sexta-feira, 30 de abril de 2010

CBOT – SOJA E MILHO FECHAMENTO OFICIAL.

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SOJA/MILHO – CBOT FECHA EM ALTA NESTA SEXTA FEIRA.

Os preços futuros da soja fecharam a sexta-feira em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT). Os contratos mais negociados, com vencimento em julho, registraram valorização de 3 cents ou 0,3%, cotados a US$ 9,99 por bushel. Na semana, a commodity acumulou perda de 1,1%. "As altas do farelo e do milho ajudaram a sustentar os preços em um mercado que carece de direção", disse Chad Henderson, analista da corretora Prime Ag Consulting. Contudo, a falta de novidades em relação aos fundamentos da soja limitou o potencial de alta.
Tecnicamente, a soja enfrenta grande resistência no nível psicológico de US$ 10 por bushel. Do ponto de vista dos fundamentos, a colheita de uma safra recorde na América do Sul e a rapidez com que o plantio avança nos Estados Unidos pesam sobre as cotações. O mercado carece de direção, mas as incertezas que acompanham o longo período até a colheita nos Estados Unidos e a boa demanda por farelo de soja devem ajudar a sustentar os preços do grão no médio prazo.
No curto prazo, os futuros parecem confinados dentro de um intervalo de preço. Ajustes de posição antes do fim de semana e do mês contribuíram para que os preços andassem de lado nos últimos dias.

MILHO

Os preços futuros do milho avançaram pelo terceiro dia consecutivo na Bolsa de Chicago por causa da perspectiva otimista sobre a demanda da China. Posição mais líquida, o contrato julho subiu 6,25 cents ou 1,69% e fechou a US$ 3,7525/bushel. Na semana, a valorização foi de 3,95%.
O fato de a China ter comprado milho dos Estados Unidos nesta semana manteve todos de olhos abertos para a possibilidade de novas aquisições, com rumores sobre a forte demanda no país asiático. A exportação de 115 mil toneladas de milho para a China foi confirmada na quarta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a maior desde o ano comercial 1998/99. O negócio alimentou boatos de que a China precisará importar mais 500 mil toneladas, o que sustenta os preços. Comerciantes embutiram algum prêmio de risco nas cotações, em meio a incertezas sobre uma longa temporada de desenvolvimento da nova safra americana.
Tim Hannagan, analista da corretora PFG Best, afirmou que a "China precisou de milho neste ano para atender às necessidades da alimentação animal, já que pretende aumentar as populações de frango e suínos para proteína animal". Segundo Hannagan, outro fator que contribuiu com a maior necessidade chinesa foi "a ordem federal de elevar substancialmente a produção de etanol de milho e atender à reserva estratégica de 40% de utilização doméstica". Além disso, preocupações sobre as chuvas no Meio-Oeste americano durante o fim de semana, que podem desacelerar o plantio, deram suporte psicológico ao mercado. A queda do dólar e os ganhos do petróleo foram no mesmo sentido. Um corretor recordou, ainda, que traders se reposicionaram neste fim de mês e contribuíram para a valorização. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 10 mil lotes em milho.

Governo cria novas regras na comercialização da safra de MILHO.

