quinta-feira, 9 de junho de 2011

MILHO/EUA: USDA REDUZ PROJEÇÕES DE PRODUÇÃO E ESTOQUE EM 2011/12

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou hoje as expectativas de analistas ao reduzir a estimativa da produção de milho do país na temporada 2011/12 para 13,2 bilhões de bushels no relatório mensal de oferta e demanda. A projeção representa uma queda de 305 milhões de bushels em relação ao volume previsto em maio, após condições climáticas adversas atrasarem o plantio nas principais regiões de cultivo dos EUA.
O corte também reflete preocupações cada vez maiores sobre a sólida demanda por parte da indústria de etanol em um período de ofertas apertadas. "Os atrasos do plantio até o começo de junho na parte leste do cinturão produtor de milho e nas planícies ao norte do país devem reduzir a área plantada, mais que compensando prováveis ganhos no oeste do cinturão produtor e nas planícies centrais, onde o plantio estava adiantado até meados de maio", informou o USDA.
A estimativa do estoque final em 2011/12 foi revisada para 695 milhões de bushels, ante 900 milhões de bushels no relatório do mês passado. O corte deve-se à previsão de queda da produção norte-americana. Para 2010/11, o governo manteve a projeção em 730 milhões de bushels.

-----------------------------------------------------------------
Estimativas de oferta e demanda de milho dos EUA
-----------------------------------------------------------------
Safra                   2010/2011                 2011/2012
Estimativas      maio         junho        maio      junho       
-----------------------------------------------------------------
Área (em milhões de acres)
   Plantada          88,2          88,2        92,2*     90,7*
   Colhida           81,4          81,4        85,1*     83,2*
-----------------------------------------------------------------
Produtividade por acre colhido - em bushels
                      152,8         152,8       158,7*    158,7*
-----------------------------------------------------------------
                Números em milhões de bushels
Oferta:
Estoque inicial      1.708         1.708         730         730
Produção            12.447        12.447      13.505      13.200
Importações             25            25          20          20
  Oferta total      14.180        14.180      14.255      13.950
Demanda
Ração/residual       5.150         5.150       5.100       5.000
Alimentação/sem. 6.400         6.400       6.455       6.455
Etanol combustível 5.000         5.000       5.050       5.050
Total doméstico  11.550        11.550      11.555      11.455
Exportações          1.900         1.900       1.800       1.800
Demanda total    13.450        13.450      13.355      13.255
Estoques finais        730           730         900         695
---------------------------------------------------------------
Preço médio pago ao produtor - em US$ por bushel
          35,10-5,40     5,20-5,50   5,50-6,50   6,00-7,00
---------------------------------------------------------------

SOJA/EUA: USDA ELEVA ESTOQUES DE 2010/11 E 2011/12

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou os estoques finais de soja das safras 2010/11 e 2011/12 no relatório mensal de oferta e demanda divulgado agora pela manhã. A estimativa de produção não foi alterada.
Os estoques finais, contudo, continuarão apertados. Eles foram estimados em 180 milhões de bushels (4,90 milhões de t) em 2010/11, ante 170 milhões (4,63 milhões de t) estimados em maio. Isso se deve à redução da estimativa de exportação em 10 milhões de bushels no período. Para a safra 2011/12, o estoque final foi estimado em 190 milhões de bushels (5,17 milhões de t), ante 160 milhões de bushels (4,35 milhões de t) no mês passado. Esse ajuste foi feito graças à redução da estimativa de exportação no período.
Apesar da elevação dos estoques finais, o USDA reajustou para cima a projeção de preço médio da soja na safra 2011/12, para entre US$ 13 e US$ 15 por bushel.
-----------------------------------------------------------------
        ESTIMATIVAS DE OFERTA E DEMANDA DE SOJA DOS EUA
-----------------------------------------------------------------
Safra                      2010/2011                 2011/2012
Estimativas       maio          junho       maio        junho
-----------------------------------------------------------------
Área - em milhões de acres
   Plantada       77,4          77,4       76,6 *      76,6 *
   Colhida         76,6          76,6       75,7 *      75,7 *
-----------------------------------------------------------------
Produtividade por acre colhido - em bushels
                        43,5          43,5       43,4 *      43,4 *
-----------------------------------------------------------------
                 Números em milhões de bushels
Estoque inicial     151           151         170         180
Produção          3.329         3.329       3.285       3.285
Importações          15            15          15          15
  Oferta total    3.495         3.495       3.470       3.480
Esmagamento     1.650         1.650       1.655       1.655
Exportações       1.550         1.540       1.540       1.520
Sementes             89            89          90          90
Uso residual         36            36          25          25
  Uso total          3.325         3.315       3.310       3.290
Estoques finais     170           180         160         190
-----------------------------------------------------------------
Preço médio pago ao produtor - em US$ por bushel
                  11,40         11,40       12,0/14,0 13,0/15,0
-----------------------------------------------------------------

PRORROGADA MORATÓRIA PARA PRODUTORES COM PASSIVO AMBIENTAL

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que a presidente Dilma Rousseff decidiu prorrogar por 180 dias (seis meses) o início da vigência das punições para os produtores rurais que não registraram a reserva legal em seus imóveis. O decreto com a moratória para os produtores com passivo ambiental vencia no dia 11 de junho. Com a prorrogação, passa a valer até 11 de dezembro. O adiamento das punições foi pleiteado por senadores que querem um prazo maior para analisar e aprovar o novo Código Florestal.
"A prorrogação do decreto é uma sinalização de que continuamos o dialogo político. Os senadores vão tentar fechar um texto o mais redondo possível e, por isso, precisam de tempo para analisar o Código", disse a ministra. Segundo ela, a prorrogação do decreto sairá publicada no Diário Oficial de amanhã.

SOJA FECHA EM BAIXA POR PREVISÃO DE ESTOQUES MAIORES

Os futuros da soja fecharam em baixa hoje na Bolsa de Chicago pressionados pelos dados do governo que mostram estoques no final do ano mais confortáveis do que o esperado. O contrato julho caiu 7,75 centavos, ou 0,55%, para fechar cotado a US$ 13,9375 por bushel.
As projeções de oferta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ficaram acima do previsto e geraram pressão sobre os preços, aliadas à ampla produção na América do Sul e a estimativas de exportações menores.
Os estoques finais foram estimados em 4,90 milhões de t em 2010/11 4,63 milhões de t estimados em maio. Para a safra 2011/12, o estoque final foi estimado em 190 milhões de bushels (5,17 milhões de t), ante 160 milhões de bushels (4,35 milhões de t) no mês passado.
O relatório encorajou traders a reduzir o prêmio de risco no mercado depois de os preços terem subido por conta da expectativa de oferta menor, disse Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics and Consulting.
O óleo acompanhou a soja e terminou em baixa, sucumbindo à pressão de estimativa maior de oferta pelo USDA. Já o farelo conseguiu de descolar e terminou em alta, devido às permanentes preocupações com uma oferta mais apertada do produto no oeste do Meio-Oeste por conta das inundações do rio Missouri, que prejudicam a entrega do grão.
O contrato julho do óleo caiu 54 pontos, ou 0,93%, para fechar a 57,40 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo subiu US$ 0,10, ou 0,03%, cotado a US$ 372,90 por tonelada.
MILHO ATINGE PREÇO RECORDE E FECHA EM ALTA DE 2,8% Os preços futuros do milho dispararam nesta quinta-feira e durante o dia atingiram o maior nível histórico na Bolsa de Chicago. O governo dos Estados Unidos reduziu suas estimativas para estoques, sinalizando que serão os menores desde os anos 1990. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em julho terminou a sessão em alta de 21,50 cents ou 2,81%, cotado a US$ 7,8550/bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu hoje em 22% sua estimativa para os estoques finais no próximo ano-safra, para 695 milhões de bushels. Traders não esperavam uma redução tão grande ante projeção divulgada em maio, pois a perspectiva já é de que as reservas serão as menores em 15 anos.
Os futuros alcançaram o preço recorde de US$ 7,93/bushel, superando a máxima anterior, de US$ 7,8375/bushel estabelecida em abril. Chuvas persistentes no leste do Cinturão do Milho e no norte das Grandes Planícies reduziram a área plantada com milho, segundo o USDA. Áreas foram alagadas ao longo dos rios Ohio, Missouri e Mississippi. O USDA estima que os produtores cultivaram apenas 90,7 milhões de acres, menos do que os 92,2 milhões de acres previstos um mês atrás.
A agência do governo também indicou que os países não serão capazes de oferecer muito alívio aos consumidores de grãos. O USDA espera que os estoques globais serão 13% menores do que o previsto anteriormente, totalizando 111,9 milhões de toneladas, o menor nível em cinco anos.
O cenário de oferta mais apertada aumentou a ansiedade entre os participantes do mercado, estimulando traders a embutir prêmio de risco nas cotações, de acordo com o diretor de pesquisa da corretora e consultoria Allendale, Rich Nelson. A combinação entre oferta aperta e o fato de que a safra de milho 2011 dos Estados Unidos não começou bem, aumenta a tensão entre os consumidores de grãos.
A incerteza sobre a produção 2011, num momento em que a oferta já é restrita, representa um argumento lógico para elevação de preços, segundo o analista Dale Durchholz, da corretora AgiVisor. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 15 mil contratos em milho hoje, um número considerado elevado, segundo traders.
USDA CONFIRMA QUE CHINA COMPROU 57 MIL TONELADAS O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou em seu relatório semana que 56,9 mil toneladas de milho foram vendidos para destinos desconhecidos serão entregues à China. Traders vêm acompanhando de perto as vendas para os chineses, pois é difícil prever exatamente de quanto milho o país precisa. Duas semanas atrás, o USDA disse que a China comprou 116,8 mil toneladas em acordos fechados no início da primavera no Hemisfério Norte. Provavelmente, a China deve ficar fora do mercado agora, já que costuma comprar quando os preços caem.
TRIGO/EUA FECHA EM BAIXA COM PERSPECTIVA DE ESTOQUE GLOBAL MAIOR
As cotações do trigo recuaram hoje no mercado americano, diante da elevação da estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para os estoques globais.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em julho fecharam em baixa de 3,0 cents ou 0,40%, cotado a US$ 7,45/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento recuou 13,75 cents ou 1,55% e terminou a US$ 8,7125/bushel.
O aumento da previsão para os estoques finais 2010/11 e 2011/12 foi "decisivamente baixista", segundo a corretora Doane Advisory Services. Traders disseram que há trigo suficiente no mundo, especialmente de baixa qualidade, tipo de cereal que pode ser usado como ração.
Nos Estados Unidos, a colheita avança no sul, trazendo à tona nova oferta. O USDA estimou a produção do país acima das expectativas, também pesando nos preços.
ALGODÃO/NY FECHA EM FORTE ALTA COM REDUÇÃO DE ESTIMATIVA DE SAFRA
Os preços futuros do algodão avançaram hoje com força na bolsa ICE Futures US, em Nova York, depois de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter reduzido sua estimativa de produção para o próximo ano-safra. O movimento foi considerado incomum, pois as pesquisas físicas nos campos começam em agosto.
Os contratos do algodão com vencimento em julho fecharam no limite de alta de 600 pontos ou 4,14%, cotados a 151,05 cents/lb. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados e que representam a nova safra, saltaram 284 pontos ou 2,18% e terminaram a 132,99 cents/lb.
Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA reduziu sua estimativa para a safra 2011/12 em 1 milhão de fardos, para 17 milhões de fardos, "principalmente por causa da expectativa de maior abandono, resultante da severidade da seca no sudoeste" do país. Os futuros do algodão reagiram com ganhos expressivos, atingindo no curto prazo o limite de alta permitido pela bolsa.
"O corte na produção surpreendeu todo mundo", disse o analista independente Mike Stevens. "Esse provavelmente vai ser o maior número do ano." O USDA estimou, entretanto, exportações menores neste ano. Mas o mercado já havia assimilado esse fator, pois dados do governo vêm mostrando cancelamentos de vendas externas da fibra nas últimas 11 semanas.
Os futuros cederam mais de 33% desde que registraram máximas históricas em março, conforme desacelerou a demanda. Mas a extrema seca no oeste do Texas, que responde por mais de um terço da produção de algodão dos Estados Unidos, pode dar suporte aos preços no fim do ano.
"Com estoques finais 2010/11 muito baixos e expectativa de diminuição da oferta dos Estados Unidos em 2011/12, o mundo tem muito poucos recursos se ocorrer uma quebra na safra", disse o Rabobank, em nota.Segundo Stevens, "(o dado do USDA) reforçou o fato de que uma situação séria" está ocorrendo no Texas.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

GRÃOS TRABALHAM NA MESMA DIREÇÃO E FECHA EM ALTA.

Os futuros da soja acompanharam o milho e fecharam em alta hoje na Bolsa de Chicago. A oleaginosa recebeu suporte ainda das incertezas sobre a área e a produção nos Estados Unidos frente a estoques apertados, além do fortalecimento do petróleo. O contrato julho subiu 7,50 centavos, ou 0,54%, e fechou cotado a US$ 14,0150 por bushel.
A influência do milho provocou compras em todo o complexo de grãos, uma vez que os participantes do mercado não esperam muitas mudanças no relatório de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará amanhã. A expectativa é de um pequeno aumento nos estoques finais
As cotações do farelo também terminaram em alta, em linha com a soja e com suporte adicional das preocupações com o aperto da oferta em meio à possibilidade de algumas processadoras fecharem devido às enchentes no rio Missouri, disseram analistas.
O contrato julho do farelo subiu US$ 4,50, ou 1,3%, para terminar a US$ 372,80 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo ganhou 1 ponto, ou 0,02%, a 57,94 centavos por libra-peso.

MILHO FECHA EM ALTA DE 3,7% COM FORTE DEMANDA. 
Os preços do milho subiram com força nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago com forte demanda e um cenário altista nos fundamentos. Os contratos com vencimento em julho fecharam com valorização de 27,50 cents ou 3,73%, cotados a US$ 7,64/bushel.
A crescente demanda por milho para produção de etanol nos Estados Unidos continua consumindo os estoques. A produção de etanol subiu 915 mil barris por dia na semana passada, elevação de 0,7% ante a semana anterior, e 9% em relação ao ano anterior. Esse aumento intensifica o aperto na oferta de milho no país, que deve ser a menor em 15 anos no fim da temporada.
Consumidores de grãos estão pagando mais pelo milho no mercado físico do que no mercado futuro, conforme a oferta diminui. O milho é negociado com um prêmio em relação ao trigo pela segunda vez em 15 anos, então traders impulsionaram os preços, uma vez que ambos os grãos competem no segmento de ração animal, de acordo com analistas.

O presidente da Global Commodity, Mike Zuzolo, declarou que a expansão dos estoques de etanol, apesar de um aumento da produção, reflete a forte demanda por milho. Nos Estados Unidos, o milho é a principal matéria-prima do etanol.
A expectativa é de que o governo reduza sua estimativa de oferta no relatório mensal que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga amanhã, às 9h30 de Brasília. Analistas consultados pela Dow Jones esperam que o governo reduza também sua estimativa dos estoques para o próximo ano-safra em 11%, totalizando 20,3 milhões de toneladas. Os estoques do atual ano-safra devem ser reduzidos em 2%, para 18,16 milhões de tons, segundo analistas. "Há um sentimento geral no mercado de que o relatório de amanhã dará suporte", disse o analista Shawn McCambridge. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 18 mil contratos de milho, um volume elevado, disseram traders.

