sexta-feira, 28 de maio de 2010

MILHO: CHICAGO FECHA EM QUEDA DE 3,8%.

Fundos especulativos venderam neste fim de mês e antes do feriado nos Estados Unidos e empurraram hoje com força as cotações do milho na Bolsa de Chicago. Posição mais líquida, o contrato julho caiu 14,25 cents ou 3,82% e fechou a US$ 3,59/bushel. Na semana, a desvalorização foi de 2,71%, mas traders disseram que o mercado permanece seguramente andando de lado. Na segunda-feira, os mercados permanecerão fechados por causa do feriado americano do Memorial Day.
As perdas no mercado de milho começaram a ser registradas pela manhã, acelerando-se no meio do dia com pressões relacionadas à situação da Europa, mais especificamente da Espanha. A agência de classificação de risco Fitch reduziu hoje os ratings de probabilidade de inadimplência da Espanha de AAA para AA+. Traders comentaram que, além da influência externa, o milho escorregou para as principais médias móveis e acionou ordens de venda programadas.
O analista Arlan Suderman, da revista Farm Futures, disse que as previsões do tempo indicam clima bom para a safra. Ele acrescentou que as incertezas sobre a economia global mantêm os traders cautelosos. "Quem quer assumir posição comprada antes do fim de semana, quando o resto do mundo ainda está produzindo notícias?", questionou.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 12 mil contratos em Chicago. Traders acreditam que pode haver mais atividade de fundos na semana que vem, por ser início de um novo mês.
O analista Joel Karlin, da corretora Western Milling, observou que a preocupação com a demanda por etanol permeia o mercado. Em geral, os investidores estão aguardando que haja uma decisão sobre a elevação da mistura de etanol na gasolina nos Estados Unidos ainda em junho. Mas o analista do Lewis Hagedorn, do J.P. Morgan, acredita que ela pode não ser tomada antes de agosto.
Mas a desvalorização do milho é limitada neste momento pela perspectiva de que a China comprará mais dos Estados Unidos, assim como pelo fato de que a mais importante etapa da temporada de plantio americano ainda está por vir, segundo Karlin. Ele avalia que o mercado esteja trabalhando no intervalo entre US$ 3,50 e US$ 3,80/bushel.

ESPANHA - PACOTE ECONÔMICO AUMENTA TAXA DE RISCO.

A agência de classificação de risco Fitch reduziu os ratings de probabilidade de inadimplência da Espanha em moeda local e estrangeira para AA+, de AAA, afirmando que o rebaixamento reflete a avaliação de que o processo de ajuste do país a um nível menor de endividamento vai reduzir materialmente a taxa de crescimento da economia espanhola. A perspectiva para o rating é estável. "Apesar da dívida do governo e dos custos com juros (a ela) associados continuarem dentro da faixa AAA, a Fitch espera que o processo de ajuste econômico será mais difícil e prolongado do que em outras economias com rating soberano AAA", afirmou Brian Coulton, chefe de ratings soberanos para a Europa, o Oriente Médio e a África na Fitch, em um comunicado.
Segundo a Fitch, embora o reequilíbrio da economia da Espanha esteja firmemente em andamento, a inflexibilidade do mercado de trabalho e a reestruturação de bancos de poupança - as chamadas "cajas" - vão reduzir o ritmo de ajuste do país. Em consequência disso, a dívida do governo provavelmente será equivalente a 78% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2013 em comparação a menos de 40% do PIB em estimativas feitas antes da crise financeira.No final de abril, a agência de classificação Standard & Poor's rebaixou o rating da Espanha para AA com perspectiva negativa. A Moody's ainda atribui rating AAA para o país, com perspectiva estável.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

SOJA NA CBOT FECHA EM ALTA, INFLUÊNCIA DO MERCADO FINANCEIRO.

Os contratos futuros de soja da Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira, ampliando o movimento de recuperação das perdas verificadas nas sessões anteriores. Entregas para julho avançaram 13,75 centavos, em alta de 1,47%, a US$ 9,5175 por bushel, enquanto os de novembro subiram 8,75 centavos, ou 0,96%, a US$ 9,1875/bushel.
A queda forte do dólar, combinada à significativa alta do petróleo assim como dos mercados acionários, preparou o terreno para o rali das commodities. Receios de uma diminuição no ritmo da recuperação econômica mundial vinham pesando anteriormente sobre o mercado de futuros, com a fraqueza nos mercados de energia e de ações e o dólar em alta.
Os participantes do mercado que apostaram em declínios adicionais das cotações correram para cobrir suas posições. Na quinta-feira, eles procuraram reduzir a exposição de risco, em antecipação ao feriado prolongado nos Estados Unidos (Memorial Day, nesta segunda-feira). 
O mercado também foi impulsionado pelo cenário de estoques ajustados referentes à safra antiga, que leva a melhores ofertas de preço por processadores do Meio-Oeste. Notícias de que algumas empresas cancelaram as entregas físicas de cerca de 300 contratos na quarta-feira sugerem que esses grãos não devem entrar no mercado por ora, segundo os analistas. As poucas vendas realizadas pelos produtores são um catalisador no curto prazo. "Os produtores estão segurando estoques de grãos, à espera de preços melhores.
Operações altistas de spread foram observadas no dia entre os contratos com vencimentos em julho/novembro, cuja diferença ampliou em 5 centavos, para 33 centavos. O baixo nível dos estoques da safra velha, combinada ao clima favorável e ao avanço das plantações, mantém a atenção sobre o spread entre as safras antiga e nova no foco dos investidores.
Ainda assim, a força dos preços pode ser um episódio limitado ao curto prazo, na medida em que a diminuição do ritmo das exportações e do esmagamento é um mau agouro no fim do período de comercialização, com extremo aperto dos estoques, acrescentou um analista da bolsa.
Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 4 mil lotes de soja em grão. A atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro no mercado.

