sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SOJA-MERCADO OLHA CHINA E BRASIL E FECHA NA MÁXIMA DE UM ANO.

As cotações da soja fecharam no maior nível em um ano na Chicago Board Of Trade (CBOT) sustentadas por vários fatores positivos. A desvalorização do dólar ante outras moedas potencializou os fundamentos desse mercado, como a sólida demanda de consumidores como a China e as preocupações em torno do plantio da nova safra no Brasil, por causa do clima. A bolsa da oleaginosa também passa por um momento tecnicamente positivo, segundo analistas.
O contrato novembro do grão subiu 32,50 cents (2,97%), para fechar em US$ 11,26 por bushel. O janeiro avançou 32,25 cents, a US$ 11,3550/bushel. Fundos compraram cerca de sete mil contratos de soja hoje. Para o especialista Dorab Mistry, o mercado tem potencial para chegar a US$ 12 entre dezembro e janeiro.
A bolsa abriu em alta depois de o contrato novembro romper os US$ 11 durante o pregão eletrônico. Isso atraiu fundos de investimento, disseram traders. "Rompeu-se um nível importante hoje", comentou John Christopher, analista do Linn Group, uma corretora de Chicago. "O mercado tem fatores positivos, tanto na parte técnica, quanto nos fundamentos."
Don Roose, presidente da U.S. Commodities, de Des Moines, no Iowa, disse que a ocorrência do fenômeno La Niña, que provoca chuvas irregulares na primavera, dá suporte ao mercado, pois pode prejudicar o plantio no Brasil, segundo maior produtor mundial.

OLEAGINOSAS: PAQUISTÃO DEVE AUMENTAR IMPORTAÇÃO ATÉ 60%.
As importações de oleaginosas do Paquistão devem subir entre 50% e 60% neste ano, para 1,2 milhão a 1,3 milhão de toneladas, ante 800 mil toneladas em 2009, disse Rasheed Janmohammed, vice-presidente da Associação das Refinarias de Óleos Comestíveis do Paquistão. A produção doméstica de óleos comestíveis de quase 500 mil a 800 mil toneladas por ano está bem abaixo do consumo anual de cerca de 3 milhões de toneladas, segundo Janmohammed.
O país compra oleína de palma da Malásia e da Indonésia, bem como oleaginosas da América do Sul e da Europa, para compensar tal déficit. Com tarifas de importação favoráveis, é mais lucrativo importar oleaginosas e processá-las localmente, em vez de óleos comestíveis e farelo para ração, explicou ele.
"O óleo de soja ficou muito caro para importar por causa dos preços [internacionais] maiores e das tarifas de importação...então as refinarias optaram por oleaginosas", afirmou o vice-presidente da associação. O Paquistão garantiu importações de 1,06 milhão de toneladas, principalmente de colza e girassol, até novembro, disse ele.
Apesar de comprar mais oleaginosas, as importações de óleos comestíveis também podem subir neste ano para cerca de 1,8 milhão de toneladas, levemente acima das 1,79 milhão de toneladas importadas em 2009, de acordo com Janmohammed. O país pode importar cerca de 280 mil toneladas de óleo de palma em outubro e novembro, já que os estoques nos portos são de apenas 130 mil toneladas, afirmou ele.

FARELO DE SOJA: JAPÃO DEVE IMPORTAR ATÉ 1,8 MI T EM 2010
As importações de farelo de soja do Japão devem cair para 1,7 milhão a 1,8 milhão de toneladas em 2011, ante 1,9 milhão de toneladas em 2009, disse hoje um Yoshinori Komura, diretor administrativo da Associação das Processadoras de Oleaginosas do Japão. "No ano passado, a demanda por óleo de soja diminuiu, mas neste ano deve aumentar devido à recuperação da economia", afirmou ele.
Ele acrescentou que a indústria passará a comprar mais soja neste ano para satisfazer a demanda local. As importação do grão deve crescer 5% em 2010, em comparação com cerca de 3,3 milhões de toneladas em 2009, segundo Komura.

MILHO SOBE 4,5% E REGISTRA MAIORES PREÇOS EM 2 ANOS.
O mercado futuro do milho interrompeu a correção executada ao longo desta semana e disparou na Chicago Board Of Trade (CBOT), hoje. O contrato dezembro subiu 22,50 cents (4,5%), para fechar em US$ 5,2175 por bushel. A cotação está no maior nível em dois anos. Os fundos compraram cerca de 18 mil contratos do grão nesta sexta-feira.
A forte desvalorização do dólar ante outras moedas beneficiou os mercados de commodities em geral na medida em que atraiu compras de fundos de investimentos. No caso do milho, esse dado positivo se juntou ao fato de as lavouras dos Estados Unidos continuarem mostrando produtividade abaixo da esperada. A atividade de campo agora se move para áreas a oeste e norte do país e o rendimento continua a decepcionar os produtores, segundo traders. No noroeste do Meio-Oeste a colheita está atrasada por causa das chuvas, que podem ter danificado as lavouras em algumas áreas.
Traders e analistas cada vez mais veem uma produtividade média mais próxima dos 160 bushels por acre, ante o recorde do ano passado de 164,7 bushels por acre.
Um trader disse que as cotações do milho terão uma alta mais consistente se superarem a forte resistência em US$ 5,25 por bushel no contrato dezembro.

TRIGO: FAO ELEVA PROJEÇÃO DA SAFRA MUNDIAL.

Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) elevou a estimativa para a produção mundial de trigo na safra 2010/11 de 646 milhões para 650 milhões de toneladas, por causa da boa perspectiva de oferta no Hemisfério Sul. Em reunião de emergência realizada hoje em Londres, representantes do Grupo Intergovernamental sobre Grãos, da FAO, disseram que o aumento da produção na Austrália vai compensar a quebra no Leste Europeu.
Os estoques globais foram estimados em 184 milhões de toneladas em 2011, três milhões acima do previsto no início de setembro. A relação entre estoques e consumo será de 27,7%, cinco pontos porcentuais e meio acima da mínima de 30 anos em 2007/08. A nova estimativa da FAO fornece um cenário mais otimista que o do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), que estima produção de 644 milhões de toneladas no mundo e estoques de 183 milhões de tons.
O governo da Austrália previu uma safra de 25,1 milhões de toneladas em 2010/11 por causa das boas condições climáticas. O país poderá exportar 18 milhões de toneladas, o que elevaria o país ao posto de terceiro maior fornecedor mundial do cereal.
O consumo de trigo deve aumentar para 666 milhões de toneladas em 2010/11, diz FAO, um milhão de t mais que o estimado no início do mês, e sete milhões a mais que no ano passado. O comércio mundial deverá atingir 120 milhões de toneladas, um milhão de t mais que a estimativa anterior, mas 4,8% menos que em 2009/10.
O forte aumento dos preços dos grãos fez o Índice de Preços de Alimentos da FAO bater na máxima de dois anos em agosto, provocando o temor de uma repetição do cenário visto em 2007/08. A FAO, então, chamou uma reunião de emergência entre seus mais de cem delegados para avaliar a situação. Mas a conclusão é a de que a oferta está em níveis confortáveis.
O consumo mundial de cereais deverá atingir 2,239 bilhões de toneladas, 900 mil t mais que o previsto em setembro, mas 1% menos que em 2009/10.

ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO GLOBAL CAI EM 2010/11.
A estimativa da produção global de trigo no ano comercial 2010/11 foi reduzida para 643 milhões de toneladas, volume 0,4% (ou 2,7 milhões de toneladas) inferior ao previsto em agosto, devido ao impacto da severa estiagem nos países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), segundo dados divulgados hoje pela trading alemã Toepfer.
A nova projeção também fica 37,4 milhões de toneladas abaixo da quantia colhida em 2009/10. O ajuste para baixo nas estimativas das safras da Rússia e do Casaquistão foi parcialmente compensado por perspectivas melhores com relação à Austrália, informou a Toepfer.
A produção mundial de grãos em 2010/11 deve alcançar 2,195 bilhões de toneladas, 17,5 milhões de toneladas a menos do que na previsão de agosto e 32,9 milhões abaixo da colheita do ano passado. O dado corresponde às safras de trigo, milho, cevada, arroz, soja e oleaginosas.

TRIGO/UE: COCERAL REDUZ ESTIMATIVA DA SAFRA 10/11 PARA 126,8 MI TONS
A produção de trigo soft da União Europeia (UE) em 2010/11 deve cair para 126,8 milhões de toneladas em 2010/11, volume 4% abaixo das 132,2 milhões de toneladas previstas em março, informou nesta sexta-feira a associação comercial Coceral. A projeção também marca um declínio de 2,5% na comparação com 130 milhões de toneladas na última temporada.
A safra de trigo soft da Alemanha, que sofreu com um calor seguido por fortes chuvas durante a colheita neste ano, deve recuar para 1,36 milhão de toneladas em relação a 2009/10, para 23,8 milhões de toneladas, segundo a Coceral.
A França, maior exportador do cereal na UE, deve produzir 35,6 milhões de toneladas em 2010/11, quase um milhão de toneladas a menos do que no ano-safra anterior, acrescentou a organização.
A produção total de cereais do bloco europeu deve cair para 273 milhões de toneladas no período, mais de 20 milhões de toneladas, ou 6,9%, abaixo do volume apurado no ano passado, de acordo com a Coceral.

SAFRA 2010/11: CONAB MINIMIZA SECA E PREVÊ NORMALIDADE NO PLANTIO.

O calendário de plantio e colheita da safra de grãos 2010/11 não deve apresentar problemas, mesmo com a escassez de chuvas em algumas áreas produtoras, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estiagem atrasa o plantio de soja em Mato Grosso, principal Estado produtor da oleaginosa, e também a instalação das lavouras de milho no Paraná, maior produtor do cereal.
Informações preliminares indicam que os produtores estão utilizando sementes mais precoces para terminar a colheita da primeira safra a tempo de plantar a segunda safra no inverno. Além disso, o uso de sementes de ciclo mais curto poderá ajudar os agricultores a minimizar os efeitos de uma possível estiagem a partir de dezembro. "Os produtores estão mais informados sobre a questão do clima e, por isso, se previnem", afirma José Negreiros, gerente substituto da área de Avaliação de Safras da Conab.
A estatal finaliza nesta semana os trabalhos de coleta de dados para a primeira estimativa de intenção de plantio da safra 2010/11, cujos resultados serão divulgados no dia 7 de outubro. Desde a segunda-feira, 50 técnicos da Conab visitam as principais regiões produtoras de grãos do Centro-Sul e coletam dados para o fechamento dos números do relatório.
De acordo com Negreiros, a situação de plantio é indefinida e, somente a partir do terceiro levantamento, em novembro, é que as informações sobre a área cultivada com cada grão será definitiva. "Até lá, ainda poderemos ter alterações nos números, já que as culturas estarão sendo plantadas", informa.
Em relação à produtividade, José Negreiros acredita que, neste ciclo, não deve ser repetido o desempenho de 2009/10, considerado excepcional. "Foi uma safra atípica, em que o clima foi extremamente favorável às lavouras", diz. Para a estimativa inicial de produtividade, a Conab utiliza a média dos últimos cinco anos e, somente a partir de dezembro é que serão coletadas informações em campo. Por isso, analisa Negreiros, a tendência é que as estimativas apresentem mais correções próximo ao fim da safra. "A Conab é conservadora, mas os números estão muito alinhados com a realidade", garante.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SOJA FECHA EM ALTA ALAVANCADO POR VENDAS NA EXPORTAÇÃO.

A forte demanda de exportação e a reversão de operações de spread entre contratos do grão e do milho, elevou as cotações da soja na Chicago Board Of Trade (CBOT). O tremendo apetite da China por soja norte-americana é a força que mantém os preços sustentados, afirmaram corretores. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que o país vendeu mais de um milhão de toneladas da oleaginosa na semana passada, o dobro do esperado. Só a China comprou 800 mil t. O contrato novembro subiu 5 cents (0,46%), a US$ 10,9350 por bushel.
Dan Basse, presidente da AgResource Company, em Chicago, comentou que as compras chinesas compensam a pressão sazonal da colheita nos EUA, que devem obter uma safra recorde. Nesta semana, a China já comprou mais 740 mil toneladas da oleaginosa. Com relação à reversão das operações de spread, os participantes procuram reduzir sua exposição comprada no milho e no trigo e vendida na soja até agosto, comentou Basse. Por causa das perspectivas de aperto na oferta, eles compraram contratos de milho e trigo e venderam de soja; agora, estão desfazendo essas operações porque a forte demanda asiática mudou o cenário para o mercado da oleaginosa.
Além das exportações, a variação da produtividade nas lavouras dos EUA e a estiagem na América do Sul são outros fatores de suporte. Para Basse, embora seja cedo para preocupar-se com a falta de chuva em áreas produtoras do Brasil e da Argentina, isso acaba reforçando o sentimento positivo dos participantes.
No mercado de derivados o fechamento foi divergente. As cotações do óleo de soja subiram também influenciadas pela demanda e pelo aumento dos preços futuros do petróleo na Bolsa de Nova York. As do farelo recuaram com vendas de mil contratos feitas pelos fundos.

