sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CBOT- SOJA FECHA EM LEVE ALTA COM BOA RECUPERAÇÃO.

Os preços dos contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago, foram pressionados por questões relacionadas à economia global e posicionamento antes do feriado. Os futuros foram inicialmente influenciados pelo ambiente externo negativo, em meio às preocupações com o aumento do compulsório na China e os problemas na Europa. A avaliação é de que o mercado já havia absorvido a ideia de uma demanda mais fraca da China por soja dos Estados Unidos devido à entrada da safra sul-americana e às celebrações do Ano Novo Lunar na Ásia na semana que vem. O início da sessão na bolsa, registrou declínio expressivo e se recuperaram com cobertura de posições vendidas antes do fim de semana de três dia nos Estados Unidos (segunda-feira é feriado do Dia do Presidente). A soja abriu em queda e recuou até US$ 9,2650 o bushel no pior momento do dia, mas conseguiu se recuperar, voltando a subir tão logo os traders avaliaram o real impacto da notícia sobre o mercado da soja. O mercado está em modo de consolidação e parece não querer oscilar agressivamente em nenhum dos dois sentidos, mas o sentimento baixista para o longo prazo continua limitando uma potencial valorização. Outro fator de peso nos preços da oleaginosa foi a divulgação das pequenas exportações da soja americana. Os Estados Unidos venderam um saldo de 312.900 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 04/2 - nível mais baixo do ano comercial -, queda de 18% frente ao volume da semana passada e de 54% em relação à média das últimas quatro semanas. Os embarques no período atingiram 1,199 milhão de toneladas, 6% abaixo do volume da última semana e 18% inferior à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram China (647.200 t), Egito (94.900 t), México (82.100 t), Alemanha (76.700 t), Países Baixos(65.600 t) e Turquia (57.100 t). O saldo da venda de óleo de soja em 44.800 toneladas (24%), inferior ao da última semana, mas 9% acima da média das quatro semanas anteriores confirmou a baixa procura pelo produto. Os embarques do produto no período alcançaram 64.600 toneladas, alta de 13% em relação ao volume da semana anterior e de 9% frente à média das últimas quatro semanas. Para o farelo de soja a tendência confirmou-se, venderam um saldo de 102.700 toneladas, 24% abaixo do volume da semana passada e 65% inferior à média das últimas quatro semanas. Os negócios serão retomados na terça-feira, quando a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa, na sigla em inglês) divulga o resultado do esmagamento de soja em janeiro.

SOMAR: FALTA DE CHUVA PREJUDICA PARTE DO SUDESTE E NORDESTE.

Os primeiros dez dias de fevereiro foram marcados pelo forte calor e chuvas irregulares em grande parte do Brasil, segundo avaliação da Somar Meteorologia. Os maiores volumes foram concentrados no Sul do Brasil, enquanto parte do Sudeste e o Nordeste continuam sofrendo com escassez de água observada desde janeiro.Conforme a Somar, a falta de chuva nas últimas semanas já se reflete na redução dos níveis de água disponível no solo sobre grande parte da Região Nordeste e em Minas Gerais e no Espírito Santo. Já no restante do Brasil e em áreas produtoras de grãos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, "a condição de umidade do solo apresenta níveis bastante satisfatórios, mesmo com chuvas irregulares e o forte calor das últimas semanas", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Segundo a Somar, existe previsão de chuva para o Nordeste somente na última semana de fevereiro. Nos próximos dez dias, as águas devem continuar concentradas sobre o Sul e o Sudeste do Brasil, por causa da atuação das frentes frias, que também favorecem a organização de chuvas sobre os Estados do Centro-Oeste.Conforme Etchichury, de um modo geral, pode-se afirmar que nas áreas de soja e milho do Sul, Sudeste e do Centro-Oeste os índices pluviométricos se intensificam e ficam mais frequentes no restante de fevereiro. Isso exigirá muita atenção dos produtores que estão em fase de colheita das lavouras.
No período, na Região Nordeste permanece cenário de forte calor e apenas chuvas isoladas e de fraca intensidade. "No entanto, esse cenário deve mudar a partir da última semana de fevereiro, quando está previsto o avanço de uma frente fria até o Sudeste do Brasil, o que deve favorecer a organização de chuvas no Nordeste, principalmente nas áreas de soja, algodão e milho do oeste da Bahia, sul do Maranhão e sul do Piauí", prevê a Somar.Outra mudança para a próxima semana é a redução do calor. A propagação de uma frente fria deve provocar uma queda da temperatura a partir da próxima segunda-feira e reduzir a forte onda de calor das últimas semanas. No Sudeste, as temperaturas tendem a diminuir no decorrer da próxima semana.

ARGENTINA- CLÌMA FAVORECE SAFRA.

De acordo com avaliação da Somar, as atuais condições climáticas favorecem o desenvolvimento das lavouras na Argentina. O acumulado de chuvas sobre a Argentina nos últimos dez dias sobre as principais regiões agrícolas variaram de 50 a 150 mm.Os maiores volumes se concentraram nas regiões centrais, leste e sul da Argentina, com acumulado na semana superando 150 mm na Província de Santa Fé.
A previsão para as próximas duas semanas, no entanto, é de redução das chuvas sobre grande parte do território argentino. As frentes frias, diferentemente do observado na última semana, passam a atuar mais ao norte, ou seja, sobre o Brasil, com as chuvas ficando restritas às províncias do norte e nordeste, enquanto devem diminuir sobre o centro e sul daquele país.Já com relação ao calor, as condições não mudam muito, segundo projeções da Somar. Mesmo depois de pequenas oscilações na temperatura durante o próximo fim de semana, a expectativa é o calor se intensificar no decorrer da próxima semana.

COMPULSÓRIO CHINÊS DERRUBA ATIVOS DE RISCO.

Os investidores se recolheram e os ativos de risco despencaram após o Banco da China (PBOC) anunciar aumento da taxa de reserva para o depósito dos bancos, apesar de ontem indicadores mostrarem queda no ritmo da inflação ao consumidor no país. Como é feriado nacional na China na semana que vem, o Ano Novo Lunar, alguns já especulavam que o BC chinês atuaria na política monetária. O anúncio do banco central foi feito praticamente junto à divulgação dos aguardados PIBs da Grécia, Portugal e zona do euro, especialmente já que a Alemanha havia informado pouco antes que sua economia surpreendentemente estagnou-se no quarto trimestre. Em um ambiente já pesado pela falta de ajuda concreta à Grécia, o euro despencou para o patamar de US$ 1,35, os futuros de Nova York foram para as mínimas, a Europa perdeu estímulo e os Treasuries, assim como os títulos dos governos europeus receberam investidores em fuga.
Segundo investidores, o Banco da Suíça interveio uma segunda vez nesta manhã para conter a apreciação do franco suíço em relação ao euro. Mais cedo, o BC suíço já havia aparecido no mercado para resgatar a moeda europeia. O PBOC anunciou que a taxa do compulsório será elevada em 0,50 ponto porcentual a partir de 25 de fevereiro.O economista do Bank of America-Merrill Lynch, Lu Ting, disse que o BC chinês está utilizando o compulsório, porque um aumento da taxa de juro poderia atrair fluxo especulativo. Segundo ele, o PBOC deve elevar o compulsório em mais 1,50% este ano. Lu estima que o PBOC não irá subir o juro até o segundo semestre. O euro caíu para US$ 1,3552 e para 121,75 ienes. Ontem, o euro fechou o pregão de Nova York cotado a US$ 1,3684 e a 122,79 ienes. O dólar subia para 89,88 ienes, saindo das máximas a 90,36 ienes. O futuro S&P 500 caía 0,69% e o Nasdaq-100 recuava 0,79%. O juro do note de 2 anos norte-americano caía para 0,84265% e o juro do note de 10 anos cedia para 3,68605%. Londres operava em baixa de 0,33% e Paris, de 0,02%; Frankfurt subia 0,32%.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

SOJA: ROYALTY ANULA COMPETITIVIDADE DE OGMS.

O custo para se combater ervas daninhas nas lavouras de soja transgênica, resistente ao herbicida glifosato, foi menor do que em plantações convencionais este ano, aponta estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Se na safra 2008/09 o manejo da soja tradicional era 23% mais barato, na safra 2009/10 ele custou, em média, 108,5% a mais do que o da soja geneticamente modificada. No entanto, os ganhos do sojicultor que plantou transgênicos foram praticamente anulados pelo pagamento dos direitos de patente da tecnologia. A maior competitividade dos organismos geneticamente modificados (OGMs) deve-se principalmente ao comportamento distinto dos preços dos herbicidas, o agrotóxico usado no controle das plantas invasoras. Entre abril e agosto do ano passado, quando os agricultores fecharam a compra desse produto, o preço do glifosato havia caído 40% na média de todas as regiões pesquisadas pelo Cepea. A queda foi bem superior à observada em relação aos concorrentes clorimuron e lactofen, que recuaram 17,5% e 7,7%, respectivamente. Além disso, os herbicidas usados para o controle de folhas estreitas, como o haloxifop-p-metil e cletodim, ficaram mais caros, o que neutralizou parcialmente a queda dos preços dos herbicidas utilizados na primeira pulverização das lavouras convencionais. Com isso, o custo de se controlar o surgimento de plantas daninhas em lavouras convencionais foi até 176% maior em Cascavel, no Paraná, 121,6% em Dourados, em Mato Grosso do Sul, 104,8% em Rondonópolis, em Mato Grosso, e 88,9% na cidade goiana de Rio Verde. Contudo, tamanha vantagem é praticamente anulada quando se contabiliza o pagamento do royalty na comercialização do grão. Em Cascavel, por exemplo, o custo operacional médio da safra foi de R$ 1.196 por hectare, no caso da soja transgênica, e R$ 1.141,90 por hectare, na soja convencional - uma vantagem de 4,8% para a convencional, conforme cálculos do Cepea. "Portanto, a expressiva queda do glifosato na safra 2009/10 não foi suficiente para reduzir o custo operacional da soja transgênica", conclui o Centro. Mesmo assim, a maior parte dos produtores optou por semear a soja geneticamente modificada pelas vantagens agronômicas que proporciona. Segundo o Cepea, os transgênicos garantem ao agricultor mais tempo para fazer o manejo das ervas daninhas depois que as plantações emergem. Além disso, o glifosato é mais eficaz que outros herbicidas no combate a algumas plantas invasoras.

FUNRURAL-STF EXTINGUE COBRANÇA.

Em julgamento ocorrido na semana passada, por votação unânime, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 8.540, de 1992. Esse dispositivo foi o que instituiu o recolhimento da contribuição para o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) sobre a receita bruta da comercialização da produção rural dos produtores, pessoas físicas. A decisão deste caso específico foi proferida no Recurso Especial nº 363.852 interposto pelo Frigorífico Mataboi S/A., de Araguari (MG), que contestava a obrigatoriedade do recolhimento da contribuição do Funrural, descontada dos seus fornecedores. O desconto dos produtores era de 2,5% sobre a receita bruta da comercialização de produtos agropecuários. Desse total, 2,3% eram destinados ao INSS e 0,2% ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).Embora essa decisão beneficie apenas os fornecedores do frigorífico mineiro, ela criou um precedente jurisprudencial que pode ser aproveitado por outros produtores de todo o País. Isto porque, ao ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei, qualquer ato que for praticado com base nela é nulo de pleno direito. Portanto, não pode haver mais a cobrança da contribuição que, legalmente, não existe.
Essa declaração de inconstitucionalidade teve por base dois fatores. O primeiro é que, sendo a contribuição de natureza tributária, não poderia ter sido criada por lei ordinária, mas por lei complementar. O segundo é que ela incidia numa bitributação, que também é inconstitucional, já que na mesma operação incidem o PIS/Cofins. Isso foi alegado no recurso e reconhecido pelo STF.

DUPLO ÊXITO
No mesmo julgamento, o STF negou pedido do INSS que pleiteava a modulação dos efeitos do recurso. A autarquia queria que seus efeitos vigorassem só a partir da data do julgamento e não retroativamente à data da publicação da lei. O argumento do INSS era de que poderá haver uma enxurrada de ações pleiteando a devolução do que foi recolhido indevidamente, causando um rombo anual de R$ 2,5 bilhões na receita da Previdência. Calcula-se que a soma dos últimos cinco anos gira em torno dos R$ 13 bilhões. Isso poderá ser uma nova briga numa segunda etapa.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA.

Os contratos futuros da soja negociados na bolsa da China terminaram em baixa nesta quarta-feira, afetados por preocupações sobre a oferta global em meio a previsões de uma safra recorde na América do Sul. O contrato de setembro fechou com queda de 28 yuans, ou 0,7%, cotado a 3.779 yuans por tonelada.O sentimento pessimista derrubou os preços, mesmo após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter reduzido suas estimativas para a oleaginosa e o milho, o que deveria beneficiar as cotações. "O efeito deste ajuste para baixo foi minimizado por expectativas sobre a safra da América do Sul". Os futuros da soja na Chicago Board of Trade (CBOT) encerraram em baixa na terça-feira, com vendas ligadas a fundos de hedge e perspectivas negativas de oferta. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura do Brasil, novamente revisou para cima sua estimativa da produção brasileira em 2009/10, elevando-a para 66,7 milhões de toneladas. "A Conab também aumentou a projeção da área de cultivo em aproximadamente 146 mil hectares."
Entre outras notícias, as importações chinesas de soja alcançaram 4,08 milhões de toneladas em janeiro, alta de 35% frente ao ano anterior, segundo dados preliminares divulgados hoje pela Administração Geral Alfandegária.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

SOJA/SAFRA MATO GROSSO PODE PERDER 1 MILHÃO TONS.

A safra 2009/2010 de soja mato-grossense deverá chegar ao fim com uma perda de um milhão de toneladas, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). O número corresponde a 5% a menos que as 18,961 milhões de toneladas estimadas nesta terça-feira (09.02) no 5º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira, explica que já é possível constatar que em algumas regiões do estado a produtividade da soja precoce tem ficado em 30 sacas por hectare, abaixo da média de 50 a 52 sacas/ha.“O estresse hídrico no período de florescimento da planta acabou prejudicando o desempenho dessa variedade e em algumas áreas teve que ser feito o replantio por conta da seca no início do plantio, entre o final de setembro e o início de outubro”, explica o presidente.
No Distrito de Deciolândia, por exemplo, foram registrados 33 milímetros (mm) de chuva em outubro e 94 mm em novembro, enquanto o volume esperado para o período era de 140 mm a 160 mm.Glauber pontua ainda a preocupação com os resultados finais das variedades de ciclos médio e tardio porque a incidência da ferrugem está forte este ano. O relatório do Projeto Antiferrugem da Aprosoja/MT, divulgado na tarde desta terça-feira, mostra que os focos registrados somam 315 entre 1º de novembro de 2009 e 09 de fevereiro de 2010 contra 106 verificados nos mesmos três meses comparativos da safra 2008/2009. Na safra 2009/2010, o primeiro foco da ferrugem chegou 30 dias antes que o primeiro foco registrado na safra anterior. O presidente da Aprosoja/MT acrescenta que as variedades precoce e média estão demandando quatro aplicações de fungicidas e que a tardia poderá chegar a cinco aplicações. “Mesmo pulverizando a lavoura, se a ferrugem já estiver instalada, poderá causar perda de 3 a 5 sacas por hectare”, alerta. Em condições normais, a variedade do ciclo médio oscila de 58 a 60 sacas por hectare e a de ciclo tardio, de 46 a 52 sacas/ha.

