terça-feira, 22 de junho de 2010

GRÃOS CBOT- SEM GRANDES NOTICIAS, MERCADO SE ACOMODA.

Os contratos futuros de soja fecharam sem direção comum nesta terça-feira. A sessão se caracterizou pelo ajuste nos spreads de alta - os contratos referentes à safra antiga obtiveram suporte da demanda e dos estoques restritos. Os contratos de julho, referentes à safra antiga, subiram 2,25 cents, ou 0,2%, para US$ 9,6550 por bushel, enquanto os de novembro, os mais líquidos no momento, fecharam em baixa de 3 cents, ou 0,3%, a US$ 9,3600/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 3 mil contratos na sessão.
A firmeza dos preços no mercado à vista, em meio à restrita disponibilidade de estoques e à boa demanda dos mercados doméstico e de exportação, deu sustentação aos contratos futuros referentes à safra antiga. Os vencimentos seguintes, referentes à safra nova, estiveram sob pressão dos ajustes nos spreads de alta e das perspectivas favoráveis para a safra, apesar das ameaças climáticas nos Estados Unidos.
O mercado operou hoje em modo de consolidação, sem notícias sobre a demanda que pudessem sustentar os preços das safras antigas e sem questões climáticas que desencadeassem um rali dos contratos futuros referentes à nova safra.
A ausência de surpresas nas avaliações de qualidade da safra divulgadas ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tirou ímpeto do ajuste de preços. O sentimento é de que o mercado já precificou adequadamente as atuais ameaças climáticas, o que o deixou de lado nesta terça-feira.
A influência baixista dos mercados financeiros externos - com o dólar mais firme nesta terça-feira e a fraqueza dos contratos futuros de petróleo e do mercado acionário - limitou a recuperação da soja, disseram analistas. No entanto, as incertezas relativas à longa temporada de plantio permanecem como um fator de suporte para os preços, na medida em que o clima úmido em áreas do nordeste dos Estados Unidos e o calor no sul do país afetaram negativamente as plantações norte-americanas na semana passada.
A T-storm Weather disse que o clima quente e seco no sul contrasta com a umidade ao longo de dois terços do cinturão de milho. Mais temporais são esperados até a quarta-feira, o que deve elevar ainda mais a umidade na maior parte do cinturão, prevê a T-storm Weather. O calor se alongará mais em direção ao norte no fim de semana, mas temperaturas mais frescas e clima mais seco estão previstos para a próxima semana, o que não é problemático para a maioria das áreas, exceto o Delta, onde haverá precipitações fracas até o fim de semana, acrescentou a T-storm Weather.

MILHO

Pressionados pelo clima favorável e pelas boas condições da safra americana, além de indicadores técnicos baixistas, os preços futuros do milho caíram nesta terça-feira. Posição mais líquida, o contrato dezembro cedeu 2,75 cents ou 0,73% e fechou a US$ 3,72/bushel.
Previsões do tempo mostram poucas ameaças à qualidade da safra dos Estados Unidos e muitos traders enxergam um fator baixista no seu bom início, com clima úmido e quente. O analista John Kleist, da corretora Allendale, disse que "os ingredientes ainda estão muito vivos" para se ter uma safra recorde.
Mas o consultor agrícola Brian King observou que, em algumas regiões produtoras, há casos de lavouras em que a raiz da planta está mais próxima do nível do solo, o que é um risco em situações de estiagem. Uma raiz mais profunda assegura umidade à planta mesmo em períodos mais longos sem chuva. "O mercado não foi capaz de compreender isso e está tirando a perigosa conclusão de que a produtividade não pode ser reduzida para um nível ideal", disse. Kleist afirmou que há outros fatores baixistas no mercado, como as vendas de produtores observadas ontem. Além disso, critérios técnicos pesam sobre os futuros. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 6 mil contratos nesta terça-feira.
O Conselho de Grãos dos Estados Unidos informou hoje que o primeiro carregamento de milho enviado à China neste ano está sendo descarregado sem problemas. Um navio transportando 2,2 milhões de bushels (55 mil toneladas) chegou no dia 22 de junho e atendeu aos consumidores sem atraso. Alguns participantes haviam especulado que a China poderia rejeitar a carga porque o milho é geneticamente modificado. Outro navio deve descarregar em julho.

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