TRIGO FECHA EM QUEDA PELA DECEPÇÃO NAS VENDAS DA EXPORTAÇÃO. 
Os preços do trigo tiveram forte queda nas bolsas norte-americanas, pressionados pelas fracas vendas externas dos Estados Unidos na semana passada. Na Chicago Board Of Trade a posição dezembro recuou 22,50 cents (3,13%), para US$ 6,9725 por bushel. Fundos venderam cerca de cinco mil contratos ali. "É psicologicamente negativo para o mercado" o contrato ter fechado abaixo de US$ 7, disse Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solution. É o pior fechamento em Chicago desde 31 de agosto. Na Kansas City Board Of Trade o dezembro perdeu 19 cents (2,5%), para US$ 7,3725/bushel.
O país vendeu 459.800 toneladas na semana passada, de acordo com relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ante expectativa que ia de 400 mil a 700 mil t. As exportações têm decepcionado nos últimos 15 dias. Na semana anterior, elas ficaram em apenas 319.600 t, ante expectativa que ia de 700 mil até 1,4 milhão de toneladas. Em agosto, logo depois que a Rússia suspendeu as exportações por causa da quebra da safra local, as vendas superaram um milhão de toneladas por semana. O recuo nas transações norte-americanas é a confirmação de que cederam os temores a respeito de um aperto na oferta mundial.
O mercado já absorveu os problemas na produção de algumas regiões do mundo, como no Leste Europeu. E depois de uma série de reduções, o Conselho Internacional de Grãos (IGC) manteve a estimativa para a produção global de trigo 2010/11 em 644 milhões de toneladas no relatório deste mês, divulgado hoje. Embora o volume seja 33 milhões de toneladas menor que o do ano passado, ainda é o terceiro maior da história.
Os preços do trigo atingiram máximas de dois anos no início de agosto depois que a Rússia saiu do mercado. Apesar de terem caído desde então, ainda estão 64% acima das mínimas de junho. "Vimos o melhor momento da exportação e, provavelmente, o melhor preço do ano", disse Brian Hoops, denotando que as cotações não devem retornar aos altos níveis do mês passado.

MILHO CAI EM SENTIMENTO AO TRIGO.
As cotações do milho fecharam com queda na Chicago Board Of Trade (CBOT), pressionadas pelo forte recuo dos preços do trigo na mesma bolsa. Ambos mercados têm andado juntos porque os produtos são matéria-prima para fabricação de ração, o que incentiva os traders a manter uma correlação entre eles, comentou Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, em Indiana.
O contrato dezembro perdeu 5,75 cents (1,14%), para US$ 4,9925 por bushel. Fundos venderam cerca de dez mil contratos.
As vendas semanais dos Estados Unidos decepcionaram e não ajudaram o mercado. De acordo com o relatório do Departamento de Agricultura do país (USDA), foram comercializadas 561.800 toneladas do grão, ante expectativa que ia de 550 mil a 800 mil t. A preocupação agora é que o aumento recente dos preços afastou importadores. Com a ausência de novos fatores de sustentação, a bolsa pode registrar mais quedas de preços, já que geralmente o final de trimestre atrai realizações de lucro.
O mercado estava um pouco sobrecomprado quando operava acima de US$ 5 e precisava de notícias boas no lado da exportação para manter-se acima desse nível, o que não tem acontecido. Além disso, traders não creem que a produtividade das lavouras norte-americanas caia muito mais. Então, eles estão mais tranquilos para reduzir sua exposição, disse Zuzolo.
A redução na estimativa da Informa Economics foi um dado positivo no dia. A consultoria prevê agora que os EUA vão colher 327,15 milhões de tons, ante 330,2 milhões de tons previstos no início de setembro. O USDA estima a safra de milho em 334,264 milhões de toneladas.

SOJA SOBE SUSTENTADA POR COMPRAS DA CHINA.

As cotações da soja registram pequena alta na Chicago Board Of Trade (CBOT) sustentadas pela demanda internacional e pela reversão de operações de spread entre contratos do grão, segundo corretores. O tremendo apetite da China por soja norte-americana é a força que mantém os preços sustentados, afirmaram. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que o país vendeu mais de um milhão de toneladas da oleaginosa na semana passada. Só a China comprou 800 mil tons.
Nos derivados, os contratos de óleo de soja sobem também sustentados pela demanda e pela alta do petróleo, enquanto os de farelo recuam.

MILHO SEGUE NA DEFENSIVA, PREVISÃO DA INFORMA IMPEDIU QUEDA MAIOR. 
As cotações do milho continuam na defensiva na Chicago Board Of Trade (CBOT), pressionadas pelo recuo dos preços do trigo e pela ausência de novidades positivas, que puxem os preços. Pelo contrário, as exportações semanais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) decepcionaram os traders. O temor que é o valor do cereal tenha subido a níveis que afastaram a demanda. A queda de hoje, contudo, é limitada pela estimativa da Informa Economics, que reduziu a projeção para a safra 2010/11 nos Estados Unidos. Há pouco, o contrato dezembro recuava 5,50 cents, a US$ 4,9950/bushel.

TRIGO CAI COM VENDAS FRACAS DOS EUA NA SEMANA.
As cotações do trigo seguem em baixa nas bolsas norte-americanas pressionadas pelas fracas vendas externas dos Estados Unidos. O país vendeu 459.800 t na semana passada, ante expectativa que ia de 400 mil a 700 mil t. As exportações têm decepcionado nos últimos 15 dias. Além disso, o mercado já absorveu os problemas de oferta em algumas regiões do mundo, como no Leste Europeu. E depois de uma série de reduções, o Conselho Internacional de Grãos (IGC) manteve a estimativa para a produção mundial de trigo no relatório deste mês, divulgado hoje. Há pouco, o contrato dezembro da Chicago Board Of Trade (CBOT) tinha queda de 15,25 cents, a US$ 7,0450/bushel e o da Kansas City Board Of Trade (KCBT) perdia 13,75 cents, a US$ 7,4250/bushel.

EUA-SOJA E MILHO: INFORMA REDUZ PROJEÇÕES PARA A SAFRA 2010/11.

A consultoria Informa Economics reduziu as estimativas para a produção de soja e milho nos Estados Unidos na safra 2010/11. O número do milho recuou de 330,2 milhões de toneladas previstos no início de setembro, para 327,15 milhões de tons. O da soja cedeu de 93,543 milhões de tons para 92,860 milhões de tons).
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima a safra de milho em 334,260 milhões tons e a de soja em 94,791 mihões de tons.
A produtividade das lavouras de milho tem decepcionado os produtores norte-americanos. Na soja, embora os resultados sejam melhores, a consultoria assumiu posição mais conservadora. Até domingo passado, 18% das lavouras de milho e 8% das de soja tinham sido colhidas. O USDA atualizará as estimativas no dia 8 de outubro.
A Informa também estimou a produção de trigo em 2010/11 em 2,224 bilhões de bushels (56,49 milhões de t), ante 2,265 bilhões (57,53 milhões de t) estimados pelo USDA.
A consultoria também estimou o plantio 2011 nos EUA e aposta que os produtores do país vão cultivar mais milho que soja no ano que vem.
O plantio de milho deverá atingir 90,4 milhões de acres (36,58 milhões de hectares), o de soja 77,4 milhões de acres (31,32 milhões de ha) e o de trigo 57 milhões de acres (23,07 milhões de ha). As lavouras de algodão deverão ocupar 11,05 milhões de acres (4,47 milhões de ha).
Em 2010, 87,9 milhões de acres de milho e 78,9 milhões de acres de soja foram plantados, segundo estimativa do USDA. A área de trigo foi de 54,3 milhões e a de algodão 10,9 milhões de acres.

GRÃOS/EUA-RELATÓRIO SEMANAL DE EXPORTAÇÃO.

SOJA/USDA: EUA VENDEM 1,08 MI TONS ; +62%.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.083.700 toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 16 de setembro, alta de 62% em relação ao volume da última semana, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA) em seu relatório semanal de exportações. Os principais compradores foram China (810.500 t), Taiwan (66.200 t), México (42.800 t), Canadá (34.300 t) e países não revelados (32 mil t). Cancelamentos foram feitos por Israel (500 t).
Os embarques da oleaginosa alcançaram 345.600 toneladas no período, volume 99% acima do registrado na semana passada. Os principais destinos foram China (116.300 t), Egito (63.700 t), Taiwan (62.600 t), México (37.100 t) e Israel (24.300 t).

MILHO/VENDAS DE 561.800 TONS NA SEMANA; -4%.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 561.800 toneladas de milho da safra 2010/11 na semana encerrada em 16 de setembro, queda de 4% em relação à semana passada, segundo o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os principais compradores foram México (105.100 t), Japão (85.700 t), Irlanda (62.200 t), Síria (54.200 t), Tunísia (46.700 t) e Costa Rica (39.400 t). Cancelamentos foram feitos por Colômbia (57 mil t), Egito (39.900 t) e República Dominicana (17.500 t).
Os embarques do grão atingiram 991.800 toneladas no período, volume 10% inferior ao registrado na última semana. Os principais destinos foram Japão (206.500 t), Coreia do Sul (199.200 t), México (167 mil t), Egito (86.600 t), Irlanda (62.200 t), Síria (54.200 t) e República Dominicana (41.600 t).

TRIGO/USDA: EUA VENDEM 950.300 TONS NA SEMANA.Os Estados Unidos venderam um saldo de 950.300 toneladas de trigo da safra 2010/11 na semana encerrada em 16 de setembro, alta de 96% em relação à semana passada e de 7% frente à média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório semanal de exportações.
Os principais compradores foram Egito (288.500 t), Nigéria (87.100 t), República Dominicana (70.900 t), Japão (68.700 t), Coreia do Sul (64.300 t), Arábia Saudita (52.300 t) e outros países não revelados (204.300 t). Cancelamentos foram feitos por Indonésia (28.300 t), Costa Rica (20.500 t) e Itália (19.900 t).
Embora o México tenha adquirido 4.500 toneladas da safra 2011/12, Egito (220 mil t) e outros países não identificados (275 mil t) desfizeram acordos no período. Segundo o USDA, os cancelamentos superaram as vendas em 490.500 toneladas.
Os embarques do cereal no período somaram 918.600 toneladas, volume 5% superior ao registrado na última semana e 40% acima da média mensal. Os principais destinos foram Egito (133.500 t), Nigéria (113.200 t), Coreia do Sul (109.200 t), Indonésia (102.300 t), Japão (72.100 t) e México (60.800 t).

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

DÓLAR-DECLARAÇÃO DE MIN.MANTEGA FAZ CÂMBIO REAGIR.

Com alta de 0,41%, a R$ 1,7220 no fechamento, o comportamento do dólar no mercado doméstico contrariou a tendência internacional de queda, determinada ontem pelas declarações do Federal Reserve, o banco central norte-americano, de que está preparado para fornecer mais estímulo monetário se isso for necessário para dar suporte à recuperação econômica dos EUA. Aqui, o dólar assumiu alta firme ainda na parte da manhã, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforçar o aviso de que o Fundo Soberano do Brasil (FSB) está pronto para comprar dólares. Mantega disse que a regulamentação do FSB está totalmente pronta para essa finalidade e que "basta que a Secretaria do Tesouro determine que se adquira o dólar".
O ministro refutou também avaliações de que tem procurado segurar o câmbio no gogó, declarando que "Eu falo e faço, mas faço com prudência".
Analistas dizem que, além do ministro, os leilões de compra da moeda norte-americana realizados pelo Banco Central nos últimos dias têm sido também eficientes para o controle da oferta. Hoje mesmo, logo após o segundo leilão do BC, realizado entre 16h07 e 16h12 e para o qual a taxa de corte foi a R$ 1,7204, a alta em torno de 0,29% que o dólar vinha exibindo desde o início da tarde esticou para 0,41% e sustentou-se até o fechamento. No primeiro leilão do dia, entre 12h29 e 12h34, o BC definiu taxa de corte de R$ 1,7220.
O fechamento da moeda norte-americana em alta ocorreu depois de uma manhã de fortes oscilações, durante a qual o dólar chegou a ficar cotado pela mínima de R$ 1,704, o menor valor no ano. Na máxima, atingiu R$ 1,7230, em alta de 0,47%. O dólar pronto na BM&F fechou praticamente estável (-0,01%), a R$ 1,7214.
O giro financeiro somou US$ 3,284 bilhões; do total, US$ 3,274 bilhões corresponderam às operações em D+2. No segmento futuro, o dólar para outubro subia 0,47%, a R$ 1,7235.
No mercado de Nova York, o dólar caía ante o euro e o iene. Era cotado por 84,52 ienes, ante 85,12 ienes no fim da tarde de ontem. No mesmo horário, o euro valia US$ 1,3395, ante US$ 1,3247 ontem.

SOJA FECHA INFLUENCIADA POR DÓLAR, DEMANDA E CLIMA.

As cotações da soja registraram alta na Chicago Board Of Trade (CBOT), sustentadas pela desvalorização do dólar ante outras moedas, pela forte demanda da China e pelas preocupações em torno do plantio na América do Sul. O contrato novembro subiu 8,50 cents (0,79%), para US$ 10,8850/bushel. Fundos compraram cerca de três mil lotes.
Apesar dos fundamentos positivos, o mercado não atingiu as máximas recentes. Para John Kleist, corretor da Allendale Inc, do Illinois, é difícil justificar US$ 11 bushel na soja diante da colheita de uma safra recorde nos Estados Unidos. Além disso, afirmou, a ausência de problemas mais graves nas lavouras norte-americanas, o recuo dos preços no mercado físico local e o hedge feito por participantes do Brasil e da Argentina torna a barreira dos US$ 11 "difícil de superar."
Enquanto isso, o apetite da China pela oleaginosa continua forte. Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou venda de 226 mil toneladas para o país. Na segunda-feira, houve negócios com 225 mil tons e, na terça, 170 mil tons. No mercado de derivados, os futuros também fecharam com alta, acompanhando o grão.

MILHO TEM DIA INDEFINIDO.
Os contratos do milho tiveram fechamentos divergentes na Chicago Board Of Trade (CBOT) depois de uma sessão que alternou perdas e ganhos durante todo o dia. A baixa produtividade nas lavouras dos Estados Unidos e a desvalorização do dólar ante outras moedas serviram como fator de suporte. O contrato dezembro perdeu 0,25 cent, para US$ 5,05/bushel e o março subiu 0,25 cent, a US$ 5,1825/bushel. Por enquanto, o mercado está no ritmo de "manter os ganhos", disse Joel Karlin, analista da Western Milling.
Os participantes esperam por notícias das lavouras nos EUA. "Não se trata de uma safra ruim, de jeito nenhum. Mas o mercado se encheu de expectativas para uma produção monstruosa, que não deve se realizar", disse Dave Marshall, consultor de Illinois. A demanda, enquanto isso, segue forte, mas os altistas precisam de novidades para elevar mais os preços. Alguns analistas acreditam numa correção. Marshall lembrou que, com a aproximação do fim do mês e do trimestre alguns gestores de fundos, dados os fortes ganhos das três últimas semanas, deverão realizar lucro para melhorar o balanço de seus portfólios.

SOJA/EUA VENDE 226 MIL TONS PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 226 mil toneladas de soja para China no ano comercial 2010/11. Exportadores norte-americanos devem comunicar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais de uma commodity para um mesmo destino em um único dia. Qualquer volume abaixo disso deve ser informado semanalmente.

MILHO/EUA VENDE 120 MIL TONS PARA EGITO.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta quarta-feira a venda de 120 mil toneladas de milho para em 2010/11. Exportadores norte-americanos devem comunicar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais de uma commodity para um mesmo destino em um único dia. Qualquer volume abaixo disso deve ser informado semanalmente.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

GRÃOS FECHAM EM QUEDA; FALTA NOVIDADES POSITIVAS.

As cotações da soja fecharam com pequena queda na Chicago Board Of Trade (CBOT). Segundo corretores, o mercado carece de notícias positivas para continuar a subir. Os fundamentos que elevaram os preços às máximas de um ano ontem (geada na China, estiagem no Brasil, exportação forte) já foram absorvidos, o que provocou um movimento de consolidação, disse Mario Balletto, analista do Citigroup em Chicago.
O contrato novembro do grão perdeu 4,50 cents (0,41%), para US$ 10,80/bushel.
A colheita adiantada nos Estados Unidos também ajudou a pressionar as cotações. Ontem, depois do fechamento do mercado, o Departamento de Agricultura do país (USDA) informou que 8% das lavouras foram colhidos, ante 2% no ano passado e 6% na média de cinco anos. Traders esperavam 5%.
Apesar da especulação em torno do clima na China, o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos (CNGOIC) do país disse que as baixas temperaturas nas áreas de cultivo não devem afetar a produção de soja e milho. "Um terço das lavouras da oleaginosa já foram colhidas, e toda a safra já está amadurecida. Portanto, mesmo que haja geadas, isso não afetará a colheita", afirmou um pesquisador do centro. No Brasil, a previsão é de chuva para as áreas produtoras, onde o plantio deve ganhar velocidade nas próximas semanas.
Quanto à demanda, a China continua forte compradora. Hoje o país adquiriu 170 mil t dos EUA. Mais cedo, a Administração Geral de Alfândega chinesa informou que as importações de soja do país aumentaram 52% para 4,77 milhões de toneladas em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação com julho, contudo, houve queda de 3,6%. Nos primeiros oito meses do ano, as importações da oleaginosa cresceram 20%, para 35,53 milhões de toneladas. Desse total, 14,546 milhões de toneladas foram compradas do Brasil, 14,081 milhões de t dos Estados Unidos, 6,273 milhões de t da Argentina e 579 mil t do Uruguai, entre outros fornecedores.

MILHO FECHA COM QUEDA APÓS SESSÃO VOLÁTIL
As cotações do milho fecharam com queda na Chicago Board Of Trade (CBOT) após uma sessão volátil, em que os preços oscilaram entre altas e baixas. O contrato dezembro recuou 3 cents (0,59%), para US$ 5,0525/bushel. Os fundos venderam cerca de sete mil contratos hoje.
Embora a queda tenha decepcionado os altistas, uma perda de 3 centavos é muito pequena quando comparada à alta recente dos contratos, disse Jim Riley, analista do Linn Group. Ele observou que, de um lado, houve realizações de lucro, de outro, as cotações se sustentaram em compras de consumidores finais. "É o movimento de 'comprar a queda' que domina o mercado", comentou Jason Britt, presidente da Central State Commodities. Já os que apostam na baixa dizem que os preços subiram demais, mais por conta dos fundos que dos fundamentos.
Enquanto isso, os participantes estão ansiosos por notícias das áreas produtoras dos EUA. Há poucos relatos sobre produtividade nesta semana por causa de chuvas que atingiram o Meio-Oeste e prejudicaram a colheita. Eles continuam a debater se os atuais preços são capazes de arrefecer a demanda. Mas embora as exportações tenham enfraquecido nos últimos dias, analistas dizem que os setores pecuário e de etanol ainda podem aguentar preços mais altos. Riley, do Linn Group, observou que as cotações do físico estão bem abaixo das do mercado futuro.

TRIGO FECHA EM QUEDA.
Os contratos futuros de trigo fecharam pela segunda sessão consecutivo em baixa nas bolsas dos Estados Unidos. Os problemas na safra de vários países parecem não ter mais influência sobre o mercado, segundo corretores. Mas apesar da queda recente, as cotações ainda estão 68% acima das mínimas de junho. Os participantes agora esperam para ver se as exportações dos Estados Unidos ganham velocidade.
Na Chicago Board Of Trade o contrato dezembro recuou 13,75 cents (1,88%), para fechar em US$ 7,18/bushel. Ali, os fundos venderam cerca de três mil contratos. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição caiu 7,50 cents (1%), a US$ 7,50/bushel.
A quebra na safra da Rússia e da Ucrânia, a geada no Canadá e a estiagem no oeste da Austrália são problemas bem conhecidos e já absorvidos pelo mercado, comentou Larry Glenn, corretor e analista da Frontier de Kansas. Para que os preços retomem uma alta consistente será preciso que as exportações dos EUA se intensifiquem. "O mercado perdeu o entusiasmo", disse. "Honestamente, acho que veremos uma retração na demanda por trigo por causa do aumento recente dos preços, que assustou os compradores", disse Sid Love, analista da Kropf & Love Consulting.
A Rússia colheu 54,3 milhões de toneladas de grãos desde o início da colheita até hoje, queda de 33% ante a mesma época do ano passado. A Ucrânia colheu 32,64 milhões de tons, queda de 15%.

GRÃOS/CHICAGO MERCADO TOMA FÔLEGO APÓS ALTA RECENTE.

As cotações da soja registram queda na Chicago Board Of Trade (CBOT), revertendo os ganhos do dia. Segundo analistas, o mercado toma fôlego depois de ter absorvido fatores altistas como a ameaça de geada nas áreas produtoras da China, a estiagem no Brasil e a forte demanda de exportação. Participantes também resolveram realizar lucros depois dos ganhos recentes. Nos derivados, os preços do farelo e do óleo também recuam, acompanhando o grão.

CHINA COMPROU 4,77 MILHÕES DE T EM AGOSTO.
As importações de soja da China aumentaram 52% para 4,77 milhões de toneladas em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândega do país. Na comparação com julho, contudo, houve queda de 3,6%.
Em agosto, o Brasil vendeu 2,472 milhões de toneladas de soja para a China, a Argentina comercializou 1,728 milhão de tons e os Estados Unidos (que estão na entressafra) enviaram 235.670 tons.
Nos primeiros oito meses do ano, as importações da oleaginosa cresceram 20%, para 35,53 milhões de toneladas. Desse total, 14,546 milhões de toneladas foram compradas do Brasil, 14,081 milhões de t dos Estados Unidos, 6,273 milhões de t da Argentina e 579 mil t do Uruguai, entre outros fornecedores. A China importou 188,1 mil toneladas de óleo de soja (das quais 167.051 tons do Brasil) e 3.488 tons de farelo.

MILHO/CHICAGO PERDE GANHOS E REGISTRA PEQUENA QUEDA.
As cotações do milho perderam os ganhos do dia na Chicago Board Of Trade (CBOT) e agora registram pequena queda. O contrato dezembro recua 2,5 cent a US$ 5,0525/bushel. As quedas de preços têm servido para que consumidores finais, como a indústria de alimentos, comprem contratos. "Muitos recuos de preços ocorrem durante uma sessão, mesmo em mercados altistas", explica Jason Britt, presidente da Central State Commodities.
Apesar disso, ele espera que o mercado passe por uma correção mais forte para, depois, ter força para continuar a subir. O baixo rendimento das lavouras nos Estados Unidos têm sustentado os preços, mas hoje não há notícias nesse front, segundo traders.

TRIGO/EUA CAI COM REALIZAÇÃO DE LUCRO.
As cotações do trigo registram queda nas bolsas dos Estados Unidos, pressionadas por realizações de lucro e pela perspectiva de uma desaceleração nas exportações do país. "Honestamente, acho que veremos uma retração na demanda por trigo por causa do aumento recente dos preços, que assustou os compradores", disse Sid Love, analista da Kropf & Love Consulting.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informa as vendas semanais amanhã, antes da abertura do mercado. Na semana passada, elas ficaram abaixo do esperado por causa de cancelamentos inesperados feitos pelo Egito, maior importador do mundo. 
O contrato dezembro da Chicago Board Of Trade (CBOT) tinha queda de 9 cents, para US$ 7,2275/bushel. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição perdia 5,50 cents, para US$ 7,52/bushel.

CHINA DOBRA IMPORTAÇÕES EM 2010.
A China dobrou as importações de trigo entre janeiro e agosto para 1,1 milhão de toneladas, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Administração Geral de Alfândega do país. No mês passado, as compras cresceram dez vezes para 88.775 toneladas, ante agosto de 2009. Os principais fornecedores do mercado chinês neste ano são o Canadá, a Austrália e o Casaquistão.
O país também comprou 432.070 toneladas de milho em agosto. No acumulado do ano, as importações somam 714 mil toneladas. No ano passado o país não realizou compras relevantes do grão.

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA SEM RISCO DE PERDAS COM GEADAS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian fecharam em queda nesta terça-feira, conforme temores sobre geadas precoces no norte da China, que provocaram um forte rali na véspera, se dissiparam. O contrato referencial de maio encerrou com desvalorização de 1,1%, cotado a 4.111 yuans por tonelada.
O Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China (CNGOIC, na sigla em inglês) informou hoje que alertas de geadas nas áreas produtoras de grãos do país não devem afetar as safras de soja e milho. Contudo, a perspectiva de apertadas ofertas globais ainda sustentam os preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago (CBOT), que atingiram o maior nível em quase um ano na segunda-feira.

GRÃOS/CHINA: GEADAS NÃO AFETARÃO SAFRAS DE SOJA E MILHO.

Geadas nas áreas de cultivo da China não devem afetar a produção de soja e milho, informou nesta terça-feira o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos. A colheita de grãos no país está sendo monitorada de perto, já repercute no fluxo global de ofertas, no nível das reservas estatais e na meta do governo de 95% de autossuficiência.
"Um terço das lavouras de soja já foram colhidas, e toda a safra já está amadurecida. Portanto, mesmo que haja geadas, isso não afetará a colheita", afirmou um pesquisador do centro. As geadas não devem prejudicar a produção de milho, disse ele, acrescentando que as projeções deste ano são "as melhores em cinco anos."
A safra de soja estará completamente colhida até o final de setembro, um pouco antes do normal, informou o pesquisador. O milho está ligeiramente mais vulnerável, uma vez que a temporada de colheita se estende até novembro. Contudo, analistas preveem que a produção do grão cresça quase 5% na comparação anual, para 165 milhões de toneladas.
Na semana passada, o CNGOIC manteve a estimativa da safra de soja em 14,8 milhões de toneladas, 1,3% abaixo das 15 milhões de toneladas produzidas no ano passado.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

USDA/EUA-COLHEITA ADIANTADA.

A colheita da safra 2010/11 de soja, milho e algodão nos Estados Unidos está adiantada na comparação com o ano passado e com a média das cinco safras anteriores, de acordo com dados divulgados hoje pelo Departamento de Agricultura do país (USDA).
Os produtores colheram 18% do milho até domingo, ante 11% na semana passada e de 10% na média de cinco safras. O número ficou dentro dos 17% a 25% esperados. No Illinois 38% d safra foram colhidos e, em Indiana, 27%. O USDA informou que 69% das lavouras estão maduras, ante 205 no ano passado e 48% na média.
Na soja, 8% das lavouras foram colhidos, ante 2% no ano passado e 6% na média de cinco anos. Traders esperavam 5%. O USDA informou que 63% dos campos estão em boas ou excelentes condições, mesmo nível da semana passada. As folhas caíram em 60% das lavouras, ante 36% no ano passado e 52% na média.
No algodão, a colheita chegou a 13%, ante 7% no ano passado e 10% na média. As maçãs abriram em 67% das lavouras, ante 43% em 2009 e 52% na média das cinco safras anteriores.
A colheita do trigo de primavera está quase no final, 87% das lavouras foram coletadas, ante 82% na mesma época do ano passado e média de cinco anos de 96%. O USDA informou que 18% das lavouras de trigo de inverno foram semeadas, ante 22% no ano passado e 21% na média.

SOJA/CBOT- MERCADO ESPECULA COM CLIMA E FECHA EM ALTA.

As cotações da soja fecharam no nível mais alto em quase um ano na Chicago Board Of Trade (CBOT), sustentadas pelas especulações em torno do clima em várias regiões produtoras. A possibilidade de geada no Canadá e na China e a reduzida umidade dos solos em áreas da América do Sul estiveram por trás dos ganhos de hoje. Estima-se que os fundos especulativos compraram seis mil contratos em Chicago nesta segunda-feira. O contrato novembro do grão fechou com alta de 15,50 cents (1,45%), em US$ 10,8450/bushel.
Bryce Knorr, analista da Farm Futures, lembra que uma eventual redução na produção de soja da China e no Brasil, e de canola no Canadá, abre espaço para um aumento das exportações dos Estados Unidos, que deve colher uma safra recorde neste ano. Dados divulgados pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) mostraram que 8% das lavouras foram colhidas até domingo, ante 2% na mesma época do ano passado.
A Cropcast Weather Services prevê que as áreas produtoras na metade norte do Brasil não devem receber chuvas significativas nos próximos dez dias. Enquanto isso, a China continua ativa no mercado. O USDA informou hoje que o país comprou 225 mil toneladas para entrega em 2010/11. No mercado de derivados, os futuros de farelo e óleo de soja seguiram o movimento do grão e fecharam com alta.

