sexta-feira, 20 de novembro de 2009

SOJA: PLANTIO MATO GROSSO EM 92,8%.

 O plantio da soja avançou dez pontos porcentuais nesta semana e atingiu 92,8% da área de 5,941 milhões de hectares estimada para esta safra, aponta levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea). Nesta safra, o ritmo do plantio está levemente superior ao da safra passada em 1,3 ponto porcentual. A estimava de produção do Imea é de 17,846 milhões de toneladas. Na região do médio-norte, a maior produtora, já foram semeados 98,7% dos 2,410 milhões de hectares projetados, com destaque para Lucas do Rio Verde e Sorriso, onde o cultivo já foi concluído. Um dos motivos do avanço do plantio em Sorriso, o maior produtor de Mato Grosso, com 600 mil hectares, é a pressa dos produtores em antecipar o cultivo da soja para assegurar o plantio do algodão adensado em janeiro.
A região onde os trabalhos mais avançaram foi a Sudeste, com 234.135 hectares cultivados nesta semana, que representaram um avanço de 16,5% ante a semana anterior. Na região foram semeados até agora 1,147 milhão de hectares, que correspondem a 97,4% dos 1,382 milhão de hectares projetados pelo Imea. O plantio na região está 6 pontos porcentuais adiantado emrelação a igual período do ano passado.
Em termos porcentuais, a região nordeste de Mato Grosso é onde o plantio está mais avançado em relação à safra passada. Até esta semana, foram semeados 48,2% dos 519,4 mil hectares previstos, enquanto em igual período do ano passado o porcentual era de 40,2%. O maior atraso ocorre na região noroeste, onde o plantio atingiu 91,7% dos 226,2 mil hectares estimados, ante 96,9% em igual período do ano passado. Ferrugem
Nesta semana, Consórcio Antiferrugem identificou o primeiro foco de ferrugem asiática da soja em lavoura comercial da safra 2009/10, no município de Pedra Preta (238 km de Cuiabá). Na semana passada, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) havia detectado um foco na área urbana de Campo Verde (130 km de Cuiabá). O gerente técnico da Aprosoja, Luiz Nery Ribas, alerta que neste ano a ferrugem apareceu mais cedo, o que pode levar esta safra a ter um custo superior àpassada, por causa dos gastos com defensivos. Segundo a Aprosoja, no ano passado, o primeiro foco de ferrugem em lavoura comercial no Mato Grosso foi no dia 8 de dezembro, ou seja, a ferrugem apareceu 22 dias antes nesta safra.

SOJA: BRASIL EXPORTA 28,173 MILHÕES DE TONELADAS.

As exportações brasileiras de soja em grão totalizam 28,173 milhőes de toneladas entre janeiro e outubro, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No mesmo período do ano passado, os embarques haviam sido de 23,026 milhões de toneladas. Em todo o ano passado, o Brasil exportou 24,5 milhões de toneladas.
No mesmo periodo foram embarcados 10,830 milhões tons de farelo de soja ante 10,464 mil tons em 2008- e 1,528 versus 2,019 em 2008, milhões de tons de óleo de soja.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SOJA/CBOT-RESISTE À INFLUÊNCIA EXTERNA E OPERA EM ALTA

Os contratos futuros de soja resistem à influência negativa de outros mercados e fecha no firme território positivo na Bolsa de Chicago (CBOT). O vencimento com entrega em janeiro, subiu 12 cents para 10,39 cents/lb. Analistas disseram que há um cenário construtivo sobre a demanda, com fortes vendas externas(Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.349.700 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 12/11, 6% acima do volume comercializado na semana anterior e 58% maior que a média das últimas quatro semanas, os principais compradores foram China (724.700 t), México (142.200 t), Indonésia (93 mil t), Egito (88.900 t), Taiwan (86.100 t) e Irã (64.800 t), e processamento servindo de catalisadores.

O mercado está se mantendo no topo do intervalo ocupado recentemente, sustentado por compras de fundos especulativos. Há um momento altista também para o farelo de soja, resultante da demanda nos mercados doméstico e externo (EUA VENDERAM 357.500 Tons), segundo analistas. O óleo de soja opera na defensiva, pressionado pela fraqueza do petróleo e de ajustes em operações de spread entre os dois mercados.

