a um ano atrás, mas acima das expectativas dos analistas. "O aumento dos estoques amortece ainda mais o balanço", disse o corretor Doug Bergman, da MF Global.
"Isso certamente é um choque para o sistema. Tivemos dois abalos com área plantada e estoques", disse o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services. O declínio esticou o declínio que o mercado de milho vinha registrando desde a máxima recorde de US$ 8/bushel, vista no início deste mês. Os preços saltaram no início de junho, pois traders estavam preocupados com o clima adverso que poderia conter o plantio.
Mas a área plantada estimada pelo USDA neste ano será a segunda maior desde 1944, atrás apenas dos 93,5 milhões de acres cultivados em 2011. Muitos analistas, entretanto, esperavam que a agência do governo fosse apresentar uma estimativa mais baixa do que os 90,7 milhões de acres previstos em 9 de junho. O relatório desta quinta-feira se baseou em pesquisas com produtores, enquanto o anterior se referia a projeções do USDA.
O USDA avalia que os produtores colherão em 84,9 milhões de acres, o que configura elevação de 1,7 milhão de acres em relação à previsão de 9 de junho.

SOJA: MERCADO ACOMPANHA MILHO E FECHA EM QUEDA

Os futuros da soja atingiram o menor nível em três mês e meio hoje na bolsa de Chicago, pressionados pela fraqueza do milho após o cereal ter fechado no limite de queda. O contrato novembro da oleaginosa caiu 29 centavos, ou 2,19%, para terminar a US$ 12,94 por bushel.
Também pesou sobre o mercado o relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) segundo o qual a oferta de soja aumentou em relação ao ano passado, apesar da forte demanda vista mais cedo neste ano, disseram analistas.
Entretanto, o principal motivo por trás do recuo foi a forte queda nos preços do milho, o que atraiu vendas generalizadas em todo o complexo de grãos.
Os produtos derivados também recuaram, em linha com a soja. O alívio na perspectiva de aperto de oferta, a demanda mais fraca e o sentimento negativo generalizado após os dados de área e estoques divulgados pelo USDA levaram os preços para o território negativo.
O contrato dezembro do óleo perdeu 86 pontos, ou 1,51%, para fechar a 56,15 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo recuou US$ 7,20, ou 2,13%, para US$ 330,90 por tonelada.

USDA FARÁ NOVA PESQUISA DE ÁREA APÓS ATRASOS NO PLANTIO
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai pesquisar novamente a área plantada com milho, soja e trigo de primavera em quatro Estados do país que registraram atrasos no plantio.
O Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas do USDA (NASS) já pesquisou o plantio em Montana, Minnesota, Dakota do Norte e Dakota do Sul em junho, mas por causa dos atrasos provocados por chuvas e alagamentos, a agência quer uma avaliação melhor, de acordo com o diretor de safras do NASS, Lance Honig. A nova pesquisa será conduzida em julho.
As informações da pesquisa anterior foram divulgadas hoje como parte do relatório anual de área plantada do USDA, que surpreendeu o mercado com resultados que mostraram aumento do plantio de milho neste ano. O USDA elevou sua estimativa para 92,3 milhões de acres com milho, aumento de 1,6 milhão de acres em relação à projeção divulgada em junho e 5% maior do que os 88,2 milhões de acres cultivados no ano passado.
Os preços futuros do milho caíram com força depois da divulgação dos dados do USDA. Outro relatório da agência do governo informou estoques de 3,67 bilhões de bushels de milho em 1º de junho, 15% menor do que um ano atrás, mas acima das expectativas dos analistas.

GRÃOS/EUA; EXPORTAÇÕES SEMANAIS.

Os Estados Unidos venderam 458.100 toneladas de soja da safra 2011/12 na semana encerrada em 23 de junho para China (120 mil t) e destinos não revelados (292.500 t), de acordo com o relatório semanal de exportações divulgado hoje pelo Departamento de Agricultura do país (USDA).
O USDA também informou que os cancelamentos superaram as vendas da safra 2010/11 em 335.600 toneladas no período. Destinos não identificados desfizeram acordos (438.500 t), mais que compensando as compras feiras por Japão (84.100 t), Vietnã (4.500 t), Taiwan (4.200 t) e China (3.900 t), explicou a agência.
Os embarques da oleaginosa atingiram 154.700 toneladas, queda de 16% em relação à semana anterior e de 19% frente à média das quatro últimas semanas. Os principais destinos foram China (63.900 t), Japão (26.300 t), Indonésia (18.500 t), México (18.100 t) e Israel (8.800 t).

