segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PERSPECTIVA: GRÃOS EM CHICAGO SEGUEM DE OLHO NO CLIMA NO MUNDO.

As preocupações com o clima nas principais regiões produtoras de grãos no mundo continuarão ditando os rumos das cotações na Bolsa de Chicago ao longo desta semana, principalmente para o milho e o trigo. As expectativas de geadas no Canadá e na China, a seca que prejudica lavouras na Rússia e Ucrânia e o atraso no plantio no Brasil, por conta da falta de chuvas, são fatores que contribuem para dar sustentação aos preços no curto prazo.
As atenções do mercado nesta semana estão voltadas para o milho. O contrato dezembro fechou na sexta-feira a US$ 5,132 o bushel, atingindo a maior cotação dos últimos dois anos em Chicago. O contrato dezembro subiu 3,5% no dia e acumulou ganho de 6,6% na semana, impulsionado pela redução de produtividade das lavouras norte-americanas, provocada pelo excesso de chuvas nas regiões produtoras. A quebra na produção reduzirá os estoques de passagem dos Estados Unidos para o menor nível em relação ao consumo em 15 anos.
Embora tradicionalmente os fundos tenham uma posição comprada histórica no mercado de milho, que representam um risco de liquidação de posições e pressão sobre os preços, o mercado no momento está firme, sustentado pelas notícias sobre a safra norte-americana e pelos problemas climáticos em outros países produtores do cereal. Uma possível revisão da produtividade nos Estados Unidos, uma vez que as lavouras estão em fase inicial de colheita, e melhora das condições climáticas para o plantio nos demais países produtores, são fatores que podem reverter o quadro atual e provocar uma correção nos preços.
A soja pegou carona no milho e fechou em alta de 3% na última sexta-feira. O contrato da soja com vencimento em maio do próximo ano, que serve de referência para a comercialização da safra brasileira fechou a US$ 10,88/bushel e a expectativa é de rompimento da resistência de 11 cents nas próximas semanas. O mercado já começa a especular com a possibilidade de consolidação dos preços do milho nos atuais níveis, o que pode provocar aumento do plantio na próxima safra norte-americana, com avanço sobre a área de soja.
O fator climático também contribui para a volatilidade dos preços da soja. O mercado está preocupado com as geadas, que podem afetar as lavouras de canola no Canadá e provocar quebra da produção de soja na China, e com o atraso do plantio da soja no Brasil, por causa da falta de chuvas.
O trigo segue também no embalo do mercado climático e da alta das cotações do milho em Chicago. A onda de frio que pode prejudicar as lavouras canadenses é um fator a mais de preocupação para o mercado, que vem trabalhando nos últimos meses com a expectativa de estoques apertados para o próximo ano, em virtude da forte estiagem que provocou a quebra de safra da Rússia.

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