quarta-feira, 8 de junho de 2011

GRÃOS TRABALHAM NA MESMA DIREÇÃO E FECHA EM ALTA.

Os futuros da soja acompanharam o milho e fecharam em alta hoje na Bolsa de Chicago. A oleaginosa recebeu suporte ainda das incertezas sobre a área e a produção nos Estados Unidos frente a estoques apertados, além do fortalecimento do petróleo. O contrato julho subiu 7,50 centavos, ou 0,54%, e fechou cotado a US$ 14,0150 por bushel.
A influência do milho provocou compras em todo o complexo de grãos, uma vez que os participantes do mercado não esperam muitas mudanças no relatório de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará amanhã. A expectativa é de um pequeno aumento nos estoques finais
As cotações do farelo também terminaram em alta, em linha com a soja e com suporte adicional das preocupações com o aperto da oferta em meio à possibilidade de algumas processadoras fecharem devido às enchentes no rio Missouri, disseram analistas.
O contrato julho do farelo subiu US$ 4,50, ou 1,3%, para terminar a US$ 372,80 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo ganhou 1 ponto, ou 0,02%, a 57,94 centavos por libra-peso.

MILHO FECHA EM ALTA DE 3,7% COM FORTE DEMANDA. 
Os preços do milho subiram com força nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago com forte demanda e um cenário altista nos fundamentos. Os contratos com vencimento em julho fecharam com valorização de 27,50 cents ou 3,73%, cotados a US$ 7,64/bushel.
A crescente demanda por milho para produção de etanol nos Estados Unidos continua consumindo os estoques. A produção de etanol subiu 915 mil barris por dia na semana passada, elevação de 0,7% ante a semana anterior, e 9% em relação ao ano anterior. Esse aumento intensifica o aperto na oferta de milho no país, que deve ser a menor em 15 anos no fim da temporada.
Consumidores de grãos estão pagando mais pelo milho no mercado físico do que no mercado futuro, conforme a oferta diminui. O milho é negociado com um prêmio em relação ao trigo pela segunda vez em 15 anos, então traders impulsionaram os preços, uma vez que ambos os grãos competem no segmento de ração animal, de acordo com analistas.

O presidente da Global Commodity, Mike Zuzolo, declarou que a expansão dos estoques de etanol, apesar de um aumento da produção, reflete a forte demanda por milho. Nos Estados Unidos, o milho é a principal matéria-prima do etanol.
A expectativa é de que o governo reduza sua estimativa de oferta no relatório mensal que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga amanhã, às 9h30 de Brasília. Analistas consultados pela Dow Jones esperam que o governo reduza também sua estimativa dos estoques para o próximo ano-safra em 11%, totalizando 20,3 milhões de toneladas. Os estoques do atual ano-safra devem ser reduzidos em 2%, para 18,16 milhões de tons, segundo analistas. "Há um sentimento geral no mercado de que o relatório de amanhã dará suporte", disse o analista Shawn McCambridge. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 18 mil contratos de milho, um volume elevado, disseram traders.

TRIGO/USDA PODE PREVER MENOR SAFRA EM 5 ANOS.
Analistas nos Estados Unidos preveem que o governo norte-americano divulgará projeção indicando a menor safra de trigo em cinco anos, depois da seca que atingiu a produção no sul das Grandes Planícies e as enchentes que submergiram campos ao longo do Rio Mississippi. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), também vai atualizar as previsões para a produção global de trigo e os estoques finais.
A agência do governo deve estimar a colheita de trigo dos Estados Unidos em 53,94 milhões de toneladas, queda de 3% na comparação com a estimativa divulgada em maio e 10% menor do que a safra anterior, conforme média das projeções de nove analistas consultados pela agência Dow Jones. As projeções variaram de 1,905 bilhão a 2,058 bilhões de bushels.
O USDA deve estimar os estoques de trigo em 842 milhões de bushels nas condições de 31 de maio, elevação de 0,4% ante a previsão do mês passado, com desaceleração da demanda, de acordo com média das projeções de 16 analistas. Os estoques em 31 de maio de 2012, quando termina o próximo ano-safra, devem ser avaliados em 669 milhões de bushels, quase 5% menores do que no mês passado, segundo analistas.
A redução da expectativa dos estoques é resultado de uma colheita menor. Se a média dos analistas estiver correta, os Estados Unidos terão a menor safra desde 2006, quando foram produzidos 1,8 bilhão de bushels. "Oklahoma, sudoeste do Kansas e Texas vão estar muito ruins", mencionou o analista Sid Love, da consultoria Kropf & Love Consulting.
O analista Bryce Knorr, do boletim Farm Futures, disse que "embora os resultados iniciais da colheita tenham sido bons na safra de trigo brando, parte da área não vai ter colheita por causa das enchentes".
Os Estados Unidos esperam perder mercado de exportação no próximo ciclo, por causa da competição com países da região do Mar Negro, que vinham restringindo as vendas externas por causa de uma seca severa no ano passado. A Rússia pretende retomar os embarques em 1º de julho, em meio a sinais de boa colheita.
Mas, segundo Knorr, o USDA não fará ajustes significativos em suas previsões de produção ou exportação na região do Mar Negro, até que se tenha uma noção melhor sobre os tamanhos das safras locais. O USDA pode reduzir as projeções para produção na União Europeia, já que França e Alemanha tiveram problemas com o tempo seco, lembrou o analista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas