sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SOJA: DEMANDA DEVE REVERTER VIÉS DE BAIXA.

A demanda pela soja deve reverter o viés de baixa dos preços da commodity diante da previsão de safras
recordes do grão em 2010, avaliou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli. "Espero que seja só um viés e que não se concretize", disse o executivo. Segundo ele, a sustentação do mercado este ano virá principalmente do forte consumo chinês, em torno de 42 milhões de toneladas e do mercado europeu.Analistas que apostam na perspectiva de baixa nos preços internacionais da soja justificam a posição com as grandes safras dos Estados Unidos, de 93 milhões de toneladas, do Brasil, entre 65 e 66 milhões de toneladas, e da Argentina, de 51 milhões de toneladas. "A China deve sustentar o mercado e a Europa ajudará, mantendo um volume alto de importação", disse Lovatelli. "Mas haverá, sim, um estoque de passagem grande para a próxima safra", completou.
Sobre a safra brasileira, o presidente da Abiove já contabiliza como certas as 18,7 milhões de toneladas em Mato Grosso, onde a colheita avança, mas prevê possíveis perdas no Paraná e em São Paulo, em decorrência dos problemas climáticos.Se não houver perdas de safra, os estoques mundiais de passagem devem atingir a marca de 59,8 milhões de toneladas, de acordo com o último relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Trata-se do segundo maior volume da história ficando atrás apenas das 62,65 milhões de toneladas registradas ao fim da temporada 2006/07.
Por outro lado, o consumo total mundial deve ultrapassar a marca de 234 milhões de toneladas este ano e bater recorde. Por isso, o crescimento do volume armazenado não deve garantir um conforto muito maior em relação à demanda. De acordo com os números do USDA, os estoques não devem responder por mais do que 25% do consumo global de soja. Embora ligeiramente maior do que o observado na média da última década (22%), o porcentual ainda é inferior ao observado na temporada 2006/07 (28%) e semelhante ao da safra 2005/06.

CBOT - SOJA E MILHO FECHAM A ESPERA DE RELATÓRIO.

Os preços futuros da soja fecharam o dia praticamente estáveis na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com vencimento em março, recuou 0,50 cts para US$ 9,1350 por bushel. A avaliação é de que faltou convicção por parte dos agentes para empurrar os preços da soja em qualquer direção. Embora a perspectiva de uma colheita recorde na América do Sul continue a pesar sobre os futuros de soja impedindo que se recuperem, o mercado parece já ter absorvido o cenário baixista. Segundo analistas, o mercado consolidou-se acima das mínimas recentes em meio à falta de novidades sobre os fundamentos da commodity. "Sem notícias altistas, isso é tudo o que o mercado consegue fazer na atual conjuntura" antes do fim de semana e do relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na terça-feira (9), dando sustentação às cotações da soja.
Participantes do mercado ponderaram, no entanto, que o fato de a soja ter se sustentado acima do nível de US$ 9 por bushel atraiu compradores, o que deu mais fôlego para os futuros do grão. Após fechamento da bolsa, em seu relatório semanal de posicionamento dos traders, a instituição divulgou aumento de venda dos participantes do mercado. Os swap dealers, agentes do mercado que usam contratos de swap no mercado de balcão para se proteger de riscos assumidos em operações no mercado físico, reduziram sua posição de compra em futuros de soja, totlizando um saldo de compra de 132.566 contratos no último dia 2, ante 136.624 contratos uma semana antes. Os fundos especulativos cortaram sua posição de compra, de 42.204 lotes para 32.565 lotes. Já os traders comerciais reduziram sua posição líquida de venda, de 124.775 contratos para 107.746 contratos.

MILHO
Os preços futuros do milho terminaram a sexta-feira em território negativo na CBOT, em meio a influências de outros mercados. Posição mais líquida, o contrato março caiu 2,50 cents ou 0,71% e fechou a US$ 3,5150/bushel. O mercado registrou nova mínima em quatro meses, pressionado por indicadores técnicos.
O milho chegou a escorregar para US$ 3,4775/bushel na segunda metade do pregão, antes de retomar a área dos US$ 3,50/bushel. Traders disseram que esse movimento reafirmou o viés de baixa do mercado. A queda dos preços das ações e do petróleo, diante da valorização do dólar, ajudaram a empurrar os futuros. "O que valem as commodities se o dólar continuar subindo e as ações caindo?", questionou um trader. O contrato março recuou 1,40% na semana. Estima-se que fundos tenham vendido 10 mil contratos hoje.
O presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, Mike Zuzolo, afirmou que a falta de vendas de produtores e os problemas relacionados ao clima em regiões produtoras estão sustentando os preços. Um trader acrescentou que fundos de índices parecem ter liquidado posições em outras commodities e comprado grãos. Mas participantes do mercado afirmam que a ampla oferta continua sendo um tema dominante. Eles estão esperando o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser divulgado na terça-feira. Acredita-se que haverá mudanças mínimas nos confortáveis estoques finais 2009/10. Também esperam uma elevação da estimativa de produção da América do Sul. De acordo com o relatório do adido do USDA, a produção de milho do Brasil em 2009/10 deve somar 51 milhões de toneladas, apesar da queda de 7% na área plantada.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

