quarta-feira, 23 de junho de 2010

GRÃOS/CBOT- PREÇOS CEDEM COM CLÍMA FAVORÁVEL AS LAVOURAS.

Os contratos futuros de soja da CBOT fecharam em baixa nesta quarta-feira, com a redução dos prêmios de risco motivada pela melhoria das perspectivas para o clima. Os contratos de julho recuaram 7,50 cents a US$ 9,5800 por bushel, enquanto os de novembro, os mais líquidos no momento, referentes à nova safra, fecharam em baixa de 12,50 cents, ou 1,3%, a US$ 9,2350/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 5 mil lotes de soja.
As previsões climáticas indicam maiores chances de chuvas nas plantações do Delta e condições mais quentes e secas para as áreas de plantio ao longo do Meio-Oeste na próxima semana - essa combinação tirou ímpeto da correção de preços. As condições de clima previstas para julho não parecem no momento tão ameaçadoras como se pensava anteriormente, o que abriu caminho para que os traders diminuíssem os prêmios de risco.
Na ausência de notícias sobre a demanda que dessem suporte aos preços, os traders altistas optaram por ficar à margem dos negócios.A falta de notícias sobre demanda e dados altistas sobre a área plantada da canola no Canadá atrai vendedores ao mercado neste momento. A pressão das vendas baseadas em análise gráfica foi outro fator que contribuiu para os declínios. A percepção de parte dos traders é de que houve exagero nas altas recentes das cotações. Nesta quarta-feira, as vendas se aceleraram no momento em que se rompeu o suporte dado pelas principais médias móveis.
Os restritos estoques referentes à safra antiga deram suporte aos spreads de alta e limitaram os declínios nos contratos mais próximos. No entanto, o momentum altista começa a perder força, com a transição do foco para os fundamentos da nova safra, na medida em que os contratos de julho se aproximam do período de entrega.
Nesta quinta-feira, U.S. Census Bureau divulga às 9h (horário de Brasília) o relatório de maio referente ao esmagamento de soja. A previsão é de 3,625 milhões de toneladas, abaixo do mês anterior, de acordo com estimativas de analistas do setor. O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre exportações será divulgado às 9h30 (horário de Brasília). Analistas ouvidos pela Dow Jones estimam que as vendas realizadas na semana encerrada em 17 de junho fiquem na faixa entre 350 mil e 550 mil toneladas; as de farelo de soja, entre 50 mil e 150 mil toneladas, e as de óleo de soja, entre 40 mil e 55 mil toneladas.

MILHO

Os contratos futuros de milho terminaram a quarta-feira com perdas na Bolsa de Chicago (CBOT), à medida que os indicadores sobre a condição da safra são positivos e os sinais técnicos mantêm o mercado na defensiva. Posição mais líquida, o contrato dezembro caiu 6,50 cents ou 1,75% e fechou a US$ 3,6550/bushel. Trata-se da terceira sessão consecutiva de baixa.
Traders lembraram que a última avaliação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a safra americana mostra ótimas condições e que a previsão do tempo para a semana que vem é de clima seco sem calor excessivo. Traders não têm levado em conta alguns relatos altistas sobre excesso de chuva, pois estão apenas em pontos isolados.
Segundo o analista Joel Karlin, da corretora Western Milling, o mercado não deve reagir muito a notícias de chuva, sendo mais provável ver um rali se a previsão for de clima muito seco e quente. Um trader declarou que "pode haver muita (umidade) em algumas áreas, mas nunca ganhei muito dinheiro estando comprado quando há chuva demais".
O analista Jason Britt, presidente da Central State Commodities, comentou que as safras já são bastante amplas de modo geral, o que permite aos campos absorver melhor a umidade. Traders avaliam que o mercado parece tecnicamente baixista e alguns aguaram os dados de área plantada do USDA, que serão divulgados em 30 de junho.

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