segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CLÍMA - CALOR E POUCA CHUVA PREOCUPAM PRODUTOR DE SOJA.

A primeira semana de fevereiro foi marcada pelo forte calor e pouca chuva em grande parte do Brasil, informa a Somar Meteorologia. Nas áreas da lavoura de soja do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do Nordeste do Brasil, a acumulado de chuva na semana foi inferior a 15 mm, sendo que em muitas regiões não choveu.Como o ciclo e o estágio de desenvolvimento das lavouras variam muito de uma região para outra, o mesmo ocorre com os impactos dessa redução de volume de água. No Centro-Oeste, a pouca chuva e dias quentes e ensolarados beneficiam aqueles produtores que estão colhendo. Já para as lavouras de soja do Sul e do Nordeste do Brasil, a falta de água preocupa neste momento, pois coincide com a fase crítica (floração e enchimento de grão), exatamente quando a planta precisa de reposição de umidade (chuva).
Estiagem
A Somar alerta, no entanto, para regiões em que não chove há mais 20 dias. No momento, "as regiões mais críticas pela falta de chuva incluem o norte de Minas Gerais, Espírito Santo e a Bahia, onde em algumas localidades não chove há mais de 30 dias", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Segundo ele, a estiagem também se observa sobre o oeste dos Estados da Região Sul. No entanto, "para essa região há previsão de chuva nos próximos dias", esclarece. Conforme previsão da Somar, depois de um período de pouca água e forte calor, a propagação de uma frente fria deve organizar chuvas de forma generalizada sobre os Estados do Sul e em Mato Grosso do Sul nesta semana. Isso deve beneficiar principalmente a lavoura de soja, que nesses Estados entra na fase de florescimento e enchimento de grão. Uma mudança do padrão climático deve fazer com que a frente fria avance até o Sudeste na próxima semana, voltando organizar chuvas de forma mais amplas também sobre o interior do Centro-Oeste."Apenas para a Região Nordeste é que permanece um cenário de chuvas apenas isoladas e de fraca intensidade", diz Etchichury. Apesar disso, no fim de semana e até a próxima quarta-feira, há previsão de chuvas sobra às áreas de soja, algodão e milho do oeste da Bahia, sul do Maranhão e sul do Piauí.
Mesmo com a previsão de chuva para os próximos dias, o calor em grande parte do Brasil continua. Apenas nos dias em que ocorrem as chuvas pode haver temporariamente uma ligeira diminuição da temperatura, mas que em seguida volta a subir. Essa situação deve persistir ao longo do mês de fevereiro, o que corresponde a um padrão típico de anos de El Niño.
Argentina
A Somar informa que as chuvas beneficiam as principais regiões produtoras da Argentina. No acumulado dos últimos sete dias, observa-se a ocorrência de chuvas sobre as principais regiões agrícolas da Argentina, com totais variando de 35 a 100 mm. Os maiores volumes se concentraram nas regiões centrais, leste e sul da Argentina, com acumulado na semana superando 150 mm.
A previsão da Somar sugere que os volumes diminuem sobre a Argentina nas próximos duas semanas. Depois de uma semana com chuvas frequentes, a previsão é de uma redução dos volumes sobre grande parte do território argentino. As frentes frias, diferentemente do observado na última semana, passam a atuar mais ao norte, sobre o Brasil, com as chuvas ficando restritas às províncias do norte e nordeste, enquanto devem diminuir sobre o centro e sul daquele país. Já com relação ao calor as condições não mudam muito, informa Etchichury. De acordo com ele, mesmo depois de pequenas oscilações na temperatura, a previsão é do calor se intensificar no decorrer desta semana.

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