sexta-feira, 11 de março de 2011

CHUVAS/MS : 10 CIDADES EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

As chuvas que atingem o Mato Grosso do Sul já deixam dez cidades em situação de emergência, e a previsão da Defesa Civil Estadual é de que mais seis também entrem em situação de emergência.
Nesta sexta-feira, 11, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, sobrevoou as três cidades mais atingidas - Aquidauana, Anastácio e Dois Irmãos do Buriti - pelas chuvas ao lado do governador André Puccinelli e anunciou a liberação de R$ 5 milhões para recuperação dos municípios.
De acordo com levantamento do governo estadual, serão necessários cerca de R$ 5,4 milhões para reconstrução de quatro pontos destruídos pelas chuvas e que causaram o isolamento de comunidades. Até hoje, estão em situação de emergência Aquidauana, Bela Vista, Campo Grande, Cassilândia, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Miranda, Novo Horizonte do Sul, Porto Murtinho e Santa Rita do Pardo.
Ainda não há dado oficial sobre o total de desabrigados, mas segundo previsão da Defesa Civil do Estado, o número pode chegar a 15 mil famílias.

CHICAGO/SOJA REDUZ EXPOSIÇÃO AO RISCO COM INCERTEZA SOBRE TREMOR

Os futuros da soja operam em território negativo na Bolsa de Chicago, conforme traders continuam reduzindo a exposição ao risco no mercado. As incertezas com relação ao impacto do tremor e do tsunami que atingiram o Japão na demanda global desencadearam vendas.
No entanto, as cotações reduziram o declínio inicial com suporte de percepções de que as perdas observadas no pregão eletrônico foram exageradas, enquanto chuvas atrasam a colheita no Brasil e afetam adversamente produtividade da safra, disseram analistas.
Os produtos derivados do grão apresentam comportamentos diferenciados, com o farelo misto sem tendência definida e o óleo fraco. O contrato maio caiu 17,5cts cents, para US$ 13,38 por bushel, distante da mínima diária de US$ 13,2650 por bushel.

JAPÃO: TERREMOTO ALCANÇA MAGNITUDE 8,9.

Um terremoto de magnitude de 8,9 sacudiu a costa oriental do Japão às 14h46 de hoje, no horário local (2h46 da manhã em Brasília), seguido por um tsunami de 10 metros de altura e por réplicas do tremor. De acordo com a rede de TV NHK, ao menos 23 pessoas morreram.
Na cidade de Fukushima, ao norte de Tóquio, houve mortes e 4 milhões de casas estão sem luz. Há mortos também na cidade de Tochigi, informou a imprensa local, além de vários desaparecidos. As ondas de 10 metros arrasaram a costa de Sendai, capital da província de Miyagi, no nordeste do Japão, carregando barcos, carros e até construções; neste local, um hotel caiu e várias pessoas estavam sob os escombros.
Segundo a NHK, há vários feridos e foi pedido à população das regiões costeiras que buscassem se abrigar em lugares altos. A ilha japonesa de Odaiba também foi bastante atingida. O tremor deu-se a 380 quilômetros a nordeste de Tóquio, a 125 quilômetros da costa oriental. O alerta de tsunami se estendeu à Rússia, Austrália, ilhas Fiji, Nicarágua, ilhas Marianas do Norte, ilha de Guam, Taiwan, Filipinas, Indonésia e Havaí.
Foram registrados tremores secundários de 6,8 e 7,1 graus no litoral do Japão. O ministro da Defesa japonês ordenou que oito jatos de combate decolassem para examinar os danos causados pelo terremoto.
Os transportes aéreos e ferroviários, inclusive as linhas do trem-bala, foram interrompidos em grande parte do Japão em consequência do tremor, informou a agência Kyodo. Seis grandes incêndios foram registrados em Tóquio. O abalo sacudiu com força os edifícios da capital. Alarmes foram disparados nos prédios, houve correria e as linhas telefônicas ficaram bloqueadas.

CHINA/SOJA ENCERRA COM PERDAS PELA 5ª SESSÃO CONSECUTIVA

Os futuros da soja terminaram com queda pelo quinto dia consecutivo na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme a inflação acima das expectativas na China afetou negativamente o sentimento do mercado, com investidores temendo mais medidas de aperto monetário. O contrato janeiro encerrou com baixa de 0,1% nesta sexta-feira, a 4.413 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1), influenciado por perdas generalizadas das commodities.
O índice de preços ao consumidor em fevereiro subiu 4,9% ante igual período do ano anterior, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas, inalterado frente ao mês de janeiro e acima da mediana de 4,8% prevista por 13 economistas em um levantamento.
Os mercados de commodities em geral, variando do algodão à borracha, está passando por uma correção em meio a preocupações de que a recuperação econômica global irá desacelerar, disse Huang Xiao, analista da Capital Futures Co.
Enquanto isso, processadoras detêm amplos estoques de farelo e óleo de soja, uma vez que a demanda é fraca, acrescentou Huang, dizendo que as enormes importações nos meses anteriores e o fraco sentimento do mercado estão exercendo pressão. "Os preços futuros têm potencial de subir no longo prazo."
Um leilão de 20.689 toneladas de soja promovido pelo governo não conseguiu atrair compradores nesta sexta-feira, enquanto traders seguem cautelosos para manter reservas elevadas devido à incerteza com relação à política monetária.

quinta-feira, 10 de março de 2011

CBOT/SOJA INTERROMPE QUEDA E FECHA EM ALTA.

Os futuros da soja negociados em Chicago reverteram as perdas iniciais e fecharam hoje em alta, interrompendo uma série de três dias seguidos de queda, com sustentação de compras de usuários finais e da demanda por exportação. O contrato maio, mais negociado, subiu 6,50 centavos, ou 0,5%, e fechou cotado a US$ 13,55 50 por bushel.
Os futuros da soja estavam prontos para uma correção depois de recuarem 7,6% desde a máxima de dois anos e meio registrada no mês passado, de US$ 14,67 50, devido a preocupações com o aperto dos estoques.
Segundo John Kleist, analista da ebottrading.com, os futuros da soja conseguiram se descolar da tendência de queda do milho e do trigo hoje devido à percepção de que o mercado já precificou estimativas de produção mundial mais altas. "O mercado fez um bom trabalho ao antecipar uma retomada na produção sul americana. O mercado não podia continuar caindo, devido à necessidade de atrair área para o plantio nos EUA", disse ele. Hoje, em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a estimativa da produção de soja no Brasil para 70 milhões de toneladas na safra 2010/11, contra 68,5 milhões de toneladas no mês passado.
Além disso, o USDA manteve a projeção do estoque final dos EUA na temporada 2010/11 em 3,81 milhões de toneladas.
Já o contrato maio do farelo avançou US$ 0,80, para fechar cotado a US$ 353,70 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo caiu 19 pontos, para 56,93 centavos por libra-peso.

MILHO FECHA EM BAIXA PELA QUINTA SESSÃO CONSECUTIVA
O mercado futuro de milho encerrou com perdas pela quinta sessão consecutiva na Bolsa de Chicago. Os lotes mais negociados, para entrega em maio, cederam 18,25 cents ou 2,60% e fecharam a US$ 6,8275/bushel. O mercado esticou as perdas no fim do pregão, depois de sentir a pressão do trigo ao longo do dia e da expectativa de aumento da oferta global, segundo analistas. As perdas do trigo "definitivamente mantiveram o milho sob pressão", observou o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services. Ambos os grãos são usados na alimentação animal.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos -USDA- manteve sua estimativa para a oferta de milho no país, que deve ser a menor em 15 anos. De acordo com o Susquehanna International Group, maiores declínios na oferta "não são politicamente desejáveis, por causa da inflação dos alimentos".
Os futuros de milho já recuaram 8% desde que atingiram as máximas em 32 meses, na sexta-feira. Os milho havia avançado para níveis elevados por causa da forte demanda e de preocupações com o plantio, que pode não ser suficiente para suprir o consumo.

SOJA/MS: CHUVA REDUZ PRODUÇÃO EM 30%.

As fortes chuvas dos últimos dias em Mato Grosso do Sul provocaram uma quebra de 30% nas lavouras de soja que estavam em ponto de colheita e os prejuízos podem chegar a R$ 1,5 bilhão. As estimativas preliminares são da Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), que até amanhã deve concluir levantamento mais detalhado junto aos sindicatos rurais dos municípios atingidos.
Lucas Galvan, assessor técnico da Famasul, diz que a produção estadual de soja deve ficar em 4 milhões de toneladas, com perda de 1,5 milhão de tons em relação às 5,5 milhões de toneladas estimadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele observa que, além da quebra de safra, o produtor também enfrenta prejuízo na entrega da soja nos armazéns das tradings, que estão aplicando descontos de até 60% no preço da mercadoria, em função da baixa qualidade do produto. "Quem consegue desconto de 30% dá pulo de alegria", diz ele.
Segundo Galvan, os descontos são aplicados por causa do excesso de umidade e problemas de germinação, grãos ardidos e presença de fungo. Como a maioria das lavouras está em ponto de colheita e chuvas não dão trégua, os produtores estão colhendo o produto com 30% a 40% de umidade, nível acima do ponto ideal dos 15% a 18%. O problema é mais grave no norte do Estado, onde as perdas nas lavouras de soja superam 50%. A Famasul cita dados oficiais que indicam perdas de até 60% em São Gabriel d'Oeste. Julio Cesar Botolini, presidente do sindicato rural do município, contabiliza perdas na soja de até 3 milhões de toneladas.
Os produtores de Mato Grosso do Sul também estão enfrentando dificuldades para concluir o plantio do milho safrinha. Lucas Galvan estima que até agora apenas 50% do milho safrinha foi semeado. O Ministério da Agricultura prorrogou o prazo de plantio do milho safrinha para efeito de acesso ao financiamento e cobertura do seguro até o dia 20/3, mas os produtores temem não conseguir concluir os trabalhos no período. Galvan lembra que os riscos para o milho aumentam, por causa da possibilidade de geadas no final do ciclo e falta de chuvas na fase de desenvolvimento das lavouras norte.
Os municípios da região Norte do Estado foram os mais prejudicados, com perdas acima de 50% da área plantada. Boletim técnico a partir de informações da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), escritórios de planejamento rural, Prefeitura Municipal e Sindicato Rural de São Gabriel d'Oeste aponta perdas de 60% da soja. "São três milhões de sacas perdidas", contabiliza o presidente do Sindicato Rural do município, Julio Cesar Bortolini. E como se não bastasse os prejuízos com a soja, os produtores temem pelo plantio do milho safrinha, produzido na mesma área, cujo prazo de zoneamento estendido pelo Ministério da Agricultura vai até o próximo dia 20.
A Famasul está recomendando aos agricultores que façam laudos técnicos para mensurar a perdas. Os dados serviram de base para embasar a decretação de situação de emergência nos municípios atingidos, o que possibilita aos produtores renegociar dívidas. Nos próximos dias o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, irá se reunir com representantes de traders e instituições financeiras, na tentativa de uma solução conjunta para amenizar as perdas e medidas para amparar os produtores. "O setor da agricultura funciona em cadeia. Em situação de perdas como essa, os danos atingem todos os elos do setor", diz Riedel.
Emergência - Os municípios de Anastácio e Dois Irmãos do Buriti já decretaram estado de emergência em função dos prejuízos provocados pelas chuvas. Os municípios de Coxim, Aquidauana e Paranaíba devem decretar a medida nesta semana. Segundo dados da Defesa Civil, 67 mil pessoas estão desabrigadas e ou desalojadas nas áreas urbana e rural destes municípios. Rio Verde, Ribas do Rio Pardo, Maracaju, Dourados, São Gabriel, Rio Brilhante e Sidrolândia, que tiveram perdas nas lavouras, também devem decretar estado de emergência.