MILHO: LEILÃO SUPEROU EXPECTATIVA, NA AVALIAÇÃO DO GOVERNO.

Embora os preços futuros do milho tenham avançado nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), foram incapazes de acompanhar a mesma valorização dos mercados de soja e trigo. Operações de spread e sinais positivos sobre a nova safra limitaram os ganhos do milho. Os lotes para entrega em julho, os mais negociados, fecharam em alta de 1,75 cent ou 0,47%, cotados a US$ 3,7325/bushel.
De um modo geral, as commodities tiveram suporte do mercado acionário mais aquecido hoje e da queda do dólar em relação a outras moedas internacionais.Trigo e soja se fortaleceram, mas o milho não integrou o rali na mesma intensidade porque traders venderam contratos de milho e compraram em outros mercados.
O analista Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, disse que o spread entre trigo e milho caiu para seu menor nível desde 2007, para pouco mais de 90 cents, e precisava de uma correção. Analistas acrescentaram que os fatores da nova safra são considerados negativos para os preços, especialmente porque o clima quente favorece a emergência da nova safra americana. Alguns traders altistas estão falando em clima seco em partes no Noroeste do Cinturão do Milho, o que poderia "estressar as lavouras".
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou em seu relatório semanal de exportação que a China cancelou compras de milho para 2010/11, o que também alimentou sentimentos negativos, segundo analistas. A possibilidade de que a China volte a comprar permanece forte, acredita Zuzolo, e o cancelamento pode ser uma tentativa de limitar o movimento dos preços.
Traders comentaram que amanhã o dia deve ser de poucos negócios, por causa do feriado do Memorial Day nos Estados Unidos (segunda-feira), quando os mercados ficarão fechados.
CONAB/LEILÃO PEP.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ter gostado do resultado do primeiro leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), realizado hoje pela Companhia nacional de Abastecimento. Para Rossi, a demanda de 72% da oferta "foi surpreendente". O ministro lembrou que este foi o primeiro de uma série de 10 leilões semanais que serão realizados em apoio à comercialização do milho e que, em geral, a demanda nos primeiros pregões não é expressiva."O resultado superou a nossa expectativa", disse em São Paulo, onde se reúne neste momento com representantes da cadeia produtiva de milho. Na avaliação do governo, o primeiro leilão serve de referência para possíveis mudanças no volume ofertado e no valor dos prêmios. Rossi disse que, como a demanda no leilão de hoje foi grande, o governo parece ter acertado tanto em relação à oferta como ao prêmio. Segundo ele, agora a Conab vai se debruçar sobre as regiões onde a demanda ficou aquém do esperado. Questionado sobre o pequeno interesse pelas 80 mil toneladas ofertadas em Mato Grosso do Sul, onde saíram 13,4 mil toneladas, Rossi disse que pretende escutar representantes do Estado para saber se lá a demanda é realmente pequena ou se o valor do prêmio não satisfaz o setor. Rossi antecipou que a inclusão da safra da Bahia no próximo leilão tem como objetivo abastecer exclusivamente o mercado do Nordeste, onde há grandes problemas logísticos, o que encarece o frete. Ele disse também que os valores dos prêmios devem continuar a ser definidos de acordo com a distância entre o centro produtor e o local de destino do milho.
Preços mínimos - Sobre a reunião desta tarde do Conselho Monetário Nacional, que deve discutir questões referentes à agricultura, entre elas a política de preços mínimos em vigor, Rossi defendeu que os atuais valores sejam mantidos. "Eu respeito os argumentos da Fazenda mas não pode haver redução dos preços mínimos", disse. A pressão sobre a revisão dos valores parte do setor privado e também da área econômica do governo, pois no caso de algumas culturas - como milho e trigo - os preços mínimos superam os de mercado.
A reunião entre Rossi e integrantes da cadeia produtiva do milho acontece a portas fechadas na Superintendência de Agricultura em São Paulo.

MILHO: MATO GROSSO COLHERÁ MENOS MILHO SAFRINHA.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) reduziu pela terceira vez sua estimativa de produção de milho safrinha no Estado, em virtude da expectativa de quebra na produtividade das lavouras, provocada pela forte estiagem de abril. A colheita já começou em algumas regiões, mas só deve atingir o pico na segunda quinzena de junho.
No levantamento de maio, o Imea prevê a colheita de 8,383 milhões de toneladas de milho, volume 4,1% inferior às 8,738 milhões de toneladas estimadas em abril e 12% abaixo da safra recorde de 9,556 milhões de toneladas projetada em março. Com a estimativa de maio, pela primeira vez o Imea projeta a safrinha 2009/10 abaixo do volume colhido no ano passado (8,507 milhões de t), queda de 1,4%. O Instituto manteve sua projeção de área plantada, que cresceu 17,5% nesta safra, para 2,002 milhões de hectares.
Em virtude da estiagem, a projeção inicial feita em março de colheita de 79,55 sacas de milho por hectare, caiu para 72,75 sacas em março e agora em maio está em 68,80 sacas. No ano passado os produtores de Mato Grosso colheram 84,57 sacas por hectare, mas os técnicos ressalvam que o desempenho foi excepcional, pois as condições climáticas foram favoráveis em todos as fases de desenvolvimento das lavouras.

