sexta-feira, 25 de junho de 2010

GRÃOS: PREÇOS DA SOJA CAIRÃO POR DOIS ANOS.

Volumosas colheitas de soja, esperadas para os próximos dois anos, devem derrubar os preços da commodity conforme os estoques aumentarem, impulsionando a oferta de grão e óleo, afirmou hoje o analista John Baker, do Rabobank International. No entanto, ele acredita que a forte demanda da China deve puxar os preços do milho e limitar desvalorização da soja e de outras oleaginosas. Baker, que é diretor regional de Pesquisa e Consultoria em Alimentação e Agronegócios do Rabobank na Ásia, avalia que os estoques globais de soja alcançarão até setembro 60 milhões de toneladas do ano-safra 2009/10 e, provavelmente, chegarão a 74 milhões de toneladas durante 2010/11. Ele afirmou que os preços internacionais da soja podem cair para US$ 9,0/bushel em setembro.
Segundo o analista, a safra de milho dos Estados Unidos, maior produtor mundial, pode totalizar 345,440 milhões de toneladas em 2010/11. Ele disse que a Argentina deverá ter produtividade de 21 milhões de toneladas. "A produção no Brasil pode atingir 54,1 milhões de toneladas em 2009/10, 6,2% maior do que no ano comercial anterior", previu.
A expectativa é de que a demanda chinesa controle uma eventual desvalorização do cereal. Baker entende que os preços "devem subir gradualmente até US$ 4,10/bushel, em março de 2011".

quinta-feira, 24 de junho de 2010

SOJA:CHICAGO CAI PRESSIONADO POR CLIMA E ENTREGAS EM JULHO

Os contratos futuros de soja voltaram a fechar em baixa nesta quinta-feira, com as previsões climáticas mais favoráveis para a nova safra dos Estados Unidos e o esgotamento das compras de contratos referentes à safra antiga. Os vencimentos de julho recuaram 2,50 cents, ou 0,3%, para US$ 9,5550 por bushel, enquanto os de novembro fecharam em baixa de 11,50 cents, ou 1,2%, a US$ 9,1200/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 5 mil lotes no pregão desta quinta-feira.
Os contratos de novembro, os mais líquidos do momento, permaneceram na defensiva na maior parte do dia, aproximando-se dos níveis mais baixos das últimas duas semanas. A melhoria das condições climáticas para o desenvolvimento do plantio pressionou os contratos referentes à nova safra.
A perspectiva de clima mais seco para o Meio-Oeste dos Estados Unidos e temperaturas mais amenas e condições mais úmidas para as áreas de soja do Delta são vistas como ideais para elevar o potencial da nova safra, disseram analistas. Efetivamente, os traders extraíram prêmios de risco das cotações, devido ao clima mais favorável.
Estoques restritos da safra antiga e o suporte da demanda alimentaram os spreads de alta, limitando os declínios dos contratos curtos. Ainda assim, o momentum altista perdeu força, com os traders cobrindo posições de julho antes do início do período de notificações de entrega, que se inicia no dia 30 de junho para o vencimento de julho.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

GRÃOS/CBOT- PREÇOS CEDEM COM CLÍMA FAVORÁVEL AS LAVOURAS.

Os contratos futuros de soja da CBOT fecharam em baixa nesta quarta-feira, com a redução dos prêmios de risco motivada pela melhoria das perspectivas para o clima. Os contratos de julho recuaram 7,50 cents a US$ 9,5800 por bushel, enquanto os de novembro, os mais líquidos no momento, referentes à nova safra, fecharam em baixa de 12,50 cents, ou 1,3%, a US$ 9,2350/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 5 mil lotes de soja.
As previsões climáticas indicam maiores chances de chuvas nas plantações do Delta e condições mais quentes e secas para as áreas de plantio ao longo do Meio-Oeste na próxima semana - essa combinação tirou ímpeto da correção de preços. As condições de clima previstas para julho não parecem no momento tão ameaçadoras como se pensava anteriormente, o que abriu caminho para que os traders diminuíssem os prêmios de risco.
Na ausência de notícias sobre a demanda que dessem suporte aos preços, os traders altistas optaram por ficar à margem dos negócios.A falta de notícias sobre demanda e dados altistas sobre a área plantada da canola no Canadá atrai vendedores ao mercado neste momento. A pressão das vendas baseadas em análise gráfica foi outro fator que contribuiu para os declínios. A percepção de parte dos traders é de que houve exagero nas altas recentes das cotações. Nesta quarta-feira, as vendas se aceleraram no momento em que se rompeu o suporte dado pelas principais médias móveis.
Os restritos estoques referentes à safra antiga deram suporte aos spreads de alta e limitaram os declínios nos contratos mais próximos. No entanto, o momentum altista começa a perder força, com a transição do foco para os fundamentos da nova safra, na medida em que os contratos de julho se aproximam do período de entrega.
Nesta quinta-feira, U.S. Census Bureau divulga às 9h (horário de Brasília) o relatório de maio referente ao esmagamento de soja. A previsão é de 3,625 milhões de toneladas, abaixo do mês anterior, de acordo com estimativas de analistas do setor. O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre exportações será divulgado às 9h30 (horário de Brasília). Analistas ouvidos pela Dow Jones estimam que as vendas realizadas na semana encerrada em 17 de junho fiquem na faixa entre 350 mil e 550 mil toneladas; as de farelo de soja, entre 50 mil e 150 mil toneladas, e as de óleo de soja, entre 40 mil e 55 mil toneladas.

MILHO

Os contratos futuros de milho terminaram a quarta-feira com perdas na Bolsa de Chicago (CBOT), à medida que os indicadores sobre a condição da safra são positivos e os sinais técnicos mantêm o mercado na defensiva. Posição mais líquida, o contrato dezembro caiu 6,50 cents ou 1,75% e fechou a US$ 3,6550/bushel. Trata-se da terceira sessão consecutiva de baixa.
Traders lembraram que a última avaliação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a safra americana mostra ótimas condições e que a previsão do tempo para a semana que vem é de clima seco sem calor excessivo. Traders não têm levado em conta alguns relatos altistas sobre excesso de chuva, pois estão apenas em pontos isolados.
Segundo o analista Joel Karlin, da corretora Western Milling, o mercado não deve reagir muito a notícias de chuva, sendo mais provável ver um rali se a previsão for de clima muito seco e quente. Um trader declarou que "pode haver muita (umidade) em algumas áreas, mas nunca ganhei muito dinheiro estando comprado quando há chuva demais".
O analista Jason Britt, presidente da Central State Commodities, comentou que as safras já são bastante amplas de modo geral, o que permite aos campos absorver melhor a umidade. Traders avaliam que o mercado parece tecnicamente baixista e alguns aguaram os dados de área plantada do USDA, que serão divulgados em 30 de junho.

APROSOJA ACUSA MONSANTO POR MONOPÓLIO NO MERCADO DE SEMENTE.

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) está disposta a comprar briga com Monsanto. A entidade acusa a multinacional norte-americana de monopólio no mercado de sementes de soja transgênicas, com prejuízos aos produtores que optarem pelo cultivo da semente convencional, isto é, livre de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).
Segundo a Aprosoja, da área total cultivada com soja em Mato Grosso na safra passada 54,4% foram de sementes transgênicas. A entidade prevê que nesta safra a participação deve crescer para 60%, podendo chegar a 70%, não por opção do agricultor e sim por imposição da Monsanto.
Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, diz que atualmente a melhor opção para o produtor seria o plantio apenas de metade da área de transgênico, mas isso é impossível porque existe semente convencional disponível no mercado. Ele acusa a Monsanto de obrigar os sementeiros (empresas multiplicadoras de sementes) a concentrar 85% da produção em transgênicos, do qual detém a patente, restando apenas 15% para a soja livre de OGM.
Pelos cálculos da Aprosoja, o custo do cultivo da soja geneticamente modificada hoje equivale ao da semente convencional, sendo que no caso da produção do grão livre de transgênicos o produtor pode obter no mercado até R$ 5 a mais por saca. Silveira lembra que é importante para o Brasil manter a produção de soja convencional, uma vez que Estados Unidos e Argentina produzem apenas transgênicos.
A Aprosoja está analisando a possibilidade de recorrer ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, contra a Monsanto, para impedir que a multinacional imponha restrição à produção da soja convencional. Outra iniciativa da entidade é uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para incentivar os sementeiros a multiplicar a semente convencional, por meio de cooperativas, ou até contando com apoio financeiro dos compradores estrangeiros.
Outra briga da Aprosoja com a Monsanto diz respeito á cobrança dos royalties sobre a comercialização da soja transgênica. A entidade questiona a imposição da multa 2% sobre a produção de soja convencional, caso o produtor não consiga evitar a mistura dos grãos transgênicos e não transgênicos dentro dos armazéns. Para evitar problemas com o pagamento dos royalties, o produtor é obrigado a pedir uma vistoria nos armazéns, para constatar que a soja é convencional.