O governo decidiu alterar as regras para a concessão de subsídios à comercialização da atual safra de grãos. Após prolongadas negociações entre os ministérios da Fazenda e da Agricultura, o governo resolveu promover leilões regionalizados dos prêmios de comercialização, com valores diferentes para cada região produtora do país.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, informou que os valores das subvenções serão estabelecidos de acordo com a distância das regiões produtoras, fixas e proporcionais - e não mais apenas por Estados. "Fizemos um acordo perfeito. Cedemos de um lado e a Fazenda cedeu de outro. O modelo anterior mantinha desigualdades", diz. "Agora, o norte de Mato Grosso, por exemplo, terá mais do que o centro ou o sul do Estado". A política oficial inclui subsídios diretos ao produtor (Pepro e Prop) e equalização dos custos do frete (PEP).
O primeiro leilão dentro das novas regras será no início de maio para 1 milhão de toneladas de milho. "A metade será em Mato Grosso", diz Rossi. O governo terá "atenção especial" com as cotações do milho no Estado. "Vamos entrar forte em milho. Faremos isso em todo o país".
O acordo permitiu a inclusão de milho, arroz e feijão nos primeiros leilões de apoio à comercialização do ano-safra 2009/10. Trigo e algodão estão fora dos planos iniciais do governo. O orçamento da Agricultura para apoiar a venda da safra recorde de grãos, fibras e cereais soma R$ 5,2 bilhões.
As conversas no governo também levaram à definição sobre o pagamento dos subsídios. O Ministério da Fazenda insistiu em um novo modelo para garantir transparência aos prêmios públicos. Por isso, produtores vinculados a cooperativas terão o mesmo tratamento dispensado aos demais beneficiários. "A cooperativa era tratada no âmbito privado e isso não nos permitia saber quem eram os beneficiados", diz. A partir de agora, os pagamentos serão feitos "um por um" no CPF de cada produtor. "Esse é um entendimento do próprio Tribunal de Contas da União".
Para iniciar o pagamento de prêmios é necessária a publicação de uma portaria interministerial de equalização. Rossi informa que a portaria está em fase final de revisão na consultoria jurídica do Ministério do Planejamento. "Mas até a próxima semana tudo estará resolvido". A demora nas discussões tem preocupado os produtores, que veem desabar os preços de algumas commodities, sobretudo o milho. Em regiões mais distantes de Mato Grosso, a saca estava abaixo de R$ 8 enquanto o preço mínimo oficial é de R$ 13,50.

MÁRIO MARIANO

quarta-feira, 28 de abril de 2010

MILHO/EUA: VENDA DE 115 MIL T PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta quarta-feira a venda de 115 mil toneladas de milho para China, com embarque durante o ano comercial 2009/10. O ano comercial do grão começou em 1º de setembro.Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA quaisquer vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um mesmo dia para um único destino.

COREIA DO SUL COMPRA 60 MIL T DA ARGENTINA

Compradores sul-coreanos adquiriram um carregamento da Panamax com 60 mil toneladas de milho argentino a um prêmio de 81 cents por bushel (base FOB) em relação aos preços futuros do contrato julho na Bolsa de Chicago (CBOT). O embarque deve ocorrer entre 15 de junho e 15 de julho, segundo executivos de tradings.Na terça-feira, o vencimento julho fechou com desvalorização de 5,75 cents, ou 1,6%, a US$ 3,5375 por bushel.

terça-feira, 27 de abril de 2010

SOJA/MILHO : CHICAGO REGISTRA MENORES PREÇOS EM UMA SEMANA.

Os contratos futuros de soja se desvalorizaram nesta terça-feira na Bolsa de Chicago, recuando para o nível mais baixo em uma semana, em meio a sinais negativos sobre fundamentos e outros mercados. Os lotes negociados para entrega em julho fecharam em queda de 16,0 cents ou 1,59%, cotados a US$ 9,93/bushel. A combinação entre a forte valorização do dólar, queda dos preços futuros do petróleo e ritmo recorde de plantio de soja foi suficiente para colocar os preços em um movimento de correção.
Segundo o analista Greg Wagner, da corretora AgResource Company, a pressão nos mercados financeiros foi suficiente para estimular os investidores a realinhar os valores com os fundamentos da soja. Nos Estados Unidos, espera-se área plantada recorde. Wagner acrescentou que o plantio de soja nos Estados Unidos está acelerado na região do Delta dos Estados Unidos, situação que se contrapõe aos estoques apertados da antiga safra (fator que recentemente puxou os preços em quase 80 cents). A expectativa é de uma ampla safra americana. Vendas técnicas alimentaram o movimento, na medida em que ordens automáticas foram acionadas abaixo dos US$ 10/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido 6 mil lotes em soja.

