sexta-feira, 9 de julho de 2010

SOJA: CLIMA E DEMANDA EXTERNA GARANTEM FECHAMENTO FIRME NA CBOT.

Os preços futuros da soja tiveram um rali nesta sexta-feira na bolsa de Chicago ampliando a tendência de alta recente. O mercado foi impulsionado por boas exportações semanais e ainda pelo cenário de incertezas quanto ao impacto do clima na safra 2010/11.
O vencimento julho, da safra 2009/10, avançou 13 cents, ou 1,3%, para US$ 10,2550/bushel. O contrato agosto subiu 10,25 cents e terminou a sessão a US$ 9,9325/bushel. O vencimento da safra nova, base novembro, ganhou 7,25 cents, ou 0,8%, para US$ 9.5325/bushel. Os fundos especulativos mantiveram as compras da semana e adquiriram mais cinco mil lotes.
A oferta apertada no curto prazo ainda é um fator de alta para o mercado. A demanda exportadora consistente e o receio dos efeitos climáticos sobre a produtividade continuam a sustentar as cotações. Os traders adicionam um prêmio de risco sobre clima, conforme se aproxima o período mais crítico para as lavouras norte-americanas, em agosto. É nesta fase que as lavouras começam a formar e encher o grão, o que em última instância determina o nível de produtividade.
O mercado também recebeu algum suporte dos dados de exportação. O anúncio de novas vendas para a China sinaliza para o bom apetite global e mostra que os preços do produto americano seguem competitivos no mercado internacional, observa Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions, de Yankton, Dakota do Sul. A exportação para a China foi a terceira reportada nesta semana.
Sem surpresas no relatório de mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o foco do mercado voltou para os fundamentos. Os números do USDA confirmaram as expectativas de redução do estoque final em 2009/10. Por isso, foram observadas operações de spread dos contratos de longo prazo para os de curto prazo, ampliando a diferença entre estes vencimentos.
A tendência histórica do USDA de superestimar os números para estoques aumenta a importância de acompanhar os efeitos do clima sobre a produtividade, segundo analistas. É este cenário que diminui a disposição por posições arriscadas no período mais crítico de desenvolvimento da lavoura.
Os farelos também terminaram em alta, em linha com os ganhos da soja. Oferta ajustada do grão no físico e sólida demanda garantem os ganhos. No óleo de soja, além destes fatores, o bom desempenho dos mercados energéticos também contribuem para o avanço das cotações.

MILHO

Os preços do milho caíram nesta sexta-feira no mercado futuro dos Estados Unidos, pressionados pela influência das cotações do trigo. Os lotes para entrega em dezembro caíram 1,0 cent ou 0,25% e terminaram o dia a US$ 3,9525/bushel. Traders cobriram posições antes do fim de semana, depois que os preços saltaram para as máximas em dois meses.
A queda dos preços do trigo estabeleceu o tom negativo para o milho, já que os dois mercados estão ligados pelo fato de os dois produtos serem usados em rações. O analista Joe Victor, vice-presidente da Allendale, disse que o mercado não foi capaz de manter os ganhos registrados ontem, sem notícias capazes de dar suporte. Isso encorajou traders a embolsar os lucros. Victor acrescentou que foram desfeitas operações de spread entre milho e soja, o que pesou sobre os preços.
Os dados de oferta e demanda divulgados hoje pelo USDA se somaram ao tom defensivo do mercado. O relatório de safra indicou que a oferta não está tão apertada quanto se imaginava. No entanto, a tendência foi limitada pela possibilidade de que o clima ainda venha a afetar a safra americana. Analistas entendem que o clima servirá de referência para os futuros nos próximos dias, pois a safra entra no importante período de polinização. Além disso, Victor lembrou que na semana passada o USDA estimou área plantada com milho e estoques trimestrais abaixo do que se esperava.

DADOS DE OFERTA E DEMANDA DO USDA

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SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO PODE SOMAR 6,45 MILHÕES TONS EM JUNHO.

As importações de soja da China devem alcançar 6,45 milhões de toneladas em junho, informou nesta sexta-feira o Centro Nacional de Informação de Grãos e Óleos da China (CNGOIC, na sigla em inglês). Se concretizado, o volume adquirido estabelecerá um novo recorde para a oleaginosa.
O país deve importar 5 milhões de toneladas em julho, 4,5 milhões de toneladas em agosto e 4 milhões de toneladas em setembro, acrescentou o CNGOIC em um comunicado. A Administração Geral Alfandegária da China divulgará os números preliminares do mês de junho amanhã.

