sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

GRÃOS/EUA: EXPANDIR ÁREA PLANTADA PARA ATENDER DEMANDA.

Produtores agrícolas dos Estados Unidos devem cultivar com grãos o máximo que puderem e ainda assim serão incapazes de reabastecer o país, dizem analistas. Estima-se, em média, que os agricultores aumentarão a área plantada com grãos em 10 milhões de acres (4,046 milhões de hectares), para fazer com que a oferta de uma série de produtos seja adequada, desde o milho até outros menos cultivados, como a aveia. Para ocupar os 327 milhões de acres com grãos (13,23 milhões de hectares) de que se fala, os produtores precisarão de clima favorável e terão de aumentar a prática da safra dupla, ou seja, plantar numa mesma área duas vezes ao ano.
Os agricultores têm alguns estímulos para cultivar o que pode ser a maior área com grãos em uma década. Autoridades federais disseram nesta semana estimar que a relação entre os estoques e o consumo chegará ao menor nível em 15 anos para o milho e em mais de 40 anos para a soja. O cenário de oferta restrita impulsionou os preços futuros dos grãos para máximas, de modo que o milho é negociado em torno de US$ 6,40/bushel e a soja em mais de US$ 14/bushel. Alguns analistas avaliam, portanto, que os preços elevados ajudarão a desacelerar a demanda e a expandir a área plantada.
Dan Basse, presidente da empresa de pesquisa AgResource, disse que não consegue pensar numa solução para "de onde virão todos esses hectares", a menos que comecem a preparar áreas ocupadas com capim. Embora esteja claro que os produtores plantarão área maior com grãos em 2011, Basse declarou que, pela primeira vez em mais de 30 anos, não consegue calcular exatamente quanto os agricultores cultivarão para atender às projeções de demanda.
As preocupações com a oferta alimentaram o que os analistas chamam de "batalha por acres", pois os movimentos dos preços de mercado estimulam os produtores a adotar esta ou aquela cultura. No entanto, essa disputa pode ser invencível para todas elas. "O provável resultado disso é que devemos elevar mais os preços para limitar o consumo", disse Rich Feltes, vice-presidente de pesquisa da corretora R.J. O'Brien. "Não tenho certeza de que haverá um nível de preço para abranger toda essa área adicional."
Mas não são todos os que acreditam que os produtores serão incapazes de cultivar a área de que precisam. O economista agrícola Chad Hart, da Universidade do Estado de Iowa, comentou que os preços dos grãos estão "gritando" por mais área, o que pressionará os produtores a considerar a hipótese de plantar mesmo com condições climáticas questionáveis. Em algumas regiões, especialmente nas Grandes Planícies dos Estados Unidos, os agricultores converterão pasto em lavoura.
Hart disse que nas Dakotas do Norte e do Sul, quase 3 milhões de acres (121,40 mil hectares) que não vinham sendo cultivados nos últimos anos poderão ser usados para a produção agrícola. Outros 3 milhões de acres estão disponíveis na região que vai do Sul de Illinois até o Arkansas. Entretanto, apenas no início da temporada de plantio 2011/12 deve ficar claro se os produtores conseguirão usar toda essa área extra. Ainda assim, o abastecimento permanecerá incerto por causa da dificuldade de se prever a produtividade.
Enquanto isso, espera-se que produtores de carnes reduzam o consumo de grãos por causa dos preços altos, que afetam as margens de lucro. Projeções federais nesta semana indicaram redução do consumo de milho para fabricação de rações. Hart declarou que também há sinais de que a demanda para exportação de milho e soja dos Estados Unidos está diminuindo. Por outro lado, o uso de milho para produção de etanol deve continuar forte. A expectativa é de que o etanol corresponda ao consumo de mais de um terço da safra do ano passado.

SOJA/IMEA: COLHEITA NO MT ATINGE 0,7%; ABAIXO DE 2010.

A colheita da safra 2010/11 de soja em Mato Grosso avançou para 0,7% da área semeada até hoje, contra 0,3% na semana passada, ainda 2% abaixo do que foi observado na mesma época da temporada passada, de acordo com o segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A região que está mais adiantada nos trabalhos é a Oeste, onde 1,9% da safra foi colhida até ontem, contra 0,7% na semana passada. O destaque é o município de Sapezal, que já retirou 3% de sua produção, avanço de 2% na semana.
A região Médio-Norte, primeira a iniciar os trabalhos, colheu 0,7% da área prevista, contra 0,5% na semana passada. O Centro-Sul e o Sudeste atingiram 0,5% de área colhida, enquanto o Noroeste, o Norte e o Nordeste ainda não deram início aos trabalhos.
O Imea estima a produção de Mato Grosso, principal produtor nacional, em 18,7 milhões de toneladas, em uma área de 6,2 milhões de hectares. O atraso em relação a 2009/10 deve-se ao atraso no plantio deste ciclo de cerca de duas semanas, por causa da estiagem.
De acordo com o Imea, as primeiras lavouras que viram o início do processo de colheita são de soja precoce, onde os produtores têm a intenção de plantar algodão segundo ciclo.
Nesta semana, o Mato Grosso registrou o primeiro caso de ferrugem da soja e, segundo o Consórcio Antiferrugem, hoje há dois casos no Estado, ambos em Sorriso. De acordo com Maria Amélia Tirloni, analista de grãos do Imea, a chuva vem se intensificando mas ainda não preocupa o sojicultor em relação a perdas de produção, porque o ritmo de colheita deve se intensificar somente a partir de fevereiro.
Entretanto, o alerta já foi dado por causa da dificuldade de fazer aplicações de fungicidas para controlar a doença devido ao volume expressivo de água. "O produtor sabe que tem que controlar, mas com tanta chuva fica difícil fazer as aplicações. A situação está um pouco mais delicada.
Falar em perdas ainda é um pouco cedo, mas já foi ligada a luz amarela sim em relação a aplicações e doenças", disse ela à Agência Estado.
Se essa condição persistir no momento em que a colheita estiver no pico, aí sim pode haver problemas sérios de perdas de produção, destacou ela. Um volume de chuvas acima do normal faz com que o peso do grão diminua e a produtividade caia.

GRÃOS EM CHICAGO REGISTRAM PERDAS ANTE FERIADO PROLONGADO.

Os preços futuros da soja estão recuando nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT) diante de realização de lucros após a valorização recente. Traders reduzem sua exposição ao risco antes do feriado de Martin Luther King nos Estados Unidos, na segunda-feira.
Incertezas sobre o clima no mundo também estimulam os participantes a tirar fichas da mesa, segundo analistas. Os contratos com vencimento em março operam a US$ 14,14/bushel, em baixa de 2,50 cents.

MILHO/CHICAGO REALIZA LUCROS E OPERA EM LEVE BAIXA Os preços futuros do milho recuam com pouca força nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago, devolvendo ganhos obtidos quando caminharam rumo às máximas em 30 meses. Contratos com vencimento em março caíam 2,25 cents ou 0,35%
e operavam a US$ 6,4025/bushel.
Segundo analistas, traders estão tirando as fichas da mesa antes do fim de semana de três dias, já que segunda-feira é o feriado de Martin Luther King nos Estados Unidos. As commodities sentem uma pressão de modo generalizado, de acordo com traders. A soja, o trigo e o petróleo também registram perdas.

TRIGO OPERA EM BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS ANTES DE FERIADO
Os contratos futuros de trigo registram perdas nesta sexta-feira no mercado americano, após dois dias de valorização. Participantes do mercado embolsam lucros e pressionam as cotações antes do feriado de Martin Luther King, na segunda-feira.
Os contratos mais negociados na Bolsa de Chicago recuavam 16,0 cents ou 1,91% e operavam a US$ 7,670/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedia 9,75 cents ou 1,12% e trabalhava a US$ 8,5875/bushel.
De acordo com a corretora FCStone, a queda de preço é boa para as exportações porque a demanda por trigo dos Estados Unidos está ressurgindo e os compradores voltaram ao mercado. As exportações na semana encerrara em 6 de janeiro foram fracas, com 147,3 mil toneladas.

CHINA: SUSPENDEM IMPORTAÇÃO DE GRÃOS SECOS DOS EUA

Muitos traders chineses suspenderam as compras de grãos secos de destilaria - subproduto do etanol à base de milho usado principalmente como ração animal - dos Estados Unidos em meio a preocupações de que o governo pode cobrar elevadas tarifas de importação, após ter aberto uma investigação antidumping.
A indústria norte-americana vê os grãos secos de destilaria (DDG) como uma nova oportunidade de negócios no país asiático, e as importações chinesas cresceram fortemente no ano passado em meio a expectativas de que o subproduto roubará a fatia de mercado do milho.
A Guangdong Jun Jie Agricultural Trading Co. interrompeu a chegada de carregamentos contendo DDG neste mês devido à perspectiva incerta para políticas governamentais, afirmou o presidente da companhia, Xie Xiongping. Como os volumes importados são pequenos comparados aos de outras commodities, "nós obtemos apenas lucros baixos ao importar produtos como os DDGs, então suspendemos [tais compras], já que a perspectiva é incerta", justificou ele.
A Shandong Liuhe Group Co., maior fabricante de ração animal da China, deve receber nos próximos meses embarques de grãos secos de destilaria dos Estados Unidos, conforme previamente acordado, mas não deve fazer novos pedidos, disse Zhou Xiaoyan, gerente de compra da empresa, a repórteres em entrevista nesta sexta-feira. "Nós estamos importando agora, mas cancelamos os embarques a partir de março", revelou ela, acrescentando que os altos preços dos DDGs no momento também limitarão as aquisições.
O Ministério de Comércio da China comunicou em dezembro a abertura de uma investigação antidumping sobre tais subprodutos. O país provavelmente importou mais de 3,1 milhões de toneladas de DDGs dos Estados Unidos em 2010, muito acima das 652 mil toneladas adquiridas um ano antes, mostraram dados da indústria.

CHINA APROFUNDARÁ REFORMA DO CÂMBIO E CONTROLES DE CAPITAL
A China continuará a avançar com a reforma de seus controles sobre o câmbio e fluxos de capitais estrangeiros, afirmou Li Dongrong, assistente da presidência do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central chinês). O PBOC também vai acelerar a reforma das instituições financeiras nacionais, incluindo um movimento gradual em direção à liberalização das taxas de juros.
A China vai promover pagamentos internacionais mais equilibrados por meio de uma abertura da conta de capital e do "aperfeiçoamento da gestão equilibrada dos fluxos de fundos estrangeiros", disse o assistente do PBOC num discurso divulgado no site do banco.
Nas últimas semanas, a China introduziu uma série de medidas para afrouxar seus controles de fluxos de capital estrangeiro. Com o tempo, esses movimentos irão facilitar tanto o investimento estrangeiro na China quanto os investimentos chineses no exterior, e promover a internacionalização do yuan.
Segundo Dongrong, a China lançará reformas piloto de regras para a taxa de câmbio para empresas com investimento estrangeiro na China, e para o investimento direto no exterior por cidadãos chineses.
A China também avançará com a reforma da taxa de câmbio para importadores e exportadores, destacou o assistente, sem detalhar as reformas planejadas.
O PBOC vai orientar ainda as instituições financeiras no desenvolvimento de meios para ajudar as empresas de hedge contra o risco cambial, disse Dongrong. Instituições financeiras qualificadas serão encorajadas também a expandir seus negócios e apoiar a expansão de empresas chinesas no exterior, acrescentou.
A China continuará a encorajar instituições financeiras domésticas a emitir bônus denominados em yuan em Hong Kong e a aumentar o volume dessas emissões na cidade, revelou o assistente do banco central chinês.

CHINA/SOJA FECHA ESTÁVEL COM FRAQUEZA DE ÓLEOS COMESTÍVEIS

As cotações da soja terminaram estáveis na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme o sentimento otimista desencadeado pelo relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi ofuscado pela fraqueza dos óleos comestíveis. O contrato janeiro, o mais negociado, encerrou sem variação nesta sexta-feira, a 4.519 yuans por tonelada, após ter operado entre 4.493 e 4.536 yuans por tonelada (6,59 yuans = US$ 1).
A crescente demanda por soja doméstica no mercado à vista impulsionou os preços futuros. No entanto, rumores de que o governo leiloará cerca de 500 mil toneladas de óleos comestíveis para aliviar preocupações com a demanda antes do Ano Novo Lunar, que começa em 2 de fevereiro, contiveram o entusiasmo do mercado. "A soja teria subido, não fosse a considerável pressão das políticas [do governo] antes do feriado", disse Zhao Yan, analista da Everbright Futures Co.
A China avaliará a adoção de novas políticas para combater a inflação, se os preços subirem muito rapidamente no primeiro trimestre deste ano, informou na quinta-feira a rádio estatal, citando Zhou Wangjun, vice-diretor do setor de preços da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento do país.
As pressões inflacionárias na China persistirão em 2010, especialmente nos três primeiros meses do ano, devido a fatores como o elevado consumo durante o período do Ano Novo Lunar, acrescentou Zhou em um relatório. "A China manterá sua política em modo de aperto antes do Congresso Nacional do Povo (NPC, na sigla em inglês), então não esperamos uma recuperação substancial antes disso", afirmou Zhu Jinming, analista da Zheshang Futures Co. O NPC é o parlamento da China, que normalmente inicia a sessão anual em março.
O governo da província de Heilongjiang vendeu 13.922 toneladas de soja, ou 7,3% do volume total oferecido, em um leilão nesta sexta-feira por um preço médio de 3.764 yuans por tonelada, após tentativas anteriores terem fracassado. Analistas disseram que as processadoras estão mudando o foco para a soja local, já que os preços da importada estão maiores.

CHINA VAI ELEVAR TAXA DO COMPULSÓRIO DOS BANCOS EM 0,50 PP
O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) informou que vai elevar a taxa do compulsório dos bancos em 0,50% a partir de 20 de janeiro. A decisão segue-se a seis elevações no compulsório implementadas no ano passado.
Esse é o mais recente movimento da China para tentar limitar a inflação, depois de o índice de preços ao consumidor (CPI), atingir 5,1% em novembro de 2010, a maior alta em mais de dois anos. No dia 25/12 o PBOC elevou as taxas de referência para empréstimos e depósitos pela segunda vez no ano passado. A última alta no compulsório dos bancos da China começou a ter efeito em 20/12. Com base nos anúncios do PBOC, a taxa oficial para a maior parte das instituições financeiras será de 19% depois que a elevação anunciada hoje começar a vigorar.
No entanto, a imprensa estatal chinesa tem afirmado que o banco central pode ter verbalmente ordenado que os bancos separassem mais reservas depois de eles terem aumentado os empréstimos nos últimos meses. O PBOC não confirmou nem negou esses relatos.

SOJA EM CHICAGO FECHA ESTÁVEL APÓS ATINGIR NOVAS MÁXIMAS

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em leve alta ontem, depois de atingirem os maiores níveis em mais de dois anos, uma vez que o mercado continuou a apresentar ganhos em resposta às estimativas do governo de uma oferta precariamente baixa no final da temporada.
O contrato março da soja, de maior liquidez, subiu 1 centavo, ou 0,1%, para fechar cotado a US$ 14,16. O contrato chegou a ser negociado a valores mais altos durante a sessão, atingindo US$ 14,32 pela primeira vez desde setembro de 2008.
Traders ampliaram os ganhos de quarta feira, conforme o mercado assimilou a severidade da projeção de aperto dos estoques pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), disse Dan Basse, presidente da AgResource Company. "Os ganhos são um esforço da parte do mercado para controlar a demanda futura, levando em consideração que as estimativas atuais de oferta estão projetadas no mínimo necessário para o ano-safra", disse Basse.
Os ganhos de preço também podem ser um esforço para estimular os produtores a plantar uma área maior com soja em 2011, em meio à perspectiva de uma produção menor na Argentina devido à estiagem. Os futuros também tiveram suporte psicológico da queda do dólar.
Entretanto, os preços fecharam bem abaixo das máximas devido a um movimento de realização de lucros no final, uma vez que traders mantiveram a cautela frente à possibilidade chuvas na Argentina, menor demanda por exportação e o reposicionamento de fundos fora de commodities.
Os futuros do farelo de soja terminaram em alta devido às preocupações com a oferta de soja para esmagamento, e o contrato março ganhou US$ 2,10, ou 0,6%, para US$ 383,60 por tonelada. Já a queda do petróleo pressionou o óleo de soja, cujo contrato março perdeu 16 pontos, ou 0,3%, para 57,71 centavos por libra-peso.

BANCO MUNDIAL: ALTA DOS PREÇOS DE ALIMENTOS DEVE CESSAR EM 2011

A recente alta dos preços dos alimentos deve cessar em 2011 e não representa risco aos mais pobres no curto prazo, embora esse cenário possa mudar se os preços de energia subirem ou se colheitas fracas prejudicarem o abastecimento, afirmou o Banco Mundial em seu relatório econômico anual, divulgado ontem. O banco afirmou que os preços dos alimentos tiveram forte alta em dólar no segundo semestre de 2010, mas que não foi transmitida aos mais pobres. Isso porque, em moeda local, os preços subiram apenas modestamente ou, em alguns casos, até caíram.
No total, os preços globais dos alimentos terminaram o ano 7% abaixo do pico de junho de 2008, enquanto em moeda local eles ficaram 30% abaixo daquele patamar, de acordo com o banco. "O preço real, pelo câmbio doméstico na fronteira, das commodities negociadas internacionalmente nos países em desenvolvimento subiram muito menos do que o preço normalmente cotado em dólar."
O banco considerou produtividade crescente em sua previsão de que as cotações cairão 8% em 2011 e 3,7% em 2012. As commodities agrícolas tiveram forte elevação de preço no ano passado, em grande parte por interrupções na oferta. Embora o banco estime queda dos valores, avalia que uma alta dos preços de energia pode impulsionar as agrícolas, como ocorreu em 2008.
O Banco Mundial afirmou esperar que os preços da maioria das commodities subirá modestamente nos próximos anos, após uma ampla elevação em 2010. A instituição prevê que o preço do petróleo fique em média a US$ 85 o barril em 2011, recuando para US$ 80,40 em 2012. Os preços do petróleo subiram cerca de 29% em 2010, ficando em média a US$ 79,04 o barril, segundo o banco.
A demanda maior por petróleo, especialmente nos países em desenvolvimento, alimentará cotações mais altas, mas o excesso de capacidade produtiva nos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e novos suprimentos de outros países devem manter os preços em ordem. No entanto, muitos analistas esperam que o petróleo alcance US$ 100 em 2011 e continuará subindo nos próximos anos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ARGENTINA: SAFRA DE SOJA DEVE SER DE 47 MILHÕES DE TONS

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires estimou hoje a safra argentina de soja 2010/11 em 47 milhões de tons, ante 55 milhões de tons produzidas no ciclo anterior. Trata-se da primeira estimativa de produção da oleaginosa para este ciclo. As projeções para trigo foram elevadas de 14,5 milhões de t para 15 milhões de t, enquanto que para o milho ficaram mantidas em 20,35 milhões de t.
A bolsa detalhou que, da área prevista de 18,5 milhões de hectares com soja, 92% foram semeados. As lavouras restantes - concentradas nas províncias do norte - deverão ser semeadas após "generosas precipitações". Em números absolutos, os técnicos da bolsa disseram que foram implantadas 17 milhões de hectares, cuja condição é variável. "O atraso no desenvolvimento vegetativo se agrava na medida em que nos afastamos para a periferia da zona principal da produção, já que as chuvas registradas durante os últimos sete dias não conseguiram reverter a ajustada oferta hídrica", diz a bolsa.

SOJA: PERDAS DE ATÉ 40% NO SUL DO RIO GRANDE SUL.

Afetada por uma forte estiagem, a parte sul do Rio Grande do Sul já começou a calcular os prejuízos nas lavouras de soja, que respondem por cerca de 8% da área plantada com a oleaginosa no Estado. A região de Bagé é uma das mais afetadas pela falta de chuvas, e os sojicultores de Hulha Negra, no sudoeste gaúcho, já falam em perdas de 40%.
Segundo Mario Antonio Silveira, gerente regional da Emater em Bagé, as perdas em Dom Pedrito estão estimadas em 30%; em Bagé, em 25%; e em Aceguá, Lavras do Sul e Santana do Livramento, em 20%. A previsão inicial da Emater, empresa de extensão rural do governo do Estado, é de uma área plantada na região de Bagé de 185.331 hectares, com produtividade de 1.705 quilos/ha. Para o Estado como um todo, a previsão é de 4,1 milhões de hectares, com produção de 9,1 milhões de toneladas. "A estiagem está muito forte, e nossos solos são mais rasos, sentem mais. Agora, chove em alguns lugares e não chove em outros. São nuvens que descarregam a água em um certo momento e depois fica 20 dias sem chover", disse Silveira à Agência Estado. "A perspectiva é de que até março as chuvas serão poucas."
No norte, bom desenvolvimento - A situação é distinta na região norte do Estado, que responde pela maior parte da safra de grãos do terceiro maior produtor nacional de soja. Em seu relatório semanal, a Emater diz que as culturas apresentam um bom desenvolvimento vegetativo em todas as regiões localizadas mais ao norte do Estado.
Entretanto, o relatório ressalva que a baixa umidade começa a preocupar também alguns produtores da região norte, uma vez que as lavouras estão entrando em floração, etapa em que a necessidade de umidade aumenta. No Estado, 18% das lavouras estão nesse estágio, enquanto 79% encontram-se em desenvolvimento vegetativo. "Na metade norte do Estado vem chovendo, mas alguns lugares começam a apresentar algum problema de falta de chuva. Mas isso ainda é pontual e, no geral, as lavouras estão com bom desenvolvimento", disse Célio Colle, agrônomo da Emater, explicando que a preocupação refere-se principalmente às lavouras em que os solos são mais rasos.

MILHO: RIO GRANDE DO SUL INICIA COLHEITA DA SAFRA 2010/11

O Rio Grande do Sul já começou a colher milho da safra 2010/11. A Emater aponta retirada do produto de 5% da área estimada em 1,1 do milhão de hectares. Os resultados iniciais apontam que a produtividade pode superar os 4,1 mil quilos por hectare, em média, previstos no início do plantio. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater Célio Colle, em grande parte da região produtora de milho do Estado o clima é favorável às lavouras. Apenas em Crissiumal, na região de Santa Rosa, no extremo norte, há relatos de estiagem pontual. "Devemos ultrapassar a média (de rentabilidade) pelo avanço da lavoura, que já tem 8% maduro por colher e 33% em fase de enchimento de grão", estima Colle.
A região de Santa Rosa é tradicionalmente a primeira a colher milho no Rio Grande do Sul. Lá, a colheita atinge 15% da área de 163,5 mil hectares, com rendimento de até 4,7 mil kg/ha, verificado no município de Três de Maio. "O rendimento é resultado de um bom regime de chuvas, já que a Metade Norte não foi afetada pela seca como o Sul do Estado", afirma o gerente regional da Emater em Santa Rosa, Aldo Valmor Schmidt. Ele explica que o milho já colhido será usado para fazer silagem e alimentar o gado de leite. O maior volume da safra deve chegar ao mercado em 45 dias, quando a colheita atinge o auge.
Preços em alta - O levantamento conjuntural da Emater confirma que os preços seguem sustentados no Rio Grande do Sul, ainda que tenham registrado pequeno recuo no último mês, quando ficou constatado que a estiagem não comprometeu a produção de milho. Nesta semana, a saca foi negociada a R$ 23,31, pequena alta de 0,9% em relação aos R$ 23,10 da semana passada. Em dezembro a especulação com o clima levou a cotação a R$ 23,43/saca. Apesar do recuo, os preços favorecem o produto neste ano. Em janeiro de 2010, milho era negociado a R$ 22,94/saca no Estado. Considerado o período de janeiro de 2010 a janeiro de 2011, a cotação média é de R$ 19,89/saca.

CHICAGO/SOJA MANTÉM VALORIZAÇÃO E PODE CONTER A DEMANDA.

Os preços internacionais da soja avançam hoje na Bolsa de Chicago, esticando ganhos iniciais. A alta pode conter a demanda. Os contratos com vencimento em março subiam até 17,50 (máxima do dia a 14,32 50), com encerramento do dia a US$ 14,16 ganhando 1ct/bushel. Segundo analistas, o mercado está assimilando o aperto na oferta por conta da projeção de estoques finais, compreendendo que a oferta poderá atingir níveis mínimos sem amenizar a demanda.
Analistas acrescentaram que a valorização pode ser um esforço para estimular os produtores a plantar área maior com soja, garantindo que os vendedores têm o incentivo para exportar sua produção para o mundo assim que ela ficar disponível.

COMMODITIES: EUA PROPÕE LIMITES NA ESPECULAÇÃO.

Reguladores de mercados futuros nos Estados Unidos divulgaram rascunho das propostas para limitar a atuação dos especuladores em commodities. A lei financeira Dodd-Frank, aprovada em julho, garantiu à Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC) autoridade para impor limites sobre os mercados de commodities, depois que críticos acusaram os especuladores de provocar um salto dos preços do petróleo em 2008.
A CFTC aprovou por 4 a 1 a proposta de limitar as operações com 28 produtos, inclusive petróleo, milho, soja e café. Dois membros da comissão afirmaram que a agência não tem dados suficientes sobre o mercado para fazê-lo cumprir novas determinações.
O comissário Scott O'Malia que votou a favor da proposta, afirmou que a ideia era abrir logo as propostas para comentários, mas ele admitiu que está "muito cético sobre isso". A comissária Jill Sommers se opôs à proposta dizendo que também se preocupa com a possibilidade de as novas restrições provocarem uma migração das transações para bolsas de outros países.
Em resposta a rumores de que a CFTC está agindo rapidamente demais, no início do mês a Comissão apresentou um plano provisório para que pudesse alertar traders com muitas posições no mercado, mas sem aplicar limites rígidos. Isso daria tempo à CFTC para coletar dados antes de impor restrições. O'Malia disse que a incerteza criada pela proposta "frustraria a habilidade dos participantes do mercado, e especificamente de grandes interesses comerciais, para gerenciar suas estratégias de hedge e de investimento". O projeto está aberto para um período de 60 dias de comentários públicos. Haverá uma segunda votação dos membros da CFTC antes que o plano seja concluído.

SOJA/USDA: EUA VENDEM 495 MIL TONS SAFRA 10/11

Os Estados Unidos venderam 495 mil toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 6/1, alta de 1% frente à semana passada, mas 1% abaixo da média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA) em seu relatório semanal de exportações.
Os principais compradores foram China (217.400 t), Holanda (152.400 t), México (92.800 t), Taiwan (77.200 t) e Coreia do Sul (76.900 t).
Cancelamentos foram feitos por Colômbia (30.500 t), Israel (20 mil t) e outros países não revelados (196.400 t).
Mais 180 mil toneladas da safra 2011/12 foram comercializadas para China (120 mil t) e outros destinos não identificados (60 mil t). Vendas de 180 mil toneladas de origem opcional foram relatadas para China.
Os embarques da oleaginosa atingiram 950.200 toneladas no período, queda de 3% em relação à última semana e de 18% frente à média mensal. Os principais destinos foram China (437.500 t), Holanda (152.400 t), Taiwan (67.300 t), Espanha (57.600 t), Bangladesh (49.500 t), Coreia do Sul (49.300 t) e Indonésia (49 mil t).
MILHO/EUA VENDEM 116 MIL T P/ PAÍSES NÃO REVELADOS. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje a venda de 116 mil toneladas de milho para países não identificados no ano comercial 2010/11, que começou em 1º de setembro de 2010. Exportadores norte-americanos devem comunicar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino até o próximo dia útil. Qualquer volume inferior deve ser relatado semanalmente.

CHINA/SOJA FECHA EM ALTA APÓS RELATÓRIO DO USDA.

Os futuros da soja encerraram com forte alta na Bolsa de Commodities de Dalian, seguindo o firme desempenho dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT), após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter reduzido as estimativas de oferta para níveis precariamente baixos.
Apesar de acentuados, os ganhos ainda foram limitados frente ao salto de 4,3% do contrato março da oleaginosa na CBOT, considerando que preocupações com políticas de aperto monetário na China incentivaram a realização de lucros e as ofertas no mercado local eram amplas.
O contrato janeiro, o mais negociado, fechou com valorização de 1,5% nesta quinta-feira, cotado a 4.519 yuans por tonelada, após ter oscilado entre 4.502 e 4.566 yuans por tonelada (6,607 yuans = US$ 1).
As cotações dos óleos de palma e soja subiram menos de 1%, também limitadas por temores sobre as medidas adotadas pelo governo chinês para conter a inflação, apesar da aproximação do Ano Novo Lunar no próximo mês, pico da temporada de consumo.
Ainda que as ofertas sejam amplas no curto prazo - com mais de 6,5 milhões de toneladas estocadas nos principais portos -, o país continua leiloando parte das reservas, como uma medida de precaução contra a alta dos alimentos. A província de Heilongjiang oferecerá cerca de 191 mil toneladas de soja dos estoques locais na sexta-feira, após uma fracassada tentativa na última semana, segundo o Centro Nacional de Comércio de Grãos de Harbin. Uma licitação de 296.400 toneladas das reservas federais na terça-feira também não conseguiu atrair compradores.

IMPORTAÇÃO DEVE ALCANÇAR 54 MIL TONS.
O Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China (CNGOIC) informou nesta quinta-feira que as importações de soja devem somar 54 milhões de toneladas no ano-safra 2010/11, iniciado em 1º de outubro, ante 50,4 milhões de toneladas em 2009/10. A projeção não sofreu ajuste em relação ao mês passado e ficou alinhada às expectativas do mercado de uma crescente demanda na China.
O CNGOIC também manteve a estimativa da produção doméstica na atual temporada em 15,2 milhões de toneladas. O país deve produzir 10,4 milhões de toneladas de óleo de soja em 2010/11, enquanto as importações são projetadas em dois milhões de toneladas no período, de acordo com o órgão.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SOJA FECHOU EM ALTA APÓS ATINGIR US$ 14,27/BUSHEL

Os preços internacionais da soja disparam hoje na Bolsa de Chicago (CBOT). Chegaram a alcançar máximas em dois anos e a atingir o limite de variação diária. Os contratos com vencimento em março avançavam 58,0 cents ou 4,13%, para US$ 14,15/bushel. A máxima do dia foi a US$ 14,270/bushel, maior preço desde setembro de 2008.
Analistas disseram que a redução nas projeções de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que já eram apertadas, serviu de catalisador para os ganhos. Analistas afirmaram que os estoques finais de soja dos Estados Unidos são estimados agora em níveis mínimos, pressionando ainda mais a produção 2011/12 para que acompanhe a forte demanda.
MILHO OPEROU COM VALORIZAÇÃO DIANTE DE ESTOQUE MENOR As cotações do milho sobem com força nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago puxadas por preocupações com a oferta.
Os contratos com vencimento em março subiam 24,0 cents ou 4,28% e eram negociados a US$ 6,31/bushel. A máxima até o momento foi a US$ 6,37/bushel, atingindo  limite máximo pertido de alta de 30 cents.
De acordo com o JP Morgan, a estimativa do governo de 10,04 bilhões de bushels de milho em estoque em 1º de dezembro colocou a relação entre estoques e consumo no menor nível em 15 anos. Os estoques trimestrais ficaram abaixo dos 10,9 bilhões de bushels de um ano antes e também foram inferiores à expectativa média dos analistas, de 10,1 bilhões de bushels.

EUA: CONSUMO DE MILHO PARA ETANOL DEVE AUMENTAR.

O governo dos Estados Unidos prevê que a indústria de etanol do país consumirá 2,54 milhões de toneladas a mais de milho do que o esperado anteriormente, de acordo com o Departamento de Agricultura (USDA). O cereal é a principal matéria-prima do biocombustível no país.
Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA estima que os produtores de etanol norte-americanos consumirão 124,5 milhões de tons de milho no ano comercial 2010/11, o que representa quase 39% do total de milho a ser colhido. Um mês atrás, o governo avaliava que 121,9 milhões de tons de milho seriam destinados à produção de etanol no ano comercial.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou em dezembro a extensão por um ano do pacote de subsídios que contêm a tarifa de importação de US$ 0,54 por galão. Além disso, produtores de gasolina recebem crédito de US$ 0,45 por cada galão de etanol que misturam ao combustível (1 galão = 3,79 litros).
Uma porta-voz da indústria afirmou que boa parte do milho consumido na produção de etanol retorna ao mercado em rações animais e alimentos, na forma de grãos secos por destilação. Um subproduto da fabricação de etanol, o DDG é barato e nutritivo para a alimentação animal, segundo a porta-voz.
O USDA também elevou sua estimativa de produção de milho neste ano, reduzindo sua perspectiva para a quantidade de milho destinada à indústria de rações, o que ameniza o impacto do aumento do consumo de etanol sobre a oferta. Mas o relatório mostra que "os estoques de passagem 2010/11 são estimados em 2,2 milhões tons a menos (do que a previsão anterior), somando 18,9 milhões de tons". A participação dos estoques no consumo total é projetada em 5,5%, a menor desde 1995/96, quando caiu para 5%.

LUCRO DA CARGILL TRIPLICA.

O lucro da companhia norte-americana de agronegócios Cargill mais que triplicou no segundo trimestre fiscal, puxado pela alta das commodities e pela firme demanda global. No trimestre encerrado em 30/11, a Cargill lucrou US$ 1,49 bilhão, ante US$ 489 milhões no mesmo período do ano anterior. Além disso, o lucro das operações industriais da companhia foi impulsionado pela participação majoritária na fabricante de fertilizantes Mosaic. Excluindo a Mosaic, o lucro da Cargill aumentou de US$ 420 milhões para US$ 832 milhões no segundo trimestre fiscal. Nos últimos seis meses, a Cargill investiu US$ 1,5 bilhão em aquisições.
A Cargill é uma das maiores processadoras e comerciantes de commodities do mundo. Também possui operações com ingredientes alimentícios, serviços financeiros e fabricação de aço. O lucro da companhia no período aumentou em quatro de suas cinco unidades de negócios (a exceção foi o segmento financeiro e de gerenciamento de risco em energia).
As operações com frigoríficos, processamento de grãos e alimentos da Cargill são consideradas um termômetro da indústria. Assim com suas concorrentes Archer Daniels Midland (ADM) e Bunge, a expectativa é de que a Cargill tire proveito da ampla colheita de grãos na América do Norte num momento de forte demanda para exportação.
A Cargill afirmou que seus negócios não foram ofuscados por eventos climáticos durante a colheita no Hemisfério Norte. A seca em áreas de produção de grãos da Rússia e a queda da safra de trigo afetou os resultados de algumas concorrentes, que tiveram problemas de abastecimento.

ARGENTINA: RURALISTAS AMEAÇAM PARALISAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO.

Os produtores rurais e o governo da Argentina não chegaram a um acordo sobre políticas oficiais para o setor e o país pode enfrentar um novo locaute agropecuário. O anúncio foi feito pelo presidente da Sociedade Rural da Argentina (SRA), Hugo Biolcati, após reunião mantida com o ministro de Agricultura, Julián Domínguez, nesta manhã. "Há propostas de uma paralisação da comercialização, que estaremos analisando nas próximas horas", disse Biolcati.
A advertência ocorre apesar da guinada oficial anunciada hoje de liberar a totalidade do saldo exportável da safra de trigo 2010/11 para as vendas externas. Além disso, o governo também anunciou uma linha de financiamento com taxas de juros zero para os produtores de trigo. Os ruralistas, porém, consideram que os anúncios do governo, "foram mais do de sempre" e não avançou em políticas de estímulos ao setor. "Já são cinco anos de uma política agropecuária que não permite a livre concorrência no setor, e com isso o preço se deprime cada vez mais", reclamou Biolcati, em referência às cotas de exportações que são liberadas a conta-gotas e à interferência nos preços.
Os produtores também estão irritados com um discurso feito pela presidente Cristina Kirchner, ontem, denunciando que os líderes não fiscalizam a situação de escravidão de trabalhadores no interior do país. Para Biolcati, a denúncia foi uma manobra para desviar a atenção das reivindicações do setor. Desde 2008 que os produtores vêm realizando uma série de locautes para protestar contra a ingerência oficial no mercado e as alíquotas de exportação sobre os produtos agrícolas. O Executivo, no entanto, não dá sinais de mudança de política.

ÓLEO DE SOJA/EUA RELATA VENDA DE 40 MIL T PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje a venda de 40 mil toneladas de óleo de soja para China no ano comercial 2010/11, que começou em 1º de outubro. Exportadores norte-americanos devem relatar vendas de 20 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino até o próximo dia útil.

MILHO/EUA REDUZ SAFRA E MANTÉM EMBARQUES.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu as estimativas da produção e da produtividade da safra doméstica de milho em 2010/11 no relatório mensal de oferta e demanda divulgado nesta quarta-feira.
A projeção da safra 2010/11 caiu para 12,447 bilhões de bushels (316,15 milhões de t), ante 12,54 bilhões de bushels (318,51 milhões de toneladas) em dezembro. Mais uma vez, o corte reflete a queda na produtividade esperada no ciclo, que recuou de 154,3 bushels por acre para 152,8 bushels por acre.
Apesar da expectativa de uma produção local menor, o governo manteve a projeção dos embarques do grão em 1,95 bilhões de bushels (4,95 milhões de t). Com isso, a previsão dos estoques finais da temporada 2010/11 caiu de 832 milhões de bushels (21,13 milhões de t) para 745 milhões de bushels (18,92 milhões de toneladas).
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Estimativas de oferta e demanda de milho dos EUA
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Safra                          2009/2010                 2010/2011
Estimativas       dezembro      janeiro    dezembro     janeiro
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Área (em milhões de acres)
   Plantada         86,5          86,4        88,2        88,2
   Colhida          79,6          79,5        81,3        81,4
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Produtividade por acre colhido - em bushels
                     164,7         164,7       154,3       152,8
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                Números em milhões de bushels
Oferta:
Estoque inicial    1.673         1.673       1.708       1.708 
Produção          13.110            13      12.540      12.447
Importações            8             8          15          20  
  Oferta total    14.792        14.774      14.262      14.175
Demanda
Ração/residual     5.159         5.140       5.300       5.200
Alimentação/sem.   5.938         5.939       6.180       6.280
Álcool combustível 4.568         4.568       4.800       4.900
Total doméstico   11.098        11.079      11.480      11.480
Exportações        1.987         1.987       1.950       1.950
Demanda total     13.084        13.066      13.430      13.430
Estoques finais    1.708         1.708         832         745
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Preço médio pago ao produtor - em US$ por bushel
                    3,55          3,55   4,80-5,60   4,90-5,70   
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SOJA/EUA REDUZ SAFRA E ESTOQUE FINAL 2010/11