MILHO

Com influências de outros mercados e fundamentos baixistas, os preços futuros do milho recuaram hoje para o nível mais baixo em sete meses na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes mais negociados, para entrega em julho, caíram 5,75 cents ou 1,60% e fechara a US$ 3,5375/bushel. A mínima foi US$ 3,52/bushel. A falta de notícias deixou os compradores sem motivos para se manter entusiasmados. O analista John Kleist, da corretora Allendale, disse que o ritmo recorde de plantio nos Estados Unidos é fundamento baixista neste momento, pois geralmente resulta em melhor produtividade e incentiva um aumento na área plantada. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou ontem que 50% da safra foi plantada até domingo, superando o recorde de 37% observado em 2004.Especuladores liquidaram posições compradas durante a sessão, diante da influência negativa da forte alta do dólar em relação a uma cesta de moedas. A maioria das commodities reagiu da mesma forma. A queda dos preços do petróleo, assim como as perdas no mercado acionário, pesaram sobre as cotações e estimularam as vendas. Traders disseram que vendas com base em indicadores técnicos aceleraram as perdas no mercado de milho.

COMMODITIES TÊM FORTE QUEDA COM INCERTEZA NA EUROPA.

Os mercados de commodities registraram perdas expressivas hoje, influenciados pela reação dos investidores ao rebaixamento dos ratings de crédito soberano de Portugal e Grécia pela agência de classificação de risco Standard & Poor's. As preocupações com a situação fiscal da Grécia minaram o euro, que sofreu forte desvalorização em relação ao dólar e ao iene. Esse movimento é prejudicial para as commodities denominadas em dólar, que, na prática, ficam mais caras para compradores que usam outras moedas."A paciência dos mercados quanto a um sólido pacote de resgate à Grécia está se esgotando", afirma Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting.
As idas e vindas das autoridades da zona do euro fizeram crescer a desconfiança do investidor depois que representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia encontraram-se em Atenas para fechar os detalhes sobre o socorro de 45 bilhões de euros para a Grécia.
Commodities mais sensíveis às oscilações econômicas, como petróleo e cobre, já eram afetadas pela percepção de que o governo da China vai atuar no sentido de conter o crescimento acelerado do país, uma das principais fontes de demanda para várias commodities.
O índice Reuters-Jefferies CRB, referência mundial das commodities, caía 1,76%, para 273,48 pontos. O petróleo negociado no mercado eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) era negociado em baixa de 1,3%, a US$ 85,34 por barril, nos contratos com vencimento em julho. Na Comex, divisão de metais da bolsa nova-iorquina, o cobre para julho desabou 4,66%, para US$ 3,3825 por bushel. O cobre foi particularmente afetado pela desconfiança dos investidores. Os preços da commodity vinham subindo nas últimas semanas diante da expectativa de recuperação da economia global, com impacto positivo na construção civil. Já o ouro, considerado um porto seguro em períodos de incerteza, está em alta. Na Comex, os contratos para junho registraram valorização de 0,71%, cotados a US$ 1.162 por onça-troy.
As commodities agrícolas também ficaram em baixa nas bolsas americanas. O açúcar para entrega em julho operava em queda de 3,1%, cotado a 15,36 cents/lb. Na Bolsa de Chicago (CBOT), a soja para julho era negociada a US$ 9,97 por bushel, uma perda de 1,2%. Café (-1,4%), cacau (-0,7%), algodão (-0,7%), milho (-1,4%) e trigo (-0,7%) também estavam no vermelho.

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities da China encerraram em baixa nesta terça-feira, influenciados por preocupações com as ofertas e pela fraqueza dos mercados acionários e dos metais. O contrato referencial de janeiro fechou com desvalorização de 0,6%, a 3.969 yuans por tonelada (6,82 yuans = US$ 1)."A pressão da oferta sobre os preços ainda é alta na América do Sul", com relatos de aumento das vendas por parte dos produtores no continente, afirmou um analista local. Um ponto de interrogação ainda paira sobre as ofertas, já que os registros de interrupção das chuvas no Brasil também podem sustentar os preços. Contudo, a fraqueza dos outros mercados afetou os produtos agrícolas em meio a temores persistentes com relação às medidas de Pequim para apertar o crédito no potencialmente superaquecido setor imobiliário.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações da oleaginosa terminaram em queda na segunda-feira, conforme compras técnicas e sazonais cessaram diante da falta de novas notícias positivas.