ESTIMATIVA DA SAFRINHA 2009/10 DE MILHO EM MT
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           SAFRA 08/09           SAFRA 2009/10
                  MAR/10            ABR/10     MAI/10
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Noroeste       285,7      488,1      458,3      444,5
Norte              21,0       37,2       35,1       32,7
Nordeste       173,1      331,0      313,2      303,8
Médio-norte 4.126,9    4.790,6    4.335,0    4.152,0
Oeste           1.526,3    1.439,2    1.339,4    1.239,9
Centro-sul       455,6      506,4      441,0      432,6
Sudeste       1.918,5    1.963,7    1.816,6    1.778,4
Mato Grosso  8.507,3    9.556,2    8.738,6    8.383,9
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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Rabobank prevê pressão sobre cotações dos grãos.

Relativamente pouco afetadas pelo aprofundamento da crise financeira europeia nos últimos meses, as cotações internacionais de soja e milho, os grãos mais cultivados no país, têm pela frente um período que promete ser marcado por maior pressão "baixista" pelo lado dos chamados fundamentos dos respectivos mercados. Em estudo concluído recentemente, o Rabobank, banco holandês com forte atuação no setor de agronegócios, inclusive no Brasil, confirma a tendência de boas ofertas globais de ambos os produtos e de relações entre produção e estoques mundiais confortáveis, combinação que normalmente tira sustentação dos preços - ainda que estes atualmente dependam, em grande medida, de movimentos financeiros derivados das turbulências financeiras.
No caso da soja, o Rabobank projeta que a produção global deverá alcançar 253 milhões de toneladas na safra 2010/11 - em fase de plantio no Hemisfério Norte -, apenas 4 milhões abaixo do recorde de 2009/10 (257 milhões). No cenário traçado pela instituição, a demanda deverá crescer 4,1% na comparação, para 245,3 milhões de toneladas, mas ainda abaixo da produção. Assim sendo, os estoques mundiais tendem a recuar. "Para muitos, os preços da soja até poderiam ter caído mais com as turbulências financeiras e a valorização do dólar, mas isso não aconteceu. A demanda da China permaneceu firme e os Estados Unidos exportaram mais, o que ajudou a "segurar" as cotações", diz Luciano van den Broek, analista do Rabobank no Brasil. Segundo o Valor Data, na bolsa de Chicago os contratos futuros de segunda posição de entrega do grão acumulam baixa de 12,2% neste ano.
A equação composta pelos fatores "fundamentos" e "dólar" produz resultados semelhantes no mercado de milho em Chicago. O Rabobank prevê que oferta e demanda mundiais deverão continuar "balanceadas" em 2010/11 em torno de 825 milhões de toneladas. Mas, como na soja, a projeção não tem como precisar o fator clima, e é para ele que as atenções estão voltadas no momento no Hemisfério Norte e estarão concentradas no fim do ano no Hemisfério Sul, onde o plantio terá início no terceiro trimestre. Em Chicago, a segunda posição do milho acumulada queda de 12% em 2009.
Sempre levando-se em consideração as incertezas climáticas, para o algodão, que registrou flagrante recuperação das cotações nos últimos meses, o horizonte é de recomposição da oferta mundial, maior equilíbrio entre produção e estoques e, portanto, preços mais baixos - isso sem contar a forte influência financeira, que pode "engolir" os fundamentos. Na bolsa de Nova York, os futuros de segunda posição do algodão apresentam alta de 1,2% no ano.