TRIGO/USDA PODE PREVER MENOR SAFRA EM 5 ANOS.
Analistas nos Estados Unidos preveem que o governo norte-americano divulgará projeção indicando a menor safra de trigo em cinco anos, depois da seca que atingiu a produção no sul das Grandes Planícies e as enchentes que submergiram campos ao longo do Rio Mississippi. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), também vai atualizar as previsões para a produção global de trigo e os estoques finais.
A agência do governo deve estimar a colheita de trigo dos Estados Unidos em 53,94 milhões de toneladas, queda de 3% na comparação com a estimativa divulgada em maio e 10% menor do que a safra anterior, conforme média das projeções de nove analistas consultados pela agência Dow Jones. As projeções variaram de 1,905 bilhão a 2,058 bilhões de bushels.
O USDA deve estimar os estoques de trigo em 842 milhões de bushels nas condições de 31 de maio, elevação de 0,4% ante a previsão do mês passado, com desaceleração da demanda, de acordo com média das projeções de 16 analistas. Os estoques em 31 de maio de 2012, quando termina o próximo ano-safra, devem ser avaliados em 669 milhões de bushels, quase 5% menores do que no mês passado, segundo analistas.
A redução da expectativa dos estoques é resultado de uma colheita menor. Se a média dos analistas estiver correta, os Estados Unidos terão a menor safra desde 2006, quando foram produzidos 1,8 bilhão de bushels. "Oklahoma, sudoeste do Kansas e Texas vão estar muito ruins", mencionou o analista Sid Love, da consultoria Kropf & Love Consulting.
O analista Bryce Knorr, do boletim Farm Futures, disse que "embora os resultados iniciais da colheita tenham sido bons na safra de trigo brando, parte da área não vai ter colheita por causa das enchentes".
Os Estados Unidos esperam perder mercado de exportação no próximo ciclo, por causa da competição com países da região do Mar Negro, que vinham restringindo as vendas externas por causa de uma seca severa no ano passado. A Rússia pretende retomar os embarques em 1º de julho, em meio a sinais de boa colheita.
Mas, segundo Knorr, o USDA não fará ajustes significativos em suas previsões de produção ou exportação na região do Mar Negro, até que se tenha uma noção melhor sobre os tamanhos das safras locais. O USDA pode reduzir as projeções para produção na União Europeia, já que França e Alemanha tiveram problemas com o tempo seco, lembrou o analista.

CONAB: COLHEITA DE 75 MILHÕES DE TONS DE SOJA ESTÁ ENCERRADA.

A produção de soja está estimada em recorde 74,99 milhões de toneladas, mantendo o ritmo de crescimento das últimas safras. De acordo com o nono levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje, o volume é 9,2%, ou 6,30 milhões de toneladas, superior à produção obtida na safra 2009/10, quando foram colhidas 68,69 milhões de toneladas. De acordo com o técnicos da Conab, o fator climático foi o principal responsável pelo bom resultado.
Segundo a Conab, a colheita na Região Centro-Oeste, maior produtora da oleaginosa, foi concluída com resultados bastante positivo, com média de produtividade atingindo 3.125 kg/ha. O Estado de Mato Grosso, com a maior área plantada com soja no País, 6,4 milhões de hectares, a média ficou em 3.190 kg/ha.
No entanto, observam os técnicos da estatal, nos meses de fevereiro e março as chuvas em algumas áreas pontuais foram mais intensas, causando transtornos à colheita e perdas de qualidade do produto, sobretudo em Mato Grosso do Sul que finalizou a safra com produtividade de 2.860 kg/ha, a mais baixa do Centro-Oeste, quando a expectativa inicial indicava produtividade acima de 3.000 kg/ha.
MILHO: FALTA DE CHUVAS PREOCUPA PRODUTORES. O clima está normal, até o momento, nas principais regiões produtoras de milho da segunda safra, também chamada de safrinha de inverno. No entanto, nos últimos dias, as chuvas escassearam e já preocupa os produtores do Paraná, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, informam os técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na nova pesquisa de safra 2010/11, divulgada hoje. Nos Estados da Bahia e Piauí também existe uma certa apreensão por causa do clima adverso.
A produção total de milho esperada para a safra 2010/11 é de 56,73 milhões de toneladas (mais 1,3% ante 56 milhões de t de 2009/10). A primeira safra está estimada em 35,03 milhões de toneladas. A segunda safra está projetada em 21,70 milhões de toneladas, o que representa leve queda de 1,1% ante 2009/10 (21,9 milhões de t).
Segundo a Conab, no Maranhão, que passou a cultivar o milho segunda safra no ano passado, as chuvas foram suficientes para garantir a produtividade dos 26.000 hectares semeados na região de Balsas e amenizar a escassez de umidade nas demais lavouras de milho segunda safra.
Para o milho segunda safra, a Conab prevê o cultivo de 5,7 milhões hectares, 8,8% maior que a área semeada na safra anterior, que foi de 5,3 milhões hectares. O milho safrinha está instalado basicamente na Região Centro-Oeste, onde é semeada logo após a colheita da soja. "Na maioria dos Estados não foi possível semear toda a lavoura de milho dentro do período ideal, mas, os produtores tradicionais mantiveram ou aumentaram a área cultivada", informa a Conab.
A área total cultivada com milho, resultante da soma da primeira e segunda safra, deve alcançar 13,4 milhões de hectares, apresentando crescimento de 3% em relação à safra anterior. Boa parte deste aumento está relacionada com a recuperação das áreas semeadas nas Regiões Norte e Nordeste, as quais na safra anterior tiveram dificuldade na semeadura por falta de umidade no solo.
ALGODÃO EM PLUMA DEVE CRESCER 71,8%.
A nona pesquisa sobre a safra 2010/11 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), considerou todas as regiões produtoras de algodão do País. A área plantada está estimada em 1,39 milhão de hectares, superior em 66,4% à cultivada na safra 2009/10. O incremento, segundo a Conab, foi motivado principalmente pela alta de preços provocada pela forte redução dos estoques mundiais.
A produção brasileira de pluma deve registrar acréscimo da ordem de 71,8%. Na safra 2009/10, a produção totalizou 1,19 milhão de t. Para esta safra, a produção nacional deverá alcançar 2,05 milhão de t. O maior incremento de área foi constatado na Região Centro-Oeste, que participa com 64,0% no total da área plantada.
Em Mato Grosso, principal produtor nacional de algodão, as lavouras encontram-se em fase inicial de colheita. Algumas outras áreas ainda estão em período de floração e frutificação. De acordo com os técnicos Conab, a previsão é que o clima continue favorável até o fim da colheita.
No oeste baiano, o clima também tem favorecido o desenvolvimento das lavouras, e a expectativa é que a região alcance índices recordes de produtividade, informa a Conab. Em Goiás, importante produtor, as lavouras estão na fase de maturação e início de colheita. Apesar das adversidades climáticas (veranicos e chuvas contínuas), há expectativa de incremento na produtividade.
Já as lavouras mineiras encontram-se em fase de frutificação, maturação e colheita. A produtividade média estimada para o Estado é de 3.705 kg/ha, cerca de 0,4% menor que a da safra anterior, em virtude do "aumento de lavouras na região do norte de Minas Gerais, que historicamente apresentam menor produtividade, quando comparadas com as demais áreas produtoras do Estado, e também em decorrência do período de estiagem", explicam os técnicos. A colheita está sendo iniciada e deverá se estender até o mês de julho.