SOJA: MT VAI REDUZIR ÁREA EM 2% NA SAFRA 2010/11

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) divulgou sua primeira projeção para a safra de soja 2010/11. A entidade prevê redução de 2% na área plantada, para 6,09 milhões de hectares, ante os 6,21 milhões de hectares cultivados em 2009/10. Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, atribui a redução aos problemas financeiros enfrentados pelos agricultores, por causa da queda da produtividade das lavouras na safra 2009/10 e os baixos preços da oleaginosa.
A Aprosoja projeta para a próxima safra uma rentabilidade ainda menor para a soja, levando em conta os custos e os preços atuais. Os cálculos da entidade apontam para uma rentabilidade operacional de R$ 32 por hectare na próxima safra e prejuízo de R$ 102,88 levando em conta o custo da terra e as despesas com máquinas e implementos. Na safra atual, a rentabilidade operacional foi de R$ 181 por hectare, que recuou para R$ 46 considerando custo da terra e despesas com máquinas.
Segundo Silveira, o produtor ficou animado com os resultados obtidos na safra passada, que teve preços melhores, e por isso ampliou a área plantada, apostando em bons resultados. Entretanto, diz ele, os preços da soja recuaram e a produtividade das lavouras foi a menor das últimas três safras, em função do excesso de chuvas, que contribuiu para a disseminação da ferrugem asiática.
Na opinião do presidente da Aprosoja, na próxima safra os agricultores deixarão de plantar em áreas com solos arenosos e de pastagens degradadas que foram recuperadas, pois, além de representar risco maior, também exigem mais investimentos. Outro fator que contribuirá para a redução do plantio de soja, diz ele, é a recuperação dos preços do algodão, que possibilitará a retomada do espaço perdido pela cultura nos últimos anos.
Incremento no nordeste de MT - De acordo com as projeções da Aprosoja, apenas na região nordeste de Mato Grosso haverá aumento do plantio da soja na próxima safra, da ordem de 3,8% (para 652,2 mil hectares). São áreas onde nesta safra os produtores plantaram arroz, em substituição as pastagens, preparando a terra para o cultivo da soja. Em termos percentuais, a queda mais expressiva no plantio deve ocorrer na região oeste de Mato Grosso, onde ocorre a retomada do cultivo do algodão. Em termos absolutos a maior retração (de 47 mil hectares) será na região do médio-norte, principal produtora do Estado.
Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelos produtores rurais, a Aprosoja prevê que na próxima safra haverá maior alocação de recursos próprios dos agricultores para bancar o plantio. A participação de capital próximo dos agricultores passará dos 34% da safra atual (R$ 2,446 bilhões) para 37% em 2010/11 (R$ 2,661 bilhões. A entidade prevê uma redução nos gastos com as despesas operacionais. Os investimentos, que foram de R$ 8,5 bilhões em 2008/09 e caíram para R$ 7,193 bilhões em 2009/10, na próxima safra devem recuar para R$ 9,959 bilhões.
O levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a pedido da Aprosoja, mostra que nos últimos três anos as tradings reduziram pela metade os financiamentos concedidos para financiar o plantio da soja em Mato Grosso. Na safra 2008/09 as tradings eram responsáveis por 50% dos recursos investidos no plantio da oleaginosa (R$ 4,25 bilhões), participação que caiu para 35% na safra atual (2,518 bilhões) e deve recuar para 25% em 2010/11 (R$ 1,798 bilhões).
Um setor que vem aumentando sua participação no financiamento da safra em Mato Grosso são as revendas de insumos, que em 2008/09 representavam 11% (R$ 935 milhões), na safra atual passaram para 14% (R$ 1,007 bilhão) e na próxima devem crescer para 20% (1,439 bilhão). O problema, segundo Silveira, é que as empresas estão cada vez mais exigentes na análise dos cadastros dos agricultores na hora de realizar as operações de trocas de insumos pela soja. Ele estima que os produtores já compraram 65% do fertilizante que será utilizado no próximo plantio, mas apenas 10% fecharam preços para entrega da soja, porcentual abaixo dos 15% registrados em igual período do ano passado.
Glauber Silveira afirmou que, em função dos problemas financeiros enfrentados pelos agricultores de Mato Grosso, que carregam uma dívida estimada em R$ 13 bilhões e nesta safra sofreram com a quebra da produtividade da soja e do milho em várias regiões, a tendência é de aumento da concentração da terra. Ele prevê que os arrendamentos devem passar de 40% da área cultivada para 50% na próxima safra.


APROSOJA: PROJEÇÃO DE ÁREA PLANTADA DE SOJA (EM HECTARES)
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                                 SAFRA                    VARIAÇÃO
                        2009/10      2010/11     Absoluta   Relativa
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Noroeste        261.200      243.200      -18.000    -6,9%
Norte               44.000        43.000       -1.000    -2,3%
Nordeste         628.350      652.200      23.850     3,8%
Médio-norte  2.466.000  2.419.000    -47.000    -1,9%
Oeste              948.200       922.200    -26.000    -2,7%
Centro-sul       409.100       397.100    -12.000    -2,9%
Sudeste       1.460.600     1.417.600    -43.000    -2,9%
Mato Grosso 6.217.450     6.094.300  - 123.150   -2,0%

terça-feira, 22 de junho de 2010

MILHO: CONAB CANCELA LEILÕES DE PEP E PEPRO.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cancelou os leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para milho que seriam realizados nesta quinta-feira (24). O comunicado nº 121, divulgado há pouco, informa que o cancelamento ocorreu "em virtude da necessidade de ajustes de ordem técnico-operacionais" e que nova data será definida para a realização dos leilões.
Em entrevista á Agência Estado, o superintendente de operações da Conab, Paulo Moraes Filho, disse que a suspensão atende a determinação do Ministério da Fazenda para reavaliação de aspectos tributários. Moraes não deu mais detalhes. Disse apenas que o Ministério da Agricultura comunicará oportunamente a data da nova operação.
O leilão desta semana faz parte de uma série de 12 anunciados pelo Ministério da Agricultura em apoio à comercialização da safra do cereal, com oferta semanal de 1 milhão de toneladas de PEP e 140 mil t de Pepro. Já foram realizados três leilões.

GRÃOS CBOT- SEM GRANDES NOTICIAS, MERCADO SE ACOMODA.

Os contratos futuros de soja fecharam sem direção comum nesta terça-feira. A sessão se caracterizou pelo ajuste nos spreads de alta - os contratos referentes à safra antiga obtiveram suporte da demanda e dos estoques restritos. Os contratos de julho, referentes à safra antiga, subiram 2,25 cents, ou 0,2%, para US$ 9,6550 por bushel, enquanto os de novembro, os mais líquidos no momento, fecharam em baixa de 3 cents, ou 0,3%, a US$ 9,3600/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 3 mil contratos na sessão.
A firmeza dos preços no mercado à vista, em meio à restrita disponibilidade de estoques e à boa demanda dos mercados doméstico e de exportação, deu sustentação aos contratos futuros referentes à safra antiga. Os vencimentos seguintes, referentes à safra nova, estiveram sob pressão dos ajustes nos spreads de alta e das perspectivas favoráveis para a safra, apesar das ameaças climáticas nos Estados Unidos.
O mercado operou hoje em modo de consolidação, sem notícias sobre a demanda que pudessem sustentar os preços das safras antigas e sem questões climáticas que desencadeassem um rali dos contratos futuros referentes à nova safra.
A ausência de surpresas nas avaliações de qualidade da safra divulgadas ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tirou ímpeto do ajuste de preços. O sentimento é de que o mercado já precificou adequadamente as atuais ameaças climáticas, o que o deixou de lado nesta terça-feira.
A influência baixista dos mercados financeiros externos - com o dólar mais firme nesta terça-feira e a fraqueza dos contratos futuros de petróleo e do mercado acionário - limitou a recuperação da soja, disseram analistas. No entanto, as incertezas relativas à longa temporada de plantio permanecem como um fator de suporte para os preços, na medida em que o clima úmido em áreas do nordeste dos Estados Unidos e o calor no sul do país afetaram negativamente as plantações norte-americanas na semana passada.
A T-storm Weather disse que o clima quente e seco no sul contrasta com a umidade ao longo de dois terços do cinturão de milho. Mais temporais são esperados até a quarta-feira, o que deve elevar ainda mais a umidade na maior parte do cinturão, prevê a T-storm Weather. O calor se alongará mais em direção ao norte no fim de semana, mas temperaturas mais frescas e clima mais seco estão previstos para a próxima semana, o que não é problemático para a maioria das áreas, exceto o Delta, onde haverá precipitações fracas até o fim de semana, acrescentou a T-storm Weather.