Autor: Fernando Lopes

CHICAGO-SOJA FECHA COM ALTA MODERADA, MILHO SE RECUPERA COM FUNDAMENTOS.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta moderada na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira, na esteira de fundamentos fortes para o curto prazo e na ausência de pressões macroeconômicas no dia. O vencimento julho fechou em alta de 0,81%, ou 7,5 centavos, a US$ 9,38/bushel, enquanto os contratos com entrega em novembro (safra nova americana), encerraram em alta de 0,78%, ou 7 centavos, a US$ 9,10/bushel.
O mercado ampliou os ganhos do pregão noturno, mas a firmeza dos mercados futuros de petróleo e de ações também tiveram efeito psicológico positivo. Os estoques apertados de soja referentes à safra antiga, em meio a poucas vendas realizadas pelos produtores, também sustentaram o aumento de preços no dia. Os contratos futuros tiveram ajuste técnico, saindo da condição sobrevendida, com os compradores também estimulados pela dificuldade do mercado em efetivar um novo suporte em meio às influências financeiras externas negativas, disse John Kleist, analista e corretor da Allendale Inc.
No dia, o desvanecimento das nuvens negras relacionadas aos demais mercados financeiros foi suficiente apenas para uma recuperação modesta, disse Kleist. Ainda assim, a ausência de novas notícias sobre a demanda por exportações e o clima no meio-oeste norte-americano, ainda favorável ao rápido desenvolvimento do plantio e da safra, limitam o movimento de alta.
Se não emergirem novos receios de natureza econômica, será difícil sustentar uma onda de vendas abaixo do nível de US$ 9,00 nos contratos de novembro, referentes à nova safra, avalia Kleist. Com as incertezas sobre o clima e uma longa temporada de desenvolvimento ainda à frente para a safra de soja, é um pouco prematuro para o mercado alcançar o fundo neste momento, acrescentou o analista.
Olhando para frente, os participantes do mercado buscam o valor justo para a soja em grão, atentos ao nível em que a demanda responderá às recentes quedas de preço. Estima-se que os fundos especulativos tenham comprado 4 mil lotes de soja em grão. A atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro neste mercado.
Na quinta-feira, o U.S. Census Bureau divulga o relatório sobre esmagamento de soja. A expectativa é de que a agência anuncie uma estimativa de esmagamento de 3,76 milhões de toneladas, abaixo do verificado no mês anterior, de acordo com levantamento junto a analistas do setor. O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sobre exportações será divulgado nesta quinta feira 27/5 às 9h30 (horário de Brasília). Analistas ouvidos pela agência Dow Jones estimam que as vendas de soja em grão na semana encerrada em 20 de maio tenham ficado entre 250 mil e 750 mil toneladas métricas. As exportações de farelo de soja foram estimadas entre 75 mil e 225 mil toneladas, enquanto as de óleo de soja, entre zero e 15 mil toneladas.

MILHO

Os preços futuros do milho terminaram a quarta-feira com ganhos expressivos na CBOT. A condição de sobrevendido e o suporte de outros mercados abriram as portas para a valorização. Lotes para entrega em julho, fecharam em alta de 7,25 cents ou 1,99%, cotados a US$ 3,7150/bushel. O milho se recuperou das perdas de terça-feira, sustentado por ganhos no mercado acionário e no petróleo, além da estabilização do dólar. Ontem, os futuros haviam recuado diante da força da moeda americana e pessimismo em outras commodities.
Segundo o analista da corretora Country Hedging, os preços avançaram hoje por conta da condição de tecnicamente sobrevendido, de modo que traders cobriram posições. A força do mercado à vista dos Estados Unidos e os rumores de que a China se prepara para importar mais estabeleceram tom otimista. Além disso, as incertezas sobre a longa temporada de desenvolvimento da safra americana faz com que os traders mantenham algum prêmio de risco embutido nas cotações. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado 8 mil lotes em milho hoje. No entanto, o potencial de alta é limitado no curto prazo pelo clima, considerado favorável para a nova safra.

CBOT-GRÃOS ENCERRAM DIA COM GANHOS.

Os preços futuros do milho se mantêm firmes na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira, em um movimento de cobertura de posições vendidas. Sem pressões de outros mercados, os futuros encontram espaço para uma recuperação. Analistas disseram que os preços de commodities de energia e das ações dão suporte psicológico neste momento. Rumores de que a China está preparando cotas de importação de milho são outro fator de suporte, segundo analistas. No entanto, o clima favorável para as plantações nos Estados Unidos limita a valorização.

SOJA

Os contratos de soja também registraram ganhos, os lotes para entrega em julho operaram em alta de 7,5 cents cotados a US$ 9,380/bushel. Segundo analistas, a soja apresenta uma recuperação modesta, com humor um pouco mais favorável nos mercados financeiros. No entanto, a valorização é limitada pela falta de notícias sobre demanda e pelo clima favorável para desenvolvimento da safra. De qualquer modo, os estoques apertados da antiga safra e os preços firmes no mercado à vista dão suporte neste momento.

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SOJA/BRASIL: MARUBENI VENDE 58 MIL T PARA TAIWAN

A trading japonesa Marubeni vendeu 58 mil toneladas de soja brasileira para o grupo taiwanês Breakfast Soybean Procurement Association (BSPA, na sigla em inglês) por US$ 2,26/bushel acima do preço do contrato futuro julho negociado na Bolsa de Chicago (CBOT), disseram nesta quarta-feira executivos de embarque. Segundo as fontes, a entrega deve ocorrer entre 17 e 31 de julho. Na terça-feira, os lotes para entrega em julho, os mais líquidos, fecharam em queda de 10 cents, ou 1,06%, a US$ 9,3050/bushel.

SOJA/CHINA TERMINA EM ALTA POR RECUPERAÇÃO DOS MERCADOS ACIONÁRIOS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em alta nesta quarta-feira, estimulados pela recuperação dos mercados acionários locais e norte-americanos. O contrato referencial de janeiro fechou com valorização de 0,2%, cotado a 3.862 yuans por tonelada. O contrato abriu ligeiramente em alta, mas se consolidou dentro de um apertado intervalo perto do preço de fechamento de ontem.
A melhora dos mercados acionários nos Estados Unidos e a estabilização das ações chinesas dissiparam de algum modo o nervosismo entre traders, segundo analistas. Contudo, o sentimento ainda não está estável e depende do desenrolar dos problemas econômicos na Europa, disse Yuan Jianbin, analista da Guangfa Futures.
A queda dos preços futuros será limitada durante a temporada de cultivo, já que qualquer mudança climática desfavorável dará aos traders um motivo para comprar, acrescentou ele. Todavia, analistas disseram que, no longo prazo, as cotações da oleaginosa estão sob pressão por causa de amplos estoques globais."Se o clima for normal, os preços na Bolsa de Chicago (CBOT) devem recuar para abaixo de US$ 8,50 [por bushel] na segunda metade de 2010, e podem permanecer em níveis baixos por bastante tempo", afirmou Fei Zhonghai, gerente-assistente da Cofco, durante uma conferência de grãos e óleos nesta semana.

