quinta-feira, 9 de junho de 2011

SOJA FECHA EM BAIXA POR PREVISÃO DE ESTOQUES MAIORES

Os futuros da soja fecharam em baixa hoje na Bolsa de Chicago pressionados pelos dados do governo que mostram estoques no final do ano mais confortáveis do que o esperado. O contrato julho caiu 7,75 centavos, ou 0,55%, para fechar cotado a US$ 13,9375 por bushel.
As projeções de oferta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ficaram acima do previsto e geraram pressão sobre os preços, aliadas à ampla produção na América do Sul e a estimativas de exportações menores.
Os estoques finais foram estimados em 4,90 milhões de t em 2010/11 4,63 milhões de t estimados em maio. Para a safra 2011/12, o estoque final foi estimado em 190 milhões de bushels (5,17 milhões de t), ante 160 milhões de bushels (4,35 milhões de t) no mês passado.
O relatório encorajou traders a reduzir o prêmio de risco no mercado depois de os preços terem subido por conta da expectativa de oferta menor, disse Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics and Consulting.
O óleo acompanhou a soja e terminou em baixa, sucumbindo à pressão de estimativa maior de oferta pelo USDA. Já o farelo conseguiu de descolar e terminou em alta, devido às permanentes preocupações com uma oferta mais apertada do produto no oeste do Meio-Oeste por conta das inundações do rio Missouri, que prejudicam a entrega do grão.
O contrato julho do óleo caiu 54 pontos, ou 0,93%, para fechar a 57,40 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo subiu US$ 0,10, ou 0,03%, cotado a US$ 372,90 por tonelada.
MILHO ATINGE PREÇO RECORDE E FECHA EM ALTA DE 2,8% Os preços futuros do milho dispararam nesta quinta-feira e durante o dia atingiram o maior nível histórico na Bolsa de Chicago. O governo dos Estados Unidos reduziu suas estimativas para estoques, sinalizando que serão os menores desde os anos 1990. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em julho terminou a sessão em alta de 21,50 cents ou 2,81%, cotado a US$ 7,8550/bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu hoje em 22% sua estimativa para os estoques finais no próximo ano-safra, para 695 milhões de bushels. Traders não esperavam uma redução tão grande ante projeção divulgada em maio, pois a perspectiva já é de que as reservas serão as menores em 15 anos.
Os futuros alcançaram o preço recorde de US$ 7,93/bushel, superando a máxima anterior, de US$ 7,8375/bushel estabelecida em abril. Chuvas persistentes no leste do Cinturão do Milho e no norte das Grandes Planícies reduziram a área plantada com milho, segundo o USDA. Áreas foram alagadas ao longo dos rios Ohio, Missouri e Mississippi. O USDA estima que os produtores cultivaram apenas 90,7 milhões de acres, menos do que os 92,2 milhões de acres previstos um mês atrás.
A agência do governo também indicou que os países não serão capazes de oferecer muito alívio aos consumidores de grãos. O USDA espera que os estoques globais serão 13% menores do que o previsto anteriormente, totalizando 111,9 milhões de toneladas, o menor nível em cinco anos.
O cenário de oferta mais apertada aumentou a ansiedade entre os participantes do mercado, estimulando traders a embutir prêmio de risco nas cotações, de acordo com o diretor de pesquisa da corretora e consultoria Allendale, Rich Nelson. A combinação entre oferta aperta e o fato de que a safra de milho 2011 dos Estados Unidos não começou bem, aumenta a tensão entre os consumidores de grãos.
A incerteza sobre a produção 2011, num momento em que a oferta já é restrita, representa um argumento lógico para elevação de preços, segundo o analista Dale Durchholz, da corretora AgiVisor. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 15 mil contratos em milho hoje, um número considerado elevado, segundo traders.
USDA CONFIRMA QUE CHINA COMPROU 57 MIL TONELADAS O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou em seu relatório semana que 56,9 mil toneladas de milho foram vendidos para destinos desconhecidos serão entregues à China. Traders vêm acompanhando de perto as vendas para os chineses, pois é difícil prever exatamente de quanto milho o país precisa. Duas semanas atrás, o USDA disse que a China comprou 116,8 mil toneladas em acordos fechados no início da primavera no Hemisfério Norte. Provavelmente, a China deve ficar fora do mercado agora, já que costuma comprar quando os preços caem.
TRIGO/EUA FECHA EM BAIXA COM PERSPECTIVA DE ESTOQUE GLOBAL MAIOR
As cotações do trigo recuaram hoje no mercado americano, diante da elevação da estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para os estoques globais.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em julho fecharam em baixa de 3,0 cents ou 0,40%, cotado a US$ 7,45/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento recuou 13,75 cents ou 1,55% e terminou a US$ 8,7125/bushel.
O aumento da previsão para os estoques finais 2010/11 e 2011/12 foi "decisivamente baixista", segundo a corretora Doane Advisory Services. Traders disseram que há trigo suficiente no mundo, especialmente de baixa qualidade, tipo de cereal que pode ser usado como ração.
Nos Estados Unidos, a colheita avança no sul, trazendo à tona nova oferta. O USDA estimou a produção do país acima das expectativas, também pesando nos preços.
ALGODÃO/NY FECHA EM FORTE ALTA COM REDUÇÃO DE ESTIMATIVA DE SAFRA
Os preços futuros do algodão avançaram hoje com força na bolsa ICE Futures US, em Nova York, depois de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter reduzido sua estimativa de produção para o próximo ano-safra. O movimento foi considerado incomum, pois as pesquisas físicas nos campos começam em agosto.
Os contratos do algodão com vencimento em julho fecharam no limite de alta de 600 pontos ou 4,14%, cotados a 151,05 cents/lb. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados e que representam a nova safra, saltaram 284 pontos ou 2,18% e terminaram a 132,99 cents/lb.
Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA reduziu sua estimativa para a safra 2011/12 em 1 milhão de fardos, para 17 milhões de fardos, "principalmente por causa da expectativa de maior abandono, resultante da severidade da seca no sudoeste" do país. Os futuros do algodão reagiram com ganhos expressivos, atingindo no curto prazo o limite de alta permitido pela bolsa.
"O corte na produção surpreendeu todo mundo", disse o analista independente Mike Stevens. "Esse provavelmente vai ser o maior número do ano." O USDA estimou, entretanto, exportações menores neste ano. Mas o mercado já havia assimilado esse fator, pois dados do governo vêm mostrando cancelamentos de vendas externas da fibra nas últimas 11 semanas.
Os futuros cederam mais de 33% desde que registraram máximas históricas em março, conforme desacelerou a demanda. Mas a extrema seca no oeste do Texas, que responde por mais de um terço da produção de algodão dos Estados Unidos, pode dar suporte aos preços no fim do ano.
"Com estoques finais 2010/11 muito baixos e expectativa de diminuição da oferta dos Estados Unidos em 2011/12, o mundo tem muito poucos recursos se ocorrer uma quebra na safra", disse o Rabobank, em nota.Segundo Stevens, "(o dado do USDA) reforçou o fato de que uma situação séria" está ocorrendo no Texas.

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