FARELO DE SOJA/EUA VENDE 108.300 T.
Os Estados Unidos venderam 108.300 toneladas de farelo de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 23 de junho, volume muito superior ao da semana passada e bem acima da média das quatro últimas semanas, de acordo com o relatório semanal de exportações desta quinta-feira pelo USDA.
Os compradores foram México Mexico (21.100 t), Canadá (17.200 t), Israel (17 mil t), Filipinas (10.700 t) e Guatemala (10.500 t).
Cancelamentos foram feitos por países não identificados (8.500 t).
Os embarques do produto alcançaram 130.600 toneladas no período, alta de 39% em relação à semana anterior e de 49% frente à média mensal. Os principais destinos foram Venezuela (36.800 t), México (26.800 t), Canadá (25.900 t), Marrocos (18 mil t) e Guatemala (8.500 t).

ÓLEO DE SOJA/EUA VENDE 23.600 T.
Os Estados Unidos venderam 23.600 toneladas de óleo de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 23 de junho, volume muito superior ao da semana anterior e 69% maior que a média das quatro últimas semanas.
Os compradores foram Canadá (15.600 t), República Dominicana (6.600 t) e México (1.300 t), informou o USDA. Os embarques do produto somaram 20.300 toneladas no período, bem acima da quantia apurada uma semana antes e da média mensal. Os principais destinos foram República Dominicana (6.600 t), Marrocos (5.500 t), Argélia (5.500 t) e México (2 mil t).

MILHO/ EUA VENDE 691.700 T.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 691.700 toneladas de milho da safra 2010/11 na semana encerrada em 23 de junho, mostrou o relatório semanal de exportação divulgado pelo USDA. O volume supera em 68% o da semana anterior e fica 85% acima da média das últimas quatro semanas, de acordo com o USDA.
Os compradores foram Coreia do Sul (107.400 t), Venezuela (104.200 t), México (100.500 t), Japão (54.300 t), Colômbia (49 mil t), além de outros destinos não identificados (77.900 t). Cancelamentos foram feitos por Honduras (20.200 t).
O país também comercializou 242.600 toneladas da safra 2011/12 para Japão (36.100 t), Honduras (25.900 t), Jamaica (23.500 t) e países não revelados (100 mil t).
Os embarques do grão alcançaram 655.200 toneladas no período, queda de 44% frente à semana passada e de 33% em relação à média mensal. Os principais destinos foram Japão (149.100 t), Venezuela (94.400 t), México (93.200 t), Egito (80.200 t) e Coreia do Sul (52.500 t) e Panamá (35.200 t).

MILHO/ESTOQUE DOS EUA ATÉ 1º/JUN .

Os estoques de milho nos Estados Unidos somavam cerca de 3,67 bilhões de bushels (93,22 milhões de toneladas) em 1º de junho de 2011, ante 4,31 bilhões de bushels (109,47 milhões de toneladas) em igual período de 2010. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no relatório trimestral de estoques de grãos do país.
Confira nas tabelas abaixo a posição dos estoques no primeiro e segundo trimestre de 2011 e em todos os trimestres de 2010.

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Estoques de milho nos EUA - em mil bushels
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2011    Fazendas     Outros     Total
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1/mar   3.384.000  3.139.228    6.523.228 
1/Jun   1.681.500  1.988.654    3.670.154
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2010    Fazendas     Outros     Total
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1/mar   4.548.000  3.145.787    7.693.787   
1/jun   2.131.400  2.178.671    4.310.071   
1/set     485.100  1.222.687    1.707.787  
1/dez   6.302.000  3.754.769   10.056.769 
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SOJA/ESTOQUE DOS EUA ATÉ 1º/JUN SOMAVA 619,08 MI DE BUSHELS
Os estoques de soja dos Estados Unidos somavam 619,08 milhões de bushels (16,85 milhões de toneladas) em 1º de junho de 2011, ante 571,12 milhões de bushels (15,54 milhões de toneladas) no mesmo período do 2010. Confira nas tabelas abaixo a posição dos estoques no primeiro e segundo trimestre de 2011 e em todos os trimestres de 2010.

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Estoques de soja nos EUA - em mil bushels
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2011    Fazendas       Outros       Total
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1/mar    505.000      743.800    1.248.800
1/jun    217.700      401.382      619.082
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2010    Fazendas       Outros        Total
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1/mar    609.200      660.868    1.270.068       
1/jun    232.600      338.523      571.123     
1/set     35.400      115.485      150.885 
1/dez  1.091.000    1.187.084    2.278.084
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GRÃOS/EUA: USDA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA EM 2011/12.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que a área plantada com soja no país na safra 2011/12 é de 75,2 milhões de acres (30,43 milhões de hectares), queda de 3% ante o cultivo realizado em 2010/11.
A área plantada divulgada hoje no relatório de plantio do USDA ficou abaixo da média de 76,476 milhões de acres esperados pelos analistas do mercado. O intervalo das expectativas ia de 75,5 milhões para 77,19 milhões de acres.
Os produtores devem colher 74,3 milhões de acres (30,07 milhões de ha) de soja, queda de 3% ante a área colhida da safra anterior.