terça-feira, 25 de maio de 2010

COMMODITIES AGRÍCOLAS EM BAIXA NA CBOT.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operaram em território negativo nesta terça-feira, pressionados por influências externas negativas. A valorização do dólar frente ao euro, o declínio do petróleo e as perdas dos mercados acionários causavam vendas generalizadas, enquanto preocupações com a economia global limitavam o entusiasmo dos investidores.Temores sobre a situação econômica da zona do euro pressionavam os mercados financeiros, estimulando fundos aveços ao risco, à venda de commodities agrícolas.

NOBLE GROUP CONSTRUIRÁ ESMAGADORA DE SOJA EM MT.

O Noble Group, trading de commodities com sede em Hong Kong, vai investir cerca de US$ 150 milhões para erguer sua primeira esmagadora de soja no Brasil. Em entrevista ao Valor, o CEO global da companhia, o brasileiro Ricardo Leiman, disse que a planta terá capacidade para processar 1,3 milhão de toneladas do grão por ano. "Decidimos construir nossa primeira planta no Estado de Mato Grosso", disse, sem divulgar o local exato. A companhia está preparando sua base na América do Sul para abastecer o mercado chinês, onde o grupo é o terceiro maior processador, com sete unidades em operação. A expectativa é de que as obras comecem "no mais tardar no início de 2011" para estar a pleno vapor já em 2012.
Na Argentina, a empresa acaba de concluir aportes de US$ 200 milhões na construção de uma esmagadora de soja, na região de Santa Fé, com capacidade para 3 milhões de toneladas/ano. "Começamos a operar essa unidade em abril". Essa planta poderá dobrar de tamanho nos próximos anos.
A trading possui cerca de 50 mil hectares plantados com grãos na Argentina e Uruguai. No Brasil, o grupo ocupa uma área de 125 mil hectares com cana. Além da originação de grãos, a trading tem duas usinas de açúcar e álcool no país - uma delas, o projeto Meridiano, entrará em operação em agosto em São Paulo. "Temos interesse em ampliar nossa atuação nesse segmento, seja por meio de projetos 'greenfields' [construção] ou via aquisições ['brownfield']", afirmou. De acordo com Leiman, a empresa já participa de alguns processos de fusões e aquisições, mas não dá mais detalhes.
No início deste ano, o executivo, que ocupava o cargo de diretor de operações do grupo, tornou-se o CEO global da companhia, uma das maiores tradings do mundo, incluindo commodities agrícolas, metais e minério. O foco da companhia também está na logística, com investimentos em terminais portuários e combustíveis.
"Já fazemos originação de soja do Brasil, Argentina e dos EUA. Agora queremos ser processadores. No Brasil também temos infraestrutura para armazenagem de café e grãos. Começamos a operar um armazém de café em Alfenas [MG] e vamos construir outro para algodão em Luiz Eduardo Magalhães [BA]", afirmou. A empresa já adquiriu o terreno no oeste baiano para dar início à construção de infraestrutura de armazenagem do produto.
No país, a empresa também pretende estabelecer a relação de troca de insumos para financiar a safra dos agricultores. Com misturadoras arrendadas, o executivo afirmou que o grupo poderá investir nessa área para ampliar sua participação no negócio.
Com faturamento de US$ 31 bilhões em 2009, o Brasil respondeu por uma pequena fatia dessa receita - cerca de US$ 600 milhões. "Nossa expectativa é encerrarmos este ano com vendas de US$ 1,5 bilhão no país." Para 2010, a receita global do grupo poderá alcançar US$ 40 bilhões, segundo Leiman. "No primeiro trimestre, registramos receita de US$ 11,4 bilhões." A empresa também recém-concluiu dois pesados investimentos para ampliar sua presença em terminais portuários no país. O terminal 12-A, de Santos (SP), no qual a companhia tem participação de 75%, recebeu aportes de US$ 48 milhões para escoamento a granel de açúcar, soja em grão e farelo. "Vamos fazer o nosso primeiro carregamento de açúcar esta semana", disse. Em Itaqui (MA), a companhia colocará em operação em julho seu terminal líquido para todos os tipos de combustíveis. Esse terminal recebeu investimentos da ordem de US$ 45 milhões."Nos últimos dois anos, tínhamos anunciado, durante a crise, grandes projetos de construção de terminais, usinas e armazéns. Agora, temos que operá-los e torná-los rentáveis para que possamos anunciar novos investimentos", disse Leiman.

TENSÃO ENTRE COREIAS E PREOCUPAÇÃO COM SETOR BANCÁRIO PUXA DÓLAR E DERRUBA EURO.