SECA AFETOU 1,5 MILHÕES DE TONS DA SAFRA DE VERÃO

A seca no sudoeste da China afetou até 1,5 milhão de toneladas de grãos da safra de verão e 400 mil toneladas de colza, afirmou nesta terça-feira uma autoridade do Ministério de Agricultura do país.
Além do aumento dos gastos e das áreas de cultivo para combater os efeitos da estiagem, o governo também elevou um subsídio para estimular as compras de maquinários por parte dos produtores, afirmou Ye Zhenqin, diretor do Departamento de Gestão de Plantio, vinculado ao ministério.O benefício foi ampliado em 1 bilhão de yuans (6,82 yuans = US$ 1) na segunda-feira da última semana, segundo Ye, somando agora 15,5 bilhões de yuans em 2010, ante 13 bilhões de yuans no ano passado.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

GRÃOS/EUA: PLANTIO DE MILHO E TRIGO AVANÇA RAPIDAMENTE

Os produtores dos Estados Unidos aproveitaram o clima favorável e avançaram nos trabalhos de plantio das safras de milho e trigo de primavera, durante a última semana. Enquanto isso, as avaliações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) seguem positivas para a safra de trigo de inverno, confirmando as expectativas dos analistas.
Milho
O USDA informou que 50% da safra de milho havia sido plantada até 25 de abril, porcentagem próxima ao nível mais alto das expectativas dos analistas, entre 40% e 52%. O plantio evolui em ritmo mais rápido do que a média de 22% para esta época do ano e também superior ao mesmo momento do ano passado, que registrou 20%.
No Estado e Illinois, 73% da safra foi plantada, mais do que a média de 28%. Em Iowa, 68% das lavouras foram cultivadas, também bastante superior à média de 23%. Já Indiana apresentava 56% da safra plantada, enquanto a média é de 14%. "O ritmo do plantio de milho é impressionante", disse o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services.
O USDA relatou que 63% da safra de Minnesota foi plantada, bem mais do que a média de 16%. Segundo Gidel, trata-se de uma surpresa, pois o salto foi de 50 pontos porcentuais em apenas uma semana, em virtude das boas temperaturas para plantio. Na Dakota do Norte, 28% da safra foi plantada, ante média de 5%. Na Dakota do Sul, o plantio chegou a 13%, superior à média de 5%. O USDA informou, ainda, que 7% da safra emergiu, ante média de 5%.
Trigo de inverno
A avaliação da safra de trigo de inverno dos Estados Unidos demonstra boas condições gerais. O USDA afirmou que 69% da safra tem condição boa a excelente, mesma proporção da semana anterior e mais do que os 45% obtidos um ano atrás.Os Estados do planto, que produzem trigo pão, se mostram especialmente positivos. Em Kansas, tradicionalmente o maior Estado produtor do país, 73% da safra foi avaliada como boa a excelente, nível superior aos 71% registrados na semana passada.
A safra de Oklahoma recebeu 75% de bom a excelente, ante 74% na semana anterior. O consultor Durchholz disse que os dados do USDA mostraram que, analisando cada Estado, as condições melhoraram pouco em relação à semana passada.
Enquanto isso, as lavouras dos Estados do Meio-Oeste, onde se produz trigo utilizado em massas e lanches, continuam se esforçando para avançar. Segundo o USDA, 31% da safra do Estado de Illinois tinha condição boa a excelente, menos do que os 36% observados uma semana antes. O USDA avaliou o Arkansas com 42% de bom a excelente, nível inferior aos 45% da semana passada. No Missouri, a avaliação da safra foi mantida em 36% de bom a excelente. O USDA informou, ainda, que 14% da safra de trigo de inverno perfilou, contra 21% da média em cinco anos.
Trigo de primaveraO governo afirmou que 43% da safra de trigo de primavera foi plantada, mais do que a média em cinco anos de 27% para esta época. No ano passado, 14% da safra havia sido plantada.
Na Dakota do Norte, principal Estado produtor de trigo de primavera, 25% da safra foi plantada. Minnesota e Washington apresentam ritmo bem acima da média, com 87% e 86%, respectivamente. O USDA declarou que 9% da safra emergiu, ante 6% na média em cinco anos.

CBOT – MILHO E SOJA.