MILHO/EUA: ÁREA PLANTADA DE 92,3 MI/ACRES
USDA estimou área plantada com milho no país na safra 2011/12 em 92,3 milhões de acres (37,35 milhões de hectares), um aumento de 5% sobre o cultivo realizado em 2010/12.
A estimativa de área plantada divulgada no relatório de plantio do USDA ficou bem acima dos 90,776 milhões de acres esperados pelos analistas do mercado. O intervalo das expectativas ia de 89,5 milhões para 90,776 milhões de acres.
É segunda maior área plantada com o grão no país desde 1944, atrás apenas dos 93,5 milhões de acres cultivados em 2007. Os produtores devem colher 84,9 milhões de acres (34,35 milhões de ha), aumento de 4% ante a área colhida da sara anterior.

TRIGO/EUA: ÁREA PLANTADA EM 2011/12 EM 56,4 MI/ACRES
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos que a área total plantada com trigo no país na safra 2011/12 é de 56,4 milhões de acres (22,82 milhões de hectares), aumento de 5% ante o cultivo realizado em 2010/11.
A estimativa ficou ligeiramente acima da média estimada por analistas consultados pela Dow Jones, de 56,607 milhões de acres. O intervalo das estimativas ia de 55 milhões a 57,6 milhões de acres.
A área cultivada com trigo de inverno foi estimada em 41,1 milhões de acres, aumento de 10% ante a safra anterior. Deste total, 29,1 milhões de acres são da variedade hard red winter, 8,3 milhões de acres de soft red winter e 3,7 milhões de acres de white winter.
A área cultivada com trigo de primavera é de 13,6 milhões de acres, queda de 1% ante 2010/11. Analistas esperavam plantio de 13,324 milhões de acres. Do total, 12,9 milhões de acres são da variedade hard red spring.
A área de trigo durum foi estimada em 1,70 milhão de acres, queda de 34% ante o ano passado. Analistas esperavam plantio de 1,982 milhão de acres. De acordo com o USDA, as enchentes das Dakotas do Norte e do Sul reduziram a área de trigo de primavera e durum.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

SOJA FECHA EM ALTA ANTES DO RELATÓRIO USDA.

Os futuros da soja fecharam em alta hoje na bolsa de Chicago após uma sessão agitada em que traders ajustaram posições antes da divulgação amanhã dos relatórios de área e estoques trimestrais pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O contrato novembro subiu 4 centavos, ou 0,30%, e fechou a US$ 13,23 por bushel.
A oleaginosa encontrou suporte na combinação de fortalecimento dos mercados financeiros externos com incertezas em relação à oferta. Entretanto, realizações de lucros e a tentativa de minimizar riscos antes do relatório evitaram altas maiores.
Entre os produtos derivados, o óleo de soja terminou com ganhos devido à alta do petróleo, com negociações de spread em que traders compraram contratos de óleo e venderam farelo. O vencimento dezembro subiu 42 pontos, ou 0,74%, cotado a 57,01 centavos por libra-peso.
Já o farelo finalizou em queda, sucumbindo à pressão das perdas nos prêmios do mercado à vista e do recuo da demanda por ração, disseram analistas. Dezembro caiu US$ 0,60, ou 0,18%, para US$ 338,10 por tonelada.

MILHO DEVOLVE GANHOS, SAFRA NOVA FECHA EM BAIXA
Em uma sessão de volatilidade nos preços, os contratos futuros do milho fecharam sem direção comum na Bolsa de Chicago. Posição mais líquida, os lotes para entrega em dezembro encerraram em baixa de 2,50 cents ou 0,38%, cotados a US$ 6,5050/bushel. Já os contratos com vencimento em setembro avançaram 8,0 cents ou 1,19% e terminaram a US$ 6,78/bushel.
A expressiva flutuação dos preços se deve às incertezas antes dos relatórios de área plantada e de estoques que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga amanhã, às 9h30 de Brasília.
O mercado abriu em alta expressiva, em meio a cobertura de posições vendidas e a um otimismo renovado sobre a demanda para exportação, assim como preocupações com a safra dos Estados Unidos. Entretanto, os contratos da nova safra devolveram os ganhos e terminaram em território negativo.