MILHO/EUA: BAIXA QUALIDADE DA SAFRA PODE AUMENTAR OFERTA

A elevação das temperaturas no Cinturão do Milho norte-americano poderá afetar milhões de bushels de grãos que estão estocados atualmente. Os agricultores seriam obrigados a vender com preços ainda mais baixos, mesmo num momento em que as cotações no mercado à vista já estão no menor nível em três meses. Se o clima ficar mais quente, os produtores não serão capazes de esperar preços mais elevados para vender, pois o milho danificado nos estoques poderia facilmente estragar e perderia seu valor. Alguns participantes do mercado acreditam que os preços cairão até US$ 1 por bushel, se as vendas de agricultores encherem o mercado de oferta. Boa parte da safra dos Estados Unidos foi estocada com níveis de umidade mais altos do que o normal, pois o outono foi úmido demais e não permitiu que o milho secasse adequadamente. A presença de ferrugem e subprodutos tóxicos se tornaram um problema. Produtores venderam imediatamente o que não puderam estocar, mas a maior parte da safra permanece em caixas ou empilhada no chão. O clima frio de janeiro evitou que a qualidade do grão piorasse ainda mais, mas a neve também impediu que os produtores armazenassem e comercializassem o milho.
A forte quebra nos preços desde 12 de janeiro, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos afirmou que a safra de milho era muito maior do que o esperado, também limitou as vendas de produtores. Desde 11 de janeiro, o contrato março da Bolsa de Chicago  recuou 15%. Hoje terminou cotado a US$ 3,65/bushel e o preço médio nacional do milho no mercado físico era de U$3,18/bushel.
Um processador de milho do Estado de Iowa disse estar "certo de que a expressiva queda dos preços impede a movimentação de alguns bushels no curto prazo, mas eles terão de voltar ao mercado antes que chegue a temporada de plantio, ou correm o risco de virar lixo". Segundo ele, dos produtores que estão vendendo agora, cerca de um quarto está trazendo milho de umidade elevada, de difícil estocagem e com tendência de deterioração. E se a qualidade é baixa, é inevitável que os agricultores recebam menos dinheiro pelo milho.Tarifas portuárias impostas sobre o milho de qualidade extremamente baixa podem totalizar de US$ 2 a US$ 3 por bushel, o que representa um forte incentivo para que os grãos sejam negociados antes de sofrerem danos. "Estou ouvindo relatos de que até 75% dos grãos estocados nas fazendas estão sofrendo com alguns problemas de qualidade. Isso só vai piorar, conforme a temperatura subir", disse o consultor de comércio de commodities Karl Setzer. "A última vez em que tivemos problemas com estocagem no milho foi em 1992, de modo que as entregas de milho subiram 5% durante o segundo trimestre do ano comercial. Isso equivaleria a cerca de 12,7 milhões de toneladas", comentou.
Durante o segundo trimestre de 1992, os futuros da CBOT caíram 6%, mas Setzer afirmou que desta vez os preços podem recuar ainda mais do que isso, dependendo do que os produtores fizerem. Ele acrescentou que alguns consultores dos mercados de grãos estão recomendando a seus clientes que esperem para vender, em meio a ideias de que os preços do milho podem passar por um rali no fim deste ano, mas "esse é um movimento muito arriscado, dadas as discussões sobre qualidade neste ano".
O processadores de Iowa entende que os produtores serão forçados a vender milho de umidade elevada em março e os preços no mercado físico poderão ser similares ao que costumar ser durante a colheita, que tipicamente é o ponto mais baixo da temporada. "De modo geral, a discussão é a de que poderemos ver o milho cair mais US$ 1 a partir de seu patamar atual, e isso é apenas para os futuros", avaliou Setzer. "Se a circulação aumentar e os estoques comerciais se encherem, as bases de preços também poderão se desgastar. Uma queda de US$ 2 no milho à vista não está fora de questão."

CBOT - SOJA E MILHO FECHAM EM ALTA.

Os preços internacionais da soja deram continuidade à trajetória de recuperação que vêm apresentando desde que registraram as mínimas em 4 meses na Bolsa de Chicago.Os contratos mais negociados, com vencimento em março, subiram 15,75 cents ou 1,7% cotados a US$ 9,25 50/bushel. Os preços mergulharam no mês passado, deixando o mercado sobrevendido e pronto para uma correção com bases técnicas. Analistas disseram que, depois de desafiar o nível psicológico dos US$ 9,0/bushel, os futuros encontraram algum suporte para consolidação. O fato de o contrato março ter rompido áreas de resistência nas máximas acionou ordens automáticas de compra, na medida em que traders cobriram posições vendidas. Enquanto isso, influências positivas nos mercados de petróleo, metais e ações melhoraram a confiança dos compradores.
MILHO
Os preços futuros do milho também fecharam com ganhos na CBOT, com suporte de outros mercados e compras inspiradas por critérios técnicos. Os contratos com vencimento em março, subiam 6,0 cents ou 1,64% negociados a US$ 3,65/bushel. A depreciação do dólar frente a uma cesta de moedas e a alta dos preços do petróleo estabeleceram um tom positivo no mercado de milho. Além disso, a soja e o trigo também estão avançaram hoje. Ainda não há apoio dos fundamentos, neste momento, em razão da ampla oferta e da demanda pouco surpreendente. Mas analistas disseram que, tecnicamente, o mercado está dando sinais de vida. Um trader desconsiderou os ganhos desta semana, definindo-os como "apenas uma recuperação técnica". Os produtores estão se recusando a vender nos baixos preços atuais, o que também dá suporte aos futuros, de acordo com traders, embora alguns argumentem que haverá maior deterioração da qualidade da safra quando as temperatura subirem no Cinturão. Isso forçará os agricultores a vender rapidamente.

CÂMBIO ANIMA AGRONEGÓCIO, MAS PREÇO ANULA RECUPERAÇÃO.

A reação do câmbio anima o agronegócio, que vê maior competitividade na exportação. Entretanto, os efeitos da alta recente do dólar ainda não foram sentidos ou acabaram anulados pela queda de preço das commodities em janeiro. É o caso do café e da soja. Para alguns setores, como o de carnes, o dólar - que chegou a R$ 1,89 e hoje caiu a R$ 1,83 - ainda não é o ideal. "Com a taxa de câmbio acima de R$ 2,00, você começa a ter uma reação mais significativa, até psicológica", diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Gianetti da Fonseca.
Para o setor exportador de café, a alta cambial foi anulada pela queda das cotações dos contratos futuros na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Ao longo do mês passado, a moeda norte-americana apresentou valorização de 8%. No mesmo período, porém, o contrato futuro de café para março, o mais negociado, teve queda de 7%, recuando de 141,85 cents por libra-peso para 131,70 cents por libra-peso. A pesquisa semanal Focus, do Banco Central, mostra que a mediana das previsões para a taxa média de câmbio no decorrer de 2010 é de R$ 1,78. Principal item da pauta de exportação do agronegócio, a soja tem os preços pressionados no mercado interno. Na Bolsa de Chicago onde se forma o preço de referência internacional da commodity, os contratos futuros da oleaginosa para entrega em maio caíram mais de US$ 1,20 (-12,2%) em janeiro, para US$ 9,24 o bushel ou US$ 20,3 a saca de 60 quilos.Os preços domésticos da soja desabaram, em média, 15% nas principais praças de negociação.
O analista Leonardo Menezes, da consultoria mineira Céleres, afirma que há um efeito gangorra no mercado da oleaginosa. "De um lado, o dólar sobe e ajuda a sustentar os preços domésticos. Do outro, os preços internacionais caem e exercem um efeito contrário", explica. A pressão sobre as cotações internas é agravada pelo início da colheita de uma safra recorde no Brasil. "Embora ainda positivos, os prêmios pagos ao produtor estão se deteriorando diante da expectativa de uma oferta realmente grande", observa.
Steve Cachia, analista da corretora paranaense Cerealpar, reforça: "Não fosse a reação do dólar, mercado interno teria sido ainda mais afetado", assegura. O analista também chama a atenção para o fato de que as razões que levaram o dólar a se valorizar foram as mesmas que ajudaram a derrubar os preços internacionais de várias commodities, o que contribuiu para anular os efeitos positivos de um câmbio mais fraco no Brasil. "É claro que a produção recorde pesa, mas a queda da soja em Chicago também é o resultado de um movimento da maior aversão ao risco entre os investidores", observa Cachia. "Se fizermos uma correlação, veremos que ações, commodities e moedas de países emergentes caíram, e apenas o dólar subiu em janeiro. Os analistas não acreditam que, por ora, o movimento do câmbio tenha efeito significativo sobre as exportações do grão.
O analista especializado no setor de alimentos Rafael Cintra, da Link Investimentos, ressalta a importância da estabilidade da taxa de câmbio para as exportações de carnes. "A volatilidade do câmbio é o que mais prejudica os exportadores, que não conseguem repassar o movimento do dólar para os preços internacionais com rapidez. Fica difícil o planejamento. Mas, se a taxa de câmbio permanecer no patamar atual, poderá provocar algum efeito positivo sobre as exportações mais para frente", afirma. Para o diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz, "o câmbio ao redor de R$ 1,85 não é nada extraordinário, mas é melhor do que o R$ 1,70 anterior e pode ajudar na retomada das exportações".
A analista Lygia Pimentel, da Scot Consultoria, diz que o principal fator de influência sobre as vendas externas de carnes é a recuperação da economia internacional, que estimula a demanda, mas destaca que o câmbio pode ter alguma influência positiva. "O dólar mais valorizado tende a ajudar, pois torna a carne brasileira mais competitiva, mas não é o principal fator de estímulo às exportações. Se a demanda aumentar de forma significativa, os importadores vão procurar o Brasil, independente do câmbio. Não tem mais como fugir da carne brasileira", afirma.

