sexta-feira, 17 de junho de 2011

MILHO SAFRINHA PODE SER MENOR DO QUE O ESTIMADO

O clima seco e a temporada de plantio tardia podem fazer com que a colheita de milho safrinha fique abaixo das estimativas de produção oficiais, embora a redução possa ser parcialmente compensada por uma área plantada maior, de acordo com o analista de grãos e oleaginosas Renato Rasmussen, do Rabobank. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção total de milho 2010/11 será de 56,73 milhões de toneladas, 1,3% maior do que no ano anterior. A segunda safra é estimada em 21,70 milhões de toneladas, 1,1% menor à 2009/10, que totalizou 21,9 milhões de toneladas.
Ramussen disse, em entrevista, que a escassez de chuvas durante os meses de abril e maio provavelmente reduzirá a produtividade da safra. Ele espera que a safrinha de inverno some cerca de 17 milhões de toneladas, de modo que o total do ano-safra 2010/11 atingirá 52 milhões de toneladas.
Produtores de milho arriscaram plantar milho tardiamente na temporada, depois do atraso da colheita de soja, quando o clima seco costuma prevalecer, explicou o analista. "Embora tenha sido muito arriscado plantar tão tarde, eles decidiram fazê-lo de qualquer forma por causa dos preços."
Até as chuvas observadas no Sul do Brasil na semana passada, a situação era pior. Em Mato Grosso, onde a estiagem não deu trégua, a produção geral de milho pode cair de 30% a 35%.
O que deve ajudar a equilibrar parte da perda de produtividade é um aumento de 8,8% na área plantada com milho, que a Conab estima totalizar 5,71 milhões de hectares para a segunda safra.

CHINA AMPLIA PERDAS INFLUENCIADA POR CBOT E JURO.

Os futuros da soja terminaram em queda pelo terceiro dia consecutivo na Bolsa de Commodities de Dalian, com crescentes temores sobre o enfraquecimento da demanda doméstica, caso haja uma nova rodada de aperto do crédito. O mercado ainda foi influenciado pelo fraco fechamento dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT) diante de condições climáticas melhores e da valorização do dólar.
O contrato janeiro encerrou com baixa de 0,7% nesta sexta-feira, a 4.413 yuans por tonelada (6,47 yuans = US$ 1). Na CBOT, o vencimento julho caiu 1,3% na véspera, a US$ 13,505 por bushel.
As cotações da oleaginosa podem continuar fracas devido à pressão da oferta, com os estoques nos portos aumentando 160 mil toneladas em relação à semana anterior, para cerca de 6,5 milhões de toneladas, segundo a Chinese Grain Network, uma consultoria pertencente à estatal China Grain Reserves Corp.
A indústria local de processamento de soja tem registrado perdas desde o começo do ano por causa das margens de lucro negativas e dos controles de preço impostos pelo governo para conter a inflação, informou o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China (CNGOIC, na sigla em inglês) em um relatório mensal divulgado hoje.
Crescentes temores sobre um possível aumento da taxa básica de juro durante o final de semana provocaram um recuo de 0,8% no principal índice de ações da China, para o menor nível em quase nove meses. O indicador foi guiado por companhias do setor de metais, de acordo com analistas. A elevação do juro pode desacelerar o crescimento econômico e a demanda por metais usados nos setores de infraestrutura e construção.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

GRÃOS: TRADERS REDUZEM EXPOSIÇÃO AO RISCO E MERCADOS CAEM

Os futuros da soja recuaram para a mínima de quatro semanas hoje na bolsa de Chicago, uma vez que o nervosismo generalizado em relação à economia global levou traders a reduzir a exposição ao risco no mercado. O contrato julho caiu 17,50 centavos, para fechar cotado a US$ 13,5050 por bushel.
A fraqueza do milho provocada por vendas generalizadas pelo terceiro dia seguido, a retração da demanda e o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras também pesaram sobre as cotações, disseram analistas.
Entretanto, os preços continuam sendo negociados dentro de um intervalo recente, já que as preocupações com uma possível perda de área frente ao aperto da oferta limitam a queda, de acordo com os analistas.
Os produtos derivados também terminaram em queda, em linha com a soja, pressionados pelas vendas generalizadas nos mercados de commodities e pela redução da exposição ao risco. O vencimento julho do óleo perdeu 1,28%, cotado a 56,32 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo recuou US$ 6,30, ou 1,75%, para US$ 353,70 por tonelada.

MILHO: VENDAS DE FUNDOS DERRUBA 3,3%
Vendas de fundos de commodities pressionaram fortemente o mercado de milho nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago, pelo terceiro dia consecutivo. Os contratos com vencimento em julho recuaram 24,25 cents ou 3,34% e fecharam a US$ 7,0150/bushel. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 21 mil contratos hoje, pressionando as cotações em 12% desde as máximas recorde da última sexta-feira. "Neste momento, é um 'tire-me daqui'", brincou o analista Sid Love, da corretora Kropf & Love Consulting. Participantes do mercado temem que a possível retirada dos subsídios do etanol nos Estados Unidos, aprovada hoje em medida no Senado, entre em vigor e afete a demanda por milho.