ARGENTINA:METEOROLOGIA PREVÊ FINAL DE PRIMAVERA E VERÃO MAIS ÚMIDO

Boas perspectivas de chuvas para o resto da primavera e verão na Argentina aliviam preocupações sobre o resultado da safra 2009/10. Um relatório elaborado pelos especialistas do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta), equivalente à Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), prevê precipitações de 5 a 25 milímetros, a partir desta semana no sul da Província de Buenos Aires e na bacia do rio Salado, uma das áreas mais prejudicadas pela forte estiagem no país.Conforme o relatório, hoje e amanhã as chuvas vão beneficiar as regiões centro e norte de Buenos Aires, leste de Córdoba e de Santiago Del Estero, além do norte de Santa Fe e as Províncias de Entre Rios, Corrientes e Chaco. "Estas últimas chuvas estão melhorando a situação em algumas zonas produtivas, e as perspectivas para o que resta da primavera e verão são positivas", afirmou o diretor do Instituto de Clima e Água do Inta, César Rebella. Segundo ele, "salvo em alguns setores do sudoeste da Província de Buenos Aires, onde a produção agrícola foi muito castigada pela seca, o resto das áreas devem registrar uma melhora na cobertura vegetal e na oferta forrageira graças às chuvas".Rebella disse que "de hoje até o fim de semana as chuvas melhorarão a oferta hídrica em Córdoba, Santa Fe, Santiago Del Estero, Chaco e leste de La Pampa". O instituto prevê ainda um aumento paulatino da temperatura no Pacífico Equatorial, que provocaria um grande volume de chuvas durante o final da primavera e começo do verão. "O milho e a soja serão os cultivos mais beneficiados com as chuvas, já que o ciclo de implantação de ambos é mais longo e permite uma espera maior até que as chuvas se normalizem", explica o Ministério de Agricultura. Rebella afirma que "o milho plantado em uma segunda etapa também terá possibilidades de chegar a um volume aceitável de colheita". Apesar do otimismo, o técnico reconheceu que, em algumas áreas, as chuvas serão insuficientes para recuperar a umidade do solo, como na Província de San Luis, onde os reservatórios de água estão secos. Nestas superfícies, "é recomendável o implante mínimo ou o implante tardio, segundo o caso", afirmou. Rebella disse ainda que "a consolidação do fenômeno El Niño e as chuvas esperadas para o verão e o outono próximos geram boas expectativas para o início da próxima safra, na qual a oferta forrageira vai melhorar, favorecendo a atividade de gado de corte e de leite, como também a colheita de grãos e oleaginosas". As regiões mais castigadas pela estiagem são o oeste e sudoeste da Província de Buenos Aires e as Províncias de Córdoba, San Luis e La Pampa. Nestas áreas, em 2009, "as precipitações se encontram entre 20% a 40% abaixo de seus valores normais (comparados com valores médios entre 1961 a 1990)", disse à AE a chefe do Departamento de Agrometeorologia do Serviço Meteorológico Nacional, Liliana Núñez. "Nesta região, em alguns municípios, as precipitações estiveram totalmente ausentes durante mais de 60 dias consecutivos", ressaltou. Durante este ano, continuou, estas zonas registraram temperaturas máximas médias acima dos valores normais, em geral com um desvio superior a +1°C, o que provocou uma grande evaporação, a qual intensificou o déficit hídrico existente.A meteorologista relatou que nas zonas com maior ausência de umidade os produtores rurais, em geral, não semearam nada porque ficaram esperando as chuvas. Por isso, a superfície plantada de trigo se reduziu de 5,5 milhões de hectares para 2,8 milhões.

SOJA BRASIL-COMERCIALIZAÇÃO MAIS LENTA.

Com mais de dois terços da nova safra de soja já plantada, os produtores brasileiros negociaram antecipadamente menos de 20% da produção esperada. Embora as estimativas variem, participantes do mercado são unânimes em afirmar que o ritmo é mais lento do que o observado nos anos anteriores, o que afeta o fluxo de caixa do agricultor e, principalmente, aumenta os riscos do negócio. O diretor da Tetras Corretora, Renato Sayeg, afirma que mais de 35% da safra 2008/09 havia sido comercializada em igual período do ano passado. O ritmo deste ano também é inferior à média dos últimos anos, próxima de 25%. Para o trader, a lentidão já era esperada devido à perspectiva de uma produção mundial recorde. "A oferta deve crescer 19% este ano e superar a demanda pela primeira vez depois de dois anos de déficit. Esse quadro por si só já é tranquilizador para quem compra soja", explica. Sayeg chama a atenção para o fato de que a China, maior importador mundial do grão, já reduziu suas importações depois de importar um volume recorde no primeiro semestre. Segundo dados da Administração Geral Alfandegária chinesa, o volume médio mensal importado caiu quase 31% nos três últimos meses, na comparação com a média do primeiro semestre, para menos de 2,6 milhões de toneladas. Trata-se do nível mais baixo desde o primeiro trimestre do ano passado. Se o cenário é mais confortável para o comprador, que não precisa correr para assegurar seu abastecimento, o produtor dá sinais de que está insatisfeito com as condições atuais. Embora os preços internacionais da soja estejam pelo menos 10% acima do que os registrados em novembro de 2008 e sejam 40% maiores do que a média histórica para esta época do ano, o câmbio valorizado compromete a renda do setor. Em dólar, um contrato de soja para entrega em maio era negociado a US$ 9,20 o bushel ou US$ 20,44 a saca na Bolsa de Chicago (CBOT) em novembro do ano passado. Com o dólar a R$ 2,30, o produtor recebia cerca de R$ 47 por saca. Hoje, o mesmo contrato vale US$ 10,35 o bushel ou US$ 23 a saca, mas, com o dólar a R$ 1,71, o produtor recebe apenas R$ 39,33 a saca. "A dinâmica do câmbio não está sendo boa para o produtor, já que o dólar na época do plantio estava mais alto do que na comercialização. Se esse dólar tivesse se mantido perto dos R$ 2, teríamos um maior volume comercializado", afirma Sayeg.
Segundo José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, maior cooperativa de grãos do País, os preços são remuneradores para o produtor se forem levados em conta apenas os custos operacionais de produção, que caíram este ano. "Para o produtor que está com as contas em dia, vender agora não é um mau negócio", afirma. Cálculos do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) mostram que os produtores do Estado desembolsaram, em média, o equivalente a R$ 21,06 por saca de soja no plantio deste ano, o que significa uma economia de 12,1% em relação à safra passada. Já o custo total, que inclui o custo da terra, a depreciação das máquinas e outras despesas fixas, recuou 5,6%, para R$ 34,63 a saca. "O problema é que um grupo grande de agricultores está muito endividado. Para eles, a conta pode não fechar", afirma Gallassini.Para o diretor da consultoria mineira Céleres, Anderson Galvão, o pequeno volume de negócios também se deve à postura mais retraída por parte das tradings, que vêm reduzindo sua participação no financiamento da safra por meio de compras antecipadas. "Ou as tradings continuam a enfrentar dificuldade para levantar crédito lá fora ou decidiram, estrategicamente, livrar-se desse ônus", afirma o especialista. Galvão acredita que a queda dos juros no País e o aumento do crédito público fizeram com que o financiamento ao produtor se transformasse em um negócio menos atrativo para as multinacionais.
Fundamentos - Para os agricultores, o maior risco é que os preços em Chicago cedam dos níveis atuais nos próximos meses. Segundo Vinícius Ito, analista da corretora Newedge USA, em Nova York, os fundamentos não sustentam uma soja acima de US$ 10 o bushel: além dos Estados Unidos, Brasil e Argentina também devem colher uma produção recorde em 2009/10. "Os preços podem cair e, possivelmente, registrar novas mínimas para esta temporada", afirmou.
Ou seja, existe o risco de que a soja volte a ser negociada abaixo dos US$ 9 o bushel. Segundo a Agroconsult, isso faria com que a rentabilidade média do produtor caísse de R$ 415 para R$ 227 por hectare, no Mato Grosso, e de R$ 570 para R$ 375 por hectare, no Paraná, considerando a manutenção do câmbio no nível de R$ 1,70.Galassini, da Coamo, vê o cenário com preocupação. "O produtor tem sempre a expectativa de que o preço suba, mas parece mais provável que o preço caia um pouco mais no ano que vem", afirma. O presidente da Coamo pondera, contudo, que o mercado ainda pode reagir caso haja problemas com a safra sul-americana, que ainda está sendo plantada. "Além disso,os países estão saindo da crise, e isso pode fortalecer a demanda", acrescentou. Anderson Galvão, em contrapartida, tem uma perspectiva mais otimista em relação aos preços. "Acredito que já tenham atingido os níveis mínimos da safra 2009/10", afirma. Para ele, os preços agrícolas estão sofrendo um ajuste de alta diante da desvalorização do dólar. "A soja está atrasada nesse processo", avalia.

SOJA/USDA: EUA VENDERAM 1,349 MI DE T

Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.349.700 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 12 de novembro, 6% acima do volume comercializado na semana anterior e 58% maior que a média das últimas quatro semanas. Os dados são do relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os principais compradores foram China (724.700 t), México (142.200 t), Indonésia (93 mil t), Egito (88.900 t), Taiwan (86.100 t) e Irã (64.800 t).Os embarques no período somaram 1.724.200 toneladas -nível mais alto já registrado no ano comercial-, 5% acima do volume observado na semana anterior e 24% superior em relação à média das últimas quatro semanas. Os principais destinos foram China (914.500 t), Taiwan(146.700 t), México (132.300 t), Indonésia (92.100 t), Egito (86.900 t) e Tailândia (70.600 t).

ARGENTINA: CHUVAS IRREGULARES DEIXAM PRODUÇÃO DE SOJA EM SUSPENSE

Os próximos 30 dias vão ser decisivos para a soja argentina de 2009/2010. "Se chover bem até dezembro a soja pode ser implantada sem problemas", afirmou a especialista Stela Carballo, do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta), equivalente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em entrevista à Agência Estado, a pesquisadora explicou que a situação climática em seu país não é uniforme e as projeções sobre as necessidades de chuvas para cada região variam de acordo com o grau de aridez dos solos. Mas em termos gerais, ela comentou que as expectativas dos especialistas são de chuvas ainda neste mês de novembro."Em uma parte está chovendo demais, como na zona mesopotâmica (nas Províncias de Missiones, Corrientes e Entre Ríos), norte de Buenos Aires e Sul de Santa Fe, onde houve bom desenvolvimento do trigo e boa implantação do milho e da soja", detalhou. Os problemas de estiagem,segundo a técnica, "se concentram na região chaquenha (Províncias de Formosa, Chaco, leste de Salta, a maior parte de Santiago del Estero, norte de Santa Fe e parte de Tucumán e Córdoba), que reduziu a superfície de girassol e de trigo e a produção de gado, devido à falta de chuvas, com o outono foi muito seco, não permitindo a umidade do solo". No entanto, choveu 200 mm nessa região, "corrigindo a estiagem na maior parte e deixando uma umidade que vai servir para os cultivos de verão (soja e algodão)", ressaltou. Carballo destaca que, na região Central de Buenos Aires, havia boa umidade para os cultivos de inverno (trigo, milho, cevada e girassol), mas em outubro o clima não ajudou e as chuvas não asseguraram a umidade necessária para o cultivo da soja. Porém, as chuvas das últimas horas "estão mudando o panorama". "Estamos otimistas", diz ela. A especialista reconhece que a estiagem provocou graves problemas com a cevada e, especialmente com o trigo, que foi plantado somente em 2,7 milhões de hectares ante os habituais 5,5 milhões de hectares anteriores. "A questão do trigo não é só por causa da estiagem, que impedia a implantação no momento adequado, mas também a baixa rentabilidade do grão em comparação a soja, por exemplo", ponderou Carballo. Ela diz que as principais zonas afetadas foram o centro de Córdoba, extremo sul de Buenos Aires, La Pampa, norte de Santa Fe e Chaco."O que se perdeu já se perdeu, a questão agora é a soja, que precisa ter um mínimo de 50 mm de chuva para ser implantada", afirmou. "Mas é importante que tenhamos volumes maiores porque, se deixar de chover, o cultivo não pode se desenvolver", destacou. Carballo disse que, para recuperar as superfícies de La Pampa, sudoeste e extremo sul de Buenos Aires, oeste de Córdoba, por exemplo, é necessário que o solo acumule um metro de umidade, ou seja, que chova 100 mm. "Está chovendo nesses dias e as previsões são de chuvas que não serão muito significativas, mas contínuas. A questão é se vai chover nessas áreas afetadas. Até agora, a chuva está concentrada sobre o leste do País", informou. A técnica explica que os dois últimos outonos foram os mais secos dos últimos 70 anos, o que dificulta a cobertura do déficit hídrico dos solos com as atuais chuvas. "Que continue chovendo, e muito, no extremo sul e oeste de Buenos Aires, mas a situação mais preocupante é em todo centro e sul de La pampa e centro-oeste de Córdoba", diz. Apesar disso, a especialista afirma que "há um processo de reconversão com o El Niño, que está atrasado, mas está corrigindo a estiagem".

ARGENTINA: PRODUTORES CONTABILIZAM PERDAS COM ESTIAGEM

Os efeitos da prolongada estiagem em áreas produtoras da Argentina desanimam os produtores rurais. "Estamos rumo a perder um terço dos 30 milhões de hectares cultivados que temos no País", afirmou o presidente da Federação Agrária da Argentina, Eduardo Buzzi, que representa os pequenos produtores. A seca tem sido uma constante no pais desde a última safra de 2008/09,
considerada a pior desde 1960. Em algumas zonas produtoras, como em Patagones, no sudoeste da Província de Buenos Aires, a situação é de calamidade."Dos 2.500 hectares que eu tinha plantado com trigo, aveia e cevada, agora só tenho uma miséria de pasto pra alimentar as 10 vacas que me restaram das 600 que cheguei a ter", lamentou o produtor Albino Blázquez, 67 anos. Ele diz que, por causa da seca, já não há trabalho nem produção nessa zona, que envolve pelo menos quatro municípios. "A gente pensava que a seca ia durar um ano e começamos a vender uma parte do gado para alimentar a outra e continuamos a plantar, mas a estiagem foi se repetindo e perdemos tudo", relatou referindo-se à tendência de estiagem iniciada há cinco anos em seu município. Patagones costuma registrar um volume menor de chuvas que outras áreas da Província de Buenos Aires, como Pergamino, onde o solo é mais fértil e mais úmido. A desertificação da região foi objeto de conversa entre o governador da Província, Daniel Scioli, e o presidente de Israel, Shimon Perez, em sua visita ao País na última segunda-feira (16). A experiência israelita com a recuperação de terras no deserto poderia ajudar a Argentina a reverter a "pronunciada e devastadora seca", como definiu Scioli. De fato, uma empresa israelita realiza trabalhos na região, mas os produtores já não acreditam em um futuro no campo "porque o governo não tem uma política para resolver o problema", como disse Guillermo Belloso, presidente da Federação Agrária de General Villegas, outro município afetado pela estiagem. "Um produtor destas terras não pode pagar o mesmo de retenções (impostos de exportações) que um agricultor de Pergamino", queixa-se Belloso. Queda dos investimentos - "Com o sistema de retenções e a falta de políticas agropecuárias de médio e longo prazos, o produtor foi afetado nas suas decisões de investimentos", explicou Belloso. Somando as incertezas com a política oficial, os pagamentos de retenções e a seca, o cenário é de dificuldades para o setor. A Associação Argentina de Meteorologia afirma que a região sudoeste de Buenos Aires não é uma exceção e que a estiagem é uma tendência. "O que começou como um problema climático se tornou uma crise social e todos precisam de ajuda do governo para comer", afirmou o presidente da Associação de Produtores de Villarino Norte, Fernando Carrizo Fierro. Segundo ele, a região se tornou marginal. Em Córdoba, outra província produtora de grãos e de gado, a água está faltando até mesmo para o consumo humano. Segundo o governo, os reservatórios guardados para os cidadãos só são suficientes para mais 10 dias se não chover fortemente. A província perdeu praticamente tudo o que plantou até o momento. O governo já reconheceu que a colheita será de apenas 250 mil toneladas, o que representa 91,5% menos que a safra de 2008. Perdas - As projeções são de que Córdoba vai ter que importar alimentos para a população, especialmente o trigo, segundo confirmou o produtor Juan Carlos Martínez, da Associação de Cooperativas Argentinas. As perdas estão avaliadas em US$ 160 milhões.O pior golpe é contra a soja, que até o momento só foi semeada em 15% da superfície de 15 milhões de hectares destinados a esse cultivo. No caso do trigo, somente 2,8 milhões de hectares estão plantados, ante os 5,5 milhões da safra anterior. Nas contas da corretora Artegran, os argentinos não sofrerão com a falta de pão, mas na hora de olhar toda a cadeia de alimentos que depende do trigo não há tanta segurança assim. "Hoje a Argentina tem um consumo de 6,5 milhões de toneladas de trigo, e essa safra vai levantar uns 7,5 milhões de toneladas, o que nos mostra que não teremos problema nesse ano, mas se a tendência de estiagem continuar teremos complicações em 2010", afirmou César Gagliardo, presidente da Artegran. O problema afeta também o leite e a carne. A Associação Agrícola de Gado de La Pampa informou que a atual seca já matou um milhão de cabeças de bovinos, mas esse número deve subir para 1,5 milhão até o final do ano. A última projeção da Bolsa de Cereais de Rosário é de que a produção da Argentina 2009/10 será significativamente menor do que se esperava inicialmente. Em uma nota divulgada na segunda-feira (16), a Bolsa de Rosário avalia que a safra de soja será a mais prejudicada e somará 47 milhões de toneladas. "A seca está afetando algumas províncias, como Córdoba, Santiago del Estero, Oeste de Buenos Aires e partes do Norte do país, o que leva a crer que as estimativas deverão ser reduzidas, e não elevadas", comentou.Segundo as projeções da bolsa, a produção total de grãos ficará em 77 milhões de toneladas, ante as 63 milhões de toneladas da última safra, das quais 47 milhões de toneladas de soja, 13 milhões de toneladas de milho, 8 milhões de toneladas de trigo, 3 milhões de toneladas de semente de girassol, 2 milhões de toneladas de sorgo e 4 milhões de toneladas de outros grãos.

MÁRIO MARIANO

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CBOT – GRÃOS RECUAM NO FECHAMENTO.

Os preços internacionais da soja perderam os ganhos na Bolsa de Chicago, abaixo das maximas do dia a u$ 10,49 vencimento janeiro. Participantes do mercado realizam lucros e pressionam as cotações.
O esgotamento das compras de fundos, que recentemente puxaram os preços para seus níveis mais altos em três meses, abriu as portas para o recuo. Traders disseram que a condição de sobrecomprado do mercado também pesa sobre a soja. Por outro lado, a forte demanda para exportação e processamento continua sendo um fator altista e ajuda a explicar os ganhos.

MILHO

Os preços futuros do milho saíram do terreno positivo em que estavam mais cedo e operam com perdas de 3 cts, em meio a questionamentos sobre a força dos fundamentos. Vencimento em março, caíu 4 cents para US$ 4,14/bushel. O analista Jason Britt, presidente da corretora Central State Commodities, afirmou, no entanto, que isso não quer dizer que o mercado não poderá "decolar" novamente. O mercado recuou no meio do pregão, acompanhando também os mercados de trigo e soja. Mas ponderou que, ultimamente, os futuros têm escorregado durante a sessão, mas no fim do dia "chegam os fundos outra vez". Apesar da força técnica do mercado, analistas disseram que a demanda não sustenta os preços mais altos do milho.

Brazil is headed for a record soybean crop, Crop Expedition data shows

 

Brazil is headed for a record soybean crop, Crop Expedition data shows

DOLAR .

Dólar a vista 1,7095 -0,35%
Dezembro 1,7135 -0,15%
Janeiro 1,7250 -0,17%
Fevereiro 1,7340 -0,52%
Abril 1,7530 -0,57%
Julho 1,7870 -0,39%

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Plantio de soja atinge 82% da área no MT.

O plantio de soja em Mato Grosso já atinge 82% da área destinada à oleaginosa na safra 2009/2010. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostram que dos 5,941 milhões de hectares previstos para serem plantados nesta temporada, 4,871 milhões (ha) já foram semeados. O percentual registrado no levantamento é 1,8% maior que o verificado no mesmo período do ano passado, quando haviam sido plantados 80,2% da área. O plantio deve ser concluído nos primeiros dias de dezembro. Nem mesmo a chuva que caiu nos últimos dias atrapalhou os trabalhos na fazenda, ao contrário, o clima está sendo favorável. A afirmação é do diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro. Ele diz que alguns municípios onde a chuva não ocorreu anteriormente, colaborando para o desenvolvimento da etapa, agora está caindo e animando os sojicultores, que estavam esperando um desempenho aquém do previsto. "Mas não é nada preocupante. Os sojicultores estão otimistas com o plantio, o que está causando certo receio é a comercialização".
De acordo com o acompanhamento de plantio da soja do Imea, as regiões onde estão as maiores concentrações de lavouras são a Médio-Norte e Sudoeste, com 2,410 milhões de hectares e 1,419 milhão de hectares, respectivamente. Na Médio Norte, o percentual plantado é de 91,5% totalizando 2,205 milhões de hectares semeados. Já no Sudoeste, 1,147 milhão de hectares já foram plantados, resultando em 80,9% da área prevista para este ano agrícola na região.
O maior percentual semeado registrado no Estado é na região Norte, com 92,3%, porém é a que totaliza menor área, com 32 mil hectares. A região Noroeste plantou 80,9%, o que equivale a 182,995 mil (ha) de um total de 226,2 mil (ha) estimados para a safra 2009/2010. O Centro-Sul plantou 335,807 mil (ha) equivalente a 83,1% dos 404,1 mil (ha). "No geral estamos bem adiantados. Isso é bom para o produtor, já que com um plantio tranquilo, terá uma preocupação a menos quando for vender a safra".

PLANTIO-PARANÁ CULTIVOU 96% DO MILHO E 82% DA SOJA

O plantio da safra verão avançou nesta semana no Paraná, onde 96% da área de milho e 82% da de soja foi cultivada até a segunda-feira (16). Levantamento semanal realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) mostra que as condições de desenvolvimento são boas para 96% das lavouras de soja e 89% de milho. A oleaginosa tem 75% da área plantada ainda em desenvolvimento vegetativo. De acordo com o Deral, 2% da produção de soja já foi comercializada pelo produtor. Das lavouras de inverno, o trigo tem até esta semana 92% da área colhida. 13% da produção foi comercializada até o momento, segundo o Deral. Já em relação à safrinha de milho, a comercialização atinge 61% da produção. Os produtores paranaenses ainda tem 11% da safra de milho verão 2008/09 a comercializar.

MÁRIO MARIANO

CHAMADA DE BAIXA SOJA E MILHO NA CBOT.

Chamada de abertura para soja e milho na bolsa de Chicago em baixa de 3 a 5 cts bushel.
Boas chuvas na Argentina e previsão de mais precipitações para fim de semana deverão atrair realização de lucros após forte alta das commodities ontem. Previsão de colheita lenta no meio-oeste americano para milho poderá servir de suporte aos preços, uma vez que há úmidade para toda esta semana, porém os trabalhos de campo seguirão com alguma dificuldade sem paralizações. Chuvas na parte central de Illinois nesta noite já motivou compras no pregão noturno, entretanto a força do dolar frente outras moedas e baixa das ações nas bolsas da europa catalizou vendas de fundos arbitrando commodities agrícolas contra ativos financeiros.

GRÃOS/EUA: COLHEITA AVANÇA, MAS AINDA SEGUE ATRASADA .

Soja
A colheita de soja está se tornando um problema menor, embora produtores ainda não tenham alcançado a reta final. O USDA informou que a colheita de soja foi 89% concluída até domingo, acima dos 75% na semana anterior, mas abaixo da média dos últimos cinco anos de 96%. Traders esperavam que a colheita atingisse 90%."Grande parte dos principais estados produtores de soja continua abaixo do ritmo normal, mas avanços significativos foram feitos com o tempo seco na semana passada. O mercado começa a se concentrar nas condições climáticas da América do Sul e na sua temporada de plantio.

Milho
A colheita de milho ganhou ritmo na semana passada, conforme esperado, em meio a vários dias de estiagem no cinturão produtor do grão nos Estados Unidos. A conclusão da colheita de soja em muitas áreas permitiu aos produtores concentrar atenção no milho, disseram analistas. A safra de milho foi 54% colhida até domingo, ante 37% na semana anterior, mas bem abaixo dos 77% no ano passado e da média dos últimos cinco anos, de 89%. Analistas previam que a colheita estivesse em torno de 50% a 60% concluída. Mas a safra em alguns estados do norte do cinturão produtor de milho permaneceu bem atrás do cronograma. A colheita atingiu apenas 35% no Michigan, 43% no Minnesota, 27% em Dakota do Sul, 38% em Wisconsin e 8% em Dakota do Norte. Em Illinois, importante produtor do grão, 52% da safra foi colhida, acima dos 31% na semana passada, mas abaixo da média de 95%. O tempo úmido em grande parte do cinturão produtor de milho nesta semana pode limitar o progresso da colheita, afirmaram analistas. O analista da Benson Quinn Commodities, Jon Michalscheck, também observou que o governo parou de relatar a porcentagem da safra que nem mesmo atingiu a maturidade, "o que ainda parece ser bastante comum" no estados de Minnesota, Dakota do Sul e do Norte. A porção da safra norte americana classificada como excelente foi 67%, ante 68% na semana anterior.

SOJA: CHICAGO FECHA EM FORTE ALTA COM RECUO DO DÓLAR

Os preços futuros da soja fecharam a segunda-feira em forte alta na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato mais negociado, para entrega em janeiro, registrou valorização de 23 cents ou 2,33%,cotado a US$ 10,10 o bushel no encerramento dos negócios. Praticamente todas as commodities registraram ganhos expressivos, impulsionadas pelo influxo de capital especulativo (compra de fundos de investimentos). Apenas no pregão viva-voz, fundos registraram uma compra líquida de 5 mil contratos de soja, mil de farelo e outros 2 mil de óleo. Segundo analistas, os fundos estão procurando ativos físicos com potencial de valorização frente a sinais inflacionários nos Estados Unidos. O dólar caiu para o menor nível desde agosto do ano passado, o que elevou os preços do ouro, do petróleo e de produtos agrícolas -ativos denominados em dólar.
O mercado também encontra suporte na forte demanda por soja americana e na previsão de chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos, o que pode atrasar o encerramento da colheita da safra 2009/10. As pressões baixistas exercidas pela produção recorde dos Estados Unidos e pelo otimismo em relação à safra sul-americana foram deixadas em segundo plano. Compras baseadas em considerações técnicas também tiveram participação no rali de ontem. Ordens automáticas de compra foram acionadas depois que o contrato janeiro rompeu a marca psicológica de US$ 10 o bushel.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SOJA: PLANTIO ATINGE 61%.

Os brasileiros plantaram 61% da área estimada com soja na safra 2009/10 até a última sexta-feira, informou relatório divulgado pela consultoria mineira Céleres. Trata-se de um avanço de 13% em relação à semana anterior. Os trabalhos estão adiantados não apenas em relação ao ano passado, mas à média dos últimos cinco anos para o período (55%). Maior produtor de soja do País, o Mato Grosso é também o Estado mais adiantado. Até sexta-feira, 87% da área havia de soja estava plantada, ante 79% na semana anterior e 80% um ano antes. Em Goiás, o plantio chegou a 78%, ante 64% uma semana antes e 65% em igual época de 2008. No Paraná, segundo maior produtor, a área cultivada saltou de 52% para 72% na última semana, ficando apenas um ponto porcentual atrás do ritmo observado um ano antes. Já o Rio Grande do Sul cultivou 25% da safra 2009/10, um avanço de 13 pontos porcentuais na semana. Há um ano, a área plantada somava 22%.

GRÃOS/ARGENTINA:PRODUÇÃO DE SOJA 47 MILHÕES TONS.

A produção da safra de grãos da Argentina 2009/10 será significativamente menor do que se esperava inicialmente, por conta da seca nas lavouras do extremo Oeste do Cinturão, de acordo com a última projeção da Bolsa de Grãos de Rosário. "Desde o começo temos sido um pouco pessimistas no que diz respeito às previsões, especialmente para a soja", disse a bolsa. Embora alguns analistas prevejam mais de 55 milhões de toneladas de soja, a Bolsa de Rosário avalia que a safra somará 47 milhões de toneladas. "A seca está afetando algumas províncias, como Córdoba, Santiago del Estero, o Oeste de Buenos Aires e partes do Norte do país, o que leva a crer que as estimativas deverão ser reduzidas, e não elevadas", comentou.
A projeção da bolsa é de que a produção total de grãos nesta temporada totalize 77 milhões de toneladas, mais do que as 63 milhões de toneladas de 2008/09. Espera-se que a produção resulte em 47 milhões de toneladas de soja, 13 milhões de toneladas de milho, 8 milhões de toneladas de trigo, 3 milhões de toneladas de semente de girassol, 2 milhões de toneladas de sorgo e 4 milhões de toneladas de outros grãos.

CHAMADA DE SOJA EM ALTA DE 8 A 10 CTS.

A segunda feira está recheada de notícias animadoras para alta dos preços  na CBOT.

Crescimento de 1,2% do pib do Japão no 3º trimestre estimularam as compras nas bolsa de valores asiaticas e europeias, além das aquisições de petróleo após queda de preço na sexta feira com aumento de estoque americano, ainda com efeito da melhora econômica do pais asiático, petróleo e ouro foram alvos de compras por fundos, elevando as cotações acima de 1,3%.

As importações de soja da China devem subir mais de 12% neste ano, para mais de 42 milhões de toneladas, informou um instituto de pesquisa do governo em um relatório nesta segunda-feira, a previsão de importações maiores em novembro e dezembro, projetadas em 3,8 milhões e 4 milhões de toneladas,respectivamente, ajudará a impulsionar as compras de fundos provocando novas altas já visto no pregão noturno desta segunda feira.

As importações de óleos vegetais da Índia até 31 de outubro atingiram recorde de 8,66 milhões de toneladas, alta de 37%, informou uma associação indiana que reúne processadores de oleaginosas, nesta segunda-feira. As importações totais de óleos comestíveis avançaram 46%, para 8,18 milhões de toneladas.

A NOPA, associação das empresas esmagadoras de soja dos EUA, informou o processamento de 4,226 milhões de toneldas em outubro, acima das expectativas de mercado de 3,78 milhões de tons.

MÁRIO MARIANO

GRÃOS DEVEM SEGUIR INDICADORES FINANCEIROS.

Os preços futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) devem manter-se, ao longo dos próximos dias, perto dos níveis observados recentemente. Com a colheita americana caminhando para o fim e as condições por enquanto favoráveis para o plantio na América do Sul, o mercado tende a acompanhar a oscilação dos indicadores financeiros e o interesse dos fundos de investimento.
Na semana passada, as cotações da soja subiram mais de 3,3%, enquanto milho e trigo acumularam valorização de 6,4% e 8,4%, respectivamente. O mercado continua a demonstrar uma força atípica para esta época do ano. O desempenho semanal das três commodities foi bem superior ao do índice CRB, que apura o comportamento de uma cesta de matérias-primas, e do petróleo, que tem grande influência sobre os preços dos grãos. Segundo analistas, a confirmação de uma colheita recorde de soja e milho nos Estados Unidos, a perspectiva de uma safra cheia também na América do Sul e os amplos estoques mundiais de trigo deveriam pesar sobre as cotações, especialmente nesta época do ano. Contudo, a desvalorização do dólar e o ambiente macroeconômico favorável estimulam os fundos a continuar comprando commodities.Outro fator altista é a demanda, sobretudo por soja. Segundo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)divulgado na sexta-feira, os americanos fecharam contratos de exportação para 1,27 milhão de toneladas de soja para entrega em 2009/10 na semana encerrada no último dia 5. Trata-se de um aumento de 82% em relação à média apurada nas cinco semanas anteriores. Só a China comprou 961,2 mil toneladas. Com isso, os americanos já venderam o equivalente a 70% do volume total estimado pelo USDA para a temporada 2009/10, que termina apenas em setembro do ano que vem. Segundo analistas, a China estaria se garantindo contra uma eventual escalada nos preços em caso de quebra na safra sul-americana - um filme já visto em 2008. Caso não haja problemas com as colheitas de Brasil e Argentina, os chineses poderão cancelar algumas dessas compras junto a fornecedores americanos e buscar soja e milho mais baratos nos portos sul-americanos no ano que vem.Segundo fontes do mercado americano, o ímpeto das exportações de soja é tão grande que acabou criando um problema para os esmagadores locais. A indústria tem enfrentado dificuldade em originar a soja de que precisa para efetuar as entregas de farelo com base nos contratos futuros que vencem em dezembro, fato que vem sustentando os preços do farelo.
Outro fator bastante comentado na semana passada foi a presença de níveis elevados de vomitoxina (substância produzida por fungos) em grãos secos de milho após o processo de destilação. Boatos deram conta de que criadores de suínos devolveram carregamentos inteiros devido à presença da substância, prejudicial para os animais. Supostamente, o problema com o milho - resultado do excesso de chuvas durante o mês de outubro - poderia levar a uma maior demanda por farelo de soja. No entanto, analistas minimizaram a questão, alegando que o impacto sobre a demanda total e, consequentemente, sobre os preços é limitado.

SOJA: APÓS COLHEITA EUA MIRA PERSPECTIVA DE DEMANDA.

Os participantes do mercado de soja devem se concentrar no desempenho das vendas dos Estados Unidos, agora que a colheita da oleaginosa no país está sendo concluída. Apesar de um forte começo da temporada de exportação 2009/10, será difícil para o mercado se desvencilhar de influências como inflação, o desempenho do dólar e uma série de outras questões, que podem ter impacto na demanda. No atual ano comercial 2009/10, as exportações da commodity dos Estados Unidos apresentam alta de 58% frente ao ano anterior, ante expectativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de aumento de 3,3%. O ano comercial começou em 1º de setembro. O apetite da China por soja tem sido e continua sendo aspecto fundamental para as exportações da oleaginosa norte-americana. Desde 1º de setembro, os compromissos de exportação dos Estados Unidos totalizaram 24,682 milhões de toneladas, com a China respondendo por 15,119 milhões."O mercado não conseguirá se livrar do âmbito macroeconômico, uma vez que a janela de oportunidade de novos negócios de exportação é estreita", afirmou Dan Basse, presidente da AgResource Co, em Chicago. Isso porque, as recentes importações da China indicam que o país deve ter preenchido suas necessidades até janeiro e, assim que direcionar suas compras para países da América do Sul, pode haver uma dramática mudança na demanda mundial, acrescentou Basse.
A produção recorde dos Estados Unidos e estimativas de uma safra também recorde no Brasil e na Argentina deixam poucos aspectos otimistas para o mercado. Mudanças na moeda norte-americana afetarão os preços, e sem novas notícias sobre fundamentos, os futuros estarão suscetíveis ao movimento dos mercados externos. A oscilação do dólar será sentida pelo mercado de soja, mas será difícil monitorar como a oleaginosa reagirá, disse Anne Frick, analista sênior da Prudential Bache, em Nova York.
O forte ritmo de exportação incentivou analistas a elevarem suas projeções para o relatório de oferta e demanda do USDA em novembro. O órgão estimou as exportações de soja em 2009/10 em 1,325 bilhão de bushels, acima dos 1,305 bilhão de bushels previstos em outubro.

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