MILHO: CORREÇÃO DE PREÇOS FECHA COM PEQUENA QUEDA.
As cotações do milho fecharam com queda na Chicago Board Of Trade (CBOT), num dia de correção de preços. Os contratos contudo, tinham seguido a alta da soja durante a maior parte da sessão. A posição dezembro encerrou o dia com queda de 5 cents (0,97%), em US$ 5,0825/bushel. De acordo com traders, o mercado ficou excessivamente comprado depois de atingir máximas de dois anos na semana passada.
Baixistas defendem que a demanda começa a recuar por causa do aumento dos preços, mas na outra ponta há quem ainda acredite na continuidade do rali. A FCStone disse em um relatório divulgado hoje que ainda há espaço para racionamento de demanda (em outras palavras, alta de preços) porque há dúvidas sobre qual será a oferta mundial de grão em 2011. "Os prêmios sobre as cotações dos grãos serão mantidos por meses", diz a corretora.
Os fundos venderam cerca de sete mil contratos nesta segunda-feira e alguns traders acreditam que eles possam continuar a reduzir sua grande posição comprada. Jerry Gidel, analista da North America Risk Management Services, disse que o recente fluxo de investimento de fundos obscureceu os fundamentos do mercado, que no momento são dominados pela produtividade decepcionante nas primeiras lavouras colhidas nos Estados Unidos. No mais recente relatório mensal de oferta e demanda o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou rendimento de 162,5 bushels por acre. Muitos esperam um número menor. "Estamos negociando 160 ou 158 (bushels por acre). Não tenho a menor ideia", disse Gidel. Ele acredita que o mercado terá uma visão melhor da oferta quando o USDA divulgar o relatório trimestral de estoques no próximo dia 30.

GRÃOS/UCRÂNIA: SAFRA DEVE CAIR PARA 40,5 MI Tons.

A consultoria ucraniana ProAgro informou hoje que a safra de grãos do país deve recuar para 40,5 milhões de toneladas neste ano, queda de 12% na comparação com 46,1 milhões de toneladas produzidas em 2009. Contudo, estimativa fica acima das 38,6 milhões de toneladas previstas pelo Ministério de Agricultura da Ucrânia na semana passada.
Segundo a ProAgro, 15,8 milhões de toneladas de grãos podem ser exportadas neste ano comercial, volume superior à projeção do governo, de 12,7 milhões de toneladas. "Um clima anormalmente quente em julho e agosto reduziu a produtividade média dos grãos na Ucrânia", explicou a consultoria.
A ProAgro prevê uma queda de 13,6% na produção de trigo deste ano, para 18,1 milhões de toneladas, ante 20,9 milhões de toneladas em 2009. A consultoria estima a safra de cevada em 9,3 milhões de toneladas, 20% abaixo das 11,8 milhões de toneladas apuradas no ano passado.
Em agosto, o governo avaliou a introdução de cotas para exportação de trigo e cevada em meio a temores sobre a segurança alimentar. A decisão de não restringir as vendas foi anunciada no começo de setembro, mas traders reclamam que as inspeções do serviço alfandegário estão bloqueando os embarques. "Há uma alta probabilidade de a previsão das exportações ser revisada para baixo, dada a proibição não oficial dos embarques", informou a consultoria.

SOJA/IMEA - ATRASO DAS CHUVAS AINDA NÃO PREOCUPA.

A demora no início do plantio de soja da safra 2010/11, por causa do atraso das chuvas provocado pelo fenômeno climático La Niña, ainda não é preocupante, pois os produtores estão preparados e têm maquinários cada vez mais eficientes para realizar a tarefa dentro do prazo recomendado. Esta é a opinião de analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo o Imea, o prazo do vazio sanitário de 90 dias para controle da ferrugem asiática encerrou no dia 15 de setembro, mas a falta de chuvas impede o início do plantio no Estado. Os analistas do Imea citam as previsões da Somar Meteorologia, que indicam a possibilidade de chuvas em Mato Grosso somente no início de outubro.
Os analistas do Cepea observam que, por se tratar de um ano com presença de La Niña, é normal que as chuvas atrasem um pouco mais, retardando o plantio. No ano passado, quando as chuvas começaram início de setembro, no dia 24 daquele mês 2,1% das lavouras haviam sido semeadas em Mato Grosso, ante 1,3% semeado até 17 de setembro de 2008.
Venda antecipada - A comercialização da soja na safra 2010/11 em Mato Grosso atingiu 25,6% da área estimada pelo Imea em 6,241 milhões de hectares. A comercialização está mais adiantada na região oeste mato-grossense, onde 31% já foram vendidos antecipadamente.


SOJA: ESTIMATIVA DE COMERCIALIZAÇÃO - SAFRA 2010/11
.......................................................................................            
                                  2009/10          2010/11           VARIAÇÃO
                                  AGO/09   JUL/10  AGO/10   MENSAL  ANUAL
.......................................................................................
Noroeste          261.200   9,00%  15,20%  23,70%   8,50%  14,70%
Norte                 44.000  14,80%  13,40%  22,80%   9,40%   8,00%
Nordeste          652.200  21,90%  14,40%  21,00%   6,60%  -0,90%
Médio-Norte  2.466.000  20,40%  17,50%  27,40%   9,90%   7,00%
Oeste                948.200  19,90%  12,70%  31,00%  18,30%  11,10%
Centro-Sul         409.100  21,50%  17,40%  25,20%   7,80%   3,70%
Sudeste          1.460.600  16,10%  14,00%  21,60%   7,60%   5,50%
Mato Grosso   6.241.300  19,00%  15,60%  25,60%  10,00%   6,60%

SOJA EM ALTA; MILHO REDUZ GANHOS E TRIGO RECUA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em forte alta nesta segunda-feira, subindo para os níveis mais altos em um ano diante de temores sobre as ofertas globais. A falta de umidade do solo brasileiro e possíveis danos provocados por geadas na safra chinesa ajudam a fortalecer o mercado, disseram analistas.
Entre outras notícias, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou uma venda de 225 mil toneladas para China, conduzindo os preços para novas máximas. Os produtos derivados da oleaginosa também oscilavam positivamente.O contrato novembro avança 23 cents, ou 2,15%, cotado a US$ 10,92 por bushel.
O milho oscila positivamente, após uma abertura volátil. Analistas preveem realização de lucros, tendo em vista o excesso de posições compradas no mercado. No entanto, analistas dizem que o grão ainda tem um potencial de alta considerável. No contrato dezembro, alta de 3,50 cents, ou 0,68%, para US$ 5,1675 por bushel. O vencimento enfrenta resistência em US$ 5,25 por bushel, segundo traders.
O trigo trabalha em baixa. O mercado abriu sem direção, mas perdeu força com a desaceleração dos mercados vizinhos. Temores de que um clima frio prejudique a qualidade da safra canadense já foram digeridos pelo mercado de alguma forma, segundo um trader. Contudo, outras ameaças climáticas, incluindo a estiagem na Rússia e baixa temperaturas nas áreas produtoras na China, ainda favorecem os preços dos grãos.
Há pouco, o contrato dezembro cedia 3,50 cents, ou 0,47%, para US$ 7,3575 por bushel. Na Bolsa do Kansas (KCBT, na sigla em inglês), o mesmo vencimento caía 2,75 cents, ou 0,36%, negociado a US$ 7,6550 por bushel.