ALGODÃO/NY FECHA NO LIMITE DE BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS
O mercado futuro de algodão registrou perdas expressivas hoje, mais um dia de liquidação de commodities. Na bolsa em Nova York, os contratos com vencimento em julho recuaram até o limite de baixa de 600 pontos ou 3,95% e fecharam a 145,96 cents/lb. Amanhã, o limite passa a ser de 700 pontos. Segundo analistas, participantes do mercado embolsaram lucros antes do segundo trimestre. "Para mim, isso pareceu dinheiro gerenciado saindo dos contratos de algodão", disse o analista Andy Ryan, da corretora INTL FCStone. "Com certeza isso pode continuar."

TRIGO SEGUE O MILHO E FECHA EM FORTE BAIXA
Os preços futuros do trigo tiveram queda expressiva hoje no mercado americano. Durante o dia, atingiram o menor nível em três meses, novamente acompanhando as perdas do milho.
Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em julho perderam 35,25 cents ou 4,98% e terminaram a US$ 6,7325/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento recuou 21,25 cents ou 2,59% e fechou a US$ 7,98/bushel.
A corrida pelas vendas generalizada nos mercados de commodities, com temores sobre a recuperação da economia global, derrubou ambos os grãos que são usados para ração.
Produtores devem aumentar o consumo de ração de trigo após a queda desta quinta-feira, enquanto buscam alternativas mais baratas, segundo o analista Alan Brugler, da corretora Brugler Marketing & Management. A queda dos preços do trigo "cria uma semente para o próximo rali", disse.

SOJA: ABIOVE ELEVA ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO DE SOJA PARA 72,5 MILHÕES/T.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) elevou hoje sua estimativa para a produção brasileira de soja em grão neste ano para 72,5 milhões de toneladas, ante 71,1 milhões de t na previsão anterior. De acordo com Rodrigo Feix, economista da entidade, esse aumento terá reflexo positivo no processamento do grão, com aumento tanto na produção de farelo quanto na de óleo. No ano passado, o Brasil produziu, segundo a Abiove, 68,9 milhões de toneladas de soja em grão.
A produção de farelo foi elevada de 27,35 milhões de toneladas para 27,5 milhões, ante 27,15 milhões no ano passado. Já a produção de óleo passou de 6,95 milhões de toneladas na previsão de maio para 7 milhões agora, pouco acima das 6,97 milhões de toneladas em 2010.
"Havia duas saídas para esse incremento da produção, exportação do grão ou o esmagamento. Avaliamos que o processamento ficará um pouco acima do que foi observado no ano anterior, que já havia sido recorde", disse Feix, destacando ainda que os estoques de passagem do grão ficarão em 2,9 milhões de toneladas no final deste ano, bem acima das 1,7 milhão de toneladas ao fim de 2010.
O aumento na estimativa da Abiove para a produção do grão com a colheita finalizada deve-se ao impacto menor do que o esperado das chuvas no sul de Mato Grosso do Sul e em Goiás. Entretanto, o número ainda está bastante abaixo do de outras consultorias e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que prevê atualmente 75 milhões de toneladas. De acordo com Feix, isso se deve ao uso de uma metodologia diferente.
"Nós recebemos os dados de empresas associadas e não associadas que operam em todas as regiões do País. Portanto, nossa estimativa reflete números de originação e recebimento do produto nos armazéns. Outros institutos têm uma metodologia de avaliação em campo, com dados amostrais", disse ele.
Exportações - A previsão de receita com as exportações do complexo soja foi elevada para US$ 22,8 bilhões, ante US$ 22,6 bilhões na estimativa de maio. O valor é 33% maior que os US$ 17,1 bilhões apurados em 2010. A entidade manteve a previsão de exportação do grão neste ano comercial em 32,4 milhões de toneladas, com receita de US$ 15,6 bilhões de dólares. Mas ampliou a previsão de exportação de farelo em 100 mil toneladas ante o relatório de maio, para 14,2 milhões, com receita de US$ 5,5 bilhões. As vendas externas de óleo sofreram um ajuste de 50 mil toneladas, para 1,55 milhões, com receita de US$ 1,8 bilhões.

GRÃOS: ARGENTINA REDUZ ESTIMATIVA DE SOJA E ELEVA A DE MILHO.

