Os futuros da soja fecharam em queda hoje na bolsa de Chicago, pressionados pela realização de lucros após os ralis recentes. De acordo com analistas, o mercado estava um pouco sobrecomprado após o salto de 4,1% nos preços na última semana.
O contrato maio, mais negociado, recuou 16,50 centavos, ou 1,17%, para fechar cotado a US$ 13,9375 por bushel. O novembro, referente à nova safra, perdeu 5,75 centavos, ou 0,4%, cotado a US$ 13,8925.
O suporte registrado ontem após as estimativas de oferta mais apertada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi compensado pelo avanço da colheita e pela perspectiva de uma competição maior das exportações da América do Sul.
Os futuros também sentiram a pressão de preços mais baixos no mercado à vista do Brasil e dos rumores de que a China teria cancelado aquisições anteriores em mercados de exportação devido às margens de esmagamento fracas, completaram analistas.
Os produtos derivados também tiveram queda, sendo que o farelo foi pressionado pela realização de lucros. O óleo ainda conseguiu reduzir as perdas devido ao suporte dos futuros do petróleo, segundo analistas. O petróleo influencia o óleo de soja porque este é usado na produção de combustíveis renováveis.
O contrato maio do óleo recuou 10 pontos, ou 0,2%, para terminar a 58,68 centavos por libra-peso. O maio do farelo caiu US$ 9,80, ou 2,64%, cotado a US$ 360,90 por tonelada.
MILHO: CHICAGO FECHA EM ALTA DE 6,2% PUXADA POR REDUÇÃO DE ESTOQUES
Os preços futuros do milho dispararam hoje e atingiram o maior nível desde a crise alimentar de 2008 na CBOT. O mercado recebeu um novo impulso dos dados de estoques divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que fortaleceram as preocupações com a oferta.
Os contratos com vencimento em maio, os mais negociados, avançaram 42,75 cents ou 6,17%, para US$ 7,36/bushel. A máxima foi a US$ 7,3825/bushel. Pelo segundo dia consecutivo, os futuros alcançaram o limite de alta permitido pela bolsa - ontem era de 30 cents e hoje passou para 45 cents.
Ontem, o USDA divulgou sua estimativa de que os estoques de milho em 1º de março totalizaram 6,52 bilhões de bushels, queda de 15% em relação ao mesmo momento do ano anterior e 2,7% abaixo da expectativa média dos analistas consultados pela agência Dow Jones. Os estoques mais apertados do que o esperado foram nova evidência de que os preços altos do milho não estão desacelerando a demanda diante da oferta restrita.
"O relatório de estoques do USDA realmente deixou o mercado saber que é seriamente necessário conter a demanda por meio dos preços, se não queremos ficar sem oferta antes da colheita", disse a comerciante de grãos Kayla Hoffman.
Os preços do milho mais do que dobraram no verão do Hemisfério Norte, puxados pela forte demanda. Na última valorização expressiva, alcançaram US$ 7,65/bushel, no verão de 2008.