Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta hoje, sustentados pelos temores de que os produtores dos Estados Unidos vão plantar uma área menor com a oleaginosa na nova safra 2011/12 devido à expansão do plantio de milho e algodão.
O contrato maio, mais negociado, subiu 10,50 centavos, ou 0,8%, para fechar cotado a US$ 13,72 por bushel. O novembro, referente à nova safra, ganhou 9,25 centavos, ou 0,7%, para US$13,6350.
A opinião geral no mercado é de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai confirmar amanhã, em seu primeiro relatório sobre o plantio com dados fornecidos pelos produtores, as estimativas privadas de uma queda na área de soja, de acordo com Rich Nelson, diretor de pesquisa da Allendale.
A redução da área é um problema para os usuários da oleaginosa devido à necessidade de uma grande produção para reabastecer os estoques apertados nos EUA frente a uma demanda mundial aquecida.
Os futuros da soja precisam subir para convencer os agricultores a plantar a oleaginosa, em vez de milho ou algodão, já que as três safras são semeadas praticamente na mesma época, dizem analistas.
Analistas entrevistados pela Dow Jones Newswires estimaram o plantio da soja em uma média de 77 milhões de acres, queda de 0,6% em relação ao ano passado e abaixo da estimativa inicial feita pelo USDA de 78 milhões de acres. O plantio do milho foi estimado em 91,7 milhões de acres, alta de 3,9% em relação ao ciclo anterior.
Traders compraram soja às custas do milho, uma tendência verificada nesta semana, pois acreditam em uma área menor da oleaginosa, em estoques de milho maiores e em uma alta da área de milho em relação ao ano passado, de acordo com analistas.
Os futuros dos produtos derivados também terminaram em alta, em linha com a soja. O vencimento maio do óleo ganhou 30 pontos, ou 0,5%, e fechou a 57,32 centavos por libra-peso. O maio do farelo avançou US$ 1,90, ou 0,5%, para terminar a US$ 360,50 por tonelada.
MILHO RECUA COM SINAIS DE COMÉRCIO ENTRE CHINA E ARGENTINA
O mercado futuro de milho registrou perdas hoje na CBOT conforme diminui a expectativa de exportação para a China. Os lotes mais movimentados, para entrega em maio, recuaram 8,50 cents ou 1,27% e fecharam a US$ 6,6325/bushel. Os Estados Unidos podem perder vendas para a China, caso o país asiático se volte para a Argentina para comprar milho, segundo analistas.
De acordo com o Australia & New Zealand Banking Group, essa possibilidade existe, pois autoridades de alimentação e saúde da China viajaram para Buenos Aires para discutir padrões de qualidade do milho argentino. A Argentina é o segundo maior exportador mundial do grão, atrás dos Estados Unidos. Nas últimas semanas, os futuros subiram 14% por causa de rumores sobre vendas à China.
Traders compraram soja hoje, em detrimento do milho, uma tendência observada nesta semana enquanto se espera área menor com soja nos Estados Unidos, estoques de milho mais amplos e expansão da área de milho em relação ao ano passado, de acordo com analistas.
Além disso, participantes do mercado fecharam posições antes de receber os relatórios de plantio e estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário