sexta-feira, 26 de março de 2010

CBOT- FECHAMENTO COMPLEXO SOJA E MILHO.

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GRÃOS- SOJA E MILHO RECUPERAM PREÇO COM GRÉCIA.

Os contartos futuros de milho e soja aumentaram ligeiramente no pregão eletronico desta sexta feira, recuperando parte das perdas na sessão anterior, com notícias de saneamento fianceiro para a Grécia, levantando a maioria das matérias-primas e derrubando o dólar contra o euro. Mas os ganhos foram modestos, investidores permaneceram prudentes sobre como as dívida da Grécia será liquidada, enquanto mercados de grãos também ficam hesitantes à frente de um relatório de intenção de plantio próxima quarta-feira.
O dólar caiu, saindo da área do maior preço alto de dez meses em relação ao euro, após um plano da União Europeia a conceder empréstimos para a Grécia montados de dívida. O dólar mais baixo tende a apoiar preços em recuperação como petróleo e grãos, tornando-o mais barato para os detentores de outras moedas.
O tom hesitante em mercados de grãos foi encorajado pela relatório de quarta-feira há muito aguardado, quando será conhecido as estimativas de intenção de plantio americano a ser divulgado pelo departamento de agricultura dos Estados Unidos.  Agricultores americanos devem plantar mais milho e soja, encorajados pela demanda de etanol de milho e compra chinesa de soja.

SOJA: COLHEITA AVANÇA MAIS RÁPIDO NO RS.

Apesar dos problemas causados pelo clima durante o plantio, a colheita de soja está surpreendendo pelo ritmo mais rápido que o habitual no Rio Grande do Sul. A Emater informou que a colheita atingiu 15% da área semeada (3,976 milhões de hectares) nesta semana. Nas últimas cinco safras, em média a colheita havia chegado a 8% da área cultivada nesta época do ano. A safra tem uma expressiva parcela de 30% que está pronta para a colheita. Se o clima permanecer favorável, a colheita poderá terminar antes do esperado no Rio Grande do Sul, observou a Emater. O órgão de extensão rural prevê produção de 9,337 milhões de toneladas na safra 2009/10, 11,2% acima do volume obtido no ciclo anterior.
Nos últimos cinco dias, o Estado voltou a ter chuvas mais intensas, mas que oscilaram muito entre as regiões. As chuvas trouxeram alívio às regiões norte e noroeste do Estado, onde há lavouras ainda em desenvolvimento e que sofriam com a falta de umidade. No acumulado do mês, também houve variações acentuadas. Santa Maria, na região central, teve volume 83% abaixo da média em março. Em Santa Vitória do Palmar, no extremo sul, a precipitação superou a média em 38%.

quinta-feira, 25 de março de 2010

SOJA: CHICAGO ATINGE MENOR PATAMAR EM UMA SEMANA .

Os preços futuros da soja recuaram para o patamar mais baixo em uma semana nesta quinta-feira em meio a indicadores técnicos negativos, à estabilidade do dólar e à falta de notícias sobre fundamentos. O contrato maio caiu 17,50 cents ou 1,82% e fechou a US$ 9,4250/bushel. Analistas disseram que o mercado não tem novidades capazes de atrair compradores neste momento. A expectativa de safra recorde na América do Sul, a desaceleração da demanda para exportação e os indicadores de maior área plantada com soja nos Estados Unidos em 2010 são fatores suficientes para manter os compradores à margem do mercado. O dólar subiu durante parte da sessão de hoje e ofereceu pressão psicológica à soja. Mesmo depois que a moeda americana saiu das máximas, os declínios nos futuros se acentuaram por causa da fraqueza nos mercados vizinhos de milho e trigo. Analistas consideram oportunas a cobertura de posições compradas e novas vendas na expectativa de área maior nos Estados Unidos fizeram com que a soja se firmasse no território negativo. Além disso, vendas técnicas foram a última peça do quebra-cabeça baixista, segundo traders, de maneira que os futuros romperam áreas de suporte.
Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 9 mil lotes em soja, além de 2 mil lotes em farelo de soja e 2 mil em óleo.

BUNGE REESTRUTURA GESTÃO NO BRASIL.

A multinacional Bunge extinguiu os cargos de presidente da Bunge Alimentos e Bunge Fertilizantes, preparando a empresa para uma reestruturação na gestão administrativa da multinacional. Com a reformulação, o presidente da Bunge Fertilizantes, Mário Barbosa, e o presidente da Bunge Alimentos, Sérgio Waldrich, deixam suas funções executivas e passam a compor o Conselho de Administração da Bunge Brasil.
Procurado pela Agência Estado, o diretor corporativo de comunicação e sustentabilidade da Bunge, Adalgiso Teles, confirmou a informação. "As presidências da Bunge Alimentos e Bunge Fertilizantes serão unidas em um único cargo, o de presidente da Bunge Brasil, ocupado pelo ex-ministro Pedro Parente", informou o executivo. Segundo Teles, a reestruturação tirará o foco da gestão por empresas e focará nas áreas de negócios em que a Bunge está presente, de forma mais integrada e horizontal. A reestruturação já foi divulgada internamente para os executivos da empresa ontem e deverá ser divulgada oficialmente ao mercado nos próximos dias.
Com a reestruturação, na prática, as empresas Bunge Alimentos e Bunge Fertilizantes se transformam em áreas de negócios embaixo do guarda-chuva da Bunge Brasil, juntamente com outras áreas como Agribusiness, Açúcar e Bioenergia e América Latina. Estas áreas de negócios terão vice-presidentes específicos que se reportarão ao presidente Pedro Parente. Estes profissionais já fazem parte da equipe da Bunge. Na área de fertilizantes, a gestão será de Ariosto Riva. Gilberto Tomazoni segue na área de Alimentos e Ingredientes e, na área de Agribusiness, o responsável será Murilo Santana. O vice-presidente de Açúcar e Bioenergia será Martinho Mota. Ricardo Brito, que veio do Grupo Moema, será presidente do Conselho de Administração de Bioenergia e não ocupará um cargo executivo. A divisão de América Latina terá como vice-presidente Daniel Maldonado. Pedro Parente será o único executivo a se reportar ao CEO mundial da Bunge, Alberto Weisser.
Waldrich, da Bunge Alimentos, e Barbosa, da Bunge Fertilizantes, deixam suas funções executivas na empresa depois de serem responsáveis pela consolidação da presença da Bunge no Brasil. Há 37 anos na Bunge, Waldrich foi responsável, por exemplo, pela fortalecimento da divisão trigo com a incorporação da J. Macedo. O executivo também foi um dos principais responsáveis pelo crescimento da Bunge na área de agribusiness e no fortalecimento da rede logística da multinacional, além de tomar as primeiras iniciativas em direção ao setor de açúcar e bioenergia. Barbosa chegou na Bunge em 1980 com a missão de vender a Bunge Fertilizantes. Ao contrário de sua missão inicial, ao longo de 30 anos, fez este negócio crescer e se consolidar para, somente agora, ser vendido à Vale, em uma negociação que se encontra atualmente em andamento.

GRÃOS/EUA: ÁREA DA SOJA SOMARÁ 32,13 MI DE HECTARES.

Os produtores dos Estados Unidos estão se preparando para plantar mais soja do que nunca nesta primavera, mas menos do que seus planos de dezembro, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela revista americana Farm Futures. A publicação afirmou que consultou mais de 1,05 mil produtores entre 7 e 22 de março para sua terceira pesquisa de intenções de plantio de 2010. Ela descobriu que os produtores estão prestes a cultivar 79,4 milhões de acres de soja (32,13 milhões de hectares), quase 600mil acres a menos (243 mil hectares) do que a estimativa de dezembro. Mesmo assim, ainda representa uma área recorde e um aumento de 2,4% em relação a 2009.
Os produtores planejam cultivar 87,3 milhões de acres de milho (35,32 milhões de hectares) na primavera americana, queda de 2,2 milhões de acres (890 mil de hectares) na comparação com a previsão de dezembro. Se a pesquisa se confirmar, será uma expansão de 0,9% ante 2009.
A Farm Futures prevê plantio de 13 milhões de acres de trigo (5,26 milhões de hectares), pouca mudança em relação a dezembro e cerca de 2% menor do que no ano passado. A área total do trigo poderá cair para 52,6 milhões de acres (21,28 milhões de hectares), redução de 1,3 milhão de acres (526 mil hectares) ante dezembro e cerca de 11% menor do que 2009. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga as estimativas oficiais para intenções de plantio em 31 de março.

quarta-feira, 24 de março de 2010

FECHAMENTO DO COMPLEXO SOJA E MILHO NA CBOT.