SOJA/ABIOVE ELEVA PRODUÇÃO A 70,1 MI TONS

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) elevou hoje sua estimativa para a produção de soja em grão do Brasil neste ano para 70,1 milhões de toneladas, contra 68,8 milhões de toneladas na previsão anterior. Segundo Fabio Trigueirinho, secretário-geral da entidade, a alteração deve-se ao tempo favorável em todo o País. Os efeitos do fenômeno climático La Niña não foram tão intensos como se esperava.
A estimativa anterior da Abiove era uma das mais conservadoras dentre as já divulgadas - entre governo e consultorias - e o novo dado agora mostra-se mais ajustado às expectativas do mercado. Hoje, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua projeção para a safra 2010/11 da oleaginosa a 70,3 milhões de toneladas, ante 70,1 milhão previstos em fevereiro.
"O número da Abiove era mais antigo e não refletia ainda as informações mais recentes do campo. O clima foi bastante razoável praticamente no Brasil inteiro e isso ajudou a realizar uma produtividade melhor do que o que estava estimado", disse Trigueirinho à Agência Estado.
Segundo ele, a Abiove havia adotado uma postura conservadora anteriormente devido à perspectiva de o La Niña causar problemas aos produtores. Agora, Trigueirinho diz ser difícil haver grandes correções na estimativa para a produção.
Receita recorde - Com o aumento na oferta, a Abiove também ampliou a previsão de exportação do grão para 31,5 milhões de toneladas, 500 mil t mais do que em fevereiro e acima das 29,2 milhões de t na temporada passada. A receita com a exportação da oleaginosa deverá ser de US$ 15,12 bilhões, ante previsão anterior de US$ 14,88 bilhões.
As receitas com as exportações de todo o complexo - grão, farelo e óleo - foram estimadas em um recorde de US$ 22,067 bilhões, ante US$ 21,827 bilhões na previsão anterior.
"Ajustamos a exportação da soja em grão porque a demanda está se mantendo firme. A China importa mais de um milhão de toneladas por semana e certamente o Brasil será um grande fornecedor, porque os Estados Unidos não terão muito mais soja para embarcar. Nos próximos seis meses teremos uma exportação forte para a China", afirmou Trigueirinho.
A produção de farelo de soja nesta temporada foi mantida em 26,9 milhões de toneladas, contra 26,8 no ciclo anterior. A produção de óleo também ficou inalterada em 6,85 milhões de toneladas, ante 6,82 milhões produzidos em 2010/11.

   Previsões para a safra 2010/11 de soja do Brasil 
  Entidade                     Previsão atual (milhões de toneladas)
  Conab                                70,3 
  USDA                                 70,0 
  Céleres                             69,8 
  Abiove                               70,1 
  Informa Economics FNP    71,4 
  AgRural                             71,6 
  Agroconsult                       72,0

ARGENTINA: BOLSA MANTÉM ESTIMATIVA PARA SAFRA DE GRÃOS.

A bolsa de cereais de Buenos Aires manteve suas projeções para a safra argentina 2010/11 de soja (48,8 milhões de t), milho (19,5 milhões de t) e girassol (3,1 milhões de t). No "Panorama Agrícola", divulgado nesta quinta-feira, os técnicos explicaram que as chuvas dos últimos sete dias foram variáveis e o núcleo produtivo de soja não registrou volume adicional desde o último relatório, na quinta-feira passada.
A condição das lavouras de soja semeadas mais tarde, que precisam de chuva, segue ruim. Já a área plantada mais cedo, antes da estiagem, tem "boa condição sanitária, apontando para bons rendimentos". Sobre o milho, os técnicos informaram que a colheita avança nas zonas Núcleo Norte e Centro-Oeste de Entre Rios, Norte de Santa Fé e Córdoba. "A colheita avançou para 5,4% da área plantada, marcando um atraso de 6,1 pontos porcentuais em relação à última safra", destacou a bolsa.
A colheita do girassol também avança, favorecida pela ausência de chuvas, especialmente em San Luis, Córdoba, Santa Fé e Entre Rios. "Já foram recolhidos mais de um milhão de toneladas de girassol", diz o Panorama.

GRÃOS/EUA - EXPORTAÇÕES SEMANAIS.

MILHO: EUA VENDEM 56% MENOS, EMBARQUES SOBEM 51%
Os Estados Unidos venderam 477.200 toneladas de milho da safra 2010/11 na semana encerrada no dia 3/3. O volume é 56% menor que o da semana anterior e 60%% menor que a média das últimas quatro semanas. Os principais compradores foram México (161.700 t), Egito (121.500 t), Japão (91.000 t), Taiwan (62.200 t), Indonésia (34.600 t) e Israel (30.800 t).
Houve cancelamentos de um destino não revelado (133.000 t). Para entrega na safra 2011/12, foram vendidas 298.800 toneladas do cereal, para um destino não revelado (150.400 t) e o Japão (148.400 t).
Os embarques totalizaram 1.204.900 t - o maior embarque semanal da safra até agora e 51% mais que na semana anterior. O volume também é 50% maior que a média mensal de embarques. Os principais destinos foram Japão (339.900 t), México (222.200 t), Coreia do Sul (164.800 t), Egito (152.000 t), Indonésia (93.700 t) e Taiwan (73.300 t).