A Argentina elevou sua estimativa de produção de milho e reduziu um pouco a previsão para a safra de soja em seu relatório mensal, divulgado nesta quinta-feira, na medida em que a colheita se aproxima do fim e o volume da produção final começa a ficar mais claro.
O ministério da agricultura avalia que a produção final de milho 2010/11 somará 21,6 milhões de toneladas, mais do que a última estimativa divulgada um mês atrás, de 20,9 milhões de toneladas. A Argentina é o segundo maior exportador de milho, depois dos Estados Unidos. Cerca de 84% da safra foi colhida até o momento.
Para a produção de soja, o ministério reduziu a estimativa de 50,4 milhões de toneladas para 49,6 milhões de toneladas. O país lidera as exportações de farelo e óleo de soja, além de estar em terceiro lugar nas exportações do grão. Até o momento, 97% da safra de soja foi colhida.
O ministério reduziu sua estimativa para a área plantada com trigo, para 4,7 milhões de hectares. Antes, previa 5 milhões de hectares. A Argentina é um grande exportador de trigo, principalmente para o Brasil.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

SOJA: INCERTEZA DE SAFRA DÁ SUSTENTAÇÃO NA CBOT

Os futuros da soja fecharam em alta na maioria hoje na bolsa de Chicago, conseguindo sair ilesos das vendas generalizadas em commodities. O contrato julho terminou estável, cotado a US$ 13,68 por bushel. O novembro, referente à nova safra, encerrou com alta de 3 centavos, a US$ 13,6675.
Traders mostraram que não estão confortáveis em tirar o prêmio de risco do mercado da soja devido às incertezas que ainda cercam a fase final de plantio nos Estados Unidos. O mercado ainda recebeu suporte quando traders se desfizeram de spreads entre posições compradas no milho e vendidas na soja, o que ajudou os futuros a enfrentar a influência negativa da alta do dólar e da fraqueza do petróleo.
Os produtos derivados também registraram ganhos, em linha com o grão, uma vez que as dúvidas sobre o tamanho da safra 2011/12 limitam a pressão de vendas nos mercados, disseram analistas.
O contrato julho do farelo de soja subiu US$ 1,30, ou 0,36%, para fechar a US$ 360 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo ganhou 20 pontos, ou 0,35%, cotado a 57,05 centavos por libra-peso.

MILHO CAI 3,9% COM INFLUÊNCIA DO CLIMA
Os preços internacionais do milho despencaram novamente hoje na Bolsa de Chicago, especialmente por pressão de outros mercados. A queda dos preços do petróleo e a alta do dólar em relação a outras moedas atraíram vendas nos mercados de commodities de um modo geral. Os contratos de milho para entrega em julho fecharam o dia em baixa de 29,75 cents ou 3,94%, cotados a US$ 7,2575/bushel. As preocupações com a economia global foram um fator negativo para as commodities, pois aumentam os temores relacionados à dívida da Grécia.
Traders acompanharam outros mercados para obter um direcionamento, conforme aguardam estimativas atualizadas sobre a safra, que serão divulgadas pelo governo norte-americano no dia 30 de junho. Esses dados são esperados porque produtores aceleraram os trabalhos no campo e concluíram o plantio na última semana.
A influência do petróleo foi negativa, especialmente por causa da utilização do milho como matéria-prima para o etanol. Além disso, fundos costumam operar numa cesta de commodities simultaneamente.
O mercado chegou a atingir o limite de baixa diário, de 30 cents, registrando o menor preço em quatro semanas e devolvendo ganhos obtidos na semana passada, quando registrou máximas recorde. A desvalorização foi estimulada pela noção de que os preços elevados estão contendo a demanda pelo grão.
Compradores da Ásia cancelaram compras de milho para ração animal, substituindo-o por trigo mais barato. Além disso, dados do governo dos Estados Unidos mostraram queda da produção de etanol na última semana.
As condições climáticas favoráveis também pressionaram as cotações, pois devem resultar em aumento das projeções para a safra de milho, após chuvas excessivas que interromperam o plantio no início da primavera.
O mercado teve "uma confluência de influências" ao longo do dia, resumiu o analista John Kleist, da corretora ebottrading.com.

TRIGO TEM FORTE DESVALORIZAÇÃO NA ESTEIRA DO MILHO
O mercado futuro de trigo encerrou a quarta-feira com perdas nos Estados Unidos, acompanhando o comportamento do milho, já que ambos os grãos são usados como ração.
Na Bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em julho cederam 22,75 cents ou 3,11% e fecharam a US$ 7,0850/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento caiu 20,50 cents ou 2,44%, para US$ 8,1925/bushel.
A desvalorização do petróleo foi outra influência negativa para outras commodities, especialmente para o milho, por causa do etanol, segundo traders. O dólar subiu em relação a uma cesta de outras moedas e também pressionou as commodities, num dia de cautela por causa das incertezas relacionadas à recuperação dos Estados Unidos e ao problema da dívida de países europeus, principalmente a Grécia.
Traders mencionaram, ainda, o avanço da colheita de trigo nos Estados Unidos como estímulo para as vendas. As condições climáticas "devem permitir uma conclusão bastante rápida" da colheita em Oklahoma e no Texas, de acordo com a companhia de análises climáticas Freese-Notis Weather.

