segunda-feira, 26 de abril de 2010

CLÍMA - MATO GROSSO CONTINUA SEM CHUVAS.

As chuvas da semana passada beneficiaram as lavouras de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul. Os maiores volumes se concentraram entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. Em Mato Grosso do Sul o volume foi menor (20 a 40 mm) e muito irregular. "Pelo menos as chuvas se concentraram no sul do Estado, que coincide com as principais áreas produtoras de milho", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Já para as áreas de milho de Mato Grosso e Goiás a preocupação aumenta com mais uma semana sem chuva. A situação é mais crítica no centro-norte de Mato Grosso, região de Sorriso, Lucas do Rio Verde, onde praticamente não choveu em abril. A situação da lavoura de milho safrinha e de algodão é melhor no sul/sudeste do Estado, que inclui os municípios de Campo Verde, Primavera do Leste, pois houve bons volumes de água na primeira semana de abril. Essa condição de chuva também se estende para o sul de Goiás.
A consequência da redução das chuvas no Centro-Oeste pode ser verificada por meio do porcentual de água disponível no solo. Em algumas áreas de Mato Grosso já se pode observar que o nível de umidade está crítico, abaixo de 30%. Já no Sul do Brasil, as chuvas da última semana elevaram as condições de umidade do solo.

Previsão
Conforme previsão da Somar, a semana deve ser de chuvas no Sul e tempo seco e quente no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A presença de uma nova frente fria deve manter a ocorrência de chuvas concentradas no Sul do Brasil, o que é um padrão típico do outono. A condição é fortalecida pela presença do fenômeno El Niño, que mesmo em fase de enfraquecimento, ainda contribui para intensificar e bloquear as frentes frias sobre o Sul do País.
Enquanto isso, o Sudeste e o Centro-Oeste enfrentam período seco. Pelo menos nas próximas duas semanas não há previsão de chuva significativa para Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, o que agrava a condição de escassez de água e deve prejudicar o desempenho das lavouras de milho desses Estados, que ainda dependem de pelo menos um bom episódio de chuvas para fechar o ciclo de produção. No Nordeste do Brasil, que vive sua estação chuvosa ("inverno nordestino"), as chuvas continuam concentradas na faixa litorânea, enquanto o interior da região, incluindo a Bahia, confirma a antecipação do início do período seco.

Lavouras americanas
A passagem de uma frente fria durante o fim de semana provocou chuvas sobre alguns Estados do Meio-Oeste americano, atrapalhando assim temporariamente o processo de plantio, principalmente nos Estados de Missouri, sul de Illinois, Kentucky e Tennessee. "No entanto, a frente fria já se afastou e a semana começa com tempo seco nas principais regiões produtoras de milho e soja dos Estados Unidos", comenta Etchichury.
Segundo a Somar, a semana começa seca e com elevação de temperatura sobre o Meio-Oeste americano. A situação da semana passada deve se repetir e na próxima sexta-feira a passagem de uma nova frente fria, deve causar chuvas nas áreas produtoras de milho. No entanto, a frente fria deve se deslocar rapidamente e no fim de semana causa chuvas mais sobre o sul dos Estados Unidos, enquanto o tempo volta a secar nos Estados mais ao norte.
De um modo geral, "se não dá para garantir condições de clima ideal para o plantio (totalmente seco), por outro lado as condições climáticas projetadas, mesmo com episódios de chuvas a cada semana, não comprometem no todo e nem inviabilizam a evolução do plantio das lavouras de milho (abril) e soja (maio) nos Estados Unidos", informa a Somar.
A temperatura ainda apresenta grandes oscilações. Nesta semana o Meio-Oeste americano começa com temperaturas amenas em virtude da passagem da frente fria do fim de semana. No entanto, o tempo esquenta no decorrer da semana. A tendência é este ano subir gradualmente como é típico do padrão de primavera americana.

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