SOJA: VENDAS DOS EUA SOBEM 14%; EMBARQUES CAEM 57%
Os Estados Unidos venderam 412.100 toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada no dia 3/3. O volume é 14% maior que o da semana anterior e 60% maior que a média das últimas quatro semanas. Os principais compradores foram China (303.200 t), Indonésia (64.100 t), Egito (60.000 t), Coreia do Sul (49.200 t), Turquia (38.200 t) e Taiwan (35.300 t).
Houve cancelamento de um destino não revelado (213.300 t). Para entrega na safra 2011/12, foram vendidas 57.900 toneladas da oleaginosa, das quais 57 mil t para a China.
Os embarques totalizaram 732.700 t, queda de 57% menos que na semana anterior e 43% menos que a média mensal de embarques. Os principais destinos foram China (460.600 t), Indonésia (62.600 t), Coreia do Sul (49.700 t), México (41.500 t) e Turquia (38.200 t).

FARELO: VENDAS DOS EUA SOBEM 6%; EMBARQUES CAEM 23%
Os Estados Unidos venderam 156.700 toneladas de farelo soja da safra 2010/11 na semana encerrada no dia 3 de março. O volume é 6% maior que o da semana anterior e 15% maior que a média das últimas quatro semanas. Os principais compradores foram Filipinas (90.600 t), Venezuela (19.900 t), México (18.600 t), Canadá (10.800 t) e El Salvador (6.600 t). Houve cancelamento de um destino não revelado (7.000 t) e do Marrocos (800 t).
Os embarques totalizaram 219.200 t, queda de 23% ante a semana anterior, mas houve aumento de 6% na comparação com a média mensal de embarques. Os principais destinos foram Filipinas (49.400 t), México (41.200 t), Japão (25.800 t), Egito (17.900 t) e República Dominicana (16.700 t).

SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO RECUA EM FEVEREIRO.

A China importou 2,32 milhões de toneladas de soja em fevereiro, queda de 21% em relação ao mesmo período de 2010 e menos da metade do volume registrado em janeiro, segundo a Administração Geral Alfandegária.
A expectativa era de que as importações do grão caíssem no mês passado por causa do feriado do Ano Novo Lunar, dos altos preços internacionais e de um grande estoque de oleaginosas acumulado nos portos chineses. Todavia, a quantia importada em fevereiro ficou abaixo das projeções oficiais de quase 3,2 milhões de toneladas.
As importações de soja em 2010 alcançaram um recorde de 54,8 milhões de toneladas, mas as margens de lucro obtidas com o processamento começaram a diminuir no começo deste ano. "Atualmente, o nível dos estoques nos armazéns portuários está em torno de 6 milhões de toneladas", perto das máximas históricas", informou a Radar Futures Brokerage em uma nota nesta quinta-feira. "O ritmo das exportações norte-americanas diminuiu desde o começo do ano comercial", em outubro, de acordo com o Standard Chartered.
Os preços da soja nos mercados norte-americanos atingiram o maior nível em 30 anos no início de fevereiro, contribuindo para o enfraquecimento da demanda chinesa. Na Bolsa de Chicago o contrato março fechou ontem cotado a US$ 13,44/bushel, bem abaixo do pico observado em 9/2, de US$ 14,55/bushel, mas ainda superior à mínima de US$ 9,10/bushel apurada no começo de junho.
A China é o maior comprador do grão no mundo. As importações de soja subiram 6,1% nos dois primeiros meses de 2010, para 7,45 milhões de toneladas, mostraram dados do órgão alfandegário.

DÉFICIT COMERCIAL DE US$ 7,3 BILHÕES EM FEVEREIRO
A China registrou um inesperado déficit comercial de US$ 7,3 bilhões em fevereiro, o primeiro desde março do ano passado, depois de apresentar superávit de US$ 6,45 bilhões em janeiro, conforme dados divulgados pela alfândega chinesa nesta quinta-feira.
A mediana das previsões de uma pesquisa da Dow Jones com 13 economistas era de um superávit de US$ 3,9 bilhões. O resultado negativo se deveu basicamente a um forte declínio no crescimento das exportações em fevereiro, já que as companhias chinesas se apressaram para embarcar suas exportações em janeiro, antes da semana de feriado do Ano Novo Lunar.
"Nós acreditamos que o déficit comercial provavelmente é um fenômeno temporário distorcido pelo feriado do Ano Novo Lunar", disseram economistas do Goldman Sachs, num comunicado. "Por várias semanas depois do Ano Novo Lunar, as distorções do feriado afetam as exportações muito mais do que as importações, porque os exportadores têm uma tendência muito maior a pegar feriados prolongados", afirmaram.
Em 2010, o único déficit comercial mensal ocorreu em março, quando a China teve um resultado negativo de US$ 7,4 bilhões, quase o mesmo do mês passado, porque o feriado do Ano Novo Lunar caiu do meio para o fim de fevereiro. A China apresentou superávits nos meses seguintes, com o saldo chegando a US$ 27 bilhões em outubro, lembraram os economistas.
Eles esperam que tanto as exportações como as importações cresçam significativamente em março, quando o efeito do feriado tiver passado, e também porque março de 2010 representaria uma base baixa de comparação.
Em fevereiro, as exportações da China aumentaram 2,4% em relação a um ano antes, crescimento bem menor do que os 37,7% de janeiro e do que os 25,9% previstos na mediana da pesquisa da Dow Jones com economistas. As importações tiveram alta de 19,4%, bem abaixo do aumento de 51% em janeiro e dos 32,8% da mediana das previsões.

ETANOL/EUA: SENADORES QUEREM REVOGAR SUBSÍDIO.

Dois senadores dos Estados Unidos apresentaram nesta quarta-feira um projeto de lei para revogar o controverso subsídio oferecido a empresas que misturam etanol na gasolina.
Os senadores Tom Coburn (Partido Republicano, Oklahoma) e Ben Cardin (Partido Democrata, Maryland) afirmam que a tarifa de crédito deveria ser eliminada porque a lei federal já exige que as companhias misturem etanol na gasolina, de modo que não são necessários incentivos financeiros.
Mas produtores de etanol no país dizem que a exclusão do estímulo ocorreria em má hora, porque a indústria produz um combustível importante num momento em que os Estados Unidos estão preocupados com a oferta de petróleo.
A tarifa de crédito para os misturadores é de US$ 0,45 por galão. No ano passado, o Congresso decidiu prorrogar o subsídio até o fim de 2011.
De acordo com o escritório de contabilidade do governo, em 2010 o programa totalizou US$ 5,4 bilhões. O etanol é feito principalmente de milho nos Estados Unidos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

CHICAGO/SOJA FECHA COM QUEDA ANTECIPANDO RELATÓRIO USDA.

As cotações da soja fecharam com queda expressiva na Chicago Board Of Trade antecipando uma provável elevação nas estimativas de produção do Brasil e da Argentina pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O governo norte-americano divulga seu relatório mensal de oferta e demanda amanhã, às 10h30 de Brasília. O contrato maio cedeu 33 cents (2,39%), para encerrar o dia valendo US$ 13,49 por bushel.
Analistas consultados pela Dow Jones acreditam que o USDA vai elevar a estimativa da produção de soja no Brasil em 2010/11, atualmente em 68,5 milhões de toneladas e, talvez, a da Argentina, em atuais 49,5 milhões de t. Ele também preveem que o governo norte-americano vai elevar os estoques de soja para 141 milhões de bushels (3,83 milhões de toneladas), um milhão de bushels, ou 0,7%, mais que os 140 milhões de bushels previstos em fevereiro. Na safra anterior, 2009/10, os estoques foram de 151 milhões de bushels. A elevação nos estoques deve vir acompanhada de números menores no esmagamento de soja nos EUA.