MILHO

Pressionados pelo clima favorável e pelas boas condições da safra americana, além de indicadores técnicos baixistas, os preços futuros do milho caíram nesta terça-feira. Posição mais líquida, o contrato dezembro cedeu 2,75 cents ou 0,73% e fechou a US$ 3,72/bushel.
Previsões do tempo mostram poucas ameaças à qualidade da safra dos Estados Unidos e muitos traders enxergam um fator baixista no seu bom início, com clima úmido e quente. O analista John Kleist, da corretora Allendale, disse que "os ingredientes ainda estão muito vivos" para se ter uma safra recorde.
Mas o consultor agrícola Brian King observou que, em algumas regiões produtoras, há casos de lavouras em que a raiz da planta está mais próxima do nível do solo, o que é um risco em situações de estiagem. Uma raiz mais profunda assegura umidade à planta mesmo em períodos mais longos sem chuva. "O mercado não foi capaz de compreender isso e está tirando a perigosa conclusão de que a produtividade não pode ser reduzida para um nível ideal", disse. Kleist afirmou que há outros fatores baixistas no mercado, como as vendas de produtores observadas ontem. Além disso, critérios técnicos pesam sobre os futuros. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 6 mil contratos nesta terça-feira.
O Conselho de Grãos dos Estados Unidos informou hoje que o primeiro carregamento de milho enviado à China neste ano está sendo descarregado sem problemas. Um navio transportando 2,2 milhões de bushels (55 mil toneladas) chegou no dia 22 de junho e atendeu aos consumidores sem atraso. Alguns participantes haviam especulado que a China poderia rejeitar a carga porque o milho é geneticamente modificado. Outro navio deve descarregar em julho.

SOJA - VENDAS NO MERCADO BRASILEIRO SEGUE ATRASADO.

Com base no acompanhamento semanal de desenvolvimento da safra de soja 2009/10, até a última sexta-feira (11/06), o total comercializado da safra atual chegou ao patamar de 64,0%, ante 62,0% da semana passada e 71% observado em igual período do ano anterior. O atual ritmo comercial ficou seis pontos percentuais abaixo da média calculada para as últimas cinco safras (70,%).
Mesmo com os preços não muito atrativos, os produtores ainda acabam vendendo algum volume por conta do custo de carregamento dos estoques e da insegurança quanto ao preço futuro. Além disso, as indústrias no mercado local aproveitam o período pós colheita para pressionar o mercado, incidindo na evolução das vendas.

DOMÉSTICO

No mercado doméstico, os preços da saca de soja praticamente permaneceram os mesmos da semana precedente. Destaque para a nova rodada de desvalorização do Dólar, que impediu melhores preços para o produtor.
Na média das praças pesquisadas pelaCéleres, os preços da saca de soja no disponível apresentaram ganho de apenas 0,3% no acumulado da última semana. Em relação ao mês passado, houve registro de alta de apenas 0,1%.
No mercado de prêmios de exportação, o ágio sobre as cotações de Chicago com referência julho/10, ficou em US$ 0,45/bushel na compra e US$ 0,50/bushel na venda. O preço da saca de soja em Paranaguá terminou a sexta-feira em US$ 21,20.

ESTRATÉGIA

O melhor momento para venda na semana passada foi na quarta-feira (09/06), pois mais uma vez observou-se a efetividade da máxima: “sobe no boato e realiza no fato”. Ou seja, a expectativa do mercado quanto ao relatório de oferta e demanda do USDA era de corte nos estoques finais da soja em 2009/10 e manutenção dos números baixistas para 2010/11.
Visto isso, os fundos investidores se anteciparam em ordens de compra do vencimento julho e de venda do vencimento novembro, o que resultou no maior spread das últimas semanas (-4,1%).
Com o preço internacional mais favorável no curto prazo, associado a uma taxa de câmbio na quarta-feira de R$ 1,848/US$ e um prêmio de exportação de US$ 0,50/bushel, o ganho sobre o custo direto de produção ficou na casa de 10,0% em algumas localidades do Mato Grosso.
Embora o produtor só venha a decidir o quanto plantar de soja entre julho e agosto, a expectativa é de que as negociações por insumo comecem a se intensificar nas próximas semanas.
Portanto, o momento é delicado para permanecer com grande volume da produção estocado, uma vez que já se sabe sobre as boas condições das lavouras nos EUA, além das previsões climáticas esperadas desde o início do ano e que não tem atuado

CHICAGO: SOJA OPERA MISTA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operavam sem tendência única nesta terça-feira. Os primeiros contratos eram impulsionados por demanda, estoques apertados e preços firmes no mercado físico, segundo analistas. Contudo, os ganhos eram limitados por fatores externos, incluindo a valorização do dólar e as perdas do petróleo.
Os vencimentos mais distantes operavam na defensiva diante de ideias de que o mercado já digeriu adequadamente todas as condições climáticas atuais, acrescentaram as fontes. Os produtos derivados da oleaginosa seguiam em direções distintas, com o farelo de soja em alta e o óleo em queda. O contrato julho subia 4,0 cents, US$ 9,67 por bushel. O novembro avançava 1,25 cent, ou 0,13%, para US$ 9,4025 por bushel.