A tensão entre as Coreias do Norte e do Sul e os maiores custos dos financiamentos para bancos estão pressionando o euro nesta manhã, que opera abaixo de US$ 1,22. A busca por ativos seguros, que está beneficiando o dólar e o iene, foi gerada em boa parte por relatos de que o líder norte-coreano Kim Jong-il, colocou suas tropas em posição de combate. Embora, segundo fontes, isso tenha acontecido na semana passada, os relatos foram suficientes para dar aos investidores mais uma desculpa para se afastarem de ativos de maior risco - como o euro. Além disso, preocupações com o setor bancário da zona do euro se
intensificaram conforme o custo do financiamento interbancário aumentou. Isso se refletiu nas taxas de três meses em dólares, que deverão ser fixadas em cerca de 53 pontos-base hoje, de 51 ontem.
A pressão sobre o setor bancário cresceu depois que os bancos da Espanha enfrentaram novas reestruturações - quatro das maiores instituições de poupança do país se fundiram para formar o terceiro maior banco de poupança espanhol. Enquanto isso, a União Europeia estuda propostas para uma taxação dos bancos com intenção de fornecer financiamento a um programa de seguros para futuras falências de instituições financeiras.
Esses acontecimentos no setor bancário mundial poderão desacelerar os empréstimos e colocar mais um freio na recuperação econômica global. Como resultado, as moedas mais ligadas às commodities, como o dólar australiano, foram prejudicadas. Analistas não esperam alívio para o euro no restante do dia, já que os indicadores que serão divulgados nos EUA deverão vir fortes e, por isso, o dólar provavelmente vai se tornar ainda mais atraente.
Às 8h07 (de Brasília), o euro caía para US$ 1,2197, de US$ 1,2383 no fim da tarde de ontem, e para 109,06 ienes, de 111,00 ienes. Enquanto isso, o dólar recuava para 89,44 ienes, de 90,40 ienes ontem, e a libra declinava para US$ 1,4311, de US$ 1,4438. Na abertura do mercado cambial brasileiro, o dolar a vista foi cotado a r$ 1,90300, alta de 1,98%.

GRÃOS/EUA: EVOLUÇÃO DAS SAFRAS TÊM BOA CONDIÇÃO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou em seu relatório semanal de acompanhamento de safra, que o plantio de milho permanece adiantado, enquanto o de soja ocorre em ritmo um pouco menos acelerado do que o previsto. As safras de milho e trigo de inverno apresentam boas condições gerais.
Milho
O USDA disse que 93% da safra de milho já havia sido plantada até domingo 23/5, mais do que os 87% da semana anterior e também acima da média de 89%. Traders esperavam que o plantio tivesse chegado a 91-95% da safra. Além disso, a agência do governo americano relatou um aumento na porção da safra avaliada como em condição boa a excelente, passando de 67% (há uma semana) para 71%. Analistas previam que as condições fossem as mesmas ou, no máximo, houvesse um aumento de dois pontos porcentuais. Analistas disseram que, como boa parte do Meio-Oeste deve ter clima de verão nesta semana, provavelmente o desenvolvimento da safra vai se acelerar. "É provável que haja uma melhora adiante, com alguns raios de sol", comentou o analista Jerry Gidel, da corretora North
America Risk Management Services.
A parte mais importante do Cinturão do Milho viu uma boa melhora nas condição de sua safra, já que a avaliação do Estado de Iowa passou de 55% de bom a excelente para 65%. Em Illinois, a porcentagem foi de 77%, ante 73% na semana anterior. Minnesota, por sua vez, tem 87% de bom a excelente, mais do que os 80% da semana passada. O Estado mais problemático é a Dakota do Sul, cuja safra apresenta 65% de condição boa a excelente, enquanto na semana anterior eram 74%.
A emergência também segue em ritmo além do programado. O USDA informou que 71% da safra emergiu, mais do que os 55% da semana passada e também acima dos 62% da semana anterior.
Soja
O ritmo de plantio de soja abaixo do previsto é a grande surpresa do relatório, segundo o analista Joe Victor, vice-presidente da corretora Allendale. O USDA afirmou que 53% da safra de soja foi plantada, abaixo das expectativas, que variavam de 55% a 60%. Na semana anterior, 38% das lavouras haviam sido cultivadas, enquanto a média para esta época do ano é de 57%. Entre os Estados mais adiantados está Illinois, cujo plantio já chegou a 47% da safra, ante média de 54%. Em Missouri, 22% da safra foi plantada, contra média de 43%. A Dakota do Norte registrou avanço de 38 pontos porcentuais, para 46%, mas permaneceu inferior à media de 55%. Victor comentou que a evolução do plantio não é razão suficiente para apostar na alta dos preços da soja. "Supõe-se que o clima seja bom
nesta semana, portanto os preços podem se estabilizar", comentou. O USDA informou, ainda, que 24% da safra de soja emergiu, mais do que os 13% da semana anterior e pouco acima da média de 23% para este momento.
Trigo
Cerca de 91% da safra de trigo de primavera foi plantada, segundo o USDA, proporção que está dentro das expectativas do mercado e bastante acima da semana anterior, que registrou 79%. Victor observou que parece haver poucos problemas com a safra, de modo que 85% se encontra em condição boa a excelente. O clima mais quente e mais seco ajudou na evolução do plantio, de acordo com meteorologistas. Eles avaliam que, nesta semana, a umidade manterá a umidade do solo em nível adequado e desacelerará o plantio remanescente.
Enquanto isso, o USDA disse que 66% da safra de trigo de inverno apresenta condição boa a excelente, mesma porcentagem da semana passada. Segundo o analista Kevin Kjorsvik, da corretora Benson Quinn Commodities, a avaliação "imponente" surge mesmo num período em que a tendência sazonal é de declínio. "As condições do trigo americano seguem fenomenais", afirmou. Aproximadamente 63% da safra de trigo de inverno perfilou, mais do que os 52% da semana passada, mas abaixo da média de 68%.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

SOJA/MILHO : CHICAGO FECHA FIRME NA SAFRA NOVA.

