sexta-feira, 19 de novembro de 2010

CBOT/GRÃOS: PRESSÕES DA CHINA DERRUBA COMMODITIES AGRÍCOLAS.

Os preços futuros da soja terminaram a sexta-feira em queda expressiva na bolsa de chicago. Os lotes para entrega em janeiro, os mais negociados, recuaram 40,50 cents ou 3,26%, cotados a US$ 12,0150/bushel. Preocupações com as políticas do governo da China fez com que os traders reduzissem a exposição ao risco antes do feriado de Ação de Graças, na semana que vem. Estima-se que fundos tenham vendido 7 mil contratos hoje.
O banco central da China informou que vai elevar a taxa de compulsório dos bancos. Trata-se da primeira medida para voltar a desacelerar o crescimento econômico do país e, consequentemente, pode reduzir a importação de commodities.
Segundo o analista Sterling Smtih, da corretora Country Hedging, o mercado está muito sensível a ajustes nas políticas da China, pois qualquer coisa que afete a demanda mexe diretamente com os futuros de soja. O país é o maior importador mundial da commodity e comprou mais de 60% da soja exportada pelos Estados Unidos nas 10 semanas do ano comercial 2010/11.
O declínio foi acelerado por traders que venderam posições para embolsar lucros, depois dos fortes ganhos recentes, segundo Smith.

INFLAÇÃO E DÚVIDAS COM GOVERNO MANTÊM JURO ALTO

Os juros nos contratos futuros perderam o fôlego de alta no meio da tarde, mas resistiram a ir abaixo da estabilidade em relação ao ajuste de ontem. Pelo lado econômico, o mercado sustentou as taxas com base em uma alta da segunda prévia da o IGP-M de novembro impulsionada pelos preços dos alimentos. Pelo lado político, pesaram as dúvidas sobre redução de gastos no próximo governo a partir da decisão do governo de reduzir a meta do superávit de 3,3% do PIB para 3,1% e das incertezas sobre a permanência de Henrique Meirelles à frente do Banco Central.
No meio tarde, o Ministério do Trabalho divulgou dados sobre a geração de vagas formais de emprego apurada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mas, apesar de positivos e acima das expectativas do mercado, os números não tiveram força para reforçar as taxas.
Ao término da negociação normal, o DI janeiro 2012 ficou em 11,66%, de 11,64% no ajuste de ontem, com 473.115 contratos; o DI janeiro 2013 foi a 12,16%, de 12,15%, com 264.840 contratos; o DI de janeiro 2014 ficou em 12,14%, de 12,13%, com 33.955 contratos. Nos DI mais longos, as taxas recuaram levemente: o DI janeiro 2017 marcou 12,05%, de 12,07% ontem, com 34.685 contratos; e o DI janeiro 2021 fechou a 12,06%, ante 12,10%, com 12.960 contratos.
Nos contratos curtos, o vencimento de abril 2011 fechou a 10,80%, de 10,78% no ajuste de ontem, com 446.470 contratos, e o de julho 2011 a 11,11%, de 11,08%, com 335.275 contratos.
A segunda prévia do IGP-M saltou de 0,89% para 1,20% de outubro para novembro, puxada pelo fortalecimento da inflação das commodities no atacado, sobretudo no setor agrícola. Além disso, a percepção de que o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, não sinaliza para corte gastos cresceu com a decisão do governo de reduzir a meta do superávit primário de 3,3% para 3,1% do PIB das contas do setor público de 2010 e 2011. A redução foi publicada hoje no Diário Oficial da União, em mensagem presidencial que encaminha projeto de lei ao Congresso Nacional.
Como pano de fundo, o mercado mantém a preocupação sobre a permanência ou não de Henrique Meirelles à frente do Banco Central. “Se for decidido que ele sai, o mercado vai entender que Dilma evitará o confronto da Fazenda com o BC mas que o BC no governo dela não terá a autonomia que teve no governo de Lula”, opina Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets. “Aí, com a disposição já conhecida da presidente eleita de cortar juros, o mercado tende a reduzir as taxas dos DI”, completou.
Em Frankfurt, onde participa de uma conferência internacional promovida pelo Banco Central Europeu (BCE), Meirelles pediu manutenção da autonomia para seguir no BC e disse que foi convidado pela presidente eleita a se reunir com ela na próxima semana para discutir o futuro da autoridade monetária.

ETANOL/EUA: AGENCIA AMBIENTAL DEVE ADIAR DECISÃO SOBRE MISTURA.

A Agência de Proteção Ambiental (EPA), deve anunciar nesta sexta-feira o adiamento da decisão sobre permitir uma elevação da parcela de etanol misturada à gasolina para veículos fabricados de 2001 a 2006, de acordo com uma fonte da indústria.
No mês passado, a EPA autorizou que a mistura fosse de até 15% para veículos fabricados a partir de 2007. Desde então, vem aguardando o resultado de pesquisas adicionais, antes de decidir se permite uma mistura com maior concentração de etanol para os carros mais antigos.
O porta-voz da Associação de Combustíveis Renováveis, Matt Hartwig, disse que o grupo ficou sabendo do provável adiamento da decisão da EPA. Segundo ele, o atraso reflete problemas nos testes e que não estão relacionados ao combustível. A EPA não comentou.

