segunda-feira, 28 de março de 2011

PERSPECTIVA: MERCADO DE GRÃOS AGUARDA ESTIMATIVA DO USDA.

O início desta semana nos mercados de soja e milho na Bolsa de Chicago será marcado pelas expectativas em torno da divulgação pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) da estimativa de plantio para a safra 2011/12, com dados fornecidos pelos próprios produtores. O relatório a ser apresentado na quinta-feira (31) é considerado como o mais importante do primeiro semestre, tendo em vista o baixo nível da oferta global dos grãos.
Até lá, e diante das incertezas sobre os números, traders devem buscam ajustar posições conforme suas percepções, abrindo espaço para a volatilidade no mercado. Em seu fórum anual de perspectivas no mês passado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou o plantio de milho em 92 milhões de acres, o de soja em 78 milhões de acres e o de trigo em 57 milhões de acres. No ciclo passado, os EUA plantaram 88,2 milhões de acres com milho, 77,4 milhões com soja e 53,6 milhões com trigo.
As expectativas, entretanto, são de que o órgão altere esses números, ainda que não esteja claro quanto, uma vez que existe o temor de que as condições úmidas verificadas no Meio-Oeste podem provocar um atraso no plantio do milho, possivelmente levando ao aumento do plantio de soja. Já para o trigo as previsões são de tempo seco nas Planícies.
Assim, a cada dia o mercado registra um novo capítulo na expectativa pelo relatório, com diferentes estimativas privadas sendo anunciadas. Entre elas, a Informa Economics divulgou números para o milho e a soja abaixo dos do USDA, respectivamente de 91,758 milhões de acres e 75,269 milhões de acres. Para o trigo, entretanto, a perspectiva é de 57,651 milhões de acres para o trigo.
Por sua vez, a publicação Farm Futures prevê que os produtores norte-americanos semearão 91,4 milhões de acres com milho e 78,5 milhões de acres com soja no ano-safra 2011/12, além de 58,4 milhões de acres para o trigo.
Na soja, uma área insuficiente exigirá uma produtividade acima do normal para se evitar outro ano de aperto nas ofertas. Ainda que a perspectiva de que as chuvas no Brasil afete a produtividade da oleaginosa no País, até que um número oficial seja divulgado paira sobre o mercado internacional uma falta de novidades no lado fundamental, o que deixa a soja suscetível à influência de outros mercados, seja milho ou trigo, seja petróleo ou dólar.
"A soja ficou andando de lado na semana passada devido à ansiedade em relação aos dados do USDA. E a não ser que haja mais vendas reportadas ou algo assim, até quinta-feira o mercado fica sem tendência definida", avalia Vinicius Ito, da corretora Newedge. Na sessão passada, o contrato maio subiu 3,75 centavos, ou 0,3%, para fechar a US$ 13,5825 por bushel devido às preocupações com a área a ser plantada nos EUA.
No milho a demanda vem chamando a atenção. Na sexta-feira o USDA anunciou a venda de 1,25 milhão de toneladas para países não revelados, e a suspeita é de que o comprador seja a China. Apesar de o mercado ter fechado em baixa pois essa venda já havia sido precificada. O vencimento maio recuou 13 centavos, ou 1,85%, e fechou a US$ 6,8950/bushel -- o milho deve encontrar um novo suporte na demanda por exportação pois traders afirmam que o USDA pode fazer novo anúncio hoje.
"Os estoques da China estão muito baixos, então se eles comprarem o preço vai subir. Em relação à área, ela aumenta, isso é mais certeza do que na soja. Mas a questão é em quanto. Se for pouco o efeito já está no preço. Se for grande, pode pesar", completou Ito.
Já o trigo continua com boas perspectivas de demanda, porém na sexta-feira sofreu pressão da realização de lucros e o vencimento maio teve baixa de 6,25 centavos, ou 0,85%, cotado a US$ 7,3325 por bushel.

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