IMPOSTO/IMPORTAÇÃO DE ETANOL É MANTIDO EM 20%

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, informou que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) retirou de pauta a discussão sobre a redução da alíquota do imposto de importação do etanol e que, por isso, a alíquota de 20% será mantida até junho. O ministro disse que "é bem provável" que a alíquota seja reduzida para zero a partir de julho. Segundo Stephanes, a redução da alíquota, se votada agora, não teria influência no mercado doméstico. Ele explicou que a safra de cana começa a ser colhida em março e até que alguma empresa importe o etanol, o país já teria álcool suficiente. Ele disse acreditar que o mercado de álcool já deve se regularizar a partir de abril e, com isso, os preços devem baixar. Conforme o ministro, a Camex deve colocar o assunto em pauta novamente na reunião de junho. Stephanes disse também que a alíquota do imposto de importação do etanol tem validade de seis meses e terminaria em junho. Para o ministro, a redução da alíquota é mais uma medida diplomática para pressionar os Estados Unidos a baixar também a sua alíquota do etanol.

SOJA/MILHO - CBOT

Em seu melhor momento do dia,  a soja registrou US$ 9,44/bushel, diante da noção de que balança de oferta e demanda será mais apertada. Mas a falta de continuidade das compras e, em vez disso, vendas relacionadas a operações de hedge limitaram os avanços. A previsão de safra recorde na América do Sul e os temores de que a demanda se volta para essa região também cerceiam uma valorização mais expressiva.
De acordo com o USDA, os Estados Unidos devem encerrar a safra 2009/10 com um estoque de 5,71 milhões de toneladas, volume 14,2% menor do que o previsto em dezembro. O número ficou abaixo dos 5,96 milhões de toneladas esperados pela média dos analistas. O ajuste refletiu uma expectativa mais otimista em relação à demanda. O USDA revisou para cima, de 37,42 milhões para 38,1 milhões de toneladas, sua previsão para as exportações do país. O volume de esmagamento também subiu, de 45,54 milhões para 46,81 milhões de toneladas."O USDA reforçou a ideia de que os fundamentos do mercado americano são firmes, com previsão de aumento da demanda e da exportação e estoques mais baixos", afirma Vinícius Ito, analista da corretora Newedge USA, "Naturalmente, a tendência é que os preços fiquem mais sustentados", acredita. Para o analista, o relatório de hoje pode sinalizar para o mercado que as perdas das últimas semanas foram suficientes. "Os números de hoje ajudam a reforçar um piso para a soja na faixa de US$ 9 o bushel. A ideia de que os preços iam buscar os US$ 8 perde força, pelo menos por enquanto", afirma.
 
MILHO
Os contratos futuros de milho caminharam em terreno positivo na CBOT, após a divulgação de dados considerados amigáveis no relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Além disso, há suporte de outros mercados, como do dólar, que se enfraqueceu.Os lotes para entrega em março subiam 2,5 cents encerrando dia a US$ 3,58 50/bushel. O relatório do USDA reduziu as projeções para estoques finais no mundo e nos Estados Unidos. "Os números de hoje dão um pouco de suporte, mas não mudam o jogo", disse o analista Rich Feltes, da corretora MF Global. O governo norte-americano estima que os estoques finais da commodity em 2009/10 alcancem 43,662 milhões de tons, ligeiramente abaixo da estimativa média de analistas de 44,4 milhões de tons. Como muitos esperavam, o USDA reduziu a projeção das exportações de milho no período em 1,27 milhões de tons, apesar de um aumento de 2,54 milhões de tons na estimativa do volume dedicado à fabricação de etanol.

RELATÓRIO USDA – SOJA.

RELATORIO USDA    
Valores em milhões de tons    
     
RELATORIOS PRODUÇÃO 2009/10 09/02/10 12/01/10
PRODUÇÃO MUNDIAL DE SOJA 255,020 253,380
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE SOJA 66,000 65,000
PRODUÇÃO ARGENTINA DE SOJA 53,000 53,000
PRODUÇÃO CHINESA DE SOJA 14,500 14,500
PRODUÇÃO DE SOJA DOS EUA 91,473 91,473
PRODUTIVIDADE DE SOJA DOS EUA TONS/ACRE 0,001 0,001
EXPORTAÇÃO DE SOJA DOS EUA 38,102 37,422
ESMAGAMENTO DE SOJA DOS EUA 46,812 46,539
CARRYOVER DA SOJA DOS EUA 5,715 6,668
CARRYOVER MUNDIAL DE SOJA 59,730 59,800
IMPORTAÇÃO CHINESA DE SOJA 42,500 42,000

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

SOJA-COHEITA BRASIL ULTRAPASSOU 10%.