SOJA/MT : PLANTIO AVANÇA PARA 86,7% DA ÁREA ESTIMADA.

O plantio da soja em Mato Grosso avançou 15,7 % nesta semana e atingiu 86,7% da área estimada em 6,146 milhões de hectares pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Em virtude do atraso no início do plantio, os trabalhos estão 6,1% abaixo do ritmo da safra passada, pois nesta mesma época 92,8% da área já estava semeada.
A região onde o plantio está mais avançado é a do médio-norte, que responde por 40% da produção estadual de soja. Nesta semana no médio-norte os trabalhos atingiram 92,6% da área estimada em 2,466 milhões de hectares. Em Lucas do Rio verde 96% da área já foi semeada e em Sorriso 95%. Na região oeste, onde o plantio atingiu 92,2%, o destaque é Sapezal, com 95% dos 948 mil hectares já semeados. O plantio está atrasado na região sudeste, onde as chuvas continuam irregulares. Até esta semana os produtores da região sudeste semearam 83,3% da área de 1,460 milhão de hectares, enquanto na mesma época em novembro do ano passado os trabalhos haviam atingido 97,4%.
           EVOLUÇÃO DO PLANTIO DA SOJA EM MT* 
                       Área (hectare)  19-nov-09    18-nov-10    variação  
  Noroeste             261,2             91,7%          72,0%         -19,7% 
  Norte                    44,0             97,1%          86,8%         -10,3% 
  Nordeste             652,2             48,2%          67,6%          19,4% 
  Médio-Norte     2.466,0             98,7%          92,6%          -6,1% 
  Oeste                   948,2             95,0%          92,2%          -2,8% 
  Centro-Sul           409,1             93,9%           91,5%          -2,4% 
  Sudeste            1.460,6             97,4%           83,3%        -14,1% 
  Mato Grosso     6.241,3             92,8%           86,7%          -6,1% 
Fonte: Imea

CHINA ELEVARÁ TAXA DO COMPULSÓRIO DOS BANCOS.

O banco central da China disse que irá elevar a taxa do compulsório dos bancos em 0,50 % a partir de 29 de novembro, a quinta elevação este ano, para fortalecer a administração da liquidez e controlar o crédito.
A taxa do compulsório pode variar entre os bancos. A taxa oficial para a maior parte dos bancos chegará a 18% com a alta anunciada hoje, tomando por base os anúncios públicos do Banco do Povo da China (PBoC).
A decisão acontece após indicadores divulgados recentemente mostrarem alta de 4,4% no índice de preços ao consumidor em outubro, a maior em dois anos.
A elevação do compulsório anterior foi feita em 10 de novembro, quando a taxa foi elevada também em 0,50 ponto porcentual.

SOJA SUBIU NA FRAQUEZA DO DÓLAR.

Os preços internacionais da soja se recuperaram de perdas recentes e subiram com força nesta quinta feira na Bolsa de Chicago (CBOT). A fraqueza do dólar e o aperto da política monetária chinesa reacenderam o interesse comprador. Os lotes mais negociados, para entrega em janeiro, fecharam com valorização de 37,0 cents ou 3,07%, cotados a US$ 12,42 cents/lb. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 5 mil contratos.
Segundo o analista Tim Hannagan, da corretora P.F.G. Best, o mercado saiu das mínimas com influências dos mercados financeiros, que produziram ganhos generalizados nas commodities. Os futuros de soja encontraram certa estabilidade depois do forte declínio na semana passada.
A sólida demanda para exportação continua sendo um importante fator de suporte relacionado aos fundamentos. As exportações na semana ficaram dentro das expectativas, no nível mais alto, e também acima a média necessária para se alcançar a previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para este ano."Os fundos ainda precisam reduzir alguma exposição a posições de compra, especialmente sem relatos do governo que provoquem surpresas altistas", comentou Hannagan.

MILHO OPEROU EM ALTA COM DÓLAR E OFERTA APERTADA
Os preços futuros do milho terminaram a quinta-feira em alta na Bolsa de Chicago num movimento de recuperação após as perdas recentes e impulsionado pela depreciação do dólar. Sinais de oferta apertada também foram altistas. Os contratos de maior liquidez, com vencimento em março, fecharam com valorização de 16,50 cents ou 3,06%, cotados a US$ 5,5575/bushel. O mercado tem estado muito volátil nas últimas sessões, orientando-se com base no dólar, no trigo e na soja, além de outras commodities.
Embora traders estejam acompanhando o desenvolvimento da demanda, com o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), espera-se que não haja grandes novidades na oferta até janeiro. Isso deixa o mercado mais vulnerável a oscilações baseadas no fluxo de dinheiro de investidores entre as commodities e o dólar. "Qualquer semelhança com o mercado real de grãos é mera coincidência", disse o analista Sid Love, da corretora Kropf & Love. Traders afirmaram que não há fatores de suporte para o mercado num prazo mais longo, especialmente depois do recente saldo para a máxima em 27 meses, na semana passada.
Analistas disseram que a oferta de milho deve ser apertada até o início do ano que vem e que são necessárias safras consistentes ao redor do mundo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MILHO OPERA EM ALTA DE 2,6% COM RECUO DO DÓLAR

Os preços futuros do milho estão subindo na Bolsa de Chicago (CBOT), com a desvalorização do dólar e preocupações com a oferta no longo prazo. Contratos com vencimento em dezembro, os mais líquidos, subiam 15,25 cents para US$ 5,41/bushel.
Apesar de outra semana de exportações menores, conforme relatado hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços estão avançando. Traders disseram que as perdas recentes foram exageradas e que as preocupações com a queda da demanda chinesa foram excessivas.
O analista independente Dave Marshal acrescentou que as vendas de produtores diminuíram conforme eles venderam o suficiente para atender às necessidades de fluxo à vista. Num prazo mais longo, traders estão atentos ao fato de que o mundo não pode suportar uma quebra de safra em nenhum dos mais importantes países produtores no ano que vem.

USDA: VENDAS CAEM 7% NA SEMANA
O saldo das vendas de milho dos Estados Unidos na semana encerrada em 11/11 alcançou 533.700 toneladas, volume 7% menor que o da semana anterior, mas 20% maior que a média mensal, de acordo com dados do relatório de exportação do Departamento de Agricultura do país (USDA). Os principais compradores foram Coreia do Sul (506.500 t), Japão (113.100 t), Síria (102.300 t), Taiwan (42.400 t), Indonésia (37.000 t), e Guatemala (34.400 t). Um destino não especificado (282.500 t), Egito (69.800 t), Colômbia (30.500 t) e Panamá (20.400 t) cancelaram compras.
Os embarques de 778.800 t foram 4% maiores que os da semana anterior, e 3% maiores que a média mensal. Os principais destinos foram Japão (292.600 t), Coreia do Sul (115.500 t), Síria (102.300 t), Indonésia (97.800 t), México (94.400 t) e Taiwan (19.000 t).

MILHO DEVE CHEGAR A US$ 7 NO 1ºTRI DE 2011.
O banco Macquarie elevou sua meta de preço para o milho para acima de US$ 6 por bushel em 2010 e para um intervalo entre US$ 6,50 a US$ 7 no primeiro trimestre de 2011. Embora as exportações dos Estados Unidos até este momento da safra 2010/11 estejam 4% abaixo das realizadas no mesmo período da safra 2009/10, o banco diz haver "evidências crescentes de que as vendas dos EUA vão disparar". Os baixos estoques de milho na China e a safra menor que a esperada nos EUA são fatores que sustentarão o mercado, disse a instituição.

IMPORTAÇÃO DA CHINA CRESCE PARA 1,48 MILHÃO DE T ATÉ OUTUBRO
As importações de milho da China dispararam entre janeiro e outubro para 1,48 milhão de toneladas, ante 32.846 t no mesmo período do ano passado, de acordo com dados do CCS Information Center, de Hong Kong.

MILHO: PLANTIO ATINGE 97% NO PARANÁ,ESTIAGEM JÀ PREOCUPA.

O plantio de milho no Paraná atingiu 97% nesta semana, uma evolução de 3% em sete dias, de acordo com o acompanhamento de safra da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado (Seab). Apesar de 91% das lavouras apresentarem boas condições, a preocupação dos agricultores, neste momento, é com o início da floração. O baixo índice de chuvas no Estado pode provocar quedas de produtividade do cereal. No entanto, a Somar Meteorologia informa que as regiões produtoras de milho no Estado ainda apresentam bons níveis de umidade no solo, o que deve amenizar futuras perdas. A Seab informa que 3% dos milharais estão em fase de florescimento.
Soja - A evolução no plantio da soja em sete dias foi de 12% e agora chega a 92% das áreas. O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura informa, também, que a comercialização antecipada da oleaginosa é de 5%.
Trigo - A colheita do trigo no Paraná chegou a 95%, avanço de 2 pontos porcentuais em relação à semana passada. A comercialização do cereal continua lenta, passou de 23% na última semana para 24% neste levantamento.

SOJA OPERA EM ALTA DIANTE DA QUEDA DO DÓLAR

Os preços internacionais da soja estão avançando nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), na medida em que se recuperam de perdas recentes.Os contratos com vencimento em janeiro, os mais negociados, subiram 31,0 cents ou 2,53% e operavam a US$ 12,36 /bushel. A recente desvalorização da soja ocorreu na medida em que o mercado se preocupou com um eventual aperto monetário na China. Mas a queda do dólar americano limitou as perdas hoje e o mercado virou.
A sólida demanda para exportação da soja dos Estados Unidos ajudou as sustentar as cotações. Traders técnicos aceleraram o movimento. As compras aumentaram quando os traders perceberam a habilidade do mercado se manter os níveis de suporte, sinalizando que a mínima está bem definida no curto prazo, segundo analistas.