MILHO SOBE COM RUMOR SOBRE CHINA ANTES DE RELATÓRIO DO USDA

Os futuros do milho operam firmes na Bolsa de Chicago motivados pelo contínuo aperto da oferta e por expectativas de aumento da demanda chinesa antes dos relatórios de estoque trimestral e área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O mercado se recupera nesta semana de fortes vendas generalizadas. Os preços do grão atingiram as máximas históricas no começo de junho diante de preocupações sobre o baixo nível das reservas e os desafios enfrentados pela nova safra. O contrato julho subiu 15,75 cents, cotado a US$ 6,98 75 por bushel, após ter subido até 4,5% na abertura.
A recuperação dos preços foi estimulada, em primeiro lugar, pelo relatório semanal de acompanhamento de safra do USDA, que mostrou uma deterioração das condições das lavouras. Analistas preveem que o departamento projetará a área plantada com milho neste ano em 90,776 milhões de acres. A estimativa fica em linha com o relatório divulgado pela agência no começo de junho, mas é inferior aos 92,178 milhões de acres previstos em março.
Os dados provavelmente irão reiterar o fato de que o plantio do grão caiu abaixo da expectativa em um ano no qual os EUA precisam de uma colheita abundante para reabastecer os estoques. O USDA também deve informar que os estoques até 1º de junho somavam 3,324 bilhões de bushels, queda de 23% na comparação anual. "Nós precisamos de cada bushel, cada acre, e não está acontecendo", afirmou Jason Britt, presidente da corretora Central States Commodities.
As cotações do milho recuaram 16% em meados de junho frente aos picos históricos, à medida que temores sobre a economia global cresceram diante da crise da dívida soberana da Grécia. Nesta quarta-feira, o parlamento grego aprovou o tão aguardado pacote de medidas de austeridade, conforme prometido aos credores institucionais internacionais.

MILHO: CHINA COMPROU 1,7 MI T DOS EUA NOS ÚLTIMOS 4 MESES.

A China comprou pelo menos 1,7 milhão de toneladas de milho norte-americano nos últimos quatro meses, incluindo 700 mil toneladas nas últimas semanas, disseram traders, executivos de embarque e inspetoras de cargas.
Mais vendas estão a caminho e, ainda que os números não puderam ser imediatamente confirmados, há especulação de que a China firmou acordos para importar outras 800 mil toneladas, de acordo com as fontes.
As compras chinesas são significativas, já que os estoques do grão nos Estados Unidos estão baixos e devem atingir o menor nível em 15 anos até o término de agosto, com 18,5 milhões de toneladas. O país asiático se tornou um importador líquido do grão em 2010 pela primeira vez em 15 anos. As importações chinesas podem impulsionar os preços globais em meio ao atual aperto da oferta.
Executivos disseram que todas as compras foram feitas para reabastecer os estoques estatais. Autoridades go governo chinês não puderam ser contatadas para comentar o assunto. Traders não revelaram os preços exatos, mas afirmaram que no final da semana passada, quando alguns acordos foram concluídos, o milho norte-americano custou cerca de US$ 338 a tonelada CIF, para embarque à China em setembro a partir do Pacífico Noroeste. Ofertas para entrega em agosto a partir do Golfo do México estavam em torno de US$ 342 a tonelada CIF.
"O milho norte-americano entregue nos portos chineses agora está mais barato que os grãos no mercado local, mas os impostos de quase 14% para importações privadas e o custo de transportá-los para indústria é um impedimento", disse um executivo do setor em Washington. Contudo, tais armadilhas não vigoram quando a importações têm a finalidade de abastecer reservas estatais, observou ele.
Os Estados Unidos são o maior exportador de milho no mundo, mas a próxima safra, que acaba de ser plantada, estará disponível para embarque apenas em novembro.

terça-feira, 28 de junho de 2011

MILHO AVANÇA COM DETERIORAÇÃO DAS LAVOURAS NOS EUA

Depois de despencar 19% em relação à máxima histórica registrada no início do mês, um relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) pode interromper a queda, ao menos temporariamente. O governo informou ontem que 68% da safra foi avaliada como boa a excelente até domingo (dia 26), ante 70% na semana anterior. Traders esperavam que o porcentual fosse mantido ou tivesse alta de dois pontos porcentuais.
O declínio foi visto como um sinal de que as lavouras em algumas áreas estão sendo prejudicadas por chuvas excessivas. As condições se deterioraram em Illinois, Iowa e Minnesota, importantes estados produtores. "A taxa não deve melhorar na próxima semana, após outra rodada de fortes chuvas em áreas do Meio-Oeste ontem", afirmou Doug Bergman, da MF Global Broker, em uma nota a clientes.
Analistas disseram que os Estados Unidos devem produzir uma safra muito grande para reabastecer os estoques, que estão em níveis historicamente apertados e devem continuar assim nos próximos meses. Embora muitos traders vejam o clima como em geral favorável, inundações ao longo do rio Missouri e em outros lugares devem prejudicar a produção.
O executivo-chefe da Cargill, Greg Page, estima que cerca de 2,5 milhões de acres de milho tenham sido perdidos, como resultado de intensas chuvas e enchentes nos Estados Unidos, informou o Financial Times nesta segunda-feira.

MILHO: SAFRA MENOR NA CHINA DEVE SUSTENTAR PREÇO GLOBAL.