Os futuros de soja fecharam em alta na segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), sustentados por fundamentos favoráveis. Mas ajustes de posições no final do pregão ajudaram a pressionar os vencimentos próximos. Os contratos de grão de soja com vencimento em julho, os mais líquidos, apresentaram queda de 0,05% (ou 0,50 cent), a US$ 9,4050/bushel, e os contratos para entrega em novembro encerraram em alta de 8 cents (ou 0,88%), a US$ 9,1550/bushel.
O mercado não conseguiu sustentar a força verificada no início da sessão, porque os participantes reduziram sua exposição em meio às inquietações relacionadas ao crescimento econômico mundial. Fortes ganhos no mercado de dólar colocaram pressão psicológica e contiveram a tendência de alta. O dólar mais firme é visto como um fator baixista para os índices de commodities, na medida em que torna mais caros o grão e o óleo de soja dos Estados Unidos no mercado mundial.
Na sessão, os contratos futuros a princípio subiram, influenciados pela solidez dos fundamentos relacionados à demanda doméstica e externa, disseram analistas. Os níveis de preço no físico estão firmes, refletindo o esforço dos processadores para estimular os produtores a vender parte dos estoques de soja.
Os preços de exportação também permanecem firmes, amparados pelos persistentes rumores de que a China estaria substituindo compras junto ao Brasil pelos Estados Unidos. A recente queda nos preços futuros mantém a competitividade das exportações norte-americanas em um momento em que os importadores costumam concentrar sua atenção nas recém-colhidas safras sul-americanas, disse um analista da CBOT.
Ainda assim, contratos futuros referentes à safra nova (2010/11) conseguiram preservar a maior parte dos ganhos verificados no início da sessão. As incertezas climáticas à frente de uma longa temporada de plantio, com cerca de metade da área prevista de soja plantada, sustentaram os contratos futuros das novas safras.
O relatório semanal de progresso de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que os produtores norte-americanos já plantaram 53% da área prevista para a soja na safra 2010/11. O número ficou bem próximo da estimativa do mercado, que era de 55%. No mesmo período do ano passado, haviam sido semeados 44% do total cultivado. Já na média dos últimos anos, o plantio na mesma data era de 57%. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado 1.000 lotes de grãos de soja. A atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro no mercado.
MILHO
Compras baseadas em indicadores técnicos puxaram as cotações do milho nesta segunda-feira na CBOT. Os lotes mais negociados, para entrega em julho subiram 2,0 cents ou 0,54% e fecharam a US$ 3,71/bushel. O mercado foi capaz de se manter, apesar da força do dólar e do cenário negativo o que diz respeito aos fundamentos. Os preços avançaram ao longo do dia e mantiveram os ganhos mesmo quando a soja saiu das máximas. O analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, disse que o mercado de milho estava em uma posição técnica forte, após se recuperar das mínimas da semana passada e escalar até as principais médias móveis. O contrato julho rompeu as médias móveis de 10, 20 e 40 dias.
Mas, além do dólar, o clima favorável para o desenvolvimento da safra americana é fator baixista neste momento. Traders esperavam que de 91% a 95% da safra tivesse sido plantada e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 93% das lavouras de milho foram cultivadas até o momento (ante 80% no mesmo momento do ano passado). Segundo o USDA, 71% da safra tem condição boa a excelente. Participantes do mercado disseram, ainda, que o recente surgimento da China como comprador de milho dos Estados Unidos está dando suporte ao mercado, embora não haja notícias sobre novas compras. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 5 mil contratos de milho hoje.
Apesar da força técnica, o mercado está volátil e oscila dentro de um intervalo há quase dois meses, segundo o analista Jim Wyckoff, entre a mínima de abril (US$ 3,5150/bushel) e a máxima de maio (US$ 3,85/bushel).

GRÃOS/EUA: INSPEÇÃO SEMANAL DE EXPORTAÇÃO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o resultado de suas inspeções semanais das exportações de grãos para a semana encerrada na última quinta-feira (dia 20). O relatório mostra o volume acumulado dos embarques americanos de grãos do ano-safra iniciado no dia 1º de junho de 2009 para o trigo e 1º de setembro de 2009 para o milho e a soja.

EXPORTAÇÃO DE GRÃOS NA SEMANA ENCERRADA EM 20/5
(em 1.000 bushels)
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Grão         20/5/2010    13/5/2010   21/5/2009  
======     ==========  ==========  ==========
Trigo         20.308           13.063          19.755        
Milho         39.970           38.918          31.021      
Soja             3.901            8.973          18.683         
----------------------------------------------------------
EXPORTAÇÕES DE GRÃOS DOS EUA ACUMULADAS NO ANO
----------------------------------------------------------
Grão     Atual ano-safra    Ano-safra anterior
=====   ==============   ================
Trigo        831.974                  967.131   
Milho     1.278.146              1.219.477
Soja       1.323.994              1.070.228
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LAVOURAS DE MATO GROSSO E GOIÁS SOFREM COM FALTA DE ÁGUA.