A colheita da soja no Brasil ultrapassou a marca de 10% da área cultivada, informa relatório divulgado hoje pela consultoria mineira Céleres. Os trabalhos estão acelerados em relação ao mesmo período do ano passado, quando apenas 3% da safra havia sido retirada do campo. Os produtores do Centro-Oeste são os mais adiantados, com aproximadamente 20% da área já colhida. No Mato Grosso, a área colhida até a última sexta-feira foi estimada em 25%, ante apenas 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Goiás registrava cerca de 20%, ante apenas 6% na mesma comparação.
Na Região Sul, apenas o Paraná já tem soja colhida. Os agricultores do Estado colheram cerca de 8% da nova safra, cinco pontos porcentuais a mais do que o observado há um ano. Apesar do bom andamento da colheita, a comercialização da nova safra continua atrasada, segundo a Céleres. A consultoria estima que os
sojicultores tenham comprometido apenas 24% da produção - cerca de 15,5 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, o volume já negociado correspondia a 32% da safra e, na média dos últimos cinco anos, a 41%. Segundo a Céleres, os produtores estão vendendo "apenas o necessário para fazer caixa" enquanto as tradings mantêm-se na expectativa de pressão negativa sobre os preços "em decorrência do volume de soja recorde".

CLÍMA - CALOR E POUCA CHUVA PREOCUPAM PRODUTOR DE SOJA.

A primeira semana de fevereiro foi marcada pelo forte calor e pouca chuva em grande parte do Brasil, informa a Somar Meteorologia. Nas áreas da lavoura de soja do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do Nordeste do Brasil, a acumulado de chuva na semana foi inferior a 15 mm, sendo que em muitas regiões não choveu.Como o ciclo e o estágio de desenvolvimento das lavouras variam muito de uma região para outra, o mesmo ocorre com os impactos dessa redução de volume de água. No Centro-Oeste, a pouca chuva e dias quentes e ensolarados beneficiam aqueles produtores que estão colhendo. Já para as lavouras de soja do Sul e do Nordeste do Brasil, a falta de água preocupa neste momento, pois coincide com a fase crítica (floração e enchimento de grão), exatamente quando a planta precisa de reposição de umidade (chuva).
Estiagem
A Somar alerta, no entanto, para regiões em que não chove há mais 20 dias. No momento, "as regiões mais críticas pela falta de chuva incluem o norte de Minas Gerais, Espírito Santo e a Bahia, onde em algumas localidades não chove há mais de 30 dias", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Segundo ele, a estiagem também se observa sobre o oeste dos Estados da Região Sul. No entanto, "para essa região há previsão de chuva nos próximos dias", esclarece. Conforme previsão da Somar, depois de um período de pouca água e forte calor, a propagação de uma frente fria deve organizar chuvas de forma generalizada sobre os Estados do Sul e em Mato Grosso do Sul nesta semana. Isso deve beneficiar principalmente a lavoura de soja, que nesses Estados entra na fase de florescimento e enchimento de grão. Uma mudança do padrão climático deve fazer com que a frente fria avance até o Sudeste na próxima semana, voltando organizar chuvas de forma mais amplas também sobre o interior do Centro-Oeste."Apenas para a Região Nordeste é que permanece um cenário de chuvas apenas isoladas e de fraca intensidade", diz Etchichury. Apesar disso, no fim de semana e até a próxima quarta-feira, há previsão de chuvas sobra às áreas de soja, algodão e milho do oeste da Bahia, sul do Maranhão e sul do Piauí.
Mesmo com a previsão de chuva para os próximos dias, o calor em grande parte do Brasil continua. Apenas nos dias em que ocorrem as chuvas pode haver temporariamente uma ligeira diminuição da temperatura, mas que em seguida volta a subir. Essa situação deve persistir ao longo do mês de fevereiro, o que corresponde a um padrão típico de anos de El Niño.
Argentina
A Somar informa que as chuvas beneficiam as principais regiões produtoras da Argentina. No acumulado dos últimos sete dias, observa-se a ocorrência de chuvas sobre as principais regiões agrícolas da Argentina, com totais variando de 35 a 100 mm. Os maiores volumes se concentraram nas regiões centrais, leste e sul da Argentina, com acumulado na semana superando 150 mm.
A previsão da Somar sugere que os volumes diminuem sobre a Argentina nas próximos duas semanas. Depois de uma semana com chuvas frequentes, a previsão é de uma redução dos volumes sobre grande parte do território argentino. As frentes frias, diferentemente do observado na última semana, passam a atuar mais ao norte, sobre o Brasil, com as chuvas ficando restritas às províncias do norte e nordeste, enquanto devem diminuir sobre o centro e sul daquele país. Já com relação ao calor as condições não mudam muito, informa Etchichury. De acordo com ele, mesmo depois de pequenas oscilações na temperatura, a previsão é do calor se intensificar no decorrer desta semana.