terça-feira, 7 de junho de 2011

SOJA SE RECUPERA POR INCERTEZAS SOBRE PRODUÇÃO

Os futuros da soja conseguiram se estabilizar após a forte queda de ontem, e fecharam hoje com ganhos na Bolsa de Chicago. O contrato julho subiu 10,75 centavos, ou 0,78%, para terminar cotado a US$ 13,94 por bushel.
As incertezas sobre a área ser plantada e a produção dos Estados Unidos em 2011/12, provocadas pelo atraso do plantio no leste do Meio-Oeste, encorajaram traders a manter o prêmio de risco no mercado, disseram analistas.
Traders também aproveitaram a oportunidade para cobrir algumas posições antes do relatório de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga amanhã. A fraqueza do dólar também deu suporte ao mercado, completaram os analistas.
O farelo de soja terminou em alta, em linha com a soja. O óleo, por sua vez, fechou em queda pressionado pela realização de lucros sobre os spreads entre os dois produtos derivados. O julho do farelo subiu US$ 8,60, ou 2,39%, para US$ 368 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo perdeu 10 pontos, ou 0,17%, cotado a 57,93 centavos por libra-peso.

MILHO SOBE PUXADO POR COMPRA DO MÉXICO
Os preços futuros do milho subiram nesta terça-feira na Bolsa de Chicago diante de uma rara compra do México, despertando preocupações sobre a oferta apertada. Os lotes para entrega em julho avançaram 4,50 cents ou 0,61% e fecharam a US$ 7,3650/bushel. O contrato dezembro, que representa a safra que será colhida no outono, avançou 9,50 cents ou 1,42% e fechou a US$ 6,7650/bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje a venda de 822,96 mil toneladas de milho para o México. Do total contratado, 548,64 mil toneladas serão entregues em 2011/12 e 274,32 mil toneladas no ano comercial seguinte, de acordo com o USDA. É incomum que os compradores encomendem milho com mais de um ano de antecedência, o que surpreendeu os traders, já que o cenário para a próxima safra é desconhecido.
A compra indica que o México está se protegendo contra uma possível colheita decepcionante no outono, segundo analistas. Há pouco espaço para erros de estimativa, pois os estoques da última safra devem ser os menores em 15 anos nos Estados Unidos. "Eles estão tentando garantir estoque", disse o corretor e analista Larry Glenn, da Frontier Ag. Traders estão acompanhando a demanda, especialmente depois que os futuros atingiram nível recorde em abril, com fortes vendas para o exterior, além da demanda doméstica para etanol e rações. Desde então, os preços recuaram 6%.
A compra do México ocorreu depois da queda de 2,9% dos preços na segunda-feira, com previsões de clima favorável nos Estados Unidos.
Isso mostra que será difícil para os produtores recompor os estoques no ano que vem, pois os consumidores de grãos comprarão agressivamente sempre que os preços caírem, segundo Jim Gerlach, presidente da A/C Trading.

TRIGO/EUA FECHA EM BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS E ENTRADA DA SAFRA
Participantes do mercado de trigo embolsaram lucros e pressionaram as cotações do cereal nos Estados Unidos nesta terça-feira.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em julho, os mais negociados, recuaram 10,25 cents ou 1,38% e fecharam a US$ 7,3375/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento cedeu 15,50 cents ou 1,74% e terminou a US$ 8,7450/bushel. Em Minneapolis, os futuros do trigo de primavera recuaram depois de terem alcançado máximas em três anos.
A aceleração da colheita de trigo de inverno nos Estados Unidos também pesou nas cotações do trigo na CBOT e na KCBT, pois indicou a entrada da nova safra. No oeste europeu, as preocupações diminuíram após chuvas em áreas que enfrentavam tempo seco.

SOJA: AGRURAL ELEVA SAFRA PARA 74,1 MILHÕES DE TONS

A consultoria AgRural elevou hoje sua estimativa para a safra 2010/11 de soja do Brasil para 74,1 milhões de toneladas, ante 73,17 milhões previstos no mês passado. O aumento deveu-se a produtividades maiores no Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.
A consultoria explicou que a maior parte desse incremento veio do ajuste na produtividade média do Paraná, que subiu de 53,3 sacas por hectare no último levantamento para 55 sacas por hectare. No Rio Grande do Sul a estimativa passou de 46,7 sacas para 47,5 sacas por hectare, e na Bahia de 51 sacas para 54 sacas por hectare.
Dos 12 estados que mais produzem soja no Brasil, apenas Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Piauí não bateram recorde, de acordo com os cálculos da AgRural. Com esses ajustes, a produtividade média do Brasil ficou em 51,2 sacas por hectare, um recorde mundial de rendimento nacional da oleaginosa que antes era das 49,9 sacas colhidas pela Argentina na temporada 2006/07.
Comercialização - O Brasil vendeu 71% da atual safra até o final de maio, acima dos 65% de um ano atrás e avanço de seis pontos percentuais em relação aos 65% do final de abril.
Entre os grandes produtores, o Estado que mais avançou foi o Paraná, que passou de 52% no final de abril para 62% em maio. O Rio Grande do Sul, que avançou seis pontos no mês, segue como o Estado com menos comercialização no País, já que os produtores seguem à espera de preços melhores e negociaram 42% da safra.
No Centro-Oeste, onde a comercialização é sempre mais adiantada, já há pouco a vender segundo a AgRural e, por isso, a evolução em maio foi modesta, especialmente em Mato Grosso, que passou de 83% para 87%.

MILHO: CHINA DEVE IMPORTAR ATÉ A COTA DE 7,2 MILHÕES/TONS

É improvável que a China importe mais do que a cota de 7,2 milhões de toneladas de milho em 2011, apesar da pressão inflacionária dos preços das carnes, afirmou o analista Nicholas Zhu, do ANZ Bank. Em relatório especial analisando o impacto do apetite da China por milho, Zhu estimou os estoques do país num total de 44 milhões de toneladas em setembro de 2010, com relação entre consumo e estoques de 27%.
Zhu mencionou a compra recente pela estatal de grãos chinesa Sinograin, de 1 milhão de toneladas de milho, como evidência de uma crescente demanda no país, estimada em 10 milhões de toneladas. "A ordem direta da Sinograin sugere uma urgência inusual de reabastecer os estoques de milho que diminuem", comentou, citando dados de que o governo leiloou 27,5 milhões de toneladas de milho de seus estoques em 2010.
A China se tornou um importante player no mercado global de milho, pois sua classe média em expansão desenvolveu o gosto por carnes. O consumo de milho para produção de ração cresceu constantemente para 150 milhões de toneladas em 2010 e estima-se que possa chegar a 250 milhões de toneladas em 2020. O executivo-chefe da Sinograin estima que 60% da safra de milho será direcionada à alimentação de animais, para satisfazer as crescentes necessidades de proteínas.
Zhu não acredita que o governo vá exceder a cota de importação estabelecida em 2011, de 7,2 milhões de toneladas. No ano passado, o país importou 1,57 milhão de toneladas de milho, de acordo com dados do governo. Todo esse volume foi usado como ração. O analisa prevê que o governo vá limitar a utilização industrial, que atualmente supera a meta do governo, de 30% da demanda. A administração pública quer limitar o financiamento de bancos para propósitos que não são estocagem e apertar os padrões ambientais para fábricas de processamento de grãos.

GRÃOS/EUA: CLIMA MELHORA E PLANTIO GANHA RITMO.

Produtores dos Estados Unidos aceleraram o plantio de milho ao longo da última semana, pois o clima ficou mais seco e permitiu redução da umidade nos campos. Além disso, as áreas já cultivadas puderam evoluir mais, após semanas de chuvas persistentes e atrasos.
"Muitas áreas que poderiam ser abandonadas vão ser plantadas", disse o analista John Kleist, da corretora Ebottrading.com. Até domingo, 94% das lavouras de milho haviam sido plantadas, mais do que os 86% registrados uma semana antes e abaixo da média em cinco anos, de 98% para este momento, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os maiores avanços ocorreram em Estados no leste do Cinturão do Milho, como Ohio e Indiana, onde os produtores encontravam dificuldades para plantar. Em Ohio, 58% do plantio havia sido realizado até domingo, mais do que os 19% da semana anterior e menos do que a média de 99% para este momento. No oeste de Iowa e Illinois, o plantio praticamente foi concluído e a safra vem se beneficiando das chuvas periódicas.
De modo geral, 67% das lavouras de milho apresentam condições boas a excelentes, segundo o USDA, ante 63% na semana passada. Cerca de 79% da safra emergiu, quanto uma semana antes eram 66%. A média em cinco anos é de 90% para este momento do ano. "Tivemos um clima de estufa em Illinois, Iowa e partes do Nebraska, o que está aparecendo no relatório", explicou Kleist, descrevendo as condições favoráveis.
Soja
Produtores também fizeram avanços significativos nas lavouras de soja. Até domingo, 68% da safra foi plantada, segundo o USDA, mais do que os 51% registrados uma semana antes e abaixo da média de 82% para esta época do ano.
O plantio continua lento em Ohio, onde 26% da safra foi cultivada, mais do que os 7% da semana passada, mas muito abaixo da média de 88%. No entanto, em Iowa 94% da safra já foi plantada, ante 87% na semana anterior, enquanto a média em cinco anos é de 93%.
Analistas afirmaram que os atrasos no cultivo de soja não são surpreendentes, pois é esperado que os agricultores se concentrem no plantio de milho neste momento. A soja pode ser plantada posteriormente, enquanto o milho perderia potencial de produtividade. Cerca de 44% das lavouras de soja emergiram, ante 27% na semana passada e média de 61%, de acordo com o USDA.
Trigo
No norte das Grandes Planícies, apenas 57% da safra emergiu até domingo, ante 40% na semana passada e média de 92% nesta época do ano. Chuvas persistentes mantiveram os produtores longe dos campos durante semanas, indicando que não poderão semear área tão extensa quanto planejavam.
Cerca de 79% da safra de trigo de primavera foi plantada, ante 68% na semana anterior e média de 98% em cinco anos. Na Dakota do Norte, principal Estado produtor de trigo de primavera no país, 69% da safra foi plantada, ante média de 97%. Cerca de 39% das lavouras emergiram, enquanto a média é de 89%. "O plantio de trigo de primavera segue em ritmo lento", observou o analista Brian Henry, da corretora Benson Quinn Commodities.
Produtores estão colhendo o trigo de inverno no sul. As lavouras foram danificadas por severa seca no sul das Grandes Planícies. Cerca de 10% da safra foi colhida, mais do que a média de 6% para este momento.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

GRÃOS: CLIMA FAVORÁVEL PRESSIONA MERCADOS EM BAIXA.

