terça-feira, 16 de novembro de 2010

CLÍMA: REGIÃO NORDESTE(SUL) DEVE TER CHUVA NAS PRÓXIMAS SEMANAS

O comportamento das chuvas na segunda quinzena de novembro deve apresentar uma ligeira mudança. As frentes frias também devem alcançar o sul da Região Nordeste que, associadas à umidade da Amazônia, provocam chuvas sobre as áreas produtoras do Sudeste, Centro-Oeste e beneficiam também as lavouras da Bahia, Maranhão e Piauí. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. A previsão para a Região Sul, no entanto, é de pouca água no período.
As temperaturas ainda continuam baixas (menos de 10 graus) nesta semana, sobretudo durante à noite e de manhã. "Na última semana do mês, no entanto, espera-se uma mudança de padrão, com elevação da temperatura e até ondas de calor principalmente no oeste dos Estados da Região Sul", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Primavera
De acordo com a Somar, a primeira quinzena de novembro apresentou déficit de chuva sobre a Região Sul e também em São Paulo, parte de Mato Grosso do Sul e no sul e oeste de Mato Grosso. Nesse período o volume ficou acima da média no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, grande parte de Goiás, norte/nordeste de Mato Grosso e sobre partes da Região Norte.
De acordo com a Somar, esse é um padrão típico da primavera que aos poucos marca o retorno das águas para o Brasil Central e a redução das chuvas no Sul. Além disso, neste ano temos a presença do fenômeno La Niña, que foi responsável pelo atraso do retorno das águas no Sudeste e no Centro-Oeste. "Daqui para frente, o fenômeno pode provocar redução das chuvas e períodos de estiagem no Sul", comenta Etchichury.
Os índices de água disponível no solo refletem o resultado das chuvas sobre a umidade dos solos. Na primeira quinzena de novembro houve uma recuperação da umidade nos Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. No entanto, mesmo ainda insuficientes para repor o déficit hídrico acumulado, a umidade já consegue dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorece a recuperação das pastagens.
Argentina/Paraguai
A primeira quinzena de novembro foi de pouca chuva sobre a maior parte do território argentino, incluindo a região do Pampa Úmido que é a principal região produtora de grãos da Argentina. Nesse período as águas ficaram acima da média apenas no extremo sul do País e no leste da Província de Buenos Aires.
Segundo a Somar, a tendência é que essas condições não mudem muito na segunda quinzena do mês de novembro que, no geral, deve ter pouca umidade sobre as principais regiões produtoras argentinas. No entanto, no decorrer de novembro deve se observar uma gradual elevação da temperatura.
No Paraguai, a primeira semana de novembro também teve pouca chuva sobre as principais regiões produtoras de milho e soja. Ainda não há, porém, risco, pois no mês de outubro o volume de água ficou acima da média sobre o leste e sul do Paraguai, o que favoreceu o plantio e período de emergência.
A Somar informa que a primavera com deficiência de chuvas e fria, associada à previsão de pouca água para o restante de novembro, configura um quadro de risco para as lavouras de verão, com redução no potencial de produção. A preocupação aumenta, considerando que "estamos em um período de La Niña, que contribui para reduzir as chuvas no verão e aumenta o risco de estiagens regionalizadas", informa Etchichury.

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