SOJA : CHAMADA EM ALTA EM 13 CTS.

A soja poderá apreciar ganhos de dois dígitos ao abrir hoje mantendo sua tragetória de ganhos no pregão noturno, com os futuros ainda saltando depois da tentativa frustrada do teste de $ 9,00 na semana passada. Apesar de uma tentativa falha de manifestação na sexta-feira abaixo dos u$ 9,20, março foi facilmente incendiado por compras nesse nível durante a noite. O volume de negocioos foi forte nesta sexta-feira, cerca de 200.000 contratos, enquanto a CFTC informou que especuladores foram aumentando suas posições líquidas vendidas para na semana. Enquanto comerciantes acreditam que a USDA pode cortar 816,4 mil toneladas devido às exportações mais forte e esmagamento, as perspectivas de uma enorme safra sul-americana continuam a pesar sobre o mercado.
As chuvas apareceram ontem na Argentina, a qual tem mais chances de precipitação leve esta semana. As temperaturas vão aquecer, mas sem o calor excessivo visto recentemente. No Brasil deve ter chuvas melhor, auxiliando as áreas do Sul, mas atrasam a colheita em outras partes.
O óleo vegetal está mais elevado na Ásia hoje. O óleo de palma ganhou mais de 1% na Malásia, continuando a sua repercussão fora dos menores preços visto no final de janeiro. O óleo de palma subiu 1,6% na China, onde o óleo de soja também subiu antes da festa do Ano Novo Lunar.

SOJA NOTURNO EM ALTA.

Soja, milho e trigo em Chicago sobem com especulações de que o governo americano irá reduzir as estimativas para as reservas de safras em um relatório amanhã. A soja para entrega em março subiu 1,5% para 9,27 dólares por bushel. "Os investidores estão comprando grãos hoje à frente do relatório", disse Han Sung Min, um corretor no Korea Exchange Bank Futures Co., em Seul. "Muitos estão esperando uma queda nas reservas de safras."
O milho para entrega em março ganhou 1,1% para 3,555 dólares por bushel após alta de até 1,5% mais cedo. O USDA, amanhã, pode reduzir a sua estimativa de reservas de milho para 1,75 bilhões de bushels de 1,76 mil milhões anteriormente, a pesquisa mostrou Bloomberg.

SOJA - PERSPECTIVA.