O acumulado de chuva em maio mostra um padrão típico de outono, acrescido da influência do fenômeno El Niño, que mesmo em fase de enfraquecimento contribuiu para o aumento das chuvas no Sul e para a estiagem no Nordeste e no Centro-Oeste do Brasil. As lavouras de milho e algodão (safrinhas) de Mato Grosso e Goiás estão entre as culturas mais prejudicadas com o corte dos volumes mais cedo este ano, segundo informa a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.

As culturas da cana-de-açúcar, café e laranja, em compensação, estão entre as maiores beneficiadas com as condições climáticas observadas em maio. A lavoura de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul também tem sido favorecida pela condição climática, pela boa oferta de água e, até aqui, ausência da geada.
As chuvas acumuladas em maio mantêm uma condição de solo saturado no Sul e Norte do Brasil, com índice de 90% a 100%. Essa condição favorece o desenvolvimento da lavoura de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul. Já em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e sobre o sertão e o agreste nordestino, a ausência de água em maio agrava as condições de umidade do solo, com índice abaixo de 20%.

Previsão
Conforme dados da Somar, mais uma vez a semana começa com a presença de uma frente fria sobre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná. O sistema também provoca nebulosidade e chuvas em Mato Grosso do Sul e em São Paulo. No entanto, a frente fria é mais fraca do que a da semana passada. Assim, a partir de amanhã (25), o sistema se afasta para o oceano, fazendo com que o padrão de tempo seco sobre o interior de todo o Centro-sul do Brasil volte a predominar. Já para o próximo fim de semana, uma nova frente fria deve atingir o Sul do Brasil, com chuvas a partir do Rio Grande do Sul.

Temperatura
A Somar prevê que o mês de junho começa com uma forte onda de frio. Isso porque a aproximação do inverno, junto com o enfraquecimento do El Niño, gradualmente tornam as condições atmosféricas mais favoráveis à atuação de ondas de frio (massas de ar polar), o que em tese aumenta o risco de episódios de geadas principalmente para os Estados do Sul do Brasil. Esse padrão já deve se observar na próxima semana, coincidindo com o início do mês de junho. Entre quarta e quinta-feira (2 e 3 de junho) há previsão da entrada de uma massa de ar polar com trajetória continental, o que deve provocar acentuada queda de temperatura (abaixo de 5 graus). Por enquanto, no entanto, não há indicativo de formação de geadas amplas nas áreas de milho safrinha. Mesmo assim, "recomendamos atenção e, daqui para frente, o produtor deve acompanhar diariamente as previsões divulgadas no site da Somar", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.

Estados Unidos
A semana começa com tempo seco no Meio-Oeste americano. Segundo dados da Somar, depois de uma semana com chuvas isoladas sobre parte das áreas produtoras de milho e soja dos Estados Unidos, a semana começa com tempo seco sobre o Meio-Oeste americano, o que deve favorecer a evolução do plantio da soja, que foi atrapalhado nos últimos dez dias pela ocorrência de chuvas mais frequentes. Entre amanhã e quarta-feira, no entanto, novas áreas de instabilidades e chuvas devem atingir as áreas produtoras de milho e soja do Estados Unidos. Só que desta vez a previsão é de chuvas isoladas e de baixos volumes, o que até pode temporariamente atrapalhar o plantio da lavoura de soja. "Mas na sequência, e para o restante da semana, deve voltar a predominar uma condição de tempo seco", diz Etchichury. Para a primeira semana de junho, a previsão também é de predomínio de tempo seco, o que deve favorecer a conclusão do plantio da
lavoura de soja nesse período. Outro fator que deve contribuir para o plantio é que há previsão de calor para esta semana sobre grande parte das áreas produtoras de soja, com a temperatura atingindo a casa dos 30 graus.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em alta nesta segunda-feira, sustentados pela firmeza dos mercados acionários e pelo avanço dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato referencial de janeiro fechou com valorização de 0,3%, cotado a 3.879 yuans por tonelada (6,82 yuans = US$ 1). "Os mercados externos ajudaram os futuros da oleaginosa na China, e os grãos em geral têm mostrado forte resistência ao sentimento pessimista", disse Huang Yingyan, analista da Nanhua Futures Co. Os produtos agrícolas também estão mais propensos a subir durante a temporada de plantio por causa das incertezas com relação às condições climáticas, segundo analistas.
As cotações da soja avançaram no mês de maio dos últimos nove anos, exceto em 2003 e 2004, acrescentou Huang, citando a pesquisa da Nanhua. O declínio em 2003 foi muito pequeno. Já em 2004, a queda foi provocada por um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que surpreendeu o mercado e derrubou os preços na CBOT, disse a analista.
O volume de contratos negociados na Bolsa de Commodities de Dalian recuou para 193.116 lotes, ante 384.888 lotes na sexta-feira. O número de contratos abertos caiu 1.706 lotes, para 335.640 lotes.

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