MILHO FECHA EM BAIXA APÓS MÁXIMA EM 32 ANOS.
Os contratos futuros de milho terminaram a quarta-feira com perdas na Bolsa de Chicago. Os lotes para entrega em maio, os mais líquidos, cederam 4,50 cents ou 0,64% e fecharam a US$ 7,01/bushel. O mercado recuou 5% desde que o primeiro vencimento alcançou máximas em 32 anos na sexta-feira, com alta puxada pela forte demanda e por preocupações com a possibilidade de que produtores não expandam o plantio.
As preocupações com a oferta ajudaram a limitar as perdas de hoje, segundo traders. A recente queda dos preços atraiu consumidores do grão para o mercado, num momento em que a expectativa já é de que a oferta seja a menor em 15 anos.
De acordo com Jason Britt, presidente da corretora Central States Commodities, a oferta de grãos continua apertada e os futuros avançarão na quinta-feira, "independentemente do que vier" nos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
As perspectivas para as importações de milho da China neste ano permanecem incertas após um aumento de 18 vezes em 2010, disse no domingo o presidente da trading estatal de grãos da China. Preços globais do milho mais altos limitaram a demanda chinesa por importações de milho, afirmou Ning Gaoning, presidente do Cofco Group, no intervalo da Conferência de Política Consultiva do Povo da China, órgão consultivo que se reúne junto com o Congresso do Povo da China.
"As empresas não vão importar milho aos preços atuais", disse Ning. A China importou 1,57 milhão de toneladas de milho no ano passado, de acordo com dados da alfândega.

SOJA/CHINA DEVE IMPORTAR RECORDE DE 58 MI TONS.

A China deve importar volume recorde de soja na temporada 2011/12, conforme o consumo de carne continuar impulsionando a demanda, apesar da redução do plantio, afirmou o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim. O maior importador mundial de soja deve comprar 58 milhões de toneladas na próxima temporada, 5,5% mais do que as 55 milhões de toneladas estimadas para este ano, segundo o adido.
Apesar de uma desaceleração no crescimento das importações, que aumentaram 22% em 2009/10, recuando para 9,3% nesta temporada, a estimativa ainda marca nível recorde de importações, aumentando a pressão sobre os estoques globais já apertados.
O adido estima que as importações de soja dos Estados Unidos - maior fornecedor da China, com 45% de participação - devem alcançar 27 milhões de toneladas na próxima temporada. O adido também elevou a atual estimativa de importação em 2010/11 em 1 milhão de toneladas, para 25 milhões de toneladas.
"As importações de soja mostrarão crescimento estável num futuro próximo, por causa da forte e crescente demanda por alimentos proteicos e óleos vegetais", diz o USDA, acrescentando que "a terra cultivável limitada e a preferência dos produtores por outras safras, buscando retornos melhores, continuarão restringindo o crescimento da produção doméstica de soja".
A expectativa é de que a produção de soja chinesa caia para 14,8 milhões de toneladas em 2011/12, ante 15,2 milhões de toneladas um ano antes, por causa da redução da área plantada para 8,7 milhões de hectares e da baixa produtividade de 3 toneladas por hectare, metade da média dos Estados Unidos.
A soja deve perder espaço para algodão e milho nas províncias de Shandong, Henan e Hebei nesta temporada, onde os produtores pretendem aumentar a safra de algodão em 4% na temporada 2011/12. No entanto, o adido do USDA não acredita que o governo tenha planos de reduzir as tarifas de importação para soja e óleo de soja, atualmente a 3% e 9%.

SOJA/CÉLERES: AMÉRICA DO SUL PRODUZIRÁ 129 MI DE TONS.

A consultoria Céleres elevou a estimativa para a produção de soja na América do Sul em 3%, para 128,8 milhões de toneladas, na safra 2010/11. Em janeiro, a empresa tinha previsto oferta de 125,3 milhões de t. O volume representa metade da oleaginosa produzida no mundo. A projeção leva em conta Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai.
A elevação da estimativa se deu graças ao aumento da projeção para a produção da Argentina - de 47 milhões para 48,8 milhões de t - e do Brasil - de 68,1 milhões para 69,8 milhões de t.
No Paraguai, terceiro maior produtor da região, deverá colher 7 milhões de toneladas, queda de 2,8% ante a safra 2009/10, de 7,2 milhões de t. A Bolívia deverá produzir 1,58 milhão de t e, o Uruguai, 1,62 milhão de t.

