terça-feira, 21 de setembro de 2010

GRÃOS FECHAM EM QUEDA; FALTA NOVIDADES POSITIVAS.

As cotações da soja fecharam com pequena queda na Chicago Board Of Trade (CBOT). Segundo corretores, o mercado carece de notícias positivas para continuar a subir. Os fundamentos que elevaram os preços às máximas de um ano ontem (geada na China, estiagem no Brasil, exportação forte) já foram absorvidos, o que provocou um movimento de consolidação, disse Mario Balletto, analista do Citigroup em Chicago.
O contrato novembro do grão perdeu 4,50 cents (0,41%), para US$ 10,80/bushel.
A colheita adiantada nos Estados Unidos também ajudou a pressionar as cotações. Ontem, depois do fechamento do mercado, o Departamento de Agricultura do país (USDA) informou que 8% das lavouras foram colhidos, ante 2% no ano passado e 6% na média de cinco anos. Traders esperavam 5%.
Apesar da especulação em torno do clima na China, o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos (CNGOIC) do país disse que as baixas temperaturas nas áreas de cultivo não devem afetar a produção de soja e milho. "Um terço das lavouras da oleaginosa já foram colhidas, e toda a safra já está amadurecida. Portanto, mesmo que haja geadas, isso não afetará a colheita", afirmou um pesquisador do centro. No Brasil, a previsão é de chuva para as áreas produtoras, onde o plantio deve ganhar velocidade nas próximas semanas.
Quanto à demanda, a China continua forte compradora. Hoje o país adquiriu 170 mil t dos EUA. Mais cedo, a Administração Geral de Alfândega chinesa informou que as importações de soja do país aumentaram 52% para 4,77 milhões de toneladas em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação com julho, contudo, houve queda de 3,6%. Nos primeiros oito meses do ano, as importações da oleaginosa cresceram 20%, para 35,53 milhões de toneladas. Desse total, 14,546 milhões de toneladas foram compradas do Brasil, 14,081 milhões de t dos Estados Unidos, 6,273 milhões de t da Argentina e 579 mil t do Uruguai, entre outros fornecedores.

MILHO FECHA COM QUEDA APÓS SESSÃO VOLÁTIL
As cotações do milho fecharam com queda na Chicago Board Of Trade (CBOT) após uma sessão volátil, em que os preços oscilaram entre altas e baixas. O contrato dezembro recuou 3 cents (0,59%), para US$ 5,0525/bushel. Os fundos venderam cerca de sete mil contratos hoje.
Embora a queda tenha decepcionado os altistas, uma perda de 3 centavos é muito pequena quando comparada à alta recente dos contratos, disse Jim Riley, analista do Linn Group. Ele observou que, de um lado, houve realizações de lucro, de outro, as cotações se sustentaram em compras de consumidores finais. "É o movimento de 'comprar a queda' que domina o mercado", comentou Jason Britt, presidente da Central State Commodities. Já os que apostam na baixa dizem que os preços subiram demais, mais por conta dos fundos que dos fundamentos.
Enquanto isso, os participantes estão ansiosos por notícias das áreas produtoras dos EUA. Há poucos relatos sobre produtividade nesta semana por causa de chuvas que atingiram o Meio-Oeste e prejudicaram a colheita. Eles continuam a debater se os atuais preços são capazes de arrefecer a demanda. Mas embora as exportações tenham enfraquecido nos últimos dias, analistas dizem que os setores pecuário e de etanol ainda podem aguentar preços mais altos. Riley, do Linn Group, observou que as cotações do físico estão bem abaixo das do mercado futuro.

TRIGO FECHA EM QUEDA.
Os contratos futuros de trigo fecharam pela segunda sessão consecutivo em baixa nas bolsas dos Estados Unidos. Os problemas na safra de vários países parecem não ter mais influência sobre o mercado, segundo corretores. Mas apesar da queda recente, as cotações ainda estão 68% acima das mínimas de junho. Os participantes agora esperam para ver se as exportações dos Estados Unidos ganham velocidade.
Na Chicago Board Of Trade o contrato dezembro recuou 13,75 cents (1,88%), para fechar em US$ 7,18/bushel. Ali, os fundos venderam cerca de três mil contratos. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição caiu 7,50 cents (1%), a US$ 7,50/bushel.
A quebra na safra da Rússia e da Ucrânia, a geada no Canadá e a estiagem no oeste da Austrália são problemas bem conhecidos e já absorvidos pelo mercado, comentou Larry Glenn, corretor e analista da Frontier de Kansas. Para que os preços retomem uma alta consistente será preciso que as exportações dos EUA se intensifiquem. "O mercado perdeu o entusiasmo", disse. "Honestamente, acho que veremos uma retração na demanda por trigo por causa do aumento recente dos preços, que assustou os compradores", disse Sid Love, analista da Kropf & Love Consulting.
A Rússia colheu 54,3 milhões de toneladas de grãos desde o início da colheita até hoje, queda de 33% ante a mesma época do ano passado. A Ucrânia colheu 32,64 milhões de tons, queda de 15%.

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