Os preços globais do milho devem ser sustentados por restrições na safra chinesa devido aos recursos hídricos insuficientes, informou nesta terça-feira o Standard Chartered. Embora a China tenha minimizado a probabilidade de um aumento das importações do grão, o banco disse que a falta de água pode prejudicar o potencial de produção do país. "Estamos cautelosamente otimistas sobre a capacidade de melhorar a produtividade do milho do médio ao longo prazo", escreveram os analistas Abah Ofon e Koun-Ken Lee. "Contudo, isso será restringido pela disponibilidade insuficiente de água."
Nos cinco primeiros meses de 2011, a China importou quase 1,24 milhão de toneladas de milho, ante 1,6 milhão de toneladas no mesmo período do ano passado. O país destacou em uma recente conferência do Conselho Internacional de Grãos (IGC) que, embora o plantio doméstico esteja alinhado à área de milho dos Estados Unidos, a produtividade das lavouras chinesas é muito menor, observou o Standard Chartered.
No entanto, as preocupações do banco foram levantadas no início deste mês por um especialista em meio ambiente, que afirmou que os atuais níveis de água não são sustentáveis, sugerindo que a busca por uma produtividade maior terá que depender de outros insumos.

SOJA: CUSTO DE PRODUÇÃO PODE ELEVAR RENTABILIDADE EM 11/12.

Os custos da produção de soja em Mato Grosso e no Paraná, os dois maiores produtores nacionais, devem permanecer praticamente estáveis na safra 2011/12, o que deverá aumentar a rentabilidade da atividade no período, já que os preços internacionais da commodity continuam em níveis elevados. Segundo previsão do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo variável da safra que será plantada a partir de setembro em Sorriso será de R$ 1.342,80 por hectare, contra R$ 1.304,56 no ciclo 2010/11. Os fertilizantes custarão R$ 459,65, acima dos R$ 415,76 anteriormente. Essa elevação, contudo, deverá ser compensada por um custo menor dos defensivos.
Nas análises feitas até o momento, o aumento no preço dos adubos não chega a comprometer a rentabilidade total da próxima safra. "Os fertilizantes sobem junto com os preços da soja, e eles representam 30% do custo de produção. Mas 2011/12 deverá ser uma safra de rentabilidade positiva", avalia Carlos Favaro, diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
Ele lembra que, no ano passado, os produtores do Estado não conseguiram aproveitar ao máximo os bons preços na bolsa de Chicago, que chegaram a bater em US$ 14,7450 por bushel no início de fevereiro de 2011. Isso porque quando o movimento de alta na bolsa iniciou, ainda no segundo semestre de 2010, de 30% a 40% da safra já havia sido negociada.
Como a perspectiva é de as cotações continuarem em alta, a rentabilidade pode ser mais alta em 2011/12. Se as médias históricas de produtividade se confirmarem e não houver problemas climáticos, a previsão inicial de Favaro é de um lucro médio no Estado de R$ 500 por hectare, ante R$ 400 na safra 2010/11. Ontem, o contrato maio/12, referente à nova safra brasileira, fechou cotado a US$ 13,30 por bushel.
No Paraná, a previsão do Deral é que o produtor gastará R$ 986,75 por hectare em média no Estado, sendo R$ 195,30 com fertilizantes. Em 2010/11, o produtor teve despesa de R$ 983,55, com R$ 178,50 em fertilizantes. Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Deral, pondera que esses custos ainda podem aumentar, pois a expectativa é que os preços dos fertilizantes subam com a valorização da soja. "Os custos dos fertilizantes estão atrelados ao preço da commodity, são elos da mesma cadeia, e ainda vão aumentar. Mas é preciso lembrar que eles representam 11,5% do custo total de produção no Estado. A perspectiva é de boa rentabilidade, pois não tem nenhuma outra variável (dentro dos custos de produção) que possa modificar isso", disse ela, lembrando que a rentabilidade média no Estado em 2010/11 foi de R$ 1.032 por hectare.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