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA.

Os contratos futuros da soja negociados na Dalian Commodity, terminaram em baixa nesta terça-feira, com vendedores concentrados em fundamentos pessimistas diante da falta de novas notícias animadoras. As cotações  na bolsa de Chicago foram outro fator que derrubou os preços na China.O contrato referencial de setembro encerrou com queda de 1,1%, cotado a 3.755 yuans por tonelada."Há pouco espaço para alta, mesmo com um tom de suporte nas políticas governamentais para agricultura, já que grande parte deste sentimento positivo já foi digerido na semana passada", afirmou Gao Yanrong, analista da Dalu Futures.
A desempenho dos mercados acionários chineses também influenciou o humor na Bolsa de Derivativos da Malásia, conforme investidores agrícolas enfrentam uma perspectiva de aperto da política monetária e fundamentos mais fracos.
A tendência de aperto monetário na China já pode estar mexendo com os planos de pelo menos uma autoridade monetária mundo afora: o banco central da Austrália, que provocou verdadeiro choque nos mercados internacionais hoje ao manter os juros em 3,75%. Havia consenso de que o BC australiano manteria o ritmo de elevação da taxa iniciado meses atrás. A mudança de rota não foi vista como reflexo de desaceleração da atividade interna, mas sim como um sinal de que o país está olhando para os movimentos do governo chinês. A condução da política monetária no pós-crise é atualmente o tema mais sensível para os investidores no exterior. Tanto que a estratégia da China para combater a escalada da inflação e escapar dos temores de uma bolha especulativa mudou os ânimos dos mercados neste ano, tornando o ambiente mais instável - hoje, as bolsas europeias iniciaram o dia em queda, mostra do clima de cautela que prevalece lá fora.

SOJA: CHICAGO ESBOÇA REAÇÃO, MAS FECHA EM QUEDA.

Os preços futuros da soja voltaram a cair na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com entrega em março, encerrou o pregão cotado a US$ 9,0975 o bushel, queda de 4 cents ou 0,47%. Segundo analistas, faltaram notícias positivas para sustentar as cotações após um breve rali provocado por coberturas de posições vendidas. Fundos venderam cerca de 3 mil contratos do grão e 2 mil de farelo, embora tenham comprado aproximadamente mil lotes de óleo de soja. A combinação de aumento na oferta mundial e o medo de redução da demanda chinesa voltou a ser o fator dominante por trás da variação dos preços da soja, sobrepondo-se ao suporte oferecido pelo dólar mais barato. Nesta época do ano, com o início da colheita na América do Sul, a China tende a reduzir suas importações de soja junto aos Estados Unidos e a buscar grãos mais baratos na América do Sul.
A soja abriu o dia em alta, puxada pela alta de outras commodities e pela recompra de posições vendidas por parte de traders interessados em embolsar os lucros recentes. A percepção de que o mercado estava sobrevendido e maduro para uma correção técnica deu suporte ao movimento. Contudo, os traders altistas logo se decepcionaram com a dificuldade demonstrada pela soja em atrair novos compradores após cair mais de US$ 1,30 por bushel em janeiro. "O mercado já absorveu a maior parte das notícias ruins, como a safra recorde na América do Sul e o deslocamento da demanda chinesa para os portos da região. Mas, sem qualquer notícia altista nas mãos, os compradores não conseguem produzir mais do que uma pequena correção em um mercado baixista", afirma John Kleist, analista e operador da corretora Allendale.Mesmo assim, Kleist acredita que o mercado pode começar a se estabilizar perto dos US$ 9 o bushel. "Depois do golpe sofrido no último mês, os futuros da soja estão próximos a níveis que podem proporcionar alguma consolidação", afirma.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

SOJA- PREVISÃO SAFRA DE SOJA 65 MILHÕES TONS.

Na avalaição e estimativas da céleres consultoria para o 7º acompanhamento, foram ajustadas conforme último levantamento realizado para as principais regiões produtoras de soja. Os principais números deste acompanhamento são:

􀂃 Área: Estimativa de plantio de 23,0 milhões de hecteres, representando ganho de 7,0% em relação ao plantio observado em 2008/09;
􀂃 Produtividade: Estimativa de produtividade em 2.826 kg/ha com acréscimo de 4,4% em relação ao observado em 2008/09;
􀂃 Produção: Estimativa de produção próxima de 65,0 milhões de toneladas com incremento de 11,8%
Tanto a estimativa de área plantada quanto o nível médio de produtividade, representam o segundo maior patamar histórico na produção de soja brasileira. O resultado disso não poderia ser diferente, em 2009/10 a produção da oleaginosa deve bater um novo recorde histórico, superior aos quase 60 milhões de toneladas obtidos em 2008/09. Por último, tem-se a variação entre os dados de produtividade estimados em janeiro vs. fevereiro. Os ajustes foram efetuados com base em pesquisa de expectitava de produtividade para a campanha atual de soja, realizada na última semana. De acordo com nosso levantamento semanal de desenvolvimento da safra de soja 2009/10, até o dia 29 de janeiro, aproximadamente 5,0% da estimativa de área plantada já havia sido colhida, ante apenas 2,0% reportado para o mesmo período do ano passado.
Quanto ao ritmo de comercialização, nota-se que o mesmo ainda permanece lento, visto as perdas no mercado externo que refletem em preços menores no mercado interno brasileiro. Em valores percentuais, 24,0% da produção já está compremetida por parte do produtor rural, ante 31% observado para igual período do ano anterior.

SOJA: COLHEITA ATINGE 10% EM MATO GROSSO.

A colheita da soja em Mato Grosso atingiu até a semana passada 10% da área cultivada de 6,12 milhões de hectares, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. Segundo os técnicos da instituição, a persistência das chuvas aumenta a preocupação dos agricultores, pois na semana passada o plantio evoluiu apenas 3,5 pontos percentuais e, em algumas regiões, surgem casos pontuais de grãos ardidos de soja. Mesmo com o atraso dos últimos dias, a colheita da soja está mais adiantada nesta safra, pois no final de janeiro do ano passado 5,36% da área havia sido colhida.
A colheita até agora atingiu 607 mil hectares e está mais avançada na região do médio-norte, onde 83 mil hectares foram colhidos na semana passada. Até agora a colheita no médio-norte atingiu 266 mil hectares. Em termos percentuais a colheita está mais avançada na região oeste, onde 143,4 mil hectares já foram colhidos, o que representa 15,1% da área plantada. O destaque entre os municípios produtores cabe a Sorriso, onde foram colhidos 66 mil hectares, que correspondem a 11% da área estimada. O levantamento do Imea mostra que a liderança em porcentual é de Lucas do Rio Verde, que já tem 38,4 mil hectares colhidos, o que corresponde a 16% da área cultivada no município.

COMMODITIES TÊM MAIOR QUEDA MENSAL DESDE OUTUBRO DE 2008.

Pressionado pelo pessimismo que tomou conta dos investidores nas últimas semanas, o preço médio das commodities registrou em janeiro a maior queda desde outubro de 2008, um dos períodos mais críticos da crise desencadeada pela quebra do banco americano Lehman Brothers. Contudo, analistas acreditam que a queda deve-se principalmente a fatores sazonais e a preocupações de curto prazo.
No mês passado, o índice Reuters-Jefferies CRB, que apura o desempenho de uma carteira composta por combustíveis, metais e produtos agrícolas, cedeu 6,28% - primeiro resultado negativo desde agosto do ano passado. A carteira de grãos do fundo de índice Dow Jones-UBS liderou as perdas em janeiro, com desvalorização de 13,14%, seguido pelo conjunto dos metais industriais (-8,76%) e de energia (-8,21%). Em linhas gerais, a queda das commodities pode ser explicada pela maior aversão dos investidores a ativos de risco diante de um cenário econômico mais nebuloso do que o observado nos meses anteriores. As dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia americana, a ameaça de maior regulação sobre os bancos, o risco de falência da Grécia e de outros países periféricos da Zona do Euro e, finalmente, os sinais de que o governo da China vai restringir a oferta de moeda penalizaram não apenas as commodities mas também os mercados acionários - em janeiro, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York cedeu 3,46%, primeiro resultado negativo desde junho e o pior desde fevereiro do ano passado.
O contrapeso desse movimento foi a valorização do dólar, que alcançou na semana passada a maior cotação desde agosto em relação a uma cesta composta pelas moedas dos seis principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. Considerado um porto seguro em períodos de incerteza, o dólar, mais forte, exerce um efeito particularmente negativo sobre as commodities. Quando a moeda americana se valoriza, as matérias-primas denominadas em dólar ficam, na prática, mais caras para quem opera com euro, por exemplo. Por isso, a tendência é de que o preço nominal recue para se ajustar ao poder de compra dos importadores. Esse efeito é levado em conta pelos fundos que investem em commodities. Muitos deles compram commodities como um instrumento de proteção (hedge) contra a desvalorização do dólar. Por isso, quando o poder de compra da moeda cresce, esses especuladores tendem a liquidar suas posições em commodities - o que apenas acentua a correlação negativa existente entre os preços dessas mercadorias e o dólar.
Os mercados de grãos foram os que mais sofreram com esse efeito já que, além do dólar mais forte, os investidores tiveram de digerir um aumento inesperado na estimativa do USDA, para a safra mundial de milho. Em apenas quatro semanas, o fundos de hedge reduziram(vendas) em 65% sua posição líquida de compra em milho e passaram a ficar vendidos em soja, um evento relativamente raro nesse mercado. Contudo, a maioria dos analistas afirma que as pressões sofridas pelos mercados de commodities nas últimas semanas são temporárias. "Acredito que o mercado apenas corrigiu o que talvez tenha sido um otimismo exagerado em relação à economia", observa Vinícius Ito, analista da corretora Newedge USA, em Nova York. "Espero que possa haver uma recuperação daqui para frente. A saída dos fundos pesou bastante, mas os dados econômicos, de modo geral, continuam mostrando melhoria da crise", acrescenta.
Tim Hannagan, analista da corretora PFG Best, em Chicago, explica em relatório distribuído ao mercado que as commodities possuem uma tendência sazonalmente baixista no primeiro bimestre do ano. Do ponto de vista das commodities agrícolas, este é o período em que Brasil e Argentina colhem suas safras de grãos - neste ano, uma produção recorde - o que faz crescer de modo significativo a oferta mundial. Os estoques de petróleo do Hemisfério Norte também tendem a subir no começo do ano, já que o frio intenso reduz o uso do carro e, consequentemente, a demanda por derivados de petróleo. "Milho e soja geralmente acompanham o petróleo, ao qual estão cada vez mais atrelados pelo fato de serem matérias-primas para a produção de biocombustíveis", observa Hannagan. Segundo o analista, a tendência tende a mudar entre meados de fevereiro e o início de março, quando os mercados futuros começam a antecipar a queda dos estoques de petróleo devido ao aumento da demanda por gasolina durante a primavera no Hemisfério Norte. Além disso, março é o período em que os agricultores dos Estados Unidos tomam suas decisões relacionadas ao plantio da chamada safra de primavera. Como a demanda mundial por biocombustíveis e rações cresce a passos largos, o mercado não pode se dar ao luxo de permitir uma queda na área cultivada. Mas, para isso, precisa estimular os produtores a plantar mais - ou seja, os preços precisam ser atraentes.
Fatores sazonais também ajudam a explicar o fortalecimento do dólar em relação às principais moedas internacionais nas últimas semanas, explica Shawn Hackett, da Hackett Financial Advisors, na Flórida. Hackett conta que os gráficos dos últimos 30 anos mostram que o dólar possui uma tendência de forte alta entre o fim de dezembro e meados de fevereiro, período em que as commodities tendem a ser pressionadas para baixo. Depois de atingir um pico, em fevereiro, a moeda americana geralmente apresenta uma tendência baixista até meados de maio. "Se o padrão se mantiver este ano, então o atual rali do dólar está com os dias contados. Logo, as commodities estão perto de atingir um piso e a registrar uma alta muito consistente entre fevereiro e maio", afirma o analista.

Grandes estoques comprometem produção de milho.

Os mais de 3 milhões de toneladas do grão armazenados e as incertezas quanto aos preços põem em alerta os produtores rurais. O plantio do milho safrinha, ou milho de segunda safra como prefere chamar a maioria dos produtores, não está sendo prejudicado pelo excesso de chuvas que cai este ano em Mato Grosso. O problema dos agricultores está nas expectativas quanto aos preços futuros, já que há mais de 3 milhões de toneladas do grão estocados nos silos do Estado, 120% a mais do que na safra 2008/2009. Conforme dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), hoje há 935 mil toneladas estocados dos produtores e 2,7 milhões de toneladas de propriedade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com Tiago Mattosinho Corrêa, gestor do Núcleo de Projetos e Meio Ambiente do Imea, a área plantada de milho safrinha este ano aumentou apenas 1,6% em relação ao ano anterior. O diferencial é que houve um aumento de produtividade de um ano para outro, pois segundo as estimativas, a área plantada este ano será de 1,704 milhões de hectares, enquanto que na safra 2007/2008 foi de 1,676 milhão de hectare. Em relação ao milho estocado na safra 2008/2009, 11% da produção (935 mil toneladas) está nos silos mato-grossenses. O Estado produziu neste ano 8,5 milhões de toneladas. A diferença é que na safra 2007/2008 a produção foi menor: 6,8 milhões de toneladas, tendo ficado estocados 755 mil toneladas, os mesmos 11%. Contudo, por ter ocorrido uma maior produtividade de um ano para o outro, a última safra acumulou 23% a mais no estoque dos produtores. Há ainda o que a Conab tem estocado, adquirido em leilões. A capacidade total de estocagem de Mato Grosso, segundo o IMEA, é de 25.279.134 toneladas. Em função disso, Mattosinho diz que ainda é cedo para prognósticos de crise no setor, já que ainda não se pode calcular quanto vai ser a produtividade do milho safrinha, tampouco o valor que será comercializado.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, esteve em Brasília na semana passada e disse que um dos assuntos tratados junto ao Ministério da Agricultura foi a questão dos estoques de milho em Mato Grosso pertencentes à Conab. Segundo Glauber, o cenário para o milho é um pouco complicado, pois estima-se que este ano 11 milhões de toneladas de milho no país fique parado. O presidente da Aprosoja conta que reivindicou junto ao governo federal um prazo maior para os produtores mato-grossenses venderem seu milho, mecanismos de proteção e também que os leilões da Conab sejam organizados de uma forma melhor, beneficiando a todos. "O que estamos buscando são melhores condições para os produtores que plantarem milho este ano em Mato Grosso". Os analistas do setor fazem o mesmo prognóstico: se não houver intervenção do governo, o ano será difícil para quem plantar milho. O analista de mercado da Câmara Setorial do Milho, Sebastião Gulla, avalia que é preciso haver uma política consistente para o produtor se prevenir futuramente.
Em Mato Grosso, por exemplo, a soja precoce já está sendo colhida e, com armazéns ainda cheios de milho, o sojicultor é obrigado a despachar imediatamente seu produto, perdendo novas oportunidades do mercado. A Conab chegou a negociar com armazéns em São Paulo espaço para o milho do Mato Grosso, mas sem sucesso, até mesmo porque o próprio governo não tem verba suficiente para o transporte.

DIVERGÊNCIAS NO ESTOQUE DE MILHO EM MATO GROSSO.

Os números relativos às estimativas de safra de algodão e milho da Companhia Nacional de Economia Agrícola (Conab) e do Instituto Mato Grossense de Economia Agrícola (Imea) continuam desencontrados. No fim do ano passado foi realizada uma reunião em Cuiabá, com participação de técnicos das duas instituições e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para afinar as metodologias, mas os primeiros dados deste ano mostram que os entendimentos ainda não surtiram resultados.Na sexta-feira passada, o Imea divulgou sua estimativa para a safra de milho que começou a ser plantada em Mato Grosso. O Imea prevê o cultivo de 1,774 milhão de hectares e produção de 8,090 milhões de toneladas. Já a Conab estima a área em 1,509 milhão de hectares e a produção de 6,657 milhões de toneladas.A diferença entre as estimativas de produção é de 1,4 milhão de toneladas, que é justamente o volume que os agricultores de Mato Grosso têm estocado nas fazendas, aguardando novas intervenções do governo no apoio à comercialização, já que o mercado no momento paga no máximo R$ 8/saca, enquanto o preço mínimo de garantia oficial é de R$ 13,20.
Em sua estimativa, a Conab, por enquanto, mantém a área igual à da safra passada, de 1,509 milhão de hectares, enquanto o Imea elevou em 5,83%. As duas instituições preveem redução na produtividade, que não deve repetir o excelente rendimento do ano passado de 84 sacas por hectares. Para a safra atual, o Imea prevê colheita de 76 sacas por hectare, enquanto a Conab estimava 67 sacas por hectare.Os estoques remanescentes de milho nas fazendas de Mato têm preocupado os agricultores, que já iniciaram a colheita da soja precoce. Muitos produtores estão estocando o produto em silo bag (de lona plástica). Os produtores que venderam o milho ao governo no ano passado pelo preço mínimo reclamam do custo de estocagem que pagaram desde setembro do ano passado, de 2% ao mês até a retirada do milho estocado nos armazéns credenciados. Outra reclamação é que os técnicos da Conab avaliam os estoques pelo volume depositado nos silos, quando deveriam considerar o peso do hectolitro do cereal.As estimativas em relação ao Mato Grosso são importantes para sinalizar a tendência de preços do mercado brasileiro pois, uma vez mais, os agricultores estão investindo no cereal, apesar das dificuldades enfrentadas na comercialização.

CHUVA RECORDE AMEAÇA SAFRA.

