quinta-feira, 10 de março de 2011

SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO RECUA EM FEVEREIRO.

A China importou 2,32 milhões de toneladas de soja em fevereiro, queda de 21% em relação ao mesmo período de 2010 e menos da metade do volume registrado em janeiro, segundo a Administração Geral Alfandegária.
A expectativa era de que as importações do grão caíssem no mês passado por causa do feriado do Ano Novo Lunar, dos altos preços internacionais e de um grande estoque de oleaginosas acumulado nos portos chineses. Todavia, a quantia importada em fevereiro ficou abaixo das projeções oficiais de quase 3,2 milhões de toneladas.
As importações de soja em 2010 alcançaram um recorde de 54,8 milhões de toneladas, mas as margens de lucro obtidas com o processamento começaram a diminuir no começo deste ano. "Atualmente, o nível dos estoques nos armazéns portuários está em torno de 6 milhões de toneladas", perto das máximas históricas", informou a Radar Futures Brokerage em uma nota nesta quinta-feira. "O ritmo das exportações norte-americanas diminuiu desde o começo do ano comercial", em outubro, de acordo com o Standard Chartered.
Os preços da soja nos mercados norte-americanos atingiram o maior nível em 30 anos no início de fevereiro, contribuindo para o enfraquecimento da demanda chinesa. Na Bolsa de Chicago o contrato março fechou ontem cotado a US$ 13,44/bushel, bem abaixo do pico observado em 9/2, de US$ 14,55/bushel, mas ainda superior à mínima de US$ 9,10/bushel apurada no começo de junho.
A China é o maior comprador do grão no mundo. As importações de soja subiram 6,1% nos dois primeiros meses de 2010, para 7,45 milhões de toneladas, mostraram dados do órgão alfandegário.

DÉFICIT COMERCIAL DE US$ 7,3 BILHÕES EM FEVEREIRO
A China registrou um inesperado déficit comercial de US$ 7,3 bilhões em fevereiro, o primeiro desde março do ano passado, depois de apresentar superávit de US$ 6,45 bilhões em janeiro, conforme dados divulgados pela alfândega chinesa nesta quinta-feira.
A mediana das previsões de uma pesquisa da Dow Jones com 13 economistas era de um superávit de US$ 3,9 bilhões. O resultado negativo se deveu basicamente a um forte declínio no crescimento das exportações em fevereiro, já que as companhias chinesas se apressaram para embarcar suas exportações em janeiro, antes da semana de feriado do Ano Novo Lunar.
"Nós acreditamos que o déficit comercial provavelmente é um fenômeno temporário distorcido pelo feriado do Ano Novo Lunar", disseram economistas do Goldman Sachs, num comunicado. "Por várias semanas depois do Ano Novo Lunar, as distorções do feriado afetam as exportações muito mais do que as importações, porque os exportadores têm uma tendência muito maior a pegar feriados prolongados", afirmaram.
Em 2010, o único déficit comercial mensal ocorreu em março, quando a China teve um resultado negativo de US$ 7,4 bilhões, quase o mesmo do mês passado, porque o feriado do Ano Novo Lunar caiu do meio para o fim de fevereiro. A China apresentou superávits nos meses seguintes, com o saldo chegando a US$ 27 bilhões em outubro, lembraram os economistas.
Eles esperam que tanto as exportações como as importações cresçam significativamente em março, quando o efeito do feriado tiver passado, e também porque março de 2010 representaria uma base baixa de comparação.
Em fevereiro, as exportações da China aumentaram 2,4% em relação a um ano antes, crescimento bem menor do que os 37,7% de janeiro e do que os 25,9% previstos na mediana da pesquisa da Dow Jones com economistas. As importações tiveram alta de 19,4%, bem abaixo do aumento de 51% em janeiro e dos 32,8% da mediana das previsões.

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