GRÃOS/EUA: PIORA CONDIÇÃO DAS LAVOURAS DE MILHO, SOJA E TRIGO

As condições das lavouras de milho e soja pioraram na semana encerrada no domingo, uma mudança surpreendente que, segundo analistas, pode dar suporte aos preços futuros dos grãos. Em seu relatório semanal de acompanhamento de safra, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que o plantio de trigo de primavera continuou se aproximando da conclusão, com piora nas condições da safra.
Nacionalmente, o USDA identificou que 68% da safra de milho apresenta condição boa a excelente, menos do que os 70% registrados na semana anterior. Analistas esperavam que o rating fosse mantido ou aumentasse até dois pontos porcentuais.
Embora analistas tenham recordado que a safra teve poucas ameaças de seca neste ano, o excesso de chuvas e alagamentos em muitas áreas foi considerado um problema. Em muitas áreas, a safra pode se beneficiar do calor para acelerar o desenvolvimento dos campos. "O maior problema agora é o de que as pessoas estão ficando muito complacentes com a safra", comentou o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services. A avaliação boa a excelente diminuiu quatro pontos porcentuais em Iowa e Illinois e cinco pontos em Minnesota.
O relatório foi considerado altista para o mercado de soja, assim como para o de milho. O USDA informou que 65% da safra apresenta condição boa a excelente, menos do que os 68% vistos uma semana antes. Analistas previam que a condição melhorasse até um ponto porcentual ou ficasse estável.
A avaliação de qualidade da safra de soja foi reduzida em um ponto porcentual em Iowa, oito em Minnesota e 11 na Dakota do Norte. Traders estão aguardando os dados do USDA sobre área plantada, que serão divulgados na quinta-feira, sobre área plantada nos Estados Unidos e estoques de grãos em 1º de junho.
Trigo
O impacto do excesso de umidade no norte das Grandes Planícies dos Estados Unidos ficou evidente nas áreas de produção de trigo de primavera do país. O USDA informou que a parcela da safra avaliada em condição boa a excelente caiu três pontos porcentuais, para 69%. Em Minnesota e Dakota do Norte, a avaliação foi reduzida em quatro pontos porcentuais. Na Dakota do Sul, a queda foi de seis pontos porcentuais.
O USDA afirmou que 95% da safra de trigo de primavera foi plantada, mais do que os 91% da semana passada, mas bem inferior à média de 100%.
Cerca de 44% da safra de trigo de inverno foi colhida, ante 31% uma semana antes e média de 37% para esta época, segundo o USDA. A avaliação boa a excelente recuou para 35%, um ponto porcentual a menos. A safra foi atingida por forte seca no sul das Grandes Planícies do país.

SOJA: MERCADO ENCONTRA SUSTENTAÇÃO NA DEMANDA.

Os futuros da soja fecharam em alta hoje na Bolsa de Chicago apesar da influência negativa de mercados externos, sustentados pela notícia de vendas da safra antiga dos Estados Unidos para a China. O contrato julho subiu 9,50 centavos, ou 0,72%, para fechar a US$ 13,2975 por bushel. O novembro, referente à nova safra, ganhou 5,75 centavos, cotado a US$ 13,15 por bushel.
A venda inesperada deu suporte à soja, permitindo que o mercado saísse ileso das vendas por fundos de investimentos que derrubaram os outros grãos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que exportadores privados venderam 132 mil toneladas de soja para China, com entrega em 2010/11.
A oleaginosa também buscou suporte nas contínuas incertezas relacionadas à safra 2011/12 nos Estados Unidos, uma vez que o país ainda tem toda uma temporada de desenvolvimento pela frente.
Entre os produtos derivados, o farelo de soja avançou em meio à perspectiva otimista com a demanda chinesa, o que reduziria o volume de soja disponível para esmagamento, disseram analistas. O contrato dezembro subiu US$ 2,60, para fechar a US$ 339,50 por tonelada.
Já o óleo de soja recuou, pressionado pela fraqueza do petróleo e por operações de spread em que traders compraram contratos de farelo e venderam óleo, completaram analistas. O dezembro recuou 16 pontos, cotado a 56,20 por libra-peso.

MILHO: CHICAGO FECHA EM BAIXA COM VENDAS DE FUNDOS E CLIMA MELHOR
Os preços futuros do milho caíram nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago esticando as perdas registradas recentemente, em meio a vendas de fundos e melhora do clima em áreas de produção dos Estados Unidos. Os contratos com vencimento em setembro fecharam em baixa de 12,75 cents ou 1,94%, cotados a US$ 6,4425/bushel.
Embora enchentes tenham alagado alguns campos dos Estados Unidos, analistas disseram que a maior ameaça ao abastecimento dos Estados Unidos (a seca) não está se materializando no coração do Cinturão do Milho.
Depois de cair 15% neste mês, o viés técnico de baixa do mercado acelerou as vendas, afastando os investidores. A queda dos preços do petróleo pressionou as outras commodities nesta segunda-feira.

TRIGO/EUA FECHA EM BAIXA COM COLHEITA E INFLUÊNCIA DE OUTROS MERCADOS
O mercado norte-americano de trigo encerrou a segunda-feira com perdas, diante de uma pressão sazonal, conforme avança a colheita no país. Além disso, vendas de outras commodities foram influência negativa, segundo analistas.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em setembro fecharam em baixa de 10,25 cents ou 155 pontos, cotados a US$ 6,5075/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento cedeu 20,25 cents ou 2,64% e terminou a US$ 7,47/bushel.
Analistas disseram que as perdas no mercado se deveram a rumores de que a produtividade em Kansas tem sido melhor do que o esperado. Mas o desempenho de outros mercados, especialmente o milho, também pesou.
Traders relataram, ainda, que a notícia de retomada das exportações da Rússia na sexta-feira, conforme havia sido anunciado, estimularam a queda dos preços do trigo.