PARANAGUÁ: PARALISAÇÃO DO PORTO SERÁ O CAOS.

O assessor técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, disse que a interdição do Porto de Paranaguá, caso persista, será um "caos" para o Paraná e para o Brasil. "Estou me recusando a acreditar que sejam capazes de fazer isso", afirmou. "Esse embargo é uma coisa absurda." De acordo com ele, somente o prejuízo direto será de US$ 40 mil a US$ 50 mil por navio para cada dia parado. Custo que deve ser coberto pelo exportador. Hoje, havia 13 navios no cais e outros 45 ao largo, aguardando o momento de atracar.
Camargo ressaltou que não estava preocupado apenas com o setor agrícola, que está em pleno escoamento da safra, mas também com outros segmentos, como o das montadoras de automóveis. "Hoje não se faz mais estoque de peças, a importação é praticamente diária e uma interdição do porto interrompe o processo produtivo", analisou. A Appa anunciou que entraria na Justiça para tentar reverter a interdição. "O que espero que aconteça é que tenha sucesso na Justiça Federal e, na sequência, haja um termo de conduta com prazos estabelecidos", ponderou.
Caso o embargo seja mantido, Camargo prevê que serão formadas filas tanto de navios quanto de caminhões. "As cargas já contratadas para embarque devem seguir para o porto", disse. "Será o caos que já tivemos em épocas passadas." Segundo ele, alterações de rotas tanto de navios quanto das cargas a serem embarcadas acarretarão custos altos. "Alguma solução tem que ser dada", pediu.

SOJA/EUA: USDA DEVE ELEVAR ÁREA E EXPORTAÇÃO.

Analistas esperam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) eleve sua estimativa de área plantada com soja no ciclo 2010/11 e também as projeções de exportação da antiga safra, a 2009/10. O relatório será divulgado amanhã, às 9h30. Especialistas consultados pela Dow Jones disseram que não há grandes motivos para mudanças nos fatores de oferta e demanda, mas devem ocorrer alguns ajustes.
Em média, analistas estimam que o USDA indique estoques finais 2009/10 dos Estados Unidos de 171 milhões de bushels. Isso representa 14 milhões de bushels a menos do que a leitura feita em junho. As estimativas variam de 138 a 195 milhões de bushels. Os analistas preveem, ainda, que os estoques finais 2010/11 somem, em média, 354 milhões de bushels, ante 360 milhões de bushels em junho. As expectativas variam de 250 a 387 milhões de bushels.
Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, disse que "atualmente o USDA está subestimando as exportações da antiga safra". Ele explica que os Estados Unidos precisam vender apenas 11,5 milhões de bushels em nove semanas para chegar à previsão atual do USDA de 1,455 bilhão de bushels. Segundo Dan Cekander, da Newedge, o USDA poderá elevar sua projeção de vendas externas em 10 a 20 milhões de bushels.
Para a nova safra, Cekander espera que o USDA aumente a estimativa de área plantada, em linha com o relatório de junho, usando a tendência de produtividade de 42,9 bushels por acre. No relatório de junho, o USDA elevou a perspectiva de área plantada com soja em 770 mil acres, para 78,87 milhões, um novo recorde.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CBOT- SOJA FECHA EM ALTA, INDEFINIÇÃO SOBRE CLIMA E DEMANDA SUSTENTAM PREÇOS.