Os mercados futuros de grãos da Bolsa de Chicago abrem a semana à espera dos números mensais de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará amanhã (9), às 11h30 (horário de Brasília). A expectativa é de que o relatório possa apontar uma nova direção para os especuladores, que apostaram pesado contra os contratos de soja, milho e trigo nas últimas semanas.
No caso da soja, a média dos analistas de mercado ouvidos pela Agência Dow Jones acredita que o USDA vai elevar sua estimativa para as exportações e o esmagamento de soja dos Estados Unidos, o que obrigaria o órgão a rever para baixo sua projeção para os estoques finais de passagem daquele país. A projeção média aponta para um corte de 707 mil toneladas, para 5,96 milhões de toneladas. Embora maior do que o estoque da temporada passada (3,76 milhões de toneladas), o número ainda é considerado pequeno pelos analistas de mercado. "Trata-se de um estoque muito baixo se levarmos em consideração o atual nível do consumo americano", afirma Vinícius Ito, analista da corretora Newedge USA, em Nova York. Segundo Ito, os estoques previstos atualmente correspondem a apenas 7,1% da demanda total. "Historicamente, esse patamar é superior a 10%", afirma.
A situação da América do Sul é bem mais favorável. Caso se confirmem as últimas estimativas do USDA, o Brasil terminará a safra com estoques de 17,77 milhões de toneladas, suficientes para cobrir 30% da demanda total. Na Argentina, a proporção chega perto de 50%. Ito lembra, contudo, que o mercado futuro de Chicago, embora forme os preços de referência internacional, refletem prioritariamente a safra americana. "Se o USDA voltar a elevar a estimativa para a safra sul-americana e, de fato, cortar os estoques nos EUA, a tendência é que o corte dos estoques tenha maior influência sobre os preços. Os EUA estão mais vulneráveis", explica.
De modo geral, os analistas preveem ajustes modestos nas estimativas do USDA em relação ao milho. Vale lembrar que o milho liderou a forte queda dos grãos no mês passado, depois que o USDA elevou, de modo inesperado, sua previsão para a produção e os estoques domésticos de passagem. Desta vez, a expectativa é de que os estoques sejam revistos ligeiramente para baixo, de 1,76 bilhão de bushels (44,8 milhões de toneladas) para 1,74 bilhão de bushels (44,2 milhões de toneladas). Traders consideram tratar-se de um volume confortável e que deve ser pouco alterado daqui para frente. Por isso, a tendência é de que o mercado de milho olhe com um pouco mais de atenção para o balanço de oferta e demanda mundial. Alguns analistas acreditam que as atuais estimativas do USDA para a safra sul-americana estão subestimadas. Para a Argentina, a perspectiva é de que a safra esperada suba de 15 milhões para 17 milhões de toneladas. O Brasil também teria um aumento de 2 milhões de toneladas, para 53 milhões. Durante a semana a consultoria Informa Economics divulgou projeções ainda mais baixistas: 18,2 milhões de toneladas para a Argentina e 53,3 milhões de toneladas para o Brasil. De todo modo, analistas dizem que o mercado já teria precificado uma grande safra sul-americana. A menos que os números superem a previsão da Informa, o efeito sobre os preços deve ser pequeno. Os números do trigo são os menos aguardados, uma vez que há pouco espaço para mudanças significativas. Para os Estados Unidos, a expectativa é de que o USDA reduza a estimativa de estoque final de 976 milhões para 973 milhões de bushels - uma redução inferior a 10 mil toneladas, para 26,48 milhões de toneladas - um recorde. O mercado do trigo continua pressionado por uma ampla oferta nos EUA e no mundo, além de uma fraca demanda externa por trigo americano em um cenário de forte competitividade com os países da União Europeia e do leste europeu.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA .

Os contratos futuros da soja negociados na bolsa da China, terminaram em alta nesta segunda-feira, acompanhando o avanço dos mercados externos. O contrato de setembro fechou com ganho de 0,9%, cotado a 3.812 yuans por tonelada . O contrato abriu em território positivo e se consolidou em um apertado intervalo de 3.801 a 3.825 yuans por tonelada. A commodity inicialmente recebeu suporte de expectativas de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduzirá sua estimativa dos estoques finais da oleaginosa em seu relatório mensal de oferta e demanda, que será divulgado amanhã (dia 9). A firmeza dos mercados externos, incluindo o de metais, também ajudou a impulsionar os produtos agrícolas. As cotações da soja na Chicago Board of Trade (CBOT) se mantiveram em US$ 9 por bushel antes de um relatório possivelmente favorável do USDA, mas uma estabilização dependerá das condições climáticas nas áreas de cultivo da América do Sul, onde a colheita será iniciada em março. Contudo, a analistas disseram que haverá uma falta de direção antes do feriado do Ano Novo Lunar, que começa no final desta semana.

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