INMET PREVÊ TEMPERATURAS NEGATIVAS NO SUL E SUDESTE.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirma temperaturas baixas para o período de julho a setembro no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Incursões de massa de ar frio intensas, normais nesta época do ano, devem influenciar na formação de geadas, sobretudo no Sul. Nesta terça-feira (28), há previsão de formação de geadas em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e interior paulista. A temperatura mínima pode chegar a 0ºC na região Centro-Oeste e -3ºC no Sudeste, diz o Inmet em nota. Os termômetros marcam as menores temperaturas no Sul do País, com previsão de -6ºC em Santa Catarina.
O tempo fica claro a parcialmente nublado no centro do País. Segundo a previsão do Inmet, o próximo trimestre deverá ser marcado pelas queimadas na região Centro-Oeste. São esperadas queimadas muito intensas no Pantanal; em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás; centro-norte de Minas Gerais; e no oeste da Bahia.
Na região Sudeste, o tempo fica claro nesta terça-feira, com chuvas isoladas apenas no norte do Rio de Janeiro, leste e nordeste de Minas Gerais. No Nordeste e Norte do país, a previsão é de chuvas. O sol pode aparecer em Rondônia e na Bahia.

MASSA DE AR POLAR PROVOCA GEADA NO SUL DO BRASIL

A semana começa com frio extremo (temperatura abaixo de zero) e formação de geadas nos Estados do Sul, até mesmo nas áreas de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul, conforme avaliação da Somar Meteorologia. No entanto, informa a Somar, fatores como o campo da pressão atmosférica na superfície não tão alto e a presença de ventos na alta atmosfera (corrente de jato) contribuem para atenuar os efeitos do frio e reduzir as condições para geadas fortes e amplas.
Segundo a Somar, a chegada da massa de ar polar trouxe frio extremo ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com queda de neve nas regiões serranas e formação de geadas no interior e oeste. Nas áreas de milho (safrinha) do Paraná e de Mato Grosso do Sul o frio se intensificou no fim do domingo. "Na madrugada desta segunda-feira houve registro de temperaturas negativas e formação de geadas no sul e oeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul. Considerando que estamos na última semana de junho, neste momento os efeitos de uma geada afetam somente as lavouras plantadas muito tardiamente", explica o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, incluindo as áreas produtoras de cana de açúcar, café, laranja e milho (segunda safra), algodão, até o início desta segunda-feira havia apenas acentuada queda de temperatura, mas sem formação de geadas.
A massa de ar polar perde intensidade a partir de quarta-feira e não haverá mais risco de formação de geadas nas áreas de milho do Paraná e de Mato Grosso do Sul. Depois do frio, já na quarta-feira, "um sistema de baixa pressão deixará o tempo instável e com chuvas em Mato Grosso do Sul, Paraná, norte de Santa Catarina e sul de São Paulo", informa Etchichury. Nessas áreas, o tempo ficará instável até o fim de semana.
A Somar informa, ainda, que as condições de geadas permanecerão ao longo da semana apenas para o oeste do Rio Grande do Sul.
A meteorologia salienta que a semana também começa com acentuada queda de temperatura nos Estados do Sudeste e Centro-Oeste.
Fatores como campo da pressão atmosférica na superfície não tão alta e a presença de corrente de jato também contribuirão para atenuar os efeitos do frio e reduzir as condições para geadas nas áreas de cana-de-açúcar, laranja e café. Nessas regiões as temperaturas voltam a se elevar a partir de quarta-feira.
No Nordeste, o tempo não muda muito em relação às últimas semanas. As chuvas seguem concentradas na faixa leste da região, entre o litoral da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O interior já vive o seu período seco, que se prolonga pelo menos até outubro.
A semana - As chuvas se concentraram no Sul do Brasil na semana passada, enquanto o Sudeste e o Centro-Oeste tiveram uma semana seca.
Os maiores volumes se concentraram entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No norte gaúcho e no oeste de Santa Catarina houve registro de chuvas fortes acompanhadas de tempestades de vento e granizo.
O tempo ficou totalmente seco em grande parte do Paraná, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, que inclui as principais áreas produtoras de milho (segunda safra), algodão, cana de açúcar, café e laranja. "No fim de semana, porém, uma frente fria provocou chuvas nas áreas de milho (segunda safra) do Paraná, Mato Grosso do Sul e sul de São Paulo", salienta Etchichury. Também houve algum volume de água no extremo Norte e na faixa litorânea do Nordeste do País.
O porcentual de água disponível no solo continua baixo (inferior a 20%) na parte norte de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e no interior da Região Nordeste. No Sul do Brasil e também em São Paulo e em Mato Grosso do Sul as condições de umidade do solo são satisfatórias (acima de 60%).
Estados Unidos - A semana começa com áreas de instabilidades e chuvas nos Estados de Wisconsin, Iowa, Missouri, Illinois e Indiana, informa a Somar. O tempo não muda muito nos próximos dias e segue com predomínio de sol e apenas propagação de áreas de instabilidade e chuvas isoladas nas áreas produtoras de soja e milho.
Mesmo com o registro de chuvas nas últimas semanas, no acumulado de junho já se observa um desvio negativo em grande parte das áreas produtoras de milho e soja. Isso corresponde a "um indicativo do que deve ocorrer durante este verão, inclusive com risco de alguns períodos de pouca chuva e estiagens regionalizadas", informa Etchichury.
No geral, a condição climática das últimas semanas favoreceu o desenvolvimento das lavouras de soja e milho dos Estados Unidos. A primeira semana do verão teve uma condição climática típica da estação, com propagação de áreas de instabilidade e chuvas isoladas. As temperaturas ficaram em elevação sobre o Meio-Oeste americano.
Nas áreas produtoras de soja e milho dos Estados Unidos, esta última semana de junho deve ter temperatura mínima (período da manhã) entre 15 e 20 graus e temperatura máxima (período da tarde) oscilando entre 25 e 35 graus. A tendência nas próximas semanas é que as chuvas se concentrem sobre as partes sul e leste dos Estados Unidos.