SOJA: CÉLERES ESTIMA COLHEITA EM 24%.

A colheita da soja atingiu 24% das lavouras brasileiras até sexta-feira (4), avanço de cinco pontos porcentuais com relação à semana anterior, de acordo com a consultoria Céleres. A empresa estima o plantio em 23,92 milhões de hectares. Na mesma época do ano passado, 32% da área tinham sido trabalhados. Os Estados onde a colheita está mais adiantada são: Mato Grosso (43%), maior produtor nacional, e Goiás (51%). No Paraná, 21% da safra foram colhidos.
A comercialização atingiu 55% da produção, ante 54% na semana anterior e 31% na mesma época da safra passada. Em Mato Grosso, 75% da safra foram vendidos, ante 46% no mesmo período anterior.
Projeção - A Céleres manteve a estimativa de produção da safra 2010/11 em 69,78 milhões de toneladas, volume 1,9% maior que o da safra passada. A produtividade estimada é de 2.917 quilos por hectare, redução de 0,71%. "Apesar dos atrasos na colheita, os níveis de produtividades dos lotes já colhidos estão de acordo com a expectativa, sendo que em algumas regiões o rendimento tem sido superior", informa a consultoria em seu relatório semanal.

GRÃOS/USDA DEVE CORTAR ESTOQUES DE MILHO E TRIGO; ELEVAR SOJA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá elevar a estimativa para os estoques de soja e reduzir as projeções para as reservas de milho e trigo ao final da safra 2010/11 no relatório mensal de oferta e demanda que será divulgado amanhã, às 10h30 de Brasília.
O relatório tende a atrair menos interesse dos participantes do mercado porque será divulgado antes dos números trimestrais dos estoques, que serão divulgados em 31/3 e são a base para os ajustes das reservas ao final da safra.
Analistas consultados pela Dow Jones preveem os estoques de soja em 141 milhões de bushels (3,83 milhões de toneladas), um milhão de bushels, ou 0,7%, mais que os 140 milhões de bushels previstos em fevereiro. Na safra anterior, 2009/10, os estoques foram de 151 milhões de bushels. Na média, os estoques das cinco safras anteriores foram de 303 milhões de bushels. A elevação nos estoques deve vir acompanhada de números menores no esmagamento de soja nos EUA.
No milho, cujos estoques já são os menores em 15 anos, o USDA deve reduzir em 1,2% a estimativa de 675 milhões, para 667 milhões de bushels (16,94 milhões de t), segundo os analistas. "É razoável assumir que poderemos ter um relatório muito altista para o milho", disse Tim Hannagan, analista da corretora PFG Best. E apesar da alta dos preços, que atingiram máximas de 32 meses, Hannagan espera que o USDA eleve as estimativas de exportação por causa das compras do México, cuja produção quebrou por causa das geadas de fevereiro.
No front doméstico, o USDA deve elevar a estimativa do consumo de milho no setor de etanol, na opinião de Rich Nelson, diretor de pesquisa agrícola da corretora Allendale.
No caso do trigo, os estoques devem recuar por causa do aumento das exportações norte-americanas. A tensão política no Oriente Médio e no Norte da África aumentou a demanda da região pelo cereal na medida em que os governos locais tentam não ficar desabastecidos. Analistas estimam que o USDA vai reduzir os estoques finais em 1%, de 818 milhões, para 809 milhões de bushels (22 milhões de t).
Brasil - Analistas também acreditam que o USDA vai elevar a estimativa da produção de soja no Brasil (atualmente em 68,5 milhões de t) e, talvez, na Argentina (49,5 milhões de t). A projeção da produção brasileira de milho também deve subir de um milhão a dois milhões de toneladas, sobre as 51 milhões de t estimadas em fevereiro. A safra argentina do grão pode ser reduzida em dois milhões de t, para 20 milhões de t, por causa da estiagem e do calor em dezembro.

Estimativas para o USDA - em milhões de bushels
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           Média das        Intervalo         Projeção   Safra
          Estimativas   das estimativas   fevereiro   09/10
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Milho     0,667        0,625-0,702        0,675      1,708
Soja       0,141        0,121-0,181        0,140      0,151
Trigo      0,809        0,751-0,843        0,818      0,976
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