Os preços futuros da soja registraram leve baixa na Bolsa de Chicago, O contrato com vencimento em julho encerrou o pregão negociado a US$ 10,09 por bushel, um recuo de 1 cent ou 0,1%. Os preços oscilaram entre os terrenos de alta e baixa, sustentados por compras baseadas em critérios técnicos e sazonais, mas pressionados por vendas para realização de lucros.
No começo do dia, a soja registrou a maior cotação desde 11 de janeiro, a US$ 10,1850 por bushel. Contudo, os preços cederam em meio à falta de notícias capazes de estimular o apetite dos compradores. O avanço de uma colheita recorde na América do Sul e do plantio nos Estados Unidos também pesaram sobre o mercado. Analistas disseram que os preços parecem estar próximos de um nível de equilíbrio, devendo sustentar-se acima dos US$ 10 até que os trabalhos de plantio avancem no Meio-Oeste americano e a oferta de soja sul-americana desvie definitivamente os compradores dos portos dos Estados Unidos.

MILHO

Com fundamentos e influências baixistas, os contratos futuros de milho terminaram a sessão desta segunda-feira com perdas na Bolsa de Chicago. Os lotes mais negociados, para entrega em julho, fecharam em queda de 1,50 cent ou 0,42%, cotado a US$ 3,5950/bushel.
O mercado registrou ganhos durante boa parte do dia, mas cedeu conforme os preços futuros trigo, caíram mais de 15 cents. Traders disseram que o milho tem pouco suporte dos fundamentos neste momento. A maioria deles esperava que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicasse rápida evolução do plantio. O USDA informou que 50% da safra foi plantada, ante 20% há um ano.
As chuvas do fim de semana foram consideradas boas para a safra, segundo traders, e não devem se transformar num problema para o cultivo de modo geral. Um trader comentou que "considerando o escorregão do trigo, o milho se manteve". Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 2 mil contratos de milho nesta segunda-feira, mas traders e analistas avaliam que os fundos têm sustentado os preços."Acho que há muitos investidores que veem as commodities agrícolas, especialmente milho e soja, como subvalorizadas em relação a seus investimentos alternativos", comentou o analista Arlan Suderman, da revista Farm Futures.
Cancelamentos de recibos nos Estados Unidos também limitaram as perdas, indicando um aperto da oferta no curto prazo, conforme se aproxima o primeiro dia de notificações, na sexta-feira. Rumores de que a China comprou de quatro a cinco cargas de milho também são positivos para os preços. Suderman disse que "ainda há muita descrença" sobre o potencial das importações chinesas, mas esses rumores são suficientes para assustar quem está vendido neste mercado. Ele acredita que, economicamente, as importações da China fazem sentido; mas politicamente seriam um desafio.

CLÍMA - MATO GROSSO CONTINUA SEM CHUVAS.

As chuvas da semana passada beneficiaram as lavouras de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul. Os maiores volumes se concentraram entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. Em Mato Grosso do Sul o volume foi menor (20 a 40 mm) e muito irregular. "Pelo menos as chuvas se concentraram no sul do Estado, que coincide com as principais áreas produtoras de milho", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Já para as áreas de milho de Mato Grosso e Goiás a preocupação aumenta com mais uma semana sem chuva. A situação é mais crítica no centro-norte de Mato Grosso, região de Sorriso, Lucas do Rio Verde, onde praticamente não choveu em abril. A situação da lavoura de milho safrinha e de algodão é melhor no sul/sudeste do Estado, que inclui os municípios de Campo Verde, Primavera do Leste, pois houve bons volumes de água na primeira semana de abril. Essa condição de chuva também se estende para o sul de Goiás.
A consequência da redução das chuvas no Centro-Oeste pode ser verificada por meio do porcentual de água disponível no solo. Em algumas áreas de Mato Grosso já se pode observar que o nível de umidade está crítico, abaixo de 30%. Já no Sul do Brasil, as chuvas da última semana elevaram as condições de umidade do solo.

Previsão
Conforme previsão da Somar, a semana deve ser de chuvas no Sul e tempo seco e quente no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A presença de uma nova frente fria deve manter a ocorrência de chuvas concentradas no Sul do Brasil, o que é um padrão típico do outono. A condição é fortalecida pela presença do fenômeno El Niño, que mesmo em fase de enfraquecimento, ainda contribui para intensificar e bloquear as frentes frias sobre o Sul do País.
Enquanto isso, o Sudeste e o Centro-Oeste enfrentam período seco. Pelo menos nas próximas duas semanas não há previsão de chuva significativa para Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, o que agrava a condição de escassez de água e deve prejudicar o desempenho das lavouras de milho desses Estados, que ainda dependem de pelo menos um bom episódio de chuvas para fechar o ciclo de produção. No Nordeste do Brasil, que vive sua estação chuvosa ("inverno nordestino"), as chuvas continuam concentradas na faixa litorânea, enquanto o interior da região, incluindo a Bahia, confirma a antecipação do início do período seco.

Lavouras americanas
A passagem de uma frente fria durante o fim de semana provocou chuvas sobre alguns Estados do Meio-Oeste americano, atrapalhando assim temporariamente o processo de plantio, principalmente nos Estados de Missouri, sul de Illinois, Kentucky e Tennessee. "No entanto, a frente fria já se afastou e a semana começa com tempo seco nas principais regiões produtoras de milho e soja dos Estados Unidos", comenta Etchichury.
Segundo a Somar, a semana começa seca e com elevação de temperatura sobre o Meio-Oeste americano. A situação da semana passada deve se repetir e na próxima sexta-feira a passagem de uma nova frente fria, deve causar chuvas nas áreas produtoras de milho. No entanto, a frente fria deve se deslocar rapidamente e no fim de semana causa chuvas mais sobre o sul dos Estados Unidos, enquanto o tempo volta a secar nos Estados mais ao norte.
De um modo geral, "se não dá para garantir condições de clima ideal para o plantio (totalmente seco), por outro lado as condições climáticas projetadas, mesmo com episódios de chuvas a cada semana, não comprometem no todo e nem inviabilizam a evolução do plantio das lavouras de milho (abril) e soja (maio) nos Estados Unidos", informa a Somar.
A temperatura ainda apresenta grandes oscilações. Nesta semana o Meio-Oeste americano começa com temperaturas amenas em virtude da passagem da frente fria do fim de semana. No entanto, o tempo esquenta no decorrer da semana. A tendência é este ano subir gradualmente como é típico do padrão de primavera americana.

REDUÇÃO DO PREÇO MÍNIMO COLOCA POLÍTICA AGRÍCOLA EM XEQUE.

A proposta de redução do preço mínimo de garantia do milho em Mato Grosso defendida pelo Ministério da Fazenda, que conta com apoio do diretor de política agrícola e informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto, abre uma discussão sobre a eficácia dos instrumentos que dispõe o governo para incentivar a produção de grãos no País, ante a queda das cotações internacionais, como ocorreu no ano passado, e o câmbio sobrevalorizado, que dificulta a exportação dos excedentes.A justificativa para a revisão dos preços seria evitar a "desmoralização" da política agrícola, uma vez que o governo não consegue assegurar o recebimento dos preços mínimos, apesar de ter concedido recursos para apoiar a comercialização de 67,2% da produção de trigo, 65,3% do algodão e 21,3% do milho. Os gastos com o apoio à safra de grãos somaram R$ 3,2 bilhões.
Esta encruzilhada em que o governo se encontra pode ser uma oportunidade para repensar a política agrícola que vem sendo adotada nas últimas décadas. Em ano eleitoral, dificilmente o governo vai assumir o desgaste político de uma medida que desagradará as lideranças rurais, que já reclamam do fato de os preços mínimos não cobrirem os custos de produção.
No trabalho denominado "A necessidade de uma nova política de comercialização agrícola", a pesquisadora Júnia Cristina Peres R. da Conceição, do Instituto de Pesquisa em Economia Aplicada (Ipea), comenta que, num contexto de globalização e integração econômica, iniciativas autônomas, em que um país tenta implementar programas setoriais sem levar em consideração as novas regras e os acordos de comércio internacional, estão mais do que nunca fadadas ao fracasso.
Na opinião da pesquisadora, preços mínimos exageradamente altos poderão estimular importações de países concorrentes, "de sorte que o governo federal estará garantindo preços tanto aos produtores domésticos como estrangeiros". Ela pondera que a abertura comercial pode tornar atraente a exportação na safra (em vez do armazenamento interno) para importar mais tarde, na entressafra. "São exemplos em que se desfaz o convencional padrão sazonal de variação de preços, básico para a eficácia das políticas tradicionais de estabilização de preços agrícolas."

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