CLIMA MUDA, PREVISÃO DE CHUVA PARA PR E MS.

A primavera começa na quinta-feira (23). Para grande parte do Brasil é o período que marca a transição entre o período seco (inverno) e o período chuvoso (verão). Segundo a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, o inverno de 2010 termina como começou, ou seja, totalmente seco em grande parte do País.
O acumulado de chuva de setembro ilustra bem o padrão climático que perdurou por todo o inverno. Os episódios de chuvas ficaram concentrados somente no Rio Grande do Sul, leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. No Brasil Central e em parte do interior da Região Nordeste o tempo continua seco e completa cinco meses sem chuva. O solo também está totalmente seco, conforme se observa no mapa de capacidade hídrica do solo.

Com a chegada da primavera, aos poucos, começa se observar uma mudança no padrão climático em relação ao observado ao longo de todo o inverno. A primeira mudança já deve ser observada nesta semana, quando uma frente fria avança e além do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, também deve causar chuvas no Paraná e em Mato Grosso do Sul.
Para o início de outubro, há previsão de chuvas para São Paulo, Minas Gerais (centro-sul), Rio de Janeiro e Espírito Santo, que é um indicativo da transição climática, conforme se observa nos mapas abaixo. "Lembramos, ainda, que a presença da frente fria no Sudeste do Brasil, gradualmente favorece a organização da convecção tropical (nuvens de chuva) no Centro-Oeste", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.

Com relação às condições de plantio da safra de verão, as chuvas desta semana e até o fim do mês devem favorecer primeiramente o Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul. Já a partir da primeira semana de outubro, aos poucos, as chuvas chegam ao Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil. As condições de plantio (solo úmido), no entanto, devem melhorar de forma gradual e variando de uma região para outra. De modo geral, porém, isso só deve se consolidar no decorre da segunda quinzena de outubro.Lavouras nos EUA
A propagação de uma frente fria está prevista para esta semana nas regiões produtoras de grãos dos Estados Unidos, a qual deve causar chuvas entre quarta e quinta-feira. De um modo geral, porém, a umidade não deve comprometer o desempenho das lavouras do meio-oeste.
A partir de agora, informa a Somar, com a chegada do outono, as frentes frias ficam mais definidas e os episódios de chuva ocorrem de forma mais generalizada, com queda da temperatura após a passagem do sistema. Até o fim do mês, no entanto, não há previsão de queda acentuada da temperatura, que possa representar risco de formação de geada.

PERSPECTIVA: GRÃOS EM CHICAGO SEGUEM DE OLHO NO CLIMA NO MUNDO.

As preocupações com o clima nas principais regiões produtoras de grãos no mundo continuarão ditando os rumos das cotações na Bolsa de Chicago ao longo desta semana, principalmente para o milho e o trigo. As expectativas de geadas no Canadá e na China, a seca que prejudica lavouras na Rússia e Ucrânia e o atraso no plantio no Brasil, por conta da falta de chuvas, são fatores que contribuem para dar sustentação aos preços no curto prazo.
As atenções do mercado nesta semana estão voltadas para o milho. O contrato dezembro fechou na sexta-feira a US$ 5,132 o bushel, atingindo a maior cotação dos últimos dois anos em Chicago. O contrato dezembro subiu 3,5% no dia e acumulou ganho de 6,6% na semana, impulsionado pela redução de produtividade das lavouras norte-americanas, provocada pelo excesso de chuvas nas regiões produtoras. A quebra na produção reduzirá os estoques de passagem dos Estados Unidos para o menor nível em relação ao consumo em 15 anos.
Embora tradicionalmente os fundos tenham uma posição comprada histórica no mercado de milho, que representam um risco de liquidação de posições e pressão sobre os preços, o mercado no momento está firme, sustentado pelas notícias sobre a safra norte-americana e pelos problemas climáticos em outros países produtores do cereal. Uma possível revisão da produtividade nos Estados Unidos, uma vez que as lavouras estão em fase inicial de colheita, e melhora das condições climáticas para o plantio nos demais países produtores, são fatores que podem reverter o quadro atual e provocar uma correção nos preços.
A soja pegou carona no milho e fechou em alta de 3% na última sexta-feira. O contrato da soja com vencimento em maio do próximo ano, que serve de referência para a comercialização da safra brasileira fechou a US$ 10,88/bushel e a expectativa é de rompimento da resistência de 11 cents nas próximas semanas. O mercado já começa a especular com a possibilidade de consolidação dos preços do milho nos atuais níveis, o que pode provocar aumento do plantio na próxima safra norte-americana, com avanço sobre a área de soja.
O fator climático também contribui para a volatilidade dos preços da soja. O mercado está preocupado com as geadas, que podem afetar as lavouras de canola no Canadá e provocar quebra da produção de soja na China, e com o atraso do plantio da soja no Brasil, por causa da falta de chuvas.
O trigo segue também no embalo do mercado climático e da alta das cotações do milho em Chicago. A onda de frio que pode prejudicar as lavouras canadenses é um fator a mais de preocupação para o mercado, que vem trabalhando nos últimos meses com a expectativa de estoques apertados para o próximo ano, em virtude da forte estiagem que provocou a quebra de safra da Rússia.

SOJA/CHINA FECHA EM FORTE ALTA POR PREOCUPAÇÕES CLIMÁTICAS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian fecharam em forte alta nesta segunda-feira, motivados por preocupações com possíveis geadas no norte da China e pelo rali na Bolsa de Chicago (CBOT). Compras especulativas antes de dois feriados locais também beneficiaram o mercado. O contrato referencial de maio fechou com alta de 3,1%, cotado a 4.158 yuans por tonelada.
Analistas disseram que os preços podem subir ainda mais no curto prazo, conforme a escassez de ofertas devido ao baixo nível dos estoques pode encorajar mais compras de fundos antes dos feriados.
"Investidores também temem que os preços possam avançar durante os dias em que os mercados estiverem fechados na China, então estão fazendo compras por precaução nestes dias", informou Jing Zhuocheng, analista da Shanghai Cifco Futures. Tanto a soja como o milho permaneceram em território positivo hoje, alinhados aos ganhos da CBOT na sexta-feira. "Investidores estão agindo por preocupações com um clima frio nas províncias do nordeste da China e uma estiagem na América do Sul", acrescentou Jing.
O analista da Orient Securities Futures, Bao Hongbo, estima resistência em 4.200 yuans por tonelada na Bolsa de Commodities de Dalian, com base em fatores técnicos. Os mercados chineses não operam entre quarta e sexta-feira e no período de 1º a 7 de outubro.

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