SOJA/EUA VENDEM 25% MAIS NA SEMANA; EMBARQUE CHEGA A 1,7 MI/TONS
As vendas de soja dos Estados Unidos na semana encerrada em 11 de novembro tiveram um saldo de 1.007.500 toneladas, volume 25% maior que o da semana anterior, mas 37% menor que a média mensal, de acordo com dados do relatório de exportação do Departamento de Agricultura do país (USDA). Os principais compradores foram China (829.800 t), México (135.400 t), Holanda (77.100 t), Taiwan (61.600 t), Espanha (60.000 t) e Japão (50.300 t). Houve cancelamentos de um destino não especificado (302.100 t) e da França(60.000 t). Vendas de 168.000 t para entrega em 2011/12 foram feitas para a China (118.000 t) e um destino não especificado (50.000 t).
Os embarques de 1.767.900 t foram 5% maiores que os da semana anterior, mas 2% menores que a média mensal. Os principais destinos foram China (1.300.700 t), Holanda (77.100 t), Arábia Saudita (65.900 t), Japão (65.800 t), Indonésia (62.900 t) e México (58.500 t).

CHICAGO: FECHAMENTO DO PREGÃO ELETRÔNICO

Contrato        Atual              Anterior   Var (%) 
Milho Dez/10 542,50 Cts/bu 525,75        +3,19 
Milho Mar/11 556,25 Cts/bu 539,25        +3,15 
Trigo Dez/10 653,50 Cts/bu 632,50        +3,32 
Trigo Mar/11 692,25 Cts/bu 671,50        +3,09 
Soja Jan/11 1231,75 Cts/bu 1205,00      +2,22 
Soja Mar/11 1239,00 Cts/bu 1212,00      +2,23 
Farelo Dez/10 333,80 US$/t 328,00        +1,77 
Farelo Jan/11 335,40 US$/t 329,80         +1,70 
Óleo Dez/10     50,07 Cts/Lib 48,94        +2,31 
Óleo Jan/11     50,38 Cts/Lib 49,25        +2,29  

MATÉRIAS-PRIMAS ELEVAM PREÇOS DOS FERTILIZANTES

A alta das cotações das matérias-primas no mercado internacional está impulsionando os preços dos fertilizantes no segundo semestre deste ano. Segundo a análise mensal do mercado de fertilizantes feita pelos técnicos da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em outubro os preços dos fertilizantes subiram 5,3% em relação a setembro e 33,75% quando comparados ao mesmo mês do ano passado.
Os analistas da Faeg comentam que a alta dos preços dos fertilizantes se deve ao aumento das cotações das matérias-primas no mercado internacional, que se mantêm ascendentes desde agosto. Eles observam que os gráficos com as curvas de preços dos fertilizantes formulados e das matérias-primas mostram a influência dos produtos internacionais no mercado brasileiro, evidenciando os impactos da "nossa fertidependência".
O levantamento da Faeg constatou que entre as matérias-primas apenas o cloreto de potássio teve variação negativa no preço em relação a outubro do ano passado (-14%); A maior alta anual ocorreu para o fosfato monoamonico (MAP), cujo preço subiu 61,33%, seguido do super (+49,9%), ureia (+41,21%) e sulfato de amônio (+38,44%). Na comparação com setembro houve alta de 3,4% no preço do cloreto de potássio, de 12,3% no sulfato de amônio, de 6,2% no super, e de 5,4% no MAP.
Os técnicos relatam que os preços das matérias-primas no mercado internacional em outubro subiram em média 9,7%, superando os 6% observados de setembro para agosto. A cotação do MAP passou de US$ 507,88 a tonelada em setembro para US$ 560 em outubro, com uma alta de 10,26%. Em relação a outubro do ano passado, quando a cotação estava em US$ 335,50 a tonelada, o preço do MAP subiu 68%. O preço do enxofre também disparou, passando de US$ 44,50 a tonelada em outubro de 2009 para US$ 140,17 no mês passado, uma alta de 167%.
Reta final - Os analistas comentam que o mercado de fertilizantes no Centro-Oeste está em fase de conclusão, com 90% do volume previsto já comercializado. Ainda persiste o mercado "picadão", referente aos menores volumes comercializados, que mantêm as fabricas em funcionamento. Segundo eles, as misturadoras estão com filas de caminhões nas portas, pois além das compras de última hora, também estão atendendo os produtores que atrasaram o plantio por causa da falta de chuvas.
O estudo da Faeg sobre a relação de troca entre os preços dos produtos agrícolas e os dos fertilizantes mostra que a maior evolução ocorreu para o feijão. Em setembro os produtores de feijão precisavam vender 10 sacas do produto para adquirir 1 tonelada de fertilizante e em outubro a quantidade caiu para 5,26 sacas, com uma melhora de 44% no poder de compra. No caso do milho também houve recuperação de 12,8% no poder de compra do produtor.
Segundo a Faeg, a elevação dos preços dos insumos provocou um aumento médio de 3,4% nos custos de produção das principais culturas em Goiás, variação um pouco menor do que o verificado em setembro (5,4%). Os cálculos da Faeg mostram que os fertilizantes respondem por 21% dos custos totais de produção do feijão, 30% do milho e 22% da soja em Goiás. Em relação a outubro do ano passado os custos de produção subiram em média 13%.

  EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DOS FERTILIZANTES (EM R$ POR TONELADA)  
                                        OUT/09    SET/10    OUT/10   VARIAÇÃO                                                                 

                                                                                 ANUAL MENSAL 

  FORMULADOS
  (02-20-18 + 3% FTE)      664,33     841,67    897,25      35,1%    6,6% 
  (04-14-08 + 0,3% ZN)    519,00     673,00    692,13      33,4%     2,8% 
  (04-30-10 + 0,3% ZN)    710,00     934,33 1.009,50      42,2%     8,0% 
  (05-25-15 + 0,3% ZN)    737,75     928,33    954,00      29,3%     2,8% 
  (08-20-18 + 0,3% ZN)    746,50     947,67 1.000,25      34,0%     5,5% 
  (12-06-12)                    612,75     725,00    806,50      31,6%   11,2% 
  (20-00-20)                    780,00     885,00    944,58      21,1%     6,7% 
  Média                          681,48     847,86    900,60      32,2%     6,2% 
  MATÉRIAS--PRIMAS
  (Cloreto de Potássio) 1.213,33  1.006,67  1.041,00  -14,2%     3,4% 
  (Sulfato de amônio)      519,00     640,00     718,50   38,4%     12,3% 
  (Super 03-17-00)            415,50     586,67     623,00   49,9%      6,2% 
  (Uréia)                           723,50  1.003,33  1.021,67  41,2%       1,8% 
  Adubo (MAP)                 810,00  1.240,00  1.306,75  61,3%       5,4% 
  Média                            736,27     895,33     942,18   28,0%      5,2% 
Fonte: FAEG
venilson.ferreira@grupoestado.com.br

SOJA FECHA EM BAIXA COM SAÍDA DE TRADERS DO MERCADO

Os preços internacionais da soja caíram ontem na Bolsa de Chicago esticando a fase de liquidação observada em sessões anteriores, enquanto traders continuaram abandonando posições consideradas pouco vantajosas. Os lotes mais negociados, para entrega em janeiro, cederam 14,75 cents ou 1,21% e fecharam cotados a US$ 12,05/bushel.
Pressionaram o mercado as preocupações com as intenções da China de limitar a inflação e possivelmente elevar a taxa de juros ou estabelecer controles sobre os preços ao consumidor e as commodities agrícolas. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 9 mil contratos hoje, na CBOT. "As perdas serviram como evidência de que o mercado não havia forçado a saída dos traders comprados e mais fracos, aqueles que apostam na elevação dos preços", disse o analista John Kleist, da corretora Allendale. O declínio foi atribuído a investidores que saíram do mercado para embolsar lucros ou reduzir sua exposição.

MILHO FECHA PERTO DA ESTABILIDADE.
Os contratos futuros de milho terminaram a sessão perto da estabilidade nesta quarta-feira. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em março cedeu 0,75 cent ou 0,14% e fechou a US$ 5,3925/bushel. Um movimento de cobertura de posições vendidas não atraiu novos compradores ao mercado, que andou de lado.
Apesar da queda expressiva dos preços desde segunda-feira, as preocupações com a demanda continuam pesando nas cotações. O aperto monetário e os possíveis controles de preço na China estão inibindo os argumentos dos altistas de que os chineses se tornariam grandes importadores de milho dos Estados Unidos em 2011, segundo o analista Josh Kleist, da corretora Allendale.
Analistas acrescentaram que o mercado vai atrair poucas compras de especuladores, porque a tendência técnica é negativa neste momento. Os preços iniciaram o dia subindo, mas recuaram ao longo do dia.

TRIGO CORRIGE PERDAS E FECHA COM VALORIZAÇÃO
Os preços futuros do trigo subiram nesta quarta-feira no mercado americano, em uma recuperação após as perdas recentes, diante do esgotamento das vendas de especuladores e de preocupações com a safra de inverno dos Estados Unidos.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em dezembro subiram 6,25 cents ou 1,0% e fecharam a US$ 6,3250/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedeu 5,50 cents ou 0,80% e terminou a US$ 6,9550/bushel.
Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 6 mil lotes hoje, na CBOT. Segundo o analista John Kleist, da corretora Allendale, o trigo permaneceu em torno dos US$ 6,50/bushel nos últimos meses. A liquidação das posições de compra chegou ao mercado recentemente, mas o mercado foi capaz de manter certo suporte, principalmente por causa do clima seco nas áreas de produção.
A desvalorização expressiva foi conduzida por vendas técnicas e pela influência dos mercados de milho e soja. Agora, o mercado corrigiu parte dessas perdas.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CHINA ESTUDA INTERVIR EM ALGUNS SEGMENTOS PARA CONTER INFLAÇÃO.