LDC COMMODITIES INVESTE NO SISTEMA DE TROCA PARA AMPLIAR ORIGINAÇÃO NO BRASIL.

A Louis Dreyfus Commodities (LDC) quer alavancar a capacidade de originação de grãos e algodão no Brasil por meio do sistema de troca por insumos, sobretudo fertilizantes. "O plano de cinco anos da companhia é duplicar os volumes de originação, e para isso precisamos estar muito mais perto dos produtores", disse à Agência Estado Adrian Isman, COO da Louis Dreyfus Commodities North Latam.
Ele não divulga os números atuais. A empresa anunciou dois movimentos de expansão na área de insumos agrícolas em pouco mais de uma semana, e definiu como objetivo dobrar sua participação no mercado brasileiro de fertilizantes. Com a aquisição da produtora e distribuidora de fertilizantes Macrofértil, a LDC, que já atua na comercialização do produto no Brasil desde 2008, passa também a agir na operação de ativos industriais no segmento. E com a parceria com a CCAB Agro na área de insumos químicos, a empresa passa a ser uma facilitadora no processo de aquisição pelos produtores.
"A Dreyfuss vem mudando há alguns anos seu perfil, o que nos obriga a alterar nossa participação no mercado de originação de cereais, oleaginosas e pluma. Entendemos que é muito mais eficiente fazer o financiamento das lavouras via insumos do que diretamente (com dinheiro)", explicou Javier Britez, diretor de Fertilizantes da LDC, em entrevista à Agência Estado.
A área de fertilizantes no Brasil tem um destaque importante dentro da LDC, uma vez que representa cerca de 2/3 da plataforma mundial, já considerando a aquisição da Macrofértil. Diferente dos Estados Unidos, maior consumidor mundial do insumo, o País utiliza o conceito de operações de barter, ou troca, daí o destaque, explicou Britez. "Definitivamente o Brasil é uma prioridade em termos de desenvolvimento da plataforma de fertilizantes", disse.
Nas contas da empresa, com a produção da Macrofértil em oito plantas industriais e presença nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, a LDC atinge uma participação de 6% no mercado brasileiro de fertilizantes. O objetivo é chegar a algo entre 10% e 12% por meio da expansão para Maranhão, Piauí, Tocantins (região conhecida como Mapito), Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais, sendo que neste último Estado o foco seria em café.
O crescimento terá como prioridade maximizar o uso do ativo recém-adquirido, uma vez que a Macrofértil tem capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas por ano, mas hoje produz apenas 550 mil t, de acordo com Britez. O objetivo é atingir a distribuição de 2,5 milhões de toneladas.
Defensivos - A área de defensivos agrícolas segue a mesma tendência de adotar cada vez mais a prática da troca, atualmente mais difundida no algodão, de acordo com Isman. O executivo explicou que a CCAB Agro tem a licença para produzir e importar os agroquímicos, e caberá à LCD oferecer a troca a seus produtores.
Atualmente, a CCAB possui 66 produtos agroquímicos em processo de registro, resultado da união de 16 cooperativas de agricultores que foram responsáveis pela produção de aproximadamente US$ 8 bilhões em commodities agrícolas no Brasil em 2010.
"O primeiro objetivo é estar mais perto dos produtores. No segundo momento a ideia é começar a entender do negócio de agroquímicos, porque ainda não temos o conhecimento", explicou Isman. Para isso, a LDC fez um aporte US$ 40 milhões na CCAB e entrou com uma debênture conversível, com a possibilidade de exercer participação no futuro.

terça-feira, 14 de junho de 2011

MILHO FECHA EM BAIXA DE 3,5%

Os preços futuros do milho caíram com força hoje na Bolsa de Chicago, pressionados pela melhora do clima e diante da sensação de que a produção pode ser maior do que se esperava. Os contratos com vencimento em julho recuaram 27,0 cents ou 3,45% e fecharam a US$ 7,5550/bushel. Durante a sessão, chegaram a atingir o limite de baixa de 30 cents.
As cotações foram pressionadas por previsões do tempo que indicaram uma mistura de chuvas benéficas e sol ao longo do Cinturão do Milho do Meio-Oeste, durante os próximos dez dias. Condições favoráveis são uma mudança em relação às chuvas pesadas que afetaram o plantio no início da primavera e aumentaram as preocupações com o risco de safra decepcionante.
Traders estão acompanhando o clima atentamente, depois que os preços subiram para a máxima recorde de US$ 8/bushel na sexta-feira, com cenário de redução da colheita, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A mudança para a possibilidade de projeções favoráveis pesou nos preços.
"Fomos de uma expectativa de safra fraca para o que agora parece ser melhor do que o normal", declarou Rich Nelson, diretor da corretora Allendale. "De certa forma, durante os próximos dois dias deve haver rumores de que o USDA aumente estimativas de produtividade, o que é uma completa mudança."

