quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MATÉRIAS-PRIMAS ELEVAM PREÇOS DOS FERTILIZANTES

A alta das cotações das matérias-primas no mercado internacional está impulsionando os preços dos fertilizantes no segundo semestre deste ano. Segundo a análise mensal do mercado de fertilizantes feita pelos técnicos da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em outubro os preços dos fertilizantes subiram 5,3% em relação a setembro e 33,75% quando comparados ao mesmo mês do ano passado.
Os analistas da Faeg comentam que a alta dos preços dos fertilizantes se deve ao aumento das cotações das matérias-primas no mercado internacional, que se mantêm ascendentes desde agosto. Eles observam que os gráficos com as curvas de preços dos fertilizantes formulados e das matérias-primas mostram a influência dos produtos internacionais no mercado brasileiro, evidenciando os impactos da "nossa fertidependência".
O levantamento da Faeg constatou que entre as matérias-primas apenas o cloreto de potássio teve variação negativa no preço em relação a outubro do ano passado (-14%); A maior alta anual ocorreu para o fosfato monoamonico (MAP), cujo preço subiu 61,33%, seguido do super (+49,9%), ureia (+41,21%) e sulfato de amônio (+38,44%). Na comparação com setembro houve alta de 3,4% no preço do cloreto de potássio, de 12,3% no sulfato de amônio, de 6,2% no super, e de 5,4% no MAP.
Os técnicos relatam que os preços das matérias-primas no mercado internacional em outubro subiram em média 9,7%, superando os 6% observados de setembro para agosto. A cotação do MAP passou de US$ 507,88 a tonelada em setembro para US$ 560 em outubro, com uma alta de 10,26%. Em relação a outubro do ano passado, quando a cotação estava em US$ 335,50 a tonelada, o preço do MAP subiu 68%. O preço do enxofre também disparou, passando de US$ 44,50 a tonelada em outubro de 2009 para US$ 140,17 no mês passado, uma alta de 167%.
Reta final - Os analistas comentam que o mercado de fertilizantes no Centro-Oeste está em fase de conclusão, com 90% do volume previsto já comercializado. Ainda persiste o mercado "picadão", referente aos menores volumes comercializados, que mantêm as fabricas em funcionamento. Segundo eles, as misturadoras estão com filas de caminhões nas portas, pois além das compras de última hora, também estão atendendo os produtores que atrasaram o plantio por causa da falta de chuvas.
O estudo da Faeg sobre a relação de troca entre os preços dos produtos agrícolas e os dos fertilizantes mostra que a maior evolução ocorreu para o feijão. Em setembro os produtores de feijão precisavam vender 10 sacas do produto para adquirir 1 tonelada de fertilizante e em outubro a quantidade caiu para 5,26 sacas, com uma melhora de 44% no poder de compra. No caso do milho também houve recuperação de 12,8% no poder de compra do produtor.
Segundo a Faeg, a elevação dos preços dos insumos provocou um aumento médio de 3,4% nos custos de produção das principais culturas em Goiás, variação um pouco menor do que o verificado em setembro (5,4%). Os cálculos da Faeg mostram que os fertilizantes respondem por 21% dos custos totais de produção do feijão, 30% do milho e 22% da soja em Goiás. Em relação a outubro do ano passado os custos de produção subiram em média 13%.

  EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DOS FERTILIZANTES (EM R$ POR TONELADA)  
                                        OUT/09    SET/10    OUT/10   VARIAÇÃO                                                                 

                                                                                 ANUAL MENSAL 

  FORMULADOS
  (02-20-18 + 3% FTE)      664,33     841,67    897,25      35,1%    6,6% 
  (04-14-08 + 0,3% ZN)    519,00     673,00    692,13      33,4%     2,8% 
  (04-30-10 + 0,3% ZN)    710,00     934,33 1.009,50      42,2%     8,0% 
  (05-25-15 + 0,3% ZN)    737,75     928,33    954,00      29,3%     2,8% 
  (08-20-18 + 0,3% ZN)    746,50     947,67 1.000,25      34,0%     5,5% 
  (12-06-12)                    612,75     725,00    806,50      31,6%   11,2% 
  (20-00-20)                    780,00     885,00    944,58      21,1%     6,7% 
  Média                          681,48     847,86    900,60      32,2%     6,2% 
  MATÉRIAS--PRIMAS
  (Cloreto de Potássio) 1.213,33  1.006,67  1.041,00  -14,2%     3,4% 
  (Sulfato de amônio)      519,00     640,00     718,50   38,4%     12,3% 
  (Super 03-17-00)            415,50     586,67     623,00   49,9%      6,2% 
  (Uréia)                           723,50  1.003,33  1.021,67  41,2%       1,8% 
  Adubo (MAP)                 810,00  1.240,00  1.306,75  61,3%       5,4% 
  Média                            736,27     895,33     942,18   28,0%      5,2% 
Fonte: FAEG
venilson.ferreira@grupoestado.com.br

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