O Conselho de Estado da China disse que irá tomar medidas para estabilizar os preços, buscando principalmente garantir oferta de matérias-primas para produção e conter os preços de energia, além de evitar especulação com os preços. A decisão segue-se ao anúncio no mês passado de que a inflação atingiu seu maior nível em dois anos.
O governo deve avaliar a possibilidade de intervir em certos mercados, ajustando temporariamente os preços de alguns bens e de matérias-primas de produção, segundo nota divulgada no website do governo citando reunião do Conselho de Estado presidida pelo primeiro-ministro, Wen Jiabao.
A nota diz que o governo irá também reduzir certas tarifas e manter os preços do gás natural.
O governo irá ainda aumentar gradualmente as remunerações de fundos básicos de pensão e dos seguros desemprego, além de elevar o salário mínimo, como parte das medidas para ajudar as famílias de baixa renda a enfrentar a alta dos preços, diz a nota.

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA DE 4%.

As cotações da soja fecharam com queda forte na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange, pressionadas pelo sentimento baixista que tomou conta dos mercados de commodities e de ações por causa das especulações a respeito de um aperto monetário na China.
O governo pode lançar medidas de aperto monetário para baixar a inflação. O contrato setembro cedeu 177 yuans (3,9%), para 4.340 yuans por tonelada (6,64 yuans = US$ 1).
Apesar das liquidações dos últimos dias, analistas chamam atenção para o aumento do número de contratos abertos na bolsa chinesa, o que indica que o sentimento do mercado deve se recuperar. "As expectativas de inflação ainda estão aí. Alguns investidores podem tomar isso como uma oportunidade de compra", disse Jing Zhuocheng, da Shanghai Cifco Futures. Ele se refere ao fato de as commodities geralmente serem usadas como hedge contra a inflação.

SOJA CAI 3% NO PREGÃO ELETRÔNICO DE CHICAGO.

Após recuar 5% na sessão de ontem, as cotações da soja registram queda superior a 3% no pregão eletrônico da Chicago Board Of Trade (CBOT) nesta manhã, pressionadas por liquidações relacionadas a um eventual aperto monetário na China. Especulações de que o país pode elevar as taxas de juros ou tomar outras medidas para conter a inflação pressionam o mercado desde a semana passada. 
O contrato janeiro perdeu até 44,50 cents (3,65%), para US$ 11,7525/bushel, recuperando-se posteriormente, indicando também uma abertura negativa para o pregão do dia na bolsa. Ontem, a cotação já tinha cedido 66,75 cents (5,2%), a US$ 12,1975/bushel, após ter atingido o limite diário de queda de 70 cents. "Os players chineses parecem estar liquidando posições compradas na CBOT por causa do medo de que o governo chinês aperte a política monetária aumentando as taxas de juros", disse Koname Gokon, diretor da divisão de pesquisa da corretora Okato Shoji Co.. A China é o maior importador mundial de soja e na safra 2010/11 deverá importar 57 milhões de toneladas.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

DÓLAR VOLTA A SUBIR E GANHA 3,82% EM SETE SESSÕES.

O dólar à vista subiu pela sétima sessão consecutiva no mercado local e atingiu o maior valor desde 1º de setembro passado, ao fechar hoje a R$ 1,740, com ganho de 0,99% no balcão. Nesse período, a divisa acumula ganhos de 3,82%. Na BM&F, o dólar pronto subiu 0,97%, para R$ 1,7397.
A correção acompanhou a valorização da divisa norte-americana ante o euro e moedas de outros emergentes, em meio a temores com a crítica situação fiscal de alguns países europeus, principalmente a Irlanda. Os investidores esperaram com ansiedade um pronunciamento do primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, que estava marcado para à tarde. Além disso, o receio com um possível aumento de juros na China elevou a aversão ao risco entre os investidores.
O pronunciamento do primeiro-ministro da Irlanda não aliviou as tensões entre investidores. Brian Cowen afirmou que está preparado para trabalhar com seus pares europeus "para normalizar as condições do mercado", mas reiterou que a Irlanda não pediu ajuda financeira e que o país está financiado até meados de 2011.
Essas declarações não ajudaram a diminuir a pressão de baixa sobre o euro, porque persiste a incerteza sobre se haverá uma nova rodada de pacotes de resgate na União Europeia. O euro permaneceu abaixo de US$ 1,35 após a fala de Cowen, e tocou o menor nível (US$ 1,3447) desde o fim de setembro.
Em relação à China, as preocupações dos investidores recaem sobre um possível aumento das taxas de juros para controlar a inflação, o que pode ter o efeito de desacelerar o crescimento do país e da economia mundial. Um comunicado do governo chinês informou que o Conselho de Estado da China está elaborando medidas para conter os rápidos aumentos dos preços no país, a fim de estancar a inflação. Além disso, a China vai intensificar a fiscalização da entrada de investimento estrangeiro direto e monitorar os fluxos de dinheiro especulativo em certos setores, como o mercado imobiliário. Essas medidas ampliaram o receio de que o próximo passo será a elevação dos juros. Na Ásia hoje, a Coreia do Sul elevou as taxas de juros básicas em 0,25 ponto porcentual, para 2,5%.
Nesse cenário, o dólar ampliou os ganhos durante a tarde. Nas máximas intraday, a moeda à vista atingiu R$ 1,7410 (+1,04%) no balcão e R$ 1,7408 (+1,03%) na BM&F. O giro financeiro total registrado até 16h35 somava US$ 2,673 bilhões (US$ 2,329 bilhões em D+2).
No mercado futuro o dólar dezembro de 2010 subia 1,07%, a R$ 1,7465, com um volume financeiro movimentado de US$ 15,475 bilhões. Ao todo, foram negociados até esse horário um giro de US$ 15,779 bilhões, com cinco vencimento de dólar, todos em alta. No único leilão de compra realizado pouco antes do fim dos negócios no balcão, o Banco Central adquiriu moeda à vista com taxa de R$ 1,740.

CULTIVO DE SOJA NO BRASIL CORRESPONDE A 61% DA ÁREA ESTIMADA.

Cultivo da soja no Brasil já responde por 61% da área total estimada para a safra 2010/11, praticamente em linha do ciclo do ano passado. Por meio da última pesquisa realizada pela Céleres®, constatou-se que os trabalhos de cultivo da soja no Brasil avançaram bastante e estão praticamente em linha com o observado no mesmo período do ano passado.
Em termos percentuais, o ritmo de plantio da soja já reporta 61% sobre a estimativa de área a ser cultivada na campanha agrícola 2010/11 (23,6 milhões ha). Na semana precedente, 45% da área estava semeada e na mesma época do ano passado o total era de 62%.
Com a alta nos preços internacionais, o ritmo de venda da nova produção de soja apresentou evolução significativa na semana (+2 pontos percentuais).

CHICAGO/GRÃOS OPERAM EM BAIXA DIANTE DE PREOCUPAÇÕES COM A CHINA.

Os preços futuros da soja recuaram para as mínimas em duas semanas na Bolsa de Chicago (CBOT), diante de novas preocupações com as políticas do governo chinês para conter o crescimento da economia. Além disso, fundos especulativos embolsam lucros e pressionam as cotações. Os contratos com vencimento em janeiro, os mais líquidos, operavam em baixa de 63,0 cents a US$ 12,23/bushel.
Analistas disseram que preocupações generalizadas no setor de commodities estimularam as vendas de fundos. Traders reduzem sua exposição ao risco, num momento de poucas novidades nos fundamentos. O clima melhor na Argentina, com previsão de chuva, se soma ao tom defensivo.

MILHO OPERA PERTO DO LIMITE DE BAIXA
Os preços futuros do milho continuam caindo após ganhos significativos na segunda-feira. Os contratos mais negociados, com vencimento em janeiro, recuaram 25,0 cents cotados a US$ 5,30/bushel.
Preocupações com a política monetária da China são o principal motivo de pressão no mercado e está atingindo todas as commodities agrícolas.
A força do dólar também pesa neste momento. Traders observam, ainda, a falta de confirmação sobre as vendas de milho da Argentina para a China, embora alguns digam que isso não vai garantir que os ganhos de segunda-feira estejam em primeiro lugar. Muitos analistas esperam que consumidores finais sustentem o mercado.

CLÍMA: REGIÃO NORDESTE(SUL) DEVE TER CHUVA NAS PRÓXIMAS SEMANAS

O comportamento das chuvas na segunda quinzena de novembro deve apresentar uma ligeira mudança. As frentes frias também devem alcançar o sul da Região Nordeste que, associadas à umidade da Amazônia, provocam chuvas sobre as áreas produtoras do Sudeste, Centro-Oeste e beneficiam também as lavouras da Bahia, Maranhão e Piauí. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. A previsão para a Região Sul, no entanto, é de pouca água no período.
As temperaturas ainda continuam baixas (menos de 10 graus) nesta semana, sobretudo durante à noite e de manhã. "Na última semana do mês, no entanto, espera-se uma mudança de padrão, com elevação da temperatura e até ondas de calor principalmente no oeste dos Estados da Região Sul", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Primavera
De acordo com a Somar, a primeira quinzena de novembro apresentou déficit de chuva sobre a Região Sul e também em São Paulo, parte de Mato Grosso do Sul e no sul e oeste de Mato Grosso. Nesse período o volume ficou acima da média no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, grande parte de Goiás, norte/nordeste de Mato Grosso e sobre partes da Região Norte.
De acordo com a Somar, esse é um padrão típico da primavera que aos poucos marca o retorno das águas para o Brasil Central e a redução das chuvas no Sul. Além disso, neste ano temos a presença do fenômeno La Niña, que foi responsável pelo atraso do retorno das águas no Sudeste e no Centro-Oeste. "Daqui para frente, o fenômeno pode provocar redução das chuvas e períodos de estiagem no Sul", comenta Etchichury.
Os índices de água disponível no solo refletem o resultado das chuvas sobre a umidade dos solos. Na primeira quinzena de novembro houve uma recuperação da umidade nos Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. No entanto, mesmo ainda insuficientes para repor o déficit hídrico acumulado, a umidade já consegue dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorece a recuperação das pastagens.
Argentina/Paraguai
A primeira quinzena de novembro foi de pouca chuva sobre a maior parte do território argentino, incluindo a região do Pampa Úmido que é a principal região produtora de grãos da Argentina. Nesse período as águas ficaram acima da média apenas no extremo sul do País e no leste da Província de Buenos Aires.
Segundo a Somar, a tendência é que essas condições não mudem muito na segunda quinzena do mês de novembro que, no geral, deve ter pouca umidade sobre as principais regiões produtoras argentinas. No entanto, no decorrer de novembro deve se observar uma gradual elevação da temperatura.
No Paraguai, a primeira semana de novembro também teve pouca chuva sobre as principais regiões produtoras de milho e soja. Ainda não há, porém, risco, pois no mês de outubro o volume de água ficou acima da média sobre o leste e sul do Paraguai, o que favoreceu o plantio e período de emergência.
A Somar informa que a primavera com deficiência de chuvas e fria, associada à previsão de pouca água para o restante de novembro, configura um quadro de risco para as lavouras de verão, com redução no potencial de produção. A preocupação aumenta, considerando que "estamos em um período de La Niña, que contribui para reduzir as chuvas no verão e aumenta o risco de estiagens regionalizadas", informa Etchichury.

SOJA/CHINA FECHA COM QUEDA COM RUMORES SOBRE APERTO MONETÁRIO.

As cotações da soja fecharam com queda na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange, influenciadas pelo recuo dos índices de ações nos mercados asiáticos, que cederam com a volta dos temores a respeito de um aperto monetário na China. O contrato setembro da oleaginosa recuou 28 yuans (0,8%), para 4.517 yuans por tonelada.
Um eventual aperto chinês pode prejudicar o investimento de fundos em ativos de maior risco, como as commodities e ações. O China Securities Journal informou hoje, sem citar fontes, que medidas administrativas (não especificadas) serão tomadas para esfriar a inflação. Limites à especulação nos mercados agrícolas também podem ser adotados. "Acho que o sentimento positivo do mercado foi largamente prejudicado por essa notícia. A liquidez pode ser reduzida por essas medidas", disse o analista Jing Zhuocheng, da Shanghai Cifco Futures. Mas o aumento no número de contratos abertos na Dalian indica que os investidores começaram a construir uma posição comprada no mercado de soja chinês em meio à leitura de que a inflação ao consumidor na China em outubro foi provocada pelo aumento nos custos dos alimentos.

SOJA : EUA PROCESSAM 2,19% MENOS EM OUTUBRO.

As indústrias norte-americanas processaram 2,19% menos soja em outubro 4,133 milhões de toneladas ante 4,225 milhões de tons esmagados no mesmo período de 2009. Em setembro foram processados 3,4 milhões de tons. O aumento de um mês para outro é sazonal já que outubro marca o início da safra da oleaginosa nos
Estados Unidos.
A produção de farelo de soja também aumentou ante setembro, mas ficou abaixo da registrada na mesma época do ano passado. O volume foi de 3.598.934 toneladas curtas (3,264 milhões de t), em comparação com 2.924.266 toneladas curtas (2,652 mi de t) em agosto e 3.630.421 toneladas curtas (3,293 mi/t) em outubro de 2009.
A produção de óleo de soja aumentou para 1,73 bilhão de libras-peso (784,7 mil t) no período, ante 1,427 bilhão de libras-peso (647,27 mil t) em setembro e 1,743 bilhão (790,6 mil t) em outubro do ano passado.
Os números foram divulgados ontem pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa, sigla em inglês) dos Estados Unidos.

CHICAGO: GRÃOS FECHARAM EM ALTA ONTEM COM EXPECTATIVA DE DEMANDA

As cotações dos grãos fecharam com alta na Chicago Board Of Trade (CBOT), ontem, recuperando-se parcialmente das perdas de sexta-feira, quando temores a respeito de um aperto monetário na China derrubaram os preços das matérias-primas. A ausência de quaisquer medidas do governo chinês durante o fim de semana e o consenso de que o país continuará a importar grande quantidade de alimentos motivou uma recuperação na segunda-feira, segundo analistas.
No mercado de soja, o contrato janeiro subiu 17,50 cents (1,38%), para US$ 12,8650 por bushel. Rich Feltes, vice-presidente de pesquisa da RJ O'Brien em Chicago, comentou que as liquidações vistas na sexta-feira foi consideradas uma correção das condições excessivamente compradas do mercado. Os fundamentos são fortes e isso deve manter um piso sob os preços, disse. "A queda dos preços na sexta-feira motivou compras de grãos dos EUA no mercado internacional", disse.
Os futuros de milho tiveram alta forte. O contrato dezembro avançou 21,50 cents (4,03%), para US$ 5,5550/bushel. Fundos compraram cerca de 18 mil contratos. Os rumores de um acordo de exportação entre China e Argentina foi positivo para o mercado, disseram analistas. Isso porque mostra a disposição dos asiáticos em comprar milho. Outro fator que deu sustentação ao mercado foram as compras de consumidores finais, que quiseram aproveitar a queda recente nos preços.
Os preços do trigo foram sustentados pelos ganhos do mercado de milho e de soja. O contrato março subiu 3 cents (0,42%), para US$ 7,1250 por bushel. A ausência de novidades nesse mercado impediu ganhos maiores. Segundo Chad Henderson, analista da Prime Ag Consulting, o trigo assumiu o papel de "seguidor do milho".

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