GRÃOS/EUA: CLIMA ÚMIDO AFETA QUALIDADE DAS SAFRAS.

O clima úmido atingiu as safras de milho e soja dos Estados Unidos na última semana, se refletindo no declínio da avaliação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no relatório semanal de acompanhamento. O plantio e a emergência da soja começaram a ficar inferiores à média em cinco anos. A evolução da safra de trigo de inverno apresenta ritmo abaixo da média, enquanto o de primavera teve queda modesta.
Milho
O USDA informou que 75% da safra de milho dos Estados Unidos apresentava condição boa a excelente até domingo, queda de dois pontos porcentuais em relação à semana anterior e em linha com as expectativas do mercado, de um a três pontos. Muitos analistas previam que a avaliação fosse ter queda modesta depois dos últimos dias de clima úmido no Meio-Oeste americano. Em Illinois, 69% da safra foi avaliada como boa a excelente, enquanto Indiana registrou 68%. No Estado de Iowa, 75% apresenta condição boa a excelente, menos do que os 76% da semana anterior.
Soja
A avaliação da safra de soja caiu quatro pontos porcentuais em relação à semana anterior. A parte das lavouras considerada em condição boa a excelente passou de 73% para 69%. No Estado de Illinois, a queda foi de seis pontos porcentuais, para 62%. Iowa também teve queda de seis pontos, para 69%. Segundo analistas, a redução se deve principalmente às fortes chuvas no meio-oeste. A previsão é de tempestades e alagamentos nos próximos dias, principalmente em áreas centrais e do Norte.
Cerca de 87% da safra emergiu, ante 80% há uma semana e média de 88% para esta época do ano, de acordo com o USDA. Apenas 7% da safra ainda não foi plantada. Há um ano, 91% havia sido plantada neste momento e a média é de 94%.
Em Iowa, 94% da safra emergiu, pouco menos do que a média de 95%, segundo o USDA. Já em Illinois, 87% da safra emergiu, acima da média de 85%. Missouri segue abaixo da média de 84% , com 79% cultivados. Apenas 72% da safra do Estado emergiu, ante média de 75%.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA FORTE COM SUPORTE DO CLIMA E DA DEMANDA.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, dando continuidade à recuperação do mercado baseada no suporte climático e nas perspectivas da demanda. Os contratos de julho avançaram 2,25 cents, ou 0,23%, para US$ 9,6325, enquanto os de novembro, os mais líquidos, fecharam em alta de 8,50 cents , ou 0,91%, a US$ 9,3900. Estima-se que os fundos especulativos tenham comprado 4 mil lotes na sessão.
A forte demanda por soja e as preocupações relacionadas ao clima úmido nas áreas de plantio do Meio-Oeste dos Estados Unidos, combinadas ao calor e à secura no sul e na região do Delta, estimularam os traders a elevar os prêmios de risco. Espera-se que a recente umidade deva reduzir a qualidade da safra.
A sinalização dada pela China no sentido de permitir que sua moeda, o yuan, flutue mais livremente ante o dólar foi interpretada como um fator que pode elevar a demanda chinesa pela soja dos EUA, o que atraiu compradores de contratos futuros nesta segunda-feira. O yuan mais forte aumentaria o poder de compra da China por commodities, observam os analistas.
No início da sessão, os contratos futuros atingiram seus maiores níveis em seis semanas, auxiliados pela firmeza dos mercados à vista. No entanto, quando o dólar recuperou perdas verificadas no início de sessão e o milho e o trigo enfraqueceram, os traders começaram a cobrir posições da soja, limitando os ganhos. Ainda assim, o mercado futuro conseguiu sustentar a tendência de alta, na medida em que as incertezas climáticas em meio à longa temporada de desenvolvimento do plantio e os restritos estoques da safra antiga continuam a proporcionar um suporte para os preços.
Nesta segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que a China adquiriu dos EUA 120 mil toneladas de soja com entrega prevista para o ano comercial 2009/2010. O USDA divulgou que 93% da atual safra de soja nos EUA já foi plantada - ante 91% do levantamento anterior, na semana passada, e 94% da média verificada nos últimos cinco anos. Em relação à qualidade, as avaliações de boa a excelente caíram para 69%, frente a 73% do levantamento anterior, na semana passada.

MILHO

Os contratos futuros de milho caíram nesta segunda-feira, em meio a uma combinação entre recuperação do dólar, sinais técnicos baixistas e vendas de produtores. Posição mais líquida, o contrato dezembro fechou em baixa de 5,75 cents ou 1,51%, cotados a US$ 3,7475/bushel. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 12 mil lotes.
O mercado atingiu a situação de sobrecomprado e, sem notícias de fundamentos para manter os compradores, abriu as portas para uma correção dos preços. Vendas comerciais e de produtores durante a sessão de hoje ajudaram a derrubar as cotações.
Os futuros iniciaram o dia com perspectiva positiva de demanda, já que a China divulgou a mudança de sua política de câmbio, informando que deixará a moeda flutuar em relação ao dólar. Isso alimentou a sensação de que a importação de milho vai aumentar. No entanto, o analista Sterling Smith, da corretora Country Hedging, disse que traders cobriram posições quando entusiasmo diminuiu ao longo da sessão, enquanto o dólar e o euro inverteram o sentido.
A sensação foi a de que o salto inicial dos preços os levou mais longe do que deveria e, sem apoio dos fundamentos, os futuros cederam até território negativo. Vendas baseadas em indicadores técnicos ajudaram a acelerar os declínios, com o acionamento de ordens automáticas nas médias móveis, segundo Smith.O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou há pouco que 75% da safra americana tem condição boa a excelente.

SOJA/CHINA FECHA EM LEVE ALTA APÓS POLÍTICA DE APRECIAÇÃO DO YUAN.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em alta nesta segunda-feira, acompanhando o firme desempenho da maioria das classes de ativos, após Pequim decidir implementar uma política para apreciar o yuan. O contrato referencial de janeiro fechou com valorização de 1%, cotado a 3.868 yuans por tonelada (6,7976 yuans = US$ 1).
O Banco do Povo da China anunciou sábado que medidas adicionais serão tomadas para aumentar a flexibilidade da taxa de câmbio chinesa - que permanecia fixa em relação ao dólar há quase dois anos. "O mercado estará atento por mais ou dois dias aos efeitos da política, particularmente na inflação", disse Gao Yanrong, analista da Dalu Futures.
Contudo, preocupações sobre se tal flexibilização do yuan afetará as indústrias que dependem de exportações limitaram um rali da oleaginosa, embora os produtos agrícolas fossem influenciados principalmente por outros ativos.
Traders não se animaram muito com a apreciação da moeda local no que se refere ao comércio de commodities agrícolas, já que os volumes importados nos últimos meses têm sido amplos e crescentes. As importações de soja da China em maio cresceram 24% na comparação com igual período de 2009 e 4% em relação ao mês passado, para 4,37 milhões de toneladas, segundo a Administração Geral Alfandegária. Nos cinco primeiros meses de 2010, o país importou 19,6 milhões de toneladas, 12,8% a mais frente ao mesmo intervalo um ano antes.

CHINA ANUNCIA FLEXIBILIZAÇÃO DA MOEDA YUAN.