Aliadas históricas do produtor rural, as chuvas se converteram no maior fator de risco para a safra de grãos que começa a ser colhida nas principais regiões produtoras do País. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu safra de 141,3 milhões de toneladas, a segunda maior da história, no levantamento de janeiro, mas o excesso de umidade pode frustrar a produção. O índice de chuvas é recorde no Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste. Em algumas regiões do Estado de São Paulo, o índice acumulado em janeiro chega a 300 milímetros, o maior índice em 30 anos. A grande quantidade de chuvas paralisa as atividades no campo e atrasa as colheitas de arroz, feijão, milho e soja. A umidade aumenta a incidência de pragas e reduz a qualidade da produção, derrubando preços. O grão úmido exige mais tempo de secagem e abarrota silos e secadores. As estradas rurais, intrafegáveis, estão dificultando o escoamento da safra.
No sudoeste do Estado de São Paulo, uma das principais regiões produtoras de feijão do País, as perdas chegam a 65%, segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. São Paulo produz 180 mil toneladas do alimento em 122 mil hectares. O feijão maduro tomou chuva no campo e perdeu qualidade, diz o engenheiro agrônomo Vandir Daniel da Silva, da secretaria estadual em Itapeva. “A saca de 60 quilos, que estava a R$ 70, foi vendida de R$ 20 a R$ 30.”
As lavouras de Frederico D’Avilla, da fazenda Jequitibá do Alto, em Buri, tomaram chuva no fim da safra. Ele aumentou o número de máquinas para apressar a colheita, mesmo assim o feijão ficou “chuvado” e foi vendido pela metade do preço.
O mau tempo e os preços baixos reduziram em 60% o plantio da segunda safra na região de Itapeva. A área cultivada caiu de 39 mil hectares para 15 mil hectares, segundo o agrônomo Silva. As novas lavouras de feijão estão infestadas por doenças como antracnose e mofo branco, por causa do excesso de umidade.
Os dias chuvosos prejudicam também a soja e o milho com lavouras em formação. De acordo com o agrônomo, a umidade do solo favorece a parte vegetativa da planta, mas o sol é indispensável para os grãos.
O céu nublado e a garoa constante preocupam Toshimito Varikoda, da fazenda Santo Antonio, em Itapetininga. “Os pés de soja estão repletos de bainhas, mas os grãos não estão graúdos, pois faltou sol.” O produtor teve de replantar quase 10% da área com soja. Os gastos com a secagem do milho, colhido em 200 hectares, também aumentaram. “O grão sai da colheitadeira com 26% de umidade e preciso reduzir para no máximo 16%, senão fermenta.”
Em Capela do Alto, região de Sorocaba, o operador de colheitadeira Ricardo de Almeida espera a chuva parar para retomar a colheita de 400 hectares de milho na fazenda Alkroma. Nos últimos oito dias, trabalhou três. O atraso no milho pode prejudicar a colheita da soja, que começa em duas semanas.
Em Mato Grosso, as chuvas aumentaram em sete vezes a incidência da ferrugem na soja, em comparação com a safra passada, segundo o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária (Famato), Rui Prado. O tempo chuvoso atrasa a colheita e pode causar perdas na produtividade. Para complicar, o escoamento da safra é precário porque as estradas estão ruins. A infraestrutura inadequada aumenta o custo do frete e eleva o risco de prejuízos.
“A luz vermelha já acendeu”, disse Prado. A desvalorização média em janeiro foi de R$ 4,60 por saca. O preço do milho também despencou. Segundo o presidente da Famato, os produtores já cobram do governo mecanismos de defesa da renda, como preços mínimos de garantia. A Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) quer rediscutir a cobrança de royalties pelas empresas de sementes.
As chuvas e o excesso de umidade estão prejudicando o avanço da colheita da soja no médio norte de Mato Grosso. A Equipe 1 do Rally da Safra, que tem a participação da Agência Estado, encontrou no município de Santa Rita do Trivelato lavouras que terão perda de produtividade provocada pela chuva, que impede a entrada das máquinas em áreas em que a soja precoce já foi dessecada.
No Paraná, os produtores iniciaram a colheita de olho no clima. No oeste, a produtividade é bem maior que a da safra passada, afetada pela estiagem. Na região de Maringá, o produtor Olívio Grizotti teve de interromper a colheita quando a área de 200 hectares foi atingida por um temporal. Mais que a chuva, é a queda nos preços que preocupa. Em janeiro, o preço da saca caiu de R$ 45 para R$ 35. “O preço da soja está igual à chuvarada, não para de cair.” Ele não tem secador e teme alta no custo da secagem por causa da umidade. O Estado deve colher 13,3 milhões de toneladas de soja, 43% a mais que na safra passada, segundo a Secretaria de Agricultura do Paraná.

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