quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SOJA FECHA EM ALTA ALAVANCADO POR VENDAS NA EXPORTAÇÃO.

A forte demanda de exportação e a reversão de operações de spread entre contratos do grão e do milho, elevou as cotações da soja na Chicago Board Of Trade (CBOT). O tremendo apetite da China por soja norte-americana é a força que mantém os preços sustentados, afirmaram corretores. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que o país vendeu mais de um milhão de toneladas da oleaginosa na semana passada, o dobro do esperado. Só a China comprou 800 mil t. O contrato novembro subiu 5 cents (0,46%), a US$ 10,9350 por bushel.
Dan Basse, presidente da AgResource Company, em Chicago, comentou que as compras chinesas compensam a pressão sazonal da colheita nos EUA, que devem obter uma safra recorde. Nesta semana, a China já comprou mais 740 mil toneladas da oleaginosa. Com relação à reversão das operações de spread, os participantes procuram reduzir sua exposição comprada no milho e no trigo e vendida na soja até agosto, comentou Basse. Por causa das perspectivas de aperto na oferta, eles compraram contratos de milho e trigo e venderam de soja; agora, estão desfazendo essas operações porque a forte demanda asiática mudou o cenário para o mercado da oleaginosa.
Além das exportações, a variação da produtividade nas lavouras dos EUA e a estiagem na América do Sul são outros fatores de suporte. Para Basse, embora seja cedo para preocupar-se com a falta de chuva em áreas produtoras do Brasil e da Argentina, isso acaba reforçando o sentimento positivo dos participantes.
No mercado de derivados o fechamento foi divergente. As cotações do óleo de soja subiram também influenciadas pela demanda e pelo aumento dos preços futuros do petróleo na Bolsa de Nova York. As do farelo recuaram com vendas de mil contratos feitas pelos fundos.

TRIGO FECHA EM QUEDA PELA DECEPÇÃO NAS VENDAS DA EXPORTAÇÃO. 
Os preços do trigo tiveram forte queda nas bolsas norte-americanas, pressionados pelas fracas vendas externas dos Estados Unidos na semana passada. Na Chicago Board Of Trade a posição dezembro recuou 22,50 cents (3,13%), para US$ 6,9725 por bushel. Fundos venderam cerca de cinco mil contratos ali. "É psicologicamente negativo para o mercado" o contrato ter fechado abaixo de US$ 7, disse Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solution. É o pior fechamento em Chicago desde 31 de agosto. Na Kansas City Board Of Trade o dezembro perdeu 19 cents (2,5%), para US$ 7,3725/bushel.
O país vendeu 459.800 toneladas na semana passada, de acordo com relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ante expectativa que ia de 400 mil a 700 mil t. As exportações têm decepcionado nos últimos 15 dias. Na semana anterior, elas ficaram em apenas 319.600 t, ante expectativa que ia de 700 mil até 1,4 milhão de toneladas. Em agosto, logo depois que a Rússia suspendeu as exportações por causa da quebra da safra local, as vendas superaram um milhão de toneladas por semana. O recuo nas transações norte-americanas é a confirmação de que cederam os temores a respeito de um aperto na oferta mundial.
O mercado já absorveu os problemas na produção de algumas regiões do mundo, como no Leste Europeu. E depois de uma série de reduções, o Conselho Internacional de Grãos (IGC) manteve a estimativa para a produção global de trigo 2010/11 em 644 milhões de toneladas no relatório deste mês, divulgado hoje. Embora o volume seja 33 milhões de toneladas menor que o do ano passado, ainda é o terceiro maior da história.
Os preços do trigo atingiram máximas de dois anos no início de agosto depois que a Rússia saiu do mercado. Apesar de terem caído desde então, ainda estão 64% acima das mínimas de junho. "Vimos o melhor momento da exportação e, provavelmente, o melhor preço do ano", disse Brian Hoops, denotando que as cotações não devem retornar aos altos níveis do mês passado.

MILHO CAI EM SENTIMENTO AO TRIGO.
As cotações do milho fecharam com queda na Chicago Board Of Trade (CBOT), pressionadas pelo forte recuo dos preços do trigo na mesma bolsa. Ambos mercados têm andado juntos porque os produtos são matéria-prima para fabricação de ração, o que incentiva os traders a manter uma correlação entre eles, comentou Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, em Indiana.
O contrato dezembro perdeu 5,75 cents (1,14%), para US$ 4,9925 por bushel. Fundos venderam cerca de dez mil contratos.
As vendas semanais dos Estados Unidos decepcionaram e não ajudaram o mercado. De acordo com o relatório do Departamento de Agricultura do país (USDA), foram comercializadas 561.800 toneladas do grão, ante expectativa que ia de 550 mil a 800 mil t. A preocupação agora é que o aumento recente dos preços afastou importadores. Com a ausência de novos fatores de sustentação, a bolsa pode registrar mais quedas de preços, já que geralmente o final de trimestre atrai realizações de lucro.
O mercado estava um pouco sobrecomprado quando operava acima de US$ 5 e precisava de notícias boas no lado da exportação para manter-se acima desse nível, o que não tem acontecido. Além disso, traders não creem que a produtividade das lavouras norte-americanas caia muito mais. Então, eles estão mais tranquilos para reduzir sua exposição, disse Zuzolo.
A redução na estimativa da Informa Economics foi um dado positivo no dia. A consultoria prevê agora que os EUA vão colher 327,15 milhões de tons, ante 330,2 milhões de tons previstos no início de setembro. O USDA estima a safra de milho em 334,264 milhões de toneladas.

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