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SOJA/MILHO: CHICAGO FECHA EM QUEDA INFLUENCIADO POR MOEDAS.

Os preços futuros da soja caíram hoje na Bolsa de Chicago. O contrato com vencimento em maio, mais movimentado, encerrou o pregão cotado a US$ 9,60 por bushel, em baixa de 8 cents ou 0,83%. O mercado de commodities como um todo foi afetado pela alta expressiva do dólar em relação a outras moedas fortes. O índice dólar atingiu hoje a maior pontuação do ano, puxado pelas preocupações com a crise na Europa. A alta do dólar exerce influência baixista sobre as cotações, uma vez que reduz o poder de compra dos agentes estrangeiros e compromete o apetite dos investidores po risco."A queda do real em relação ao dólar e a previsão de clima mais seco em algumas áreas de colheita também exerceram alguma pressão sobre os preços", comentou o presidente da Global Commodity Analytics. Contudo, como o contrato maio se manteve firme acima das principais linhas de suporte técnico, alguns traders cobriram posições vendidas nas mínimas. Os vendedores que se baseiam em indicadores técnicos foram atraídos pelo recuo visto na terça-feira, mas o mercado consegue manter o suporte mas principais médias móveis. Fundos especulativos realizaram uma venda líquida de 5 mil contratos de soja, mil de farelo e 2 mil de óleo.
MILHO
Depois de avançar a partir de áreas de suporte técnico, os preços futuros do milho chegaram ao fim do dia com ganhos, o contrato maio fechou em alta de 2,25 cents ou 0,62%, cotado a US$ 3,65/bushel. Participantes do mercado cobriram posições vendidas e puxaram as cotações. Os futuros recuaram no início da sessão, diante da alta do dólar e de pressões relacionadas a indicadores técnicos. Mas os traders baixistas não foram capazes de conduzir o mercado para nível inferior à mínima de fevereiro, de US$ 3,59/bushel. Traders disseram que a área se trata de importante patamar e que, provavelmente, uma queda mais forte estimularia vendas técnicas. Mas, em vez disso, os preços se estabilizaram e não voltaram a testar o suporte durante o resto do dia. O mercado terminou pouco abaixo das máximas. Traders entendem que, embora o fechamento positivo seja tecnicamente amigável, os baixistas ainda podem conduzir os futuros para a mínima de fevereiro outra vez. "O mercado ainda me parece baixista", disse um deles. A valorização do dólar limitou os ganhos observados ontem, assim como as previsões do tempo que indicam temperaturas mais altas nas regiões produtoras, durante a próxima semana. Os alagamentos no Meio-Oeste não foram tão ruins quanto se esperava e o clima mais quente pode permitir que os produtores avancem nos trabalhos de preparação para o plantio.
Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 2 mil contratos hoje. Os participantes aguardam a divulgação do relatório de intenções de plantio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser divulgado no dia 31 de março. Enquanto isso, é provável que se veja certa instabilidade nos preços. Segundo o analista Chad Henderson, da Prime Ag Consultants, "acho que estamos andando de lado e agora é contagem regressiva para receber números de estoques e área plantada, em uma semana".

CBOT - SOJA E MILHO

Os contratos futuros de soja terminaram a sessão desta terça-feira sem direção comum na Bolsa de Chicago, perto da estabilidade. Participantes do mercado ajustaram suas posições no fim do dia e neutralizaram ganhos registrados no início. O contrato maio caiu 0,50 cent ou 0,05% e fechou a US$ 9,68/bushel. Traders estão se posicionando antes do relatório de intenções de plantio e estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser divulgado em 31 de março. Os vendedores surgiram depois que as compras se esgotaram no começo do pregão, de modo que o mercado andou de lado. Traders que estavam vendidos recompraram posições, na medida em que reduzem a exposição ao risco antes dos dados do governo, que terão indicadores de curto prazo.
Investidores afirmaram que há poucas notícias sobre fundamentos e que os outros mercados praticamente não deram suporte. No entanto, a falta de demanda para exportação da safra antiga dos Estados Unidos e a colheita recorde na América do Sul ainda pressionam o mercado. Entretanto, o contrato maio foi capaz de se manter acima das principais médias móveis. Houve operações de spread novamente, pois a expectativa de maior área plantada em 2010 nos Estados Unidos se contrapõe aos estoques apertados da safra anterior, o que pressiona os últimos vencimentos. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido 2 mil lotes em soja e 1 mil em óleo, além de compraram 1 mil lotes em farelo de soja.
O mercado futuro de milho registrou perdas expressivas na Bolsa de Chicago, na sessão desta terça-feira. Os contratos com vencimento em maio, caíram 8,0 cents ou 2,16% e fecharam a US$ 3,6275/bushel. Segundo o analista Brian Hoops, presidente da corretora Midwest Market Solutions, o milho está em um momento difícil para encontrar suporte. A ampla oferta global e a demanda para exportação insuficiente continuam sendo influências negativas para os preços. Previsões do tempo para o Meio-Oeste dos Estados Unidos indicam clima mais quente e seco, o que é baixista para os preços. Isso sinalizou que os traders estão removendo algum prêmio de risco embutido nas cotações, na medida em que o clima seco desfaz a ameaça de atraso no plantio de milho, segundo Hoops. Taiwan comprou 60 mil toneladas dos Estados Unidos nesta terça-feira, disseram executivos de tradings. Eles disseram que o milho foi adquirido por US$ 234,59 a tonelada (base custo e frete), da STX Corp. O dólar mais firme e as incertezas sobre o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que terá estimativas para área plantada e estoques, são pressão psicológica que mantém os futuros em terreno negativo. Hoops acrescentou que vendas técnicas tiveram papel essencial para o declínio, de modo que as perdas se aceleraram quando os preços se aproximaram de mínimas anteriores. No entanto, o contrato maio conseguiu se manter acima do suporte técnico na mínima de março. Analistas técnicos disseram que um fechamento abaixo de US$ 3,59/bushel poderia afetar os indicadores de curto prazo e sugeriria queda de preços. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido 7 mil lotes em milho.
A Bolsa de Grãos de Rosário elevou sua estimativa de produção de milho na safra 2009/10 da Argentina para 20,4 milhões de toneladas. Em sua previsão anterior, havia estimado em 19,7 milhões de toneladas.Segundo a bolsa, a produtividade nas províncias de Santa Fé, Córdoba e Buenos Aires é maior do que o esperado inicialmente, o que resultou em elevação das projeções. A Bolsa de Rosário manteve sua estimativa para produção de soja em 52,5 milhões de toneladas, mas observou que o prospecto provavelmente será revisto conforme a colheita evoluir.

segunda-feira, 22 de março de 2010

SOJA/CHICAGO REGISTRA MAIOR PREÇO EM UM MÊS.

Os preços futuros da soja estão se mantendo firmes na Bolsa de Chicago (CBOT), depois de alcançar a maior cotação em um mês. Os contratos mais negociados, com vencimento em maio, subiram 13 cents, encerrando dia com alta de 6,75 cts cotado a US$ 9,68 50/bushel. A falta de notícias está mantendo a atenção dos traders voltada a outros mercados, com a reversão dos ganhos recentes do dólar, que haviam pressionado os futuros no início do dia, segundo analistas. Tão logo a moeda americana começou a cair e a impulsionar o petróleo, compras especulativas começaram a ser observadas no pregão da soja. Boatos a respeito do clima chuvoso na América do Sul, que estaria diminuindo o ritmo da colheita, ajudaram a minimizar a pressão gerada pela entrada de uma safra recorde. Preocupações com o aperto nos estoques dos Estados Unidos também deram suporte às cotações. Analistas disseram que ajustes de posição, relacionadas ao relatório de intenção de plantio que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga no dia 31, também ajudaram a sustentar os contratos futuros de soja. Fundos compraram cerca de 4 mil contratos de soja, mil de farelo e 2 mil de óleo. Também foram observadas compras de baseadas em indicadores técnicos de preço. O fato de o contrato maio se sustentar acima da média móvel de 50 dias deu aos investidores a confiança de que as mínimas de curto prazo já foram estabelecidas.  Há algum suporte nas discussões sobre a umidade na América do Sul e sobre a redução dos estoques da antiga safra nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o resultado de suas inspeções semanais das exportações de grãos, até última quinta-feira (dia 18), foram registrados 874.46 mil tons, ante 873,2 mil tons da semana anterior. O relatório mostra o volume acumulado dos embarques americanos de grãos da atual safra em 32,8 milhões de toneladas, acima dos 24,5 milhões embarcados em 2009, apoiando os preços em alta na bolsa de chicago, especuladores atribuem os baixos estoques ao excelente volume vendido e embarcado, especialmente á China.

SOJA NA CBOT MANTÉM TENDÊNCIA DE ALTA DE CURTO PRAZO.

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SOJA: COLHEITA NO MATO GROSSO CHEGA A 91%.

Os produtores de soja de Mato Grosso colheram 91% da safra 2009/10 até a última quinta-feira 18/3, informa relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) publicado hoje. O porcentual corresponde a aproximadamente 5,7 milhões de hectares, de uma área total de 6,12 milhões. Em igual período do ano passado, apenas 76,3% da safra havia sido colhida.O resultado indica um avanço de 16% em relação à semana anterior. Segundo o Imea, o pequeno volume de chuvas criou condições favoráveis para que os trabalhos avançassem. Até o momento, as produtividades oscilam entre 43 e 57 sacas por hectare. O instituto estima a produção deste ano em 18,37 milhões de toneladas, volume 5,6% maior do que o registrado na temporada passada. Para o Imea, a produção da safra 2009/10 está "praticamente consolidada". Agora, "a preocupação dos produtores está totalmente voltada para as cotações em Chicago", aponta. O preço médio da soja no Estado está em R$ 25,90 por saca, 27,8% abaixo do nível praticado em igual período do ano passado. Segundo o instituto, trata-se do preço mais baixo desde a safra 2006/07, quando o preço médio para esta época do ano era de R$ 23,60 por saca.
O Imea sustenta que os meses de março, abril e maio são "os piores meses para a venda do grão, o que parece já ser sabido pelos produtores". A avaliação é de que os sojicultores estão negociando apenas o necessário para fazer caixa e quitar custos.

SOMAR: CHUVA DE MARÇO ESTÁ ABAIXO DA MÉDIA.

O mês de março tem se mostrado como período de pouca chuva, com desvios negativos em grande parte do Brasil. Nos 20 primeiros dias do mês choveu mais do que a média apenas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e parte de Tocantins, conforme avaliação da Somar Meteorologia. O Sul do Brasil enfrentou mais uma semana de pouca chuva, aumentando ainda mais a preocupação para parte da lavoura de soja do Rio Grande do Sul, que foi plantada mais tarde, em dezembro. No momento, essas plantações estão na fase de floração e enchimento de grão e ainda precisam de água para fechar satisfatoriamente o ciclo de produção."A boa notícia para o Rio Grande do Sul é que voltou a chover ontem (domingo) e o dia de hoje começou com chuvas, que ainda não são visualizadas nos mapas", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. No Paraná e em Mato Grosso do Sul, também foram registradas chuvas na semana passada, o que favorece diretamente a lavoura de milho safrinha.
O índice pluviométrico de março, mesmo que irregular e no geral abaixo da média, ainda mantém uma boa condição de umidade do solo em grande parte do Brasil. Segundo o porcentual de água disponível no solo, pode-se observar um aumento da umidade sobre Minas Gerais, Espírito Santo, parte da Bahia, Tocantins, além de grande parte da Região Norte. As chuvas da semana contribuíram para a elevação níveis de umidade do solo, principalmente no Paraná e em Santa Catarina e partes de Mato Grosso do Sul. Já no sertão e agreste nordestino, mesmo estando na época das chuvas e com alguns volumes no fim de semana passado, as águas ainda não começaram para valer (com regularidade). A região enfrenta níveis críticos de água disponível no solo, com algumas áreas abaixo de 20%.
Previsão
Uma nova frente fria deve provocar chuva sobre o Sudeste e Centro-Oeste nesta semana. No Nordeste do Brasil deve chover apenas no início de abril. Segundo a Somar, a semana começa com a presença de uma frente fria que organiza chuva de forma generalizada sobre o Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
A frente fria deve avançar lentamente e não se mostra muito intensa. Mesmo assim, no decorrer da semana, a organização de chuvas isoladas está favorecida em Estados do Sudeste e do Centro-Oeste. Já o Nordeste do Brasil deve enfrentar mais uma semana seca, com água apenas no oeste da Bahia e no Maranhão.
Daqui para frente (outono), com a redução gradual da umidade da Amazônia, as frentes frias também vão perdendo intensidade e a consequência é a redução do volume de chuvas. Mesmo assim, para a última semana de março os volumes ainda devem ficar concentradas sobre o Sudeste e o Centro-Oeste.
Para o sertão e agreste nordestino, que atravessam época de chuva, os índices pluviométricos devem se concentrar na primeira semana de abril. "Vale ressaltar mais uma vez que a previsão é de um ano de chuvas abaixo da média, irregulares e de curta duração", diz Etchichury. "Em 2010, portanto, o Nordeste do Brasil não deve repetir 2009, quando houve chuvas intensas e enchentes", acrescenta.

ARGENTINA
As chuvas diminuem em março, mas ainda beneficiam as regiões produtoras da Argentina. De acordo com a Somar, depois de um mês de fevereiro chuvoso, este mês mostra uma redução dos volumes sobre grande parte do território argentino. Mesmo assim, o volume varia entre 50 mm e 100 mm, o suficiente para manter uma boa reserva de umidade no solo.
Conforme a distribuição da água no acumulado na última semana, pode-se observar que os maiores volumes foram verificados nas Províncias de Córdoba e Santa Fé, com índice variando entre 150 mm e 200 mm.De acordo com a Somar, o outono começa com pouca chuva. A previsão até o fim do mês é de pouca água sobre grande parte do território. Somente na primeira de semana de abril é que a propagação de uma nova frente fria deve causar chuvas sobre a Argentina. A tendência para o outono, mesmo com o El Niño em fase de enfraquecimento, é de um período com chuvas ligeiramente acima da média e redução gradual da temperatura, com o frio extremo este ano chegando um pouco mais tarde, a partir de maio, conclui Etchichury.

MILHO-PRODUTOR DEFENDE LEILÕES NA CONAB.

Com expectativa de boa safra em 2010, o plantio do milho safrinha está praticamente finalizado, com mais de 90% da área semeada, em Mato Grosso, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Com as chuvas que vêm ocorrendo na maioria das regiões produtoras, os solos apresentam boa úmidade, com valores superiores a 85%, o que mantêm condições favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das plantas que se encontram nas fases de desenvolvimento vegetativo e florescimento. Em Mato Grosso, a colheita do milho safrinha começa dentro de dois meses. Segundo informações, as chuvas que ocorreram esta semana elevaram o nível de umidade do solo, proporcionando excelentes condições tanto para a germinação das sementes, quanto para o crescimento e desenvolvimento das plantas, uma vez que 80% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos e 10% já na fase de florescimento. Até o momento, não é observada nenhuma anomalia climática que possa afetar o potencial produtivo das lavouras. Em razão disso, Mato Grosso deverá confirmar liderança nacional na oferta do grão segunda safra, com previsão de colher 8,24 milhões de toneladas, conforme projeção do Imea. “A nossa preocupação agora é com a realização dos leilões para evitar os problemas de armazenagem que tivemos no ano passado”, aponta o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira. No ano passado, mais de 2,5 milhões de toneladas de milho chegaram a ficar a céu aberto em Mato Grosso por falta de armazéns para estocar os grãos.
Este ano os produtores não querem que o episódio se repita. “Precisamos desde já programar os leilões de 2010”, frisa Silveira. O objetivo do leilão é regular o mercado. “Se o governo federal deixar o mercado agir livremente, certamente haverá queda nos preços e o produtor vai perder. Com este instrumento de comercialização, o governo enxuga o mercado, sustentando preços mínimos ao produtor”, explica uma fonte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
PREÇOS.
A prática de manutenção dos preços do milho, que vem sendo implementada mais fortemente nos últimos dois anos, foi determinante para a alta no valor do grão entre os anos de 2003 e 2009, segundo dados da Conab. De acordo com Carlos Eduardo Tavares, superintendente de Gestão da Oferta da estatal, os preços foram alterados devido ao alto custo com logística para transportar sacas de milho de Mato Grosso, até o Nordeste. "Aumentaram os preços com o objetivo de incentivar a produção em áreas como oeste da Bahia e sul do Maranhão, por exemplo. Por isso, tivemos um aumento significativo lá", afirma Tavares. Atualmente, a média de preços no Nordeste é de R$ 20,10, enquanto há um ano e meio era de cerca de R$ 14. Entretanto, as opiniões, agora, são antagônicas quando o assunto é a diminuição do preço do milho em Mato Grosso, devido à atual desvalorização comercial do grão.
De um lado, O Ministério da Fazenda sinaliza ser a favor da diminuição para reequilibrar a oferta e demanda do produto e, de outro, o Ministério da Agricultura - juntamente com a Conab - se posicionam contra a redução. A política da Conab para o milho proveniente de Mato Grosso é de incentivo às exportações que, segundo Tavares, “vão muito bem no mercado internacional”.

SOJA-AGRICULTORES DE SORRISO Á ESPERA DE MELHORES PREÇOS.

Boa parte dos grãos de soja colhidos na região norte está estocada nos armazéns. A maioria dos produtores aguarda uma melhora no preço para vender o produto. O valor da saca teve uma diminuição de R$ 13,00 em relação ao mesmo período do ano passado. Cautelosos, os agricultores esperam.
Esta retração pode gerar problemas quanto a colheita e estocagem do milho safrinha. Com os armazéns lotados de soja, pode faltar espaço para o milho. A situação poderá ficar critica em Sorriso e Lucas do Rio Verde que é o campeão brasileiro na produção de safrinha. Em Sorriso por exemplo, a safra da soja deve fechar em 1,8 milhão de toneladas e boa parte dela está nos armazéns. Além da oferta ser grande, o preço em baixa, outro agravante é o frente alto. Conforme Só Notícias já informou, a antecipação da safra em Mato Grosso coincidindo com a colheita na região Sul, a escassez de caminhões ficou grande, encarecendo o transporte.
Segundo Elso Pozzobon, presidente do Sindicato Rural de Sorriso, ano passado o preço do transporte da tonelada girava em torno de R$ 180,00, agora custa de R$ 220,00 A 230,00 a t. “A comercialização está lenta. Em Sorriso, os agricultores tem uma boa capacidade de silos, mas estão cheios de soja, então estamos prevendo que irá faltar espaço para o milho, se nada for alterado em relação ao preço da soja”, completou o sindicalista. O auge da colheita do milho safrinha acontece no final de junho e inicio de julho.

PERSPECTIVA: INCERTEZA SOBRE SAFRA DEVE SUSTENTAR GRÃOS.

Os preços futuros dos grãos devem continuar firmes na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo desta semana. Analistas acreditam que as especulações relacionadas ao tamanho da área plantada com soja, milho e trigo na safra 2009/10 norte-americana devem sustentar o mercado até o dia 31, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga do levantamento com a intenção do plantio naquele país. A avaliação é de que fundos e especuladores, que apostaram na queda dos preços dessas commodities,devem cobrir posições antes do relatório com o objetivo de minimizar seus riscos. Na sexta-feira, a Informa Economics revisou suas estimativas para o próximo plantio. Os analistas da consultoria apontaram que a área de soja vai atingir 78,63 milhões de acres (31,82 milhões de hectares), ante 77,9 milhões de acres (31,52 milhões de hectares) estimados em janeiro. No ano passado, os produtores plantaram 77,5 milhões de acres (31,36 milhões de hectares) de soja, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Já a área de milho foi estimada em 88,42 milhões de acres (35,78 milhões de hectares), ante 89,6 milhões de acres (36,26 milhões de hectares) na leitura de janeiro. O USDA afirmou que 86,5 milhões de acres (35,0 milhões de hectares) de milho foram plantados no ano passado. A Informa informou ainda que a área plantada com trigo chegará a 53,65 milhões de acres (21,71 milhões de hectares), ante 59,13 milhões de 2009 (23,93 milhões de hectares).
Em resumo, os produtores norte-americanos devem plantar mais soja e milho e menos trigo, na comparação com a safra 2009/10. Apesar da expectativa de aumento na área plantada nos Estados Unidos, os preços da soja tem se mantido sustentados pela ideia de que os estoques norte-americanos encerrarão a temporada em níveis bastante apertados, o que diminui consideravelmente o espaço para perdas na próxima safra. A relutância dos produtores brasileiros em vender e o bom desempenho das exportações dos Estados Unidos apenas aumentam a pressão sobre os estoques locais. No mercado de milho, a preocupação é de que o derretimento tardio da neve nos Estados Unidos provoque alagamentos e atrase o início do plantio em algumas regiões. Isso levaria mais produtores a optar pelo cultivo da soja, em detrimento do cereal. Ou seja, a área plantada na safra 2010/11 pode ser menor do que a estimativa a ser divulgada pelo USDA no próximo dia 31.

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