MILHO/MT: COLHEITA ATINGE 5%.

A colheita do milho safrinha em Mato Grosso avançou 2,4 % na semana passada e atingiu 87,6 mil hectares, que correspondem a 5% dos 1,752 milhão de hectares cultivados. Os dados, divulgados há pouco no site do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostram uma defasagem de 19,8 pontos percentuais em relação ao ritmo da colheita registrado em igual período do ano passado, quando 24,8% da área estava colhida. Levando em conta as estimativas de produção feitas pelo Imea em junho, até a semana passada foram colhidas 336,9 mil toneladas de milho.
O milho está sendo colhido mais tarde nesta safra por causa das dificuldades enfrentadas pelos agricultores para semear o cereal dentro do período recomendado. O atraso foi provocado pela falta de chuvas, que adiou em duas semanas o início do plantio da soja no final do ano passado. Outro fator foi o excesso de chuvas no início deste ano, que prejudicou tanto a colheita da soja como o avanço do plantio do milho.
A adversidade climática é uma marca registrada desta safra, pois metade da área de milho que foi semeada a partir de março, após o fim da janela de plantio, corre o risco de perda de produtividade, em função da falta de chuvas durante o período de formação dos grãos. Os produtores falam em perdas entre 20% a 40%, mas estimativas preliminares do Imea apontam para uma redução 10,7% no rendimento de milho, que deve ficar em 64,1 sacas por hectare, ante as 71,8 sacas por hectare colhidas no ano passado. O Imea prevê queda de 19,9% na produção em relação à safra passada, para 6,738 milhões de toneladas. As dificuldades no plantio provocaram uma retração de 10,1% na área semeada, para 1,752 milhão de hectares.
O levantamento do Imea mostra que a colheita está mais atrasada nas regiões norte e nordeste de Mato Grosso. Na região do médio-norte, que responde por 48% da produção estadual, até a semana passada a colheita atingiu 6,2% dos 841 mil hectares cultivados, com atraso de 249 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, quando 31,1% da área já estava colhida. As atenções do mercado estão voltadas para o início da colheita do milho semeado mais tarde, o que deve ocorrer a partir da próxima semana, quando será possível ter as primeiras avaliações de campo sobre o impacto provocado pela falta de chuvas no período de desenvolvimento das lavouras.

                    IMEA: AVANÇO DA COLHEITA  EM MT  
  ÁREA (mil hectares)   24/07/10    23/06/11    DIFERENÇA % 
  Noroeste         58,4       16,80%       4,40%           -12,4 
  Norte               13,6       32,90%       6,30%           -26,6 
  Nordeste          72,0       30,20%       3,80%          -26,4 
  Médio-Norte   841,5       31,10%       6,20%          -24,9 
  Oeste              256,1       20,00%       3,80%          -16,2 
  Centro-Sul       108,0       25,70%       4,10%          -21,6 
  Sudeste           402,5       14,10%       3,90%          -10,2 
  Mato Grosso  1.752,1       24,80%       5,00%          -19,8

GRÃOS/USDA: EUA VENDE GRANDE QUANTIDADE DE MILHO,SOJA E TRIGO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje a venda de 230 mil toneladas de milho para países não identificados. Do total, 130 mil toneladas serão entregues durante 2010/11 e 100 mil toneladas na temporada comercial seguinte.
O USDA anunciou também que exportadores privados venderam 132 mil toneladas de soja para China, com embarque no ano comercial 2010/11. Além disso, o destino de 100 mil toneladas de trigo duro vermelho de inverno em 2011/12 mudou de países não revelados para o Iraque.
O ano comercial do trigo começa em 1º de junho, enquanto da soja e do milho tem início em 1º de setembro.
O departamento divulga diariamente e semanalmente os volumes de grãos exportados. Qualquer atividade de venda de 100 mil toneladas ou mais de uma commodity, feita em um único dia para um mesmo destino, deve ser comunicada ao USDA até o próximo dia útil. Quantias inferiores devem ser relatadas semanalmente.

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