Os futuros da soja recuaram hoje depois dos fortes ganhos da semana passada, em uma onda de vendas generalizadas provocadas pela previsão de clima favorável. O contrato julho caiu 31,25 centavos, ou 2,21%, para fechar a US$ 13,8325 por bushel.
Traders acreditavam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostraria em seu relatório semanal um avanço significativo do plantio na semana passada em relação ao período semana anterior, confirmando após fechamento da bolsa, em 68% de área plantada até domigo 5/6. Muitos previam área plantada mais de 70%, contra 51% na semana anterior.
O relatório "vai mostrar um dos maiores saltos do ano" no plantio da soja e do milho, disse Tim Hannagan, analista da PFG Best.
Os produtos derivados também tiveram perdas, em linha com a soja, uma vez que o tempo favorável eleva o otimismo sobre o plantio da safra no Meio-Oeste. Traders "começaram o dia na expectativa de que se inicia uma semana decente para o plantio", completou Hannagan.
O contrato julho do farelo recuou US$ 9,0, ou 2,44%, cotado a US$ 359,40 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo perdeu 70 pontos, ou 1,19%, para 58,03 centavos por libra-peso.

MILHO FECHA EM BAIXA DE 2,9% COM AVANÇO DO PLANTIO NOS EUA
As cotações do milho tiveram queda expressiva hoje na Bolsa de Chicago pressionadas por preocupações com a economia global e pela melhora do clima em algumas áreas de produção dos Estados Unidos. Os lotes do cereal para entrega em julho, os mais movimentados, terminaram o dia em baixa de 22,0 cents ou 2,92%, cotados a US$ 7,32/bushel.
Os preços cederam diante da noção de que os produtores avançaram bastante no plantio nos Estados Unidos ao longo da última semana, com clima mais quente e seco onde havia excesso de umidade. As condições durante o fim de semana foram "ótimas", de acordo com o analista Taylor Smalley, da corretora Country Hedging.
Além disso, previsões do tempo indicaram clima quente com chuvas nesta semana em áreas onde a safra já está plantada. Elas são consideradas favoráveis, depois de uma primavera longa e excessivamente úmida para o plantio. "Estamos caminhando para o verão (no Hemisfério Norte) e a safra está plantada e crescendo", disse o analista Chad Henderson, da corretora Prime Ag Consultants.
O mercado vai precisar de notícias climáticas desfavoráveis para puxar os preços, segundo Henderson. Alguns traders enxergam na queda expressiva dos preços hoje uma correção depois da valorização recente dos grãos. O trigo e a soja também recuaram.
A maioria das commodities registrou perdas nesta segunda-feira, em meio à cautela nos mercados por causa das dúvidas sobre a recuperação da economia global em virtude dos problemas na Europa e nos Estados Unidos. O dólar subiu e pressionou as commodities, entre elas o petróleo.

SOJA: CÉLERES ELEVA ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO PARA 73,6 MI TONS

Com a finalização da colheita no Brasil, a consultoria Céleres reajustou seus índices de produtividade das lavouras de soja e elevou hoje sua estimativa de produção da safra 2010/11 para 73,6 milhões de toneladas, ante 72,5 milhões previstos no mês passado.
Em seu relatório de acompanhamento de safra, o penúltimo para este ciclo, a consultoria elevou as estimativas de produção de vários Estados em relação aos dados divulgados em maio. Os principais ajustes foram para Rio Grande do Sul (+328 mil t), Mato Grosso (+320 mil t), Bahia (+158 mil t), Mato Grosso do Sul (+126 mil t), Tocantins (+41 mil t) e Santa Catarina (+34 mil t).
Já em relação à comercialização, até o final da semana passada os sojicultores brasileiros tinham negociado 69% da safra, alta de dois pontos porcentuais ante a semana anterior e contra 61% em igual período da safra passada.
O Estado mais avançado na comercialização é Mato Grosso, com 89% da produção vendida. O Paraná, segundo maior produtor atrás de Mato Grosso, negociou 63% de sua safra, e o Rio Grande do Sul, 42%.
No mercado doméstico, os preços da soja encerraram a semana passada estáveis, pois segundo a Céleres os ganhos registrados devido às cotações externas foram anulados pela valorização do real frente ao dólar. No acumulado de 30 dias, as cotações tiveram ganho de 1,9%.
Por sua vez a exportação da soja via porto de Paranaguá teve como referência o prêmio de venda para julho de 2011 na casa de US$ 0,12 por bushel, dois pontos de alta em relação à semana anterior. Em Paranaguá, a saca da oleaginosa terminou a semana valendo US$ 30,7, alta de 0,7% no acumulado de sete dias.

SOJA/MT-Grupo O TELHAR lidera produção de soja.