SOJA FECHA EM QUEDA POR MELHORES CONDIÇÕES DA SAFRA.

Os futuros da soja fecharam em queda hoje na bolsa de Chicago conforme investidores optaram por reduzir a exposição ao risco e diminuir o prêmio devido às melhores perspectivas para a safra. O contrato julho caiu 14,75 centavos, ou 1,07%, e fecharam a US$ 13,68 por bushel. O novembro, referente à nova safra, perdeu 0,9% e terminou cotado a US$ 13,6375.
O clima favorável para o desenvolvimento das lavouras e o ritmo de plantio acima do esperado na semana passada pesaram sobre os preços, de acordo com analistas. Além disso, colaboraram para a queda a fraqueza do milho e a ameaça de uma redução da demanda da China, uma vez que o país asiático tenta controlar a inflação.
Entre os produtos derivados, o farelo atingiu a mínima de duas semanas ao acompanhar as perdas do milho. O farelo de soja é sensível aos movimentos do cereal já que ambos são usados como ração para a indústria animal. O vencimento julho recuou US$ 11,40, ou 3,08%, cotado a US$ 358,70 por tonelada.
Já o óleo de soja foi na contramão e terminou em alta, depois de traders terem embolsado lucros sobre o spread entre posições compradas em farelo e vendidas em óleo. O julho subiu 3 pontos, ou 0,05%, cotado a 56,85 centavos por libra-peso.

COMMODITIES: ALTA DE PREÇO AMEAÇA CRESCIMENTO GLOBAL.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu nesta terça-feira maior transparência nos mercados físicos de commodities e uma regulação mais rigorosa dos derivativos, descrevendo o aumento dos preços do petróleo e dos alimentos como a principal ameaça ao crescimento global. As medidas propostas por ele para conter a volatilidade das cotações das commodities incluem depósitos mínimos à vista para operações com derivativos, bem como a criação de agências para manter registros dessas atividades.
O G-20 ainda deve levantar na próxima reunião, que acontecerá em Paris nos dias 22 e 23 de junho, o desafio de elevar a produção de alimentos e de petróleo, em razão do rápido crescimento da demanda, de acordo com Sarkozy. Reforçar a transparência com relação ao nível dos estoques também está entre as questões que serão debatidas na próxima semana, acrescentou ele. "O crescimento global se recuperou, mas a alta dos preços das commodities é a principal ameaça ao crescimento", disse Sarkozy durante uma conferência sobre commodities, em Bruxelas, organizada pela Comissão Europeia.
A alta das commodities resulta na aceleração da inflação em economias emergentes de rápido crescimento e ameaça alimentar os desequilíbrios globais que o G-20 prometeu erradicar, alertou ele. Melhorar a fiscalização dos mercados de commodities, de modo a combater a instabilidade dos preços, é uma das prioridades da França, que preside o G-20 neste ano.
Embora reconheça que não há uma relação comprovada entre a especulação financeira e o atual nível de preço do petróleo e dos alimentos, Sarkozy disse ser inaceitável que o papel cada vez maior desempenhado pelos mercados financeiros no comércio de commodities alimente a volatilidade das cotações.
"A questão não é regular os preços, mas garantir que o processo de formação dos preços aconteça apropriadamente", disse ele, pedindo que todas as nações do G-20 adotem regras comuns para fiscalizar as operações com derivativos de commodities.

GRÃOS/EUA: DESENVOLVIMENTO DO PLANTIO.

Produtores dos Estados Unidos cultivaram rapidamente milho e soja nas lavouras do leste da região Meio-Oeste ao longo da última semana, embora tenham trabalhado sob chuvas na região, de acordo com o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). "O grande salto no plantio de ambos os grãos mostra que você nunca pode duvidar da habilidade dos agricultores para ter a safra plantada num curto período de tempo", explicou o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache.
Até domingo, 99% da safra de milho havia sido plantada, mais do que os 94% na semana anterior, em cima da média de 99% para este momento do ano, de acordo com o USDA. Os maiores avanços ocorreram em Estados no leste do Cinturão do Milho, como Ohio e Indiana, onde produtores tinham dificuldades para plantar. O plantio chegou a 97% das lavouras em Ohio até domingo, mais do que os 58% registrados uma semana antes, e pouco menos do que a média de 100% para este momento do ano.
O plantio está praticamente concluído em Indiana, chegando a 96% da área, mais do que os 82% observados uma semana antes, e pouco menos do que a média em cinco anos, de 98%. O leste do Cinturão do Milho conseguiu plantar mais do que era esperado e a área prevista para ficar sem plantio deve diminuir de 3 milhões de acres para 1,5 milhão de acres, segundo McCambridge. O analista afirmou que a expansão do plantio deve amenizar algumas preocupações relacionadas à área que ficaria sem cultivo, mas cultivar milho no solo úmido demais pode afetar a produtividade.
De modo geral, 69% da safra apresentava condição boa a excelente até ontem, mais do que os 67% observados uma semana atrás, de acordo com o USDA. A parcela da safra que emergiu do solo era de 91%, ante 79% uma semana antes e menos do que a média de 96% para esta época do ano.
Soja
Produtores também evoluíram bastante no plantio de soja. Cerca de 87% da safra havia sido plantada até domingo, mais do que os 68% registrados uma semana antes e pouco menos do que a média de 89% para esta época do ano, de acordo com o USDA. No leste do Meio-Oeste, o cultivo continua lento, mas produtores aceleraram o ritmo dos trabalhos em algumas regiões e 77% da safra foi plantada em Ohio, ante 26% na semana passada e média de 94%. Em Indiana, 78% da safra foi plantada, ante 49% uma semana antes e média de 86%.
Analistas disseram que o atraso no plantio de soja não é surpreendente, já que a expectativa era a de que os produtores se concentrassem no cultivo de milho primeiro. A soja pode ser plantada depois do milho na primavera, sem perda de produtividade.
Cerca de 64% das lavouras de soja emergiram até domingo, mais do que os 44% vistos uma semana antes e inferior à média de 76%, de acordo como USDA. Em sua primeira avaliação da qualidade dos campos de soja, o USDA relatou que 67% da safra apresenta condição boa a excelente.
Trigo
O norte das Grandes Planícies dos Estados Unidos, 73% dos trigais de primavera emergiram, mais do que os 57% observados uma semana antes, mas muito inferior à média de 97% para esta época do ano. Chuvas persistentes mantiveram os produtores longo das lavouras durante semanas, indicando que eles não conseguirão plantar em toda a área que pretendiam. A lenta emergência da safra é um indicador do lento ritmo de plantio, segundo McCambridge.
Cerca de 88% da safra de trigo de primavera foi plantada, ante parcela 79% vista uma semana antes e também abaixo da média, de 100%. Segundo o USDA, 68% da safra foi avaliada como em condição boa a excelente, menos do que os 86% registrados na mesma semana do ano passado.
"Com as chuvas que incidiram na área durante o fim de semana, o mercado não deveria esperar muito mais trigo de primavera plantado", disse McCambridge. "Com base nos dados do USDA e previsões de tempo úmido, temos de assimilar o potencial de que 8% a 10% da área prevista de primavera pode não ser plantada."
Na Dakota do Norte, principal Estado produtor de trigo do país, cerca de 82% da safra foi plantada, menos do que a média de 99%, e 64% emergiu, ante média de 96%.
Produtores estão colhendo trigo de inverno no extremo sul. Aproximadamente 22% da safra foi colhida, As lavouras foram atingidas por forte seca no sul das Grandes Planícies. A média para este momento é de 13%.

NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA ESTÁ NO CENTRO-NORDESTE.

A nova fronteira agrícola do Brasil está localizada na região centro-nordeste do País, segundo estudo "Brasil-Projeções do agronegócio 2010/11 a 2020/21", realizado pelo Ministério da Agricultura em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). "Na próxima década, muitos produtores de grãos vão preferir cultivar suas lavouras na região localizada entre os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - denominada Matopiba", mostra o estudo divulgado há pouco pela Pasta. Essa expectativa leva em consideração os baixos preços da terra na região.
Pelo estudo, entre 2010 e 2021, haverá aumento anual na produção na região de 2,2%, o que corresponde a um crescimento de 13,3 milhões de t de grãos na safra 2010/11 para 16,6 milhões de t no início da próxima década. A área plantada com grãos do Matopiba terá crescimento anual de 1,5% entre 2010/2011 e 2020/2021, passando de 6,4 milhões de hectares para 7,5 milhões de hectares. O coordenador da Assessoria de Gestão Estratégica do ministério, José Gasques, avalia que o volume produzido pode até ultrapassar as expectativas, alcançando 20 milhões de t grãos em 2021, com a área de cultivo correspondente a 10 milhões de hectares.
Quanto às projeções em outros Estados, o relatório indica que Goiás terá o maior aumento de produção de cana-de-açúcar (42,1%) na próxima década sobre volume pouco expressivo atualmente. A variação corresponde a 74 milhões de t daqui a 10 anos, em comparação com 52 milhões de t verificadas na safra 2010/11.
São Paulo permanecerá como o maior produtor nacional de cana, devendo ampliar a colheita de 441,8 milhões de t na safra passada, para 574,4 milhões de t em uma década, um crescimento de 30%. No período, a área de cultivo saltará de 5,2 milhões de hectares para 6,7 milhões de hectares.
Mato Grosso responderá pela maior produção de soja em grão e de milho do País. O Estado produz hoje 20,2 milhões de t de soja e deve aumentar sua safra para 25,7 milhões de t, uma elevação de 27,22%. No caso do milho, a previsão é de crescimento de 9 milhões de t na ultima safra para 12 milhões de t no início da próxima década, com a área de cultivo crescendo 25%, de 2 milhões de hectares em 2010/11 para 2,5 milhões de hectares em 2020/21.
A produção de arroz deverá continuar a dar ao Rio Grande do Sul a liderança na produção do cereal na próxima década. Atualmente, o Estado responde por 64% da produção nacional, que deverá crescer 23,6% em 10 anos. Atualmente, o volume de produção é de 8 milhões de t devendo alcançar 10 milhões de t em 10 anos.

SOJA/EUA: INDÚSTRIA ESMAGOU 3.275 MIL TONS EM MAIO

As indústrias norte-americanas processaram em maio 3,275 milhões de toneladas ante 3,3 mi de t em abril e 3,48 mi de t em igual período de 2010.
Apesar de uma produtividade maior, a produção de farelo de soja alcançou 2,63 mi de t no período, abaixo de 2,65 mi de t no mês anterior e de 2,73 mi de t em maio do ano passado. As exportações do produto recuaram para 303.191 t ante 526.176 t em abril e 361.787 t no mesmo intervalo de 2010.
A produção de óleo de soja caiu para 636.782 t em maio, enquanto os estoques somaram 1,23 mi de t no período.
Os números foram divulgados nesta terça-feira pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa, sigla em inglês) dos Estados Unidos.

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                   PROCESSAMENTO DE SOJA NOS EUA
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                            maio/11       abril/11        maio/10
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Soja - em mil bushels
Grão esmagado    120.319        121.330        127.815       
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Farelo - em toneladas curtas
Produção          2.905.301      2.922.874      3.014.901   
Produtividade       48,29          48,18          47,18     
Exportação         334.211        580.010        398.802        

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Óleo de soja - em mil libras-peso
Produção         1.403.866      1.421.502      1.430.532   
Produtividade      11,67          11,72          11,19   
Estoques          2.709.719      2.694.432      2.905.566      
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CHINA: INFLAÇÃO ANUAL É DE 5,5% EM MAIO, A MAIOR DESDE JULHO/08.

A inflação se acelerou na China no mês passado, reforçando a expectativa de que o governo continue apertando a política monetária, a despeito dos sinais de redução no ritmo da atividade econômica. O índice de preços ao consumidor (CPI), subiu 5,5% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado e 0,1% ante abril, informou o Escritório Nacional de Estatísticas. Foi a taxa anual mais alta desde os 6,3% de julho de 2008, embora tenha ficado exatamente em linha com as expectativas do mercado, conforme a mediana das previsões de uma enquete da Dow Jones com economistas. Em março, o índice havia atingido 5,4%.
O índice de preços ao produtor (PPI), indicador das pressões inflacionárias no atacado, teve alta anual de 6,8%, a mesma registrada em abril e acima da mediana das previsões do economistas, que era de 6,5%. Em relação a abril, o PPI subiu 0,3%.
A produção industrial registrou ligeira desaceleração, com crescimento de 13,3% em relação a maio de 2010, abaixo dos 13,4% de abril. Os economistas previam crescimento de 13,2%. As vendas no varejo cresceram 16,9% sobre maio do ano passado, contra 17,1% em abril.
O investimento em ativos fixos nas áreas não rurais, medida acompanhada de perto sobre o setor de construção, acelerou-se em maio. O indicador aumentou 25,8% nos primeiros cinco meses do ano, contra 25,4% no primeiro quadrimestre e bem acima da previsão de consenso, de um aumento de 25,3%.
O investimento imobiliário, fator que influencia decisivamente a economia chinesa, continuou a aumentar de forma robusta, com expansão de 34,6% no período janeiro-maio em relação ao mesmo intervalo de 2010, para 1,87 trilhão de yuans (US$ 288,593 bilhões).
"Esta combinação de elevada inflação e crescimento razoavelmente estável tende a levar a uma continuação da atual política de aperto monetário, uma vez que a inflação alta parece claramente ser um assunto que pressiona mais do que o baixo crescimento", disseram os economistas Yu Song e Helen Qiao, do Goldman Sachs, num comunicado. "Eu acho que eles vão aumentar as taxas de juro em junho", afirmou o economista Wang Tao, do UBS.
Um porta-voz do órgão de estatísticas citou o modesto aumento mensal do CPI como prova de que a China está conseguindo controlar a inflação. Os economistas do Goldman, porém, estimaram que, sob uma base ajustada à sazonalidade, o aumento mensal de 0,1% corresponde a uma inflação anualizada de 6%, pintando um quadro ainda mais preocupante.

CHINA ELEVA COMPULSÓRIO BANCÁRIO EM 0,50%.
O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) elevou a taxa do compulsório bancário em 0,50 %, o sexto aumento da taxa neste ano, para solucionar as preocupações com a inflação por meio da retenção da liquidez no sistema bancário.
A elevação, que terá efeito a partir de 20 de junho, foi feita depois de o governo chinês anunciar que o índice de preços ao consumidor (CPI) do país subiu 5,5% em maio, ante maio do ano passado, acima da alta de 5,3% de abril e o maior avanço em quase três anos - em linha com as estimativas.
A taxa oficial do compulsório bancário da China para os maiores bancos do país vai subir para 21,5% com a nova elevação. Mas, desde o fim do ano passado, o PBOC ordenou que alguns bancos reservem mais dinheiro, além da taxa oficial. De acordo com um cálculo da Dow Jones, a elevação do compulsório deverá enxugar cerca de US$ 58 bilhões do sistema financeiro chinês - com base no nível dos depósitos de abril.
Analistas já esperavam mais movimentos de aperto monetário do PBOC para controlar a inflação, mas as expectativas se centravam em uma iminente alta nas taxas básicas de juros, e não no compulsório. O movimento de hoje também surpreendeu porque as últimas elevações no compulsório e nos juros vinham sendo feitas em momentos como sextas-feiras à noite, fins de semana ou feriados.
Os mercados da China já estavam fechados quando o PBOC anunciou o aumento do compulsório, mas em Hong Kong houve reação negativa.
O índice Hang Seng reverteu os ganhos e caiu cerca de 200 pontos, ou 0,9%, em comparação à máxima intraday de 22.642,46 pontos.
Nos mercados de câmbio as reações foram pequenas, com as moedas que tendem a ser sensíveis a preocupações com uma desaceleração econômica na China - como o dólar australiano - reduzindo levemente a alta apresentada mais cedo. Pouco antes das 7h (de Brasília), o dólar australiano subia 0,47%, para cerca de US$ 1,0648.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

PERSPECTIVA: MILHO DEVE INFLUENCIAR OUTROS GRÃOS EM CHICAGO.

O milho deverá ser o grande condutor dos mercados futuros de grãos negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta semana. A redução na perspectiva de produção, os estoques apertados e o plantio nos Estados Unidos aquém do esperado vão falar mais alto, dando sustentação a trigo e soja, de acordo com analistas consultados pela Agência Estado.
Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu em 305 milhões de bushels a estimativa de produção de milho do país na temporada 2011/12, para 13,2 bilhões de bushels. Após a divulgação desses números, nas últimas três sessões da semana o cereal foi negociado com um valor acima do trigo, o que é considerado uma anomalia. Na sexta-feira, o contrato julho avançou 1,50 centavo, ou 0,19%, para fechar a US$ 7,87 por bushel. Durante a sessão, atingiu nova máxima recorde para o primeiro vencimento, a US$ 7,99 por bushel.
"O milho será o guia da soja e do trigo. Tecnicamente ele ganha força também e tem o objetivo no contrato julho de US$ 8,20 e no dezembro, que reflete o pico da safra americana, de US$ 7,50. Se alcançar esses níveis, a soja não tem como cair muito porque a relação de preços tem que ser mantida. Não há expectativa de baixa para nenhum dos três grãos", disse Flávio Oliveira, da Terra Futuros.
As preocupações com o milho deverão ofuscar o cenário baixista do mercado de soja, embora a perspectiva de estoques finais mais confortáveis do que o esperado possa limitar uma alta. No fim da semana passada as cotações da oleaginosa sofreram uma correção, uma vez que traders perceberam que não havia sustentação para preços tão altos, e pressionado pela firmeza do dólar o contrato julho caiu 6,50 centavos, ou 0,47%, para fechar a US$ 13,8725 por bushel.
Por sua vez o trigo pode ver um aumento das compras para ração, segundo Oliveira, numa tentativa dos players de proteger o mercado de uma falta de milho. Na sexta-feira os primeiros vencimentos avançaram justamente por conta dessa expectativa de aumento da demanda, e o julho avançou 14,25 centavos, ou 1,91%, para US$ 7,5925 por bushel.
Mas o analista lembra que não se pode afastar um movimento de realização de lucros, já que os preços estão em níveis tão altos. "Num primeiro momento isso pode acontecer, para depois voltar a tomar força. Mas a tendência de médio e longo prazo é altista, não tem como fugir disso", disse Oliveira.

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