O Banco do Povo da China anunciou sábado que medidas adicionais serão tomadas para aumentar a flexibilidade da taxa de câmbio chinesa - que permanecia fixa em relação ao dólar há quase dois anos. Mas ontem, o PBOC explicou que a flexibilização da moeda chinesa, o yuan, não será realizada por meio de um ajuste repentino e que a valorização não será ampla nem rápida, de modo que não afetará os exportadores locais.
Em seu site neste domingo, o Banco do Povo da China demonstrou preocupação com garantir à sua audiência interna que qualquer movimento na taxa de câmbio do yuan será paulatino e sempre considerará o interesse das empresas locais. Também destaca que a oscilação do yuan será "em ambas as direções", querendo dizer que pode tanto se valorizar quanto cair. "O gerenciamento e os ajustes da taxa de câmbio precisam ser conduzidos gradualmente para dar às companhias tempo para ajustar sua estrutura e aos poucos absorver os impactos das flutuações da taxa de câmbio do yuan", afirma o pronunciamento do PBOC.
No entanto, a Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Máquinas e Produtos Eletrônicos declarou que "a apreciação do yuan no longo prazo certamente terá muitos impactos negativos na indústria". A instituição considera que a indústria chinesa já está sob pressão de custos mais altos e da competição com outros países. O diretor do departamento de coordenação de projetos da câmara ponderou que, por enquanto não acredita que aumentar a flexibilidade vai necessariamente significar depreciação no curto prazo. "Achamos que o yuan vai se depreciar quando for necessário", comenta.
O banco central da China diz, ainda, que a reforma do yuan ajudará a garantir um ambiente de comércio internacional positivo e impulsionará o emprego, especialmente no setor de serviços. Desse modo, o PBOC entende que o impacto geral sobre as exportações e o emprego terá saldo positivo. Segundo o PBOC, uma taxa de câmbio mais flexível ajudará a balança internacional de pagamentos da China, mas não tem como objetivo atingir o desequilíbrio comercial bilateral com qualquer país específico (sugerindo que a decisão não foi tomada para reduzir o desequilíbrio comercial com os Estados Unidos).
No sábado, o anúncio foi bem recebido pelos parceiros comerciais da China, mas com certa cautela. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, alertou que o impacto da decisão vai depender dos próximos passos de Pequim. Há quase dois anos câmbio chinês está fixado em cerca de 6,83 yuan por dólar e o PBOC disse que não haverá mudança no limite diário da banda de negociação, de 0,5% ante o dólar. Explicou também que a reforma ajudará a limitar a inflação e bolhas nos preços dos ativos, além de fortalecer a independência e a eficiência da política macroeconômica da China.
O pronunciamento do PBOC surge apenas uma semana antes da reunião do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que será realizado em 26 e 27 de junho, no Canadá. Analistas avaliam que a China quis evitar que sua política de câmbio se tornasse o centro das críticas internacionais no encontro de cúpula. A decisão também ocorre num momento em que os exportadores chineses vêm sendo pressionados por causa da valorização do yuan frente ao euro, pois desde o início deste ano o euro caiu quase 14% ante a moeda chinesa, em meio à crise europeia.

O yuan atingiu sua cotação mais alta ante o dólar desde a valorização da moeda em 2005, refletindo uma forte demanda pela moeda no mercado doméstico e offshore, apesar de o banco central ter fixado a taxa de câmbio para esta segunda-feira no mesmo nível de sexta-feira. Os ganhos da moeda chinesa se intensificaram após pesadas ordens de venda do dólar terem sido lançadas em uma plataforma pouco utilizada, a qual os traders suspeitam o banco central utiliza para fazer sinalizações ao mercado. A apreciação seguiu-se ao anúncio no sábado do banco central de que tomará medidas adicionais para flexibilizar a taxa de câmbio.
O banco central fixou para esta segunda-feira a taxa de câmbio no mesmo nível de sexta-feira, a 6,8275 yuan por dólar, para deixar claro que a flexibilização será gradual. Mesmo assim, no fim da sessão asiática, o dólar era cotado a 6,7976 yuans no mercado de balcão, bem abaixo de 6,8262 yuans na sexta-feira. O dólar oscilou entre 6,7958 na mínima e 6,8272 na máxima.
A sessão desta segunda-feira foi a mais volátil em quase um ano e meio, com o spread entre a cotação mais alta e mais baixa do yuan atingindo 0,303 yuans, o maior spread desde 3 de dezembro de 2008, quando chegou a 0,343. "No início do dia, o mercado operou próximo aos níveis do fechamento de sexta-feira, mas depois o mercado voltou-se para a perspectiva de o yuan se apreciar no curto prazo", disse um trader em Xangai.
Traders observaram que a demanda por yuan aumentou no mercado local à vista, no meio do dia, após algum participante ter colocado ofertas de venda de dólares abaixo dos níveis do mercado no sistema de preços automático. Este sistema é uma plataforma anônima pouco usada, a qual os dealers acreditam que o banco central utilize em algumas ocasiões para sinalizar suas intenções ao mercado."Acreditamos que o banco central pode estar sinalizando uma ampliação da flutuação do mercado por meio do sistema", afirmou um trader em Xangai.
O yuan nominalmente operou à uma taxa de câmbio superior ao dólar durante a década de 1980, antes de o governo permitir que a moeda fosse negociada. Pequim estabeleceu então o valor do yuan próximo de 8,6 por dólar em 1994, antes de atrelá-lo ao dólar novamente em 2001, em uma margem muito estreita próxima de 8,277 por dólar. Após grande pressão política de seus maiores parceiros comerciais, o BC ajustou a moeda novamente em 2005, permitindo que se apreciasse gradualmente contra o dólar até meados de 2008, quando voltou a controlar a moeda em meio à crise financeira e econômica global.

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