Nem Blairo, nem Eraí. Depois de quatro décadas de domínio brasileiro, o título de “Rei da Soja” foi arrebatado nesta safra pelo grupo argentino “O Telhar”, com raízes e história de oito anos de trabalho no Brasil, cujos investidores fazem parte do grupo “El Tejar” (em espanhol), fundado na Argentina há 23 anos e líder em produção de grãos na América Latina. Os números da produção e área são guardados a sete chaves pelos argentinos, porém, informações do mercado apontam área plantada acima de 206 mil hectares de soja no Estado e produção em torno de 680 mil toneladas, o suficiente para desbancar o produtor Eraí Maggi, que nesta safra produziu 576 mil toneladas de soja em lavouras que ocuparam 178 mil hectares.
Há pelo menos 10 anos a família Maggi – primeiro, com Blairo e, ultimamente, com Eraí (Grupo Bom Futuro) – detinha a hegemonia de maiores produtores de soja do mundo. Agora, se a família quiser recuperar a posição, terá de rever as estratégias para recuperar a liderança perdida para os argentinos.
De acordo com informações de “O Telhar”, o grupo com aporte em Mato Grosso, já se considera uma “empresa local, que tem interesse no desenvolvimento do Estado e da comunidade”. Em Mato Grosso, o grupo conta com cerca de 300 funcionários, ainda distantes dos cinco mil empregos gerados pelo Grupo Bom Futuro, do empresário Eraí Maggi. Entre os objetivos dos argentinos, além da produção de grãos, está o “desenvolvimento das comunidades onde atua”.
O Telhar está presente no Brasil desde 2003, contando com sede na cidade de Primavera do Leste (239 quilômetros ao leste de Cuiabá). No Brasil, a empresa atua na produção e comercialização de soja, milho e algodão, sendo que a produção é realizada por meio de produtores locais.
Por questões estratégicas, o grupo não revela o montante exato da produção para cada cultura, alegando que os dados “precisam ser compilado entre os diversos departamentos da empresa”. Informa apenas que as atividades de “O Telhar” se desenvolvem em 21 unidades produtivas distribuídas pelo estado do Mato Grosso. Na América do Sul, especificamente, El Tejar atua em uma área superior a 700 mil hectares.
O modelo produtivo de “O Telhar” permite que os produtores rurais, donos das terras, continuem dentro da atividade agrícola e possam retornar à atividade quando considerem oportuno, não ficando, portanto, excluídos do mercado e da atividade. “O grupo El Tejar conta com unidades de produção em diversos países da América Latina. No Brasil, o grupo não poderia deixar de estar presente, devido aos inúmeros fatores favoráveis à produção de soja, e que posicionam o país como o maior produtor mundial do grão, assim como sua vocação natural para a produção agrícola. Mato Grosso, especificamente, está localizado em uma região de clima privilegiado e solo bastante adequado à produção de soja, além de ser um local muito favorável em termos da logística de escoamento da produção, por estar na região central do Brasil”, informa o grupo.
Os argentinos argumentam ainda que “além do clima e do solo favoráveis” à produção de soja, Mato Grosso tem grande vocação para a produção de grãos e alimentos, em geral. “Mato Grosso oferece excelentes oportunidades de expansão agrícola. A filosofia do grupo El Tejar, ao ingressar em um país e realizar investimentos, é de permanecer como uma companhia altamente produtiva, por pelo menos 700 anos nos mercados onde está instalada, garantindo estabilidade a todos os envolvidos”.
De acordo com o grupo, “o fato de o Brasil vir se posicionando como um celeiro mundial de alimentos e Mato Grosso ser o Estado que mais produz grãos no país, certamente colocam a região em lugar de destaque nos cenários nacional e internacional nos próximos anos”, com perspectivas de alcançar novos recordes.
Autor: Diário de Cuiabá

PERSPECTIVA: SOJA SINALIZA FIRMEZA COM MILHO NA CONTRAMÃO

Após quebrar a barreira dos US$ 14 por bushel pela primeira vez em um mês na semana passada, a soja na Bolsa de Chicago deve agora buscar uma confirmação de que pode se manter nesse nível. Na sexta-feira, o contrato julho subiu 7,50 centavos, ou 0,53%, e fechou cotado a US$ 14,1450 por bushel, mantendo-se sustentado depois de ter quebrado o suporte no pregão anterior.
"O mercado da soja está bastante firme, mas acredito que tenha atingido uma resistência pouco acima dos US$ 14. Não acredito que deva subir muito acima disso, talvez mais uns 10 a 20 centavos, porque o Brasil ainda está vendendo e os EUA estão negociando menos", avaliou Vinicius Ito.
O ritmo lento do plantio nos Estados Unidos e as perspectivas de tempo úmido, principalmente nas planícies ao norte do país, preocupam os traders em virtude da possibilidade de perdas de produtividade num ano de estoques apertados de soja.
A oleaginosa andou na contramão do milho, cujo contrato julho terminou a última sessão com baixa de 12,50 centavos, ou 1,63%, a US$ 7,54 por bushel. A pressão veio de outros mercados e da fraca demanda para exportação, e para Ito existe uma dificuldade de se manter no nível de US$ 7,50. "Então acreditamos em correção, principalmente se o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgar uma estimativa de plantio maior", disse ele, referindo-se ao relatório de acompanhamento de lavoura que sai hoje, que deve indicar uma finalização dos trabalhos.
Já o cenário para o trigo parece ser mais incerto. Depois de sofrer queda com o anúncio da Rússia de que voltaria ao mercado de exportação, a semana começa agora na expectativa de o país dar mais detalhes sobre como seria o processo, com a definição por exemplo de tarifas. O fortalecimento da demanda de produtores de ração deu sustentação ao cereal na sexta-feira, e o contrato julho subiu 4 centavos, ou 0,52%, para US$ 7,7375 por bushel.

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas