sexta-feira, 1 de abril de 2011

SOJA/MT : COLHEITA ATINGE 92,5% DA ÁREA.

A colheita da soja atingiu nesta semana 5,932 milhões de hectares em Mato Grosso, que correspondem a 92% dos 6,413 milhões de hectares estimados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). De acordo com a estimativa do Imea, ainda faltam 481 mil hectares para serem colhidos. Os trabalhos estão 6,2 pontos percentuais atrasados em relação ao mesmo período do ano passado, quando 98,7% da área cultivada na safra 2009/10 já estava colhida.
O diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Favaro, diz que a colheita deve ser concluída na próxima semana, com atrasos registrados na parte leste do Estado, como no nordeste, onde ainda faltam 175,3 mil hectares, e o sudeste, que ainda tem para colher 108,3 mil hectares.
Favaro cita como fator negativo desta safra o alto desconto aplicado pelas tradings no recebimento dos grãos, por causa do excesso de umidade. Ele explica que tradings não só descontam o porcentual de umidade acima do padrão, como cobram uma taxa proporcional pela operação de secagem do grão. Ao final, diz ele, o produtor chega a perder até 2% do volume entregue, a cada 1% de umidade excessiva.
Segundo o dirigente da Aprosoja, em função das chuvas constantes, a maioria dos agricultores entregou soja com excesso de umidade, pois a colheita foi realizada aproveitando os breves períodos de estiagem. Ele cita que na sua propriedade a soja foi entregue com umidade entre 20% a 24%, bem acima do ponto ideal de 14%.
Na opinião de Favaro, os descontos terão impacto na renda do agricultor, apesar da boa produtividade esperada para esta safra, entre 60 a 65 sacas por hectare. Mesmo com os descontos, ele diz que as perspectivas são otimistas, pois 78% da soja já foram comercializados e o remanescente deve ser vendido por bons preços no segundo semestre.
As preocupações dos produtores se voltam agora para o planejamento da safra 2011/12, cujos custos de produção devem aumentar, por causa da alta de preços dos fertilizantes. Favaro conta que a tonelada de fertilizante, que custava R$ 400 reais em março do ano passado, atingiu R$ 420 em dezembro. Agora, diz ele, os preços do fertilizante estão em R$ 530 a R$ 550. Os gastos com adubação correspondem a 30% do custo de produção da soja.

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