Os contratos futuros da soja encerraram em alta na bolsa de Chicago, sustentados pela incerteza quanto ao clima na temporada de desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos, a sólida demanda exportadora e as perspectivas de ajustes nos números de estoques da safra 2009/10.
O vencimento julho, encerrou com alta de 19,50 cents, ou 2% para US$ 10,1250/bushel e o agosto subiu 15,25 cents, ou 1,6%, para US$ 9,83/bushel. O contrato novembro, o mais ativo, subiu 13,50 cents, ou 1,4%, e fechou a US$ 9,46/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de seis mil lotes no dia.
Os preços para a soja, especialmente no curto prazo, estão em alta por conta do temor de oferta restrita. O receio agora é de que a safra 2010/11 também fique abaixo do esperado. Muitos traders não estão dispostos a vender neste mercado até que se defina melhor o impacto do clima nas lavouras.
Os participantes da indústria acreditam que o relatório de oferta e demanda mundiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que sai amanhã, deve confirmar a situação de oferta ajustada no país. A expectativa é que o USDA corte em cerca de 381 mil toneladas o número para os estoques finais em relação ao dado de junho. O ano comercial da soja vai de 1º de setembro a 31 de agosto.
Mesmo com as indicações de área recorde com soja, de acordo com o relatório da semana passada do USDA, o mercado teme o impacto que o clima pode ter nos níveis de produtividade da safra norte-americana durante o período mais crítico de desenvolvimento das plantas. "Clima e produtividade terão um impacto muito maior nos preços do que a área, já que um aumento ou redução de um buhsel em rendimento afeta diretamente nos dados sobre oferta", afirmou Steve Freed, analista de mercado da ADM Investor Services, de Chicago.
No relatório de junho, o USDA projetou bons níveis de estoques para 2010/11 em 9,8 milhões de toneladas, com base em uma produtividade média de 42,9 bushels por acre. Para os participantes da indústria, este deve ser o maior número do ano, a partir de agora a tendência deve ser de queda nas projeções para estoque, como aconteceu nos dois anos anteriores, observou Freed.
O governo norte-americano estima que o plantio deve atingir o recorde de 78,868 milhões de acres (31,91 milhões de hectares), aumento de 2% sobre o ano anterior. Alguns analistas são mais céticos e não acreditam nesta expansão, por conta do alto nível de umidade e das tempestades registradas no meio-oeste em junho, que pode ter atrasado o plantio e alagado alguns campos. Freed observa que outras variáveis podem pesar neste mercado: o efeito da crise econômica na demanda, o clima em agosto e o forte apetite global por soja.

MILHO- FECHA EM ALTA COM RUMORES SOBRE PRODUÇÃO NOS EUA.

Os preços futuros do milho subiram com influências do mercado vizinho de trigo e preocupações com a possibilidade de a safra americana deste ano ser menor do que o esperado. Os contratos com vencimento em dezembro, os mais negociados, saltaram 7,0 cents ou 1,80% e fecharam a US$ 3,9625/bushel.
A força do mercado de trigo se refletiu no milho, pois ambos os cereais são usados na alimentação animal. Além disso, o analista Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, disse que os futuros de milho ainda estão reagindo ao relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na terça-feira, que não indicou melhora na condição da safra americana durante a última semana, por conta de fatores climáticos. Em vez disso, a piora das lavouras elevou o temor de que a área plantada com milho pode ser menor do que o previsto e, talvez, também a produção. O USDA divulga amanhã o relatório mensal de oferta e demanda.
Scoville notou que a atividade dos fundos especulativos impulsionou os preços hoje. Traders altistas foram estimulados pela expectativa de queda da produção e aumento da demanda. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 15 mil lotes em milho. Relatos de que o clima está quente e seco em áreas de produção da China também sustentaram os futuros.

PARANAGUÁ: ADMINISTRAÇÃO DO PORTO CONFIRMA INTERDIÇÃO DO IBAMA.

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) confirmou há pouco, em nota, interdição por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por questões ambientais. O porto afirma que já está elaborando um processo judicial para restabelecer as operações, enquanto aguarda a definição de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O embargo paralisou as operações da faixa portuária, que tem nesta quinta-feira 13 navios atracados. Há, ainda, 45 navios ao largo e 26 navios previstos para a atracação em Paranaguá.
"Desde que assumiu a autarquia, em maio deste ano, o superintendente da Appa, Mário Lobo Filho, trabalha para a regularização das questões ambientais portuárias, criando uma comissão que tem à frente o Capitão-de-Mar-e-Guerra, Marcos Antônio Nóbrega Rios", diz a nota. "Este grupo já esteve varias vezes reunido com o Ibama, em Curitiba e em Brasília, para a elaboração do TAC. Nesta manhã, o superintendente e demais diretores da Appa foram a Brasília para uma reunião marcada na semana passada e, ao chegarem ao Ibama, foram surpreendidos com a notícia do embargo em Paranaguá."

MILHO/CONAB : PEP NEGOCIA TODO SUBSÍDIO OFERTADO.

O leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho, realizado hoje, negociou todo o subsídio para o equivalente a 970 mil toneladas dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Distrito Federal. O valor total da operação foi de R$ 62,501 milhões. Nas cinco operações já executadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) desde o fim de maio, é a primeira vez que a demanda atinge 100%. O melhor resultado tinha sido na semana passada, com 96% da oferta total.
Neste pregão houve grande disputa pelos subsídios ofertados, que chegaram a cair quase 50%. Na região 1 do Paraná, que compreende os municípios mais próximos do porto, o valor do prêmio teve redução de 49,2%, de R$ 3,72/saca para R$ 1,89/saca. Em Mato Grosso, que pela primeira vez negociou toda a oferta de subsídio para 600 mil toneladas, o deságio nos prêmios foi maior nas duas maiores áreas agrícolas do Estado, no norte e em Lucas do Rio Verde e Sorriso. Na região 1, com oferta de 175 mil toneladas, o subsídio chegou a cair 41,2%, de R$ 6,84/saca para R$ 3,99/saca. Na região 2, o volume era de 125 mil toneladas, e o prêmio passou de R$ 6,24/saca para R$ 4,074/saca, queda de 35,7%.
Pepro - Ao contrário do leilão de PEP, o resultado da operação de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para milho foi o pior da série, iniciada em 10 de junho. Foi negociado apenas 25% da subvenção ofertada, o que equivale a 35,07 mil toneladas das 140 mil toneladas ofertadas do oeste da Bahia (120 mil t), do Maranhão (10 mil t) e do Piauí (10 mil t). Até então, o interesse pela subvenção não havia sido menor que 70%.

SOJA/CHICAGO TRABALHA EM ALTA, FORTE DEMANDA PARA EXPORTAÇÃO.

Os preços futuros da soja caminharam em território positivo na Bolsa de Chicagos em meio as incertezas sobre o desenvolvimento da safra americana. Os contratos com vencimento em novembro, os mais líquidos, subiam 23,0 cents na maxima do dia, encerrando a US$ 9,46/bushel, 13 pontos de alta. A demanda para exportação segue forte, mas há dúvidas sobre o clima e sua influência nas lavouras. Além disso, traders aguardam o relatório de oferta e demanda do USDA que será divulgado nesta sexta-feira 9/7. Eles acreditam que o governo americano confirmará a situação de oferta apertada, segundo analistas.

SAFRA DE SOJA 2010/11 PODE ALCANÇAR 71 MILHÕES.

A produção brasileira de soja na safra 2010/11, em fase de preparo, deve alcançar cerca de 71 milhões de toneladas, representando aumento de 3% a 5% em comparação com o período anterior. A projeção é do presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, que esteve reunido hoje em São Paulo com Grupo de Trabalho da Soja (GTS), para discutir os resultados do 3º ano de Monitoramento da Moratória da oleaginosa.
De acordo com Lovatelli, a produção deve aumentar com ganho em área, especialmente em Mato Grosso, cujos agricultores podem transferir áreas de pastagem para o plantio da soja. Além disso, espera-se melhora nos níveis de produtividade das lavouras.
Lovatelli explicou que, mesmo depois do crescimento expressivo da safra de soja dos três principais países produtores (Brasil, Argentina e Estados Unidos) esperava-se que houvesse um desempenho negativa dos preços. "No entanto, a demanda pela oleaginosa, em particular pela China, sustenta as cotações", disse ele. Além disso, o presidente da Abiove observou que os dados sobre a qualidade de parte da safra de soja norte-americana contribui para manter os preços sustentados. As condições das lavouras nos EUA apresentaram uma leve piora. Há três semanas, 77% das lavouras apresentavam condição de excelente a boa. Nesta semana, o índice teria caído para 66%. "Isso deu uma puxada nos preços", comentou Lovatelli.

MILHO-PRÊMIO PODE CORRIGIR DISTORÇÃO NO PEP.

Os valores dos prêmios pagos pelo governo para subsidiar o escoamento do milho em Mato Grosso são insuficientes para cobrir o custo do frete até os portos, caso as tradings paguem aos produtores o preço mínimo de R$ 13,98/saca como é exigido nos editais dos leilões realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por isso, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) pede ao governo para aumentar o valor dos prêmios pagos nos leilões para escoamento (PEP) do cereal no Estado.
Um corretor comentou que a saída tem sido as tradings fingirem que pagam o preço mínimo e os produtores fingirem que recebem o valor estabelecido pelo governo. Um dos mecanismos utilizados tem sido descontar do produtor parte do valor do frete ou mesmo receber um volume maior de milho para cobrir a despesa com o transporte. Atualmente, com a paridade do milho a R$ 19/saca em Paranaguá, o cereal de Mato Grosso na origem, descontando somente o valor do frete, sairia a R$ 10,90/saca em Rondonópolis e a R$ 8,20/saca em Sorriso.
Os primeiros leilões realizados pelo governo comercializaram entre 60% a 70% da oferta de prêmios porque muitos produtores estavam reticentes em aceitar as propostas de descontos na comercialização feita por meio dos leilões, nos quais as tradings têm de comprovar a compra do cereal (no máximo 1 mil tonelada por CFP ou CNPJ) e o escoamento para receber o valor do prêmio. O avanço da colheita e as dificuldades de armazenamento, parte do cereal já está sendo estocado a céu aberto, levaram os produtores a acelerar as vendas, pois consideram mais vantajoso segurar a soja, que têm perspectiva de melhora no preço.
Para resolver a questão o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, enviou correspondência para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, reivindicando aumento nos valores dos prêmios, o que possibilitaria as tradings cobrirem seus custos e remunerar o produtor com o preço mínimo de garantia.
No documento encaminhado ao ministro, Silveira reconhece as limitações dos leilões de PEP, ao argumentar que a tendência é de os compradores (tradings) fecharem as operações dando preferência ao milho já depositado em seus armazéns, o que restringe o número de participantes, apesar da limitação de volume. Por isso, ele defende a realização de Leilões de Prêmio Equalizador pago ao Produtor (Pepro), por meio do qual a subvenção é paga diretamente ao agricultor na venda do milho.
Silveira diz que reconhece a importância dos leilões para escoamento da safra, mas reivindica que o governo utilize operações de compra de milho (AGF) para abater as dívidas junto ao Banco Brasil. O endividamento dos agricultores em Mato Grosso é estimado em mais de R$ 12 bilhões. Além da resistência da área econômica do governo, um dos fatores limitantes para novas compras diretas de milho pela Conab em Mato Grosso é a dificuldade de armazenagem, pois atualmente os estoques de cereal da estatal no Estado somam 2,921 milhões de toneladas.

SOJA/EUA: USDA INFORMA VENDA DE 116 MIL T PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nesta quinta-feira a venda de 116 mil toneladas de soja para China em 2009/10. A temporada comercial da oleaginosa começou em 1º de setembro do ano passado.
Exportadores norte-americanos devem informar ao USDA quaisquer vendas de 100 mil toneladas ou mais de soja feitas em um único dia para um mesmo destino.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

SOJA: CBOT FECHA FIRME COM FORTES FUNDAMENTOS.

O mercado futuro da soja terminou a sessão firme, na máxima de duas semanas, nesta quarta-feira em Chicago, sustentado por fundamentos favoráveis, como dados sobre a condição da safra, boa demanda, e os ganhos de mercados vizinhos.O vencimento agosto fechou com alta de 27,25 cents, ou 2,9% mais, para US$ 9,6775/bushel. O novembro, contrato mais ativo, referente à safra 2010/11, subiu 32,50 cents, ou 3,6%, para US$ 9,3250/bushel. Os fundos especulativos compraram cerca de seis mil lotes.
A ligeira retração na condição das lavouras de soja norte-americana, de um ponto porcentual em relação à semana anterior, para 66%, serviu de catalisador para atrair compras. Os traders adicionaram um prêmio por conta do risco climático, diante das incertezas climáticas para o período de desenvolvimento da safra em 2010.
O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado ontem, após o fechamento do mercado, mostrou lavouras em condição abaixo do esperado pelo mercado, um sinal de que o clima úmido afetou negativamente plantações no Meio-Oeste, afirmou Dan Cekander, analista da Newedge, em Chicago.
A firmeza dos mercados financeiros também ajudou a atrair mais compradores, porque o otimismo trouxe de volta alguns especuladