quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ARGENTINA:METEOROLOGIA PREVÊ FINAL DE PRIMAVERA E VERÃO MAIS ÚMIDO

Boas perspectivas de chuvas para o resto da primavera e verão na Argentina aliviam preocupações sobre o resultado da safra 2009/10. Um relatório elaborado pelos especialistas do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta), equivalente à Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), prevê precipitações de 5 a 25 milímetros, a partir desta semana no sul da Província de Buenos Aires e na bacia do rio Salado, uma das áreas mais prejudicadas pela forte estiagem no país.Conforme o relatório, hoje e amanhã as chuvas vão beneficiar as regiões centro e norte de Buenos Aires, leste de Córdoba e de Santiago Del Estero, além do norte de Santa Fe e as Províncias de Entre Rios, Corrientes e Chaco. "Estas últimas chuvas estão melhorando a situação em algumas zonas produtivas, e as perspectivas para o que resta da primavera e verão são positivas", afirmou o diretor do Instituto de Clima e Água do Inta, César Rebella. Segundo ele, "salvo em alguns setores do sudoeste da Província de Buenos Aires, onde a produção agrícola foi muito castigada pela seca, o resto das áreas devem registrar uma melhora na cobertura vegetal e na oferta forrageira graças às chuvas".Rebella disse que "de hoje até o fim de semana as chuvas melhorarão a oferta hídrica em Córdoba, Santa Fe, Santiago Del Estero, Chaco e leste de La Pampa". O instituto prevê ainda um aumento paulatino da temperatura no Pacífico Equatorial, que provocaria um grande volume de chuvas durante o final da primavera e começo do verão. "O milho e a soja serão os cultivos mais beneficiados com as chuvas, já que o ciclo de implantação de ambos é mais longo e permite uma espera maior até que as chuvas se normalizem", explica o Ministério de Agricultura. Rebella afirma que "o milho plantado em uma segunda etapa também terá possibilidades de chegar a um volume aceitável de colheita". Apesar do otimismo, o técnico reconheceu que, em algumas áreas, as chuvas serão insuficientes para recuperar a umidade do solo, como na Província de San Luis, onde os reservatórios de água estão secos. Nestas superfícies, "é recomendável o implante mínimo ou o implante tardio, segundo o caso", afirmou. Rebella disse ainda que "a consolidação do fenômeno El Niño e as chuvas esperadas para o verão e o outono próximos geram boas expectativas para o início da próxima safra, na qual a oferta forrageira vai melhorar, favorecendo a atividade de gado de corte e de leite, como também a colheita de grãos e oleaginosas". As regiões mais castigadas pela estiagem são o oeste e sudoeste da Província de Buenos Aires e as Províncias de Córdoba, San Luis e La Pampa. Nestas áreas, em 2009, "as precipitações se encontram entre 20% a 40% abaixo de seus valores normais (comparados com valores médios entre 1961 a 1990)", disse à AE a chefe do Departamento de Agrometeorologia do Serviço Meteorológico Nacional, Liliana Núñez. "Nesta região, em alguns municípios, as precipitações estiveram totalmente ausentes durante mais de 60 dias consecutivos", ressaltou. Durante este ano, continuou, estas zonas registraram temperaturas máximas médias acima dos valores normais, em geral com um desvio superior a +1°C, o que provocou uma grande evaporação, a qual intensificou o déficit hídrico existente.A meteorologista relatou que nas zonas com maior ausência de umidade os produtores rurais, em geral, não semearam nada porque ficaram esperando as chuvas. Por isso, a superfície plantada de trigo se reduziu de 5,5 milhões de hectares para 2,8 milhões.

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