segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SOJA: AGRAFNP ESTIMA PRODUÇÃO EM 68,3 MILHÕES DE TONS

A consultoria AgraFNP elevou hoje sua estimativa para a produção brasileira de soja em 2010/11 para 68,3 milhões de toneladas, contra 68 milhões de t na previsão anterior. O ajuste se deve, principalmente, a um maior índice de produtividade e às boas condições climáticas na região conhecida como Mapitoba, que reúne Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia.
De acordo com Aedson Pereira, analista de grãos da consultoria, ainda permanece a cautela com o clima. Há previsão de chuvas no Centro-Oeste, o que pode favorecer o aumento dos casos de ferrugem, além de atrapalhar a colheita. Na região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, a distribuição das chuvas é irregular. Entretanto, segundo ele, as boas condições climáticas na Mapitoba, onde a área de soja foi expandida, podem limitar as perdas. "A nova fronteira agrícola vai registrar índice de produtividade maior, com aumento da área e condições climáticas favoráveis. Isso pode compensar a retração na região Sul", disse Pereira à Agência Estado.
Segundo a consultoria, a área cultivada na região do Mapitoba passou de 2,226 milhões de hectares em 2009/10 para 2,4 milhões de ha nesta safra. Com isso, a estimativa da produção na região passou a 7,2 milhões de toneladas, de 6,4 milhões de toneladas na safra passada. A estimativa para área cultivada no Brasil foi mantida em 24,1 milhões de hectares.
Pereira calcula que no início da colheita quase a metade da safra brasileira deve estar comercializada, por conta dos preços elevados na bolsa de Chicago, mesmo com câmbio desfavorável ao produtor nacional. Com a expectativa de queda na produção da Argentina devido à estiagem, o elevado consumo da China e a alta demanda internacional, os preços da oleaginosa devem se manter em alta. Para Pereira, as cotações podem chegar perto dos US$ 15 por bushel em Chicago. "O preço da soja vai começar o novo ciclo elevado em relação ao ano anterior. O produtor cobrirá o custo tranquilamente", completou o analista. Na sua avaliação, a venda antecipada em níveis superiores aos de anos anteriores fará com que o ritmo de negócios demore a se acelerar novamente, já que o produtor agora tende a se concentrar na entrega do produto já comprometido. "Em compensação, ele vai ter a opção de entrar no mercado num bom momento", disse.
A AgraFNP também elevou a estimativa para a produção de milho para 50,8 milhões de toneladas, contra 50 milhões de t na previsão anterior, devido ao maior volume de chuvas, favorável ao cereal. "Estávamos preocupados com o regime de chuvas no Centro-Sul, mas voltou a chover bem em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Se a chuva prejudica a soja, favorece o milho, pois faz a planta crescer bem", explicou Pereira.
A estimativa para a produção do milho primeira safra passou de 29,6 milhões de toneladas para 30,2 milhões de t, e para a safrinha aumentou de 20,4 milhões de t para 20,6 milhões milhões de t.

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