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu novamente a estimativa para os estoques finais da safra 2010/11 no relatório mensal de oferta e demanda, divulgado hoje. Essa redução se deve à elevação das exportações do período e à queda da produção.
O USDA estima que os estoques finais serão de 140 milhões de bushels (3,81 milhões de t), ante 165 milhões (4,491 milhões de t) previstos em novembro. O nível ficou abaixo dos estoques da safra anterior, de 151 milhões de bushels (4,109 milhões de t).
A produção foi rebaixada para 3,329 bilhões de bushels (90,61 milhões de toneladas), ante 3,375 bilhões de bushels (91,86 milhões de t) previstos em setembro e agora também está abaixo da safra 2009/10. As estimativas de produtividade e área plantada e colhida também cederam.
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ESTIMATIVAS DE OFERTA E DEMANDA DE SOJA DOS EUA
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Safra                          2009/2010                 2010/2011
Estimativas       dezembro    janeiro    dezembro      janeiro
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Área - em milhões de acres
   Plantada        77,5          77,5        77,7        77,4
   Colhida          76,4          76,4        76,8        76,6
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Produtividade por acre colhido - em bushels
                             44,0          44,0        43,9        43,5
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                            Números em milhões de bushels
Estoque inicial     138           138         151         151
Produção          3.359         3.359       3.375       3.329
Importações          15            15          10          15
  Oferta total    3.512         3.512       3.536       3.495
Esmagamento       1.752         1.752       1.665       1.655
Exportações       1.501         1.501       1.570       1.590
Sementes             90            90          88          88
Uso residual         18            18          29          22
  Uso total       3.361         3.361       3.371       3.355
Estoques finais     151           151         165         140
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Preço médio pago ao produtor - em US$ por bushel
                   9,59          9,59  10,70-12,20 11,20-12,20  
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CHINA/SOJA FECHA EM BAIXA ANTES DE DADOS DO USDA

Os futuros da soja terminaram com baixa na Bolsa de Commodities de Dalian, acompanhando a fraqueza dos preços na Bolsa de Chicago conforme investidores embolsam lucros antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O contrato janeiro, o mais negociado, fechou com desvalorização de 5 yuans nesta quarta-feira, cotado a 4.454 yuans por tonelada, após ter operado no intervalo entre 4.435 e 4.472 yuans por tonelada.
Os óleos de palma, soja e de canola recuaram mais de 3% nesta semana, no que analistas chamaram de uma correção normal de ganhos excessivos desde meados de novembro, quando o governo implementou uma série de medidas de aperto monetário para conter a alta dos preços dos alimentos.
Contudo, as cotações da oleaginosa na China normalmente seguem a direção da CBOT. As políticas de aperto podem limitar os ganhos, mas não inverter o movimento do mercado, explicou Huang Xiao, analista da Capital Futures. Na terça-feira, os contratos da soja caíram devido ao risco de as estimativas do USDA refletirem a possibilidade de uma oferta global maior e à previsão de chuvas na Argentina.
No cenário interno, o governo continuará leiloando parte das reservas de óleos comestíveis e soja, mas tal iniciativa terá apenas um impacto limitado nos preços, acrescentou Huang. "O governo sabe que não pode alterar a tendência dos preços, só quer deixar os preços subirem lentamente."
Na província de Heilongjiang licitará a venda de 191 mil toneladas dos estoques locais na sexta-feira, após uma tentativa fracassada na última semana, informou hoje o Centro Nacional de Comércio de Grãos de Harbin. Ontem, um leilão de 296.400 toneladas das reservas do governo central não conseguiu atrair interessados devido às amplas ofertas e ao que foi considerado por muitos um elevado preço mínimo, segundo analistas.
Os preços dos óleos comestíveis na China continuarão subindo antes do Ano Novo Lunar, em fevereiro - pico da temporada de consumo -, de acordo com o Ministério de Comércio do país.

CHINA DEVE IMPORTAR 3,7 MI T EM JANEIRO
Pequim, 12 - As importações de soja da China em janeiro devem alcançar 3,7 milhões de toneladas, informou o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos do país (CNGOIC, na sigla em inglês), elevando a estimativa anterior. O ajuste para cima sugere que a demanda segue robusta, principalmente por parte das processadoras de óleo de cozinha, mesmo que os importadores tenham adquirido um volume recorde de 54,8 milhões de toneladas em 2010, alta de 29% ante 2009.
O CNGOIC observou que a nova projeção fica acima das 3,35 milhões de toneladas previstas anteriormente pelo Ministério de Comércio do país. A estimativa sinaliza que as importações em janeiro devem desacelerar cerca de 9% ante igual período do ano passado e 31% em relação ao mês de dezembro.

GRÃOS/MITSUI ASSUME CONTROLE DA BRASILEIRA MULTIGRAIN S/A

A trading japonesa Mitsui & Co assumirá o controle da companhia de grãos brasileira Multigrain SA ao comprar uma fatia de 44,2% da norte-americana CHS por cerca de 40 bilhões de ienes (83,08 ienes = US$ 1), informou o jornal Nikkei nesta quarta-feira.
A Mitsui já possui uma participação de 44,2% na Multigrain, enquanto firmas locais detêm apenas 9,7%. O grupo japonês chegou a um consenso com a CHS sobre a aquisição e pretende controlar completamente a unidade ao comprar a fatia remanescente.
Com o acordo, que será um dos maiores investimentos agrícolas já feitos por uma trading japonesa no exterior, a Mitsui espera melhorar sua competitividade no mercado global de grãos. A concorrência está esquentando num momento em que a China compra enormes quantias para satisfazer a crescente demanda interna. A Mitsui está tornando as operações ligadas ao setor agrícola o pilar da estratégia de negócios.
A Multigrain possui um total de 116 mil hectares de terras aráveis no Brasil, onde cultiva safras como soja, algodão e milho. A companhia brasileira também tem cinco instalações portuárias e dois moinhos de farinha no país. A Multigrain produz por conta própria 250 mil toneladas de produtos agrícolas anualmente no Brasil, bem como coleta grãos de fornecedores locais, embarcando cinco milhões de toneladas para China e outros mercados estrangeiros.
A Mitsui adquiriu ações da Multigrain pela primeira vez em 2007 e, desde então, tem gradualmente elevado sua participação na companhia.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

GRÃOS/EUA VENDE DE 116 MIL TONS DE SOJA PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje a venda de 117 mil toneladas de soja para China no ano comercial 2010/11, que começou em 1º de setembro de 2010. Exportadores norte-americanos devem comunicar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino até o próximo dia útil. Qualquer volume inferior deve ser relatado semanalmente.
MILHO/EUA VENDE 116 MIL TONS PARA PAÍSES NÃO REVELADOS.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 116,8 mil toneladas de milho para países não revelados, com entrega no comercial 2010/11, USDA informou inclusive, venda venda de 124.5 mil toneladas de milho para o México durante o ano comercial 2010/11, que começou em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino até o próximo dia útil. Qualquer volume inferior deve ser comunicado semanalmente.

MALÁSIA/ÓLEO DE PALMA ATINGE MENORES NÍVEIS EM DUAS SEMANAS

Os futuros do óleo de palma cru terminaram com perdas na Bolsa de Derivativos da Malásia, atingindo os menores níveis em duas semanas, conforme investidores embolsaram lucros após um rali dos preços.
O contrato março, o mais negociado, encerrou com queda de 0,7%, cotado a 3.703 ringgits por tonelada, após ter caído para 3.700 ringgits por tonelada, patamar mais baixo desde 27 de dezembro de 2010. Traders adotaram uma postura de cautela antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Preocupações com possíveis medidas de aperto monetário antes do Ano Novo Lunar, em fevereiro, ainda atormentam o mercado, após o governo chinês ter reiterado o compromisso de manter os preços dos alimentos estáveis.
O óleo de palma pode estar perdendo força, levando em conta que preços maiores desetimulam a demanda pela commodity. Expectativas de que a produção deve aumentar na segunda metade de 2011 também enfraquecem as cotações, disse um analista de um banco de investimentos de Cingapura.
O número de contratos abertos foi de 90.825 lotes, ante 90.093 lotes na sessão passada. Ao todo, 24.867 lotes foram negociados hoje, acima de 22.432 lotes ma segunda-feira. Um lote equivale a 25 toneladas.

SOJA/CHINA : MERCADO ACOMPANHA POLÍTICA MONETÁRIA

Os contratos futuros de soja fecharam com pequena alta na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange, com poucos lotes negociados. Os ganhos foram limitados pelas preocupações em torno de possíveis medidas de aperto monetário na China. O contrato janeiro de 2012 subiu 3 yuans, para 4.456 yuans por tonelada (6,62 yuans = US$ 1).
Traders temem que o governo adote novas medidas de aperto antes do feriado do Ano Novo Lunar, na primeira semana de fevereiro, na tentativa de manter os preços estáveis em 2011. Outro fator a limitar os ganhos foi o rumor de que a China venderá 500 mil toneladas de óleo de colza para as principais companhias de óleos comestíveis, incluindo o Cofco Group, a Yihai Kerry Investment Co. e a Chinatex Corp. Mas uma fonte da Chinatex disse à Dow Jones que a empresa não recebeu qualquer notificação do governo.
Para o analista Zhao Yan, da Everbrigth Futures, o forte aumento dos preços dos óleos comestíveis está entre os fatores que podem desencadear uma nova rodada de aperto.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SOJA: CHICAGO SOBE POR CLIMA NA ARGENTINA E EXPECTATIVA COM USDA

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta hoje, sustentados pelas preocupações com a safra da Argentina e a expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá manter o cenário altista quando divulgar na quarta-feira o seu relatório de oferta e demanda mundial.
O contrato março, de maior liquidez, subiu 15,50 centavos, ou 1,1%, para fechar cotado a US$ 13,8050 por bushel.
A falta de chuvas significativas durante o final de semana nas principais áreas produtoras da Argentina deram o impulso para a alta dos preços. Segundo Bill Nelson, analista da Doane Advisory Service, os riscos de as safras argentinas não se desenvolverem tão bem quanto esperado estão aumentando, o mercado deixou de lado o reposicionamento dos fundos e voltou sua atenção para a situação da Argentina e o relatório a ser divulgado na quarta-feira, completou ele.
Analistas consultados pela Dow Jones Newswires estimam que o USDA fará uma revisão para baixo em sua estimativa para os estoques finais. Os dados, entretanto, podem ser ofuscados pela previsão do governo para a produção sul-americana.
Analistas privados reduziram suas estimativas para a produção de soja da Argentina recentemente devido a semanas de tempo seco, e analistas preveem que o USDA também vai reduzir sua projeção. Uma produção menor na Argentina significa que a demanda por exportação passará para os EUA, maior exportador mundial, de acordo com analistas.A soja também encontrou sustentação na alta dos preços do petróleo.
Os produtos derivados também avançaram em linha com a soja. O contrato março do óleo subiu 31 pontos, ou 0,5%, para 57,13 centavos por libra-peso. O março do farelo ganhou US$ 7,90, ou 2,2%, para fechar cotado a US$ 370,60 por tonelada.

SOJA: AGRAFNP ESTIMA PRODUÇÃO EM 68,3 MILHÕES DE TONS

A consultoria AgraFNP elevou hoje sua estimativa para a produção brasileira de soja em 2010/11 para 68,3 milhões de toneladas, contra 68 milhões de t na previsão anterior. O ajuste se deve, principalmente, a um maior índice de produtividade e às boas condições climáticas na região conhecida como Mapitoba, que reúne Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia.
De acordo com Aedson Pereira, analista de grãos da consultoria, ainda permanece a cautela com o clima. Há previsão de chuvas no Centro-Oeste, o que pode favorecer o aumento dos casos de ferrugem, além de atrapalhar a colheita. Na região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, a distribuição das chuvas é irregular. Entretanto, segundo ele, as boas condições climáticas na Mapitoba, onde a área de soja foi expandida, podem limitar as perdas. "A nova fronteira agrícola vai registrar índice de produtividade maior, com aumento da área e condições climáticas favoráveis. Isso pode compensar a retração na região Sul", disse Pereira à Agência Estado.
Segundo a consultoria, a área cultivada na região do Mapitoba passou de 2,226 milhões de hectares em 2009/10 para 2,4 milhões de ha nesta safra. Com isso, a estimativa da produção na região passou a 7,2 milhões de toneladas, de 6,4 milhões de toneladas na safra passada. A estimativa para área cultivada no Brasil foi mantida em 24,1 milhões de hectares.
Pereira calcula que no início da colheita quase a metade da safra brasileira deve estar comercializada, por conta dos preços elevados na bolsa de Chicago, mesmo com câmbio desfavorável ao produtor nacional. Com a expectativa de queda na produção da Argentina devido à estiagem, o elevado consumo da China e a alta demanda internacional, os preços da oleaginosa devem se manter em alta. Para Pereira, as cotações podem chegar perto dos US$ 15 por bushel em Chicago. "O preço da soja vai começar o novo ciclo elevado em relação ao ano anterior. O produtor cobrirá o custo tranquilamente", completou o analista. Na sua avaliação, a venda antecipada em níveis superiores aos de anos anteriores fará com que o ritmo de negócios demore a se acelerar novamente, já que o produtor agora tende a se concentrar na entrega do produto já comprometido. "Em compensação, ele vai ter a opção de entrar no mercado num bom momento", disse.
A AgraFNP também elevou a estimativa para a produção de milho para 50,8 milhões de toneladas, contra 50 milhões de t na previsão anterior, devido ao maior volume de chuvas, favorável ao cereal. "Estávamos preocupados com o regime de chuvas no Centro-Sul, mas voltou a chover bem em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Se a chuva prejudica a soja, favorece o milho, pois faz a planta crescer bem", explicou Pereira.
A estimativa para a produção do milho primeira safra passou de 29,6 milhões de toneladas para 30,2 milhões de t, e para a safrinha aumentou de 20,4 milhões de t para 20,6 milhões milhões de t.

MILHO: CÉLERES ESTIMA DA SAFRA VERÃO 10/11 A 29,95 MIL DE TONS

A Céleres elevou em 1,43% a estimativa da produção de milho verão para 29,952 milhões de toneladas em seu sexto levantamento para a safra 2010/11. Na pesquisa anterior, a consultoria mineira previa colheita de 29,528 milhões de tons. A projeção de produtividade também subiu 1,4%, para 3.949 quilos por hectare, de 3.896 kg/ha previstos em dezembro.
O volume estimado para a safra verão 2010/11, porém, ainda é 7,7% menor que o realizado em 2009/10, de 32,45 milhões de toneladas. O recuo da produtividade deve ser de 1,3% ante a safra anterior. A estimativa de plantio foi mantida em 7,584 milhões de hectares, recuo de 6,5% ante 2009/10. A Céleres elevou a estimativa de produtividade do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul em cerca de 3% ante o levantamento divulgado em dezembro. "Com os trabalhos de semeadura quase concluídos e com quase 20% das lavouras em estágio de frutificação e enchimento de grãos foi possível avaliar melhor a situação dos campos e determinar a produtividade. A expectativa de clima desfavorável em virtude do fenômeno La Niña não se concretizou", disse a Céleres em relatório divulgado hoje.
Para a safra de inverno 2010/11, as estimativas foram mantidas. Serão cultivados 5,309 milhões de hectares na avaliação da Céleres, aumento de 5,9% ante 2009/10. A produção deverão ficar em 21,94 milhões de toneladas, incremento de 13,4%, graças à elevação de 7,5% na produtividade, para 4.133 quilos/ha.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a safra brasileira de verão 2010/11 seja de 31,151 milhões de toneladas e a de inverno, de 21,21 milhões de toneladas.
PLANTIO - A semeadura do milho atingiu 98,8% das áreas do País. No Sudoeste e no Centro-Oeste o plantio já terminou. No Sul, falta apenas finalizar o trabalho de campo em 5% das lavouras do Rio Grande do Sul. Cerca de 20% das lavouras já estão na fase de enchimento de grãos, ante 26,3% na mesma época da safra passada.
Do total das lavouras, 98,4% estão na fase de desenvolvimento vegetativo e 50,3% estão na fase de floração.

SOMAR/CLÍMA: CHUVA CONCENTRA-SE NO SUDESTE, CENTRO-OESTE E NORTE DO PAÍS

O padrão de clima não deve mudar muito nos próximos dias em relação ao observado na semana passada. As chuvas continuam concentradas entre São Paulo e Minas Gerais, por causa da atuação de uma frente fria sobre o litoral do Sudeste. Associada à umidade da Amazônia, a frente também favorece a organização de chuvas sobre o Centro-Oeste (Goiás e Mato Grosso) e o Norte do Brasil, informa a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.
No Sul do País confirma-se a tendência de redução das águas em janeiro, inclusive com o risco de alguns episódios de estiagens (12 a 15 dias sem chuva), que podem prejudicar as lavouras do Paraná e de Mato Grosso do Sul. "No caso do sul do Rio Grande do Sul, que já enfrenta problema de pouca chuva (seca) desde outubro, mesmo com alguns episódios na semana passada, a projeção é que o problema se agrave ainda mais no decorrer de janeiro", diz o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Clima típico de verão
Segundo a Somar, na primeira semana de 2011 foi observado um padrão de clima tropical e bem típico do verão. Em grande parte do Brasil foram registradas temperaturas elevadas e chuvas isoladas. Os maiores volumes ficaram concentrados entre São Paulo e Minas Gerais.
Já no Sul do Brasil as chuvas da semana passada foram bastante irregulares e insuficientes para reverter o quadro de seca no sul do Rio Grande do Sul. De acordo a Somar, a redução dos índices pluviométricos das últimas duas semanas já preocupa produtores de algumas regiões do Paraná e de Mato Grosso do Sul, que temem que falte de água no momento mais crítico da lavoura de soja (floração).Os índices de água disponível do solo, no geral, mostram uma excelente condição de umidade (acima de 90%) em grande parte do Brasil.
Apenas no extremo sul do Rio Grande do Sul e no norte do Nordeste do Brasil é que continuam condições críticas de umidade do solo (abaixo de 20%).
Argentina
O fenômeno La Niña influencia diretamente o regime de chuvas do verão 2011 na Argentina, informa a Somar. A primeira semana de janeiro confirmou o padrão de pouca chuva, irregular e mal distribuída sobre o território argentino. "Apenas no extremo norte e no sul é que ocorreram alguns episódios de chuva mais significativos, com acumulados maiores que 50 mm", comenta Etchichury.
No entanto, sobre as principais regiões produtoras (Pampa Úmido) das Províncias de Entre Rios, Santa Fé, e Córdoba, a primeira semana de janeiro foi seca e de forte calor, agravando ainda mais a condição de falta de água.
A previsão da Somar para esta semana é de alguns episódios de chuvas isoladas e forte calor, com temperaturas da tarde variando entre 35 e 40 graus, o que agrava ainda mais as condições das lavouras.
Conforme a Somar, a tendência é de que janeiro continue com um padrão de pouca água e forte calor, o que deve agravar o problema da deficiência hídrica no solo nas principais regiões produtoras da Argentina, mantendo assim o risco para o desenvolvimento e produção das lavouras de verão.

CHINA/SOJA FECHA EM BAIXA POR PREOCUPAÇÕES COM POLITICA MONETÁRIA

Os futuros da soja terminaram com leve baixa na Bolsa de Commodities de Dalian, pressionados por realização de lucros diante da fraqueza generalizada das commodities agrícolas e de preocupações com possíveis políticas de aperto monetário. O contrato janeiro, o mais negociado, fechou com queda de 0,4% nesta segunda-feira, cotado a 4.456 yuans por tonelada, após ter operado no intervalo entre 4.432 e 4.470 yuans por tonelada (6,638 yuans = US$ 1).
Embora não houvesse mais notícias pessimistas, o mercado estava posicionado para corrigir os preços, considerando que os óleos comestíveis recentemente atingiram os mais altos níveis desde julho de 2008, excedendo os ganhos registrados em meados de novembro, quando o governo introduziu uma série de medidas para conter a alta dos alimentos. Temores sobre mais políticas de aperto monetário antes do Ano Novo Lunar crescem, à medida que o governo chinês reitera seu compromisso de manter os preços estáveis em 2011.
De acordo com a Administração Geral Alfandegária, a China importou 54,8 milhões de toneladas de soja no ano passado, alta de 28,8% ante 2009. Contudo, as importações de óleos comestíveis no período caíram 16% em termos de volume, para 6,87 milhões de toneladas, mas subiram 2,2% em valor.
A demanda por parte das processadoras continuará lenta nas próximas semanas, uma vez que já foram estocados grãos suficientes antes do Ano Novo Lunar, disse Wang Yong, analista da Hongyuan Futures Co. "A soja deve se recuperar, mas o óleo de soja continuará em correção", previu ele, citando os prováveis efeitos das medidas do governo para controlar a inflação.

CHINA: SUPERÁVIT COMERCIAL DE US$ 13,08 BILHÕES EM DEZEMBRO

A China anunciou que seu superávit comercial encolheu fortemente em dezembro, notícia que pode ajudar a aliviar as tensões comerciais do país com os EUA antes do encontro que o presidente chinês, Hu Jintao, terá com seu colega norte-americano Barack Obama neste mês. O superávit diminuiu para US$ 13,08 bilhões, de US$ 22,9 bilhões em novembro, conforme dados da alfândega. A mediana das estimativas de 11 economistas consultados pela Dow Jones era de um superávit de US$ 21,7 bilhões.
As exportações da China em dezembro cresceram 17,9% em relação a um ano antes, porcentual menor do que os 34,9% de novembro e do que a mediana das previsões dos economistas, que apontava alta de 24,8%. As importações aumentaram 25,6%, ante uma expansão de 37,7% em novembro, mas acima da mediana das previsões na pesquisa da Dow Jones, que era de um crescimento de 24,3%.
Em todo o ano de 2010, o superávit comercial da China totalizou US$ 183,1 bilhões, abaixo dos US$ 196,06 bilhões de 2009. No quarto trimestre, de acordo com um cálculo da Dow Jones, o superávit comercial chinês diminuiu ligeiramente para US$ 63,12 bilhões, de US$ 65,64 bilhões no terceiro trimestre.
Em bases ajustadas sazonalmente, as exportações da China tiveram redução de 4,4% em dezembro na comparação com novembro, enquanto as importações aumentaram 3% sobre o total do mês anterior, segundo os dados da alfândega.
As autoridades dos EUA têm acusado o governo da China de manter sua moeda artificialmente desvalorizada para ajudar a impulsionar as exportações. A questão deve permanecer como um importante ponto de discussão durante a visita de Jintao aos EUA, entre 18 e 21 de janeiro.
Mas o yuan vem se valorizando em relação ao dólar nas últimas semanas, o que, juntamente com o superávit menor, pode fortalecer a posição da China nas discussões. "Achamos que o impulso subjacente de crescimento das exportações continua robusto", disse, num comunicado, o economista Yu Song, do Goldman Sachs. Outros indicadores, como o índice mensal Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) indicam que as encomendas de exportação permanecem fortes, afirmou o economista. A elevação dos preços das matérias-primas e de outros bens importados provavelmente contribuiu para o crescimento dos gastos com importações, acrescentou.

SOJA: IMPORTAÇÃO DE 54,8 MIL TONS EM 2010; ALTA DE 29% - A China importou 54,8 milhões de toneladas de soja em 2010, alta de 29% em relação ao ano anterior, mostraram dados preliminares divulgados hoje pela Administração Geral Alfandegária do país.

MILHO: CHINA EXPORTA 6.538 T EM DEZ/10; 32,5%
A China exportou 6.538 toneladas de milho em dezembro, volume 23,5% inferior ao de novembro e abaixo das 36.243 toneladas embarcadas no mesmo período de 2009, informou Administração Geral Alfandegária. No acumulado de 2010, as exportações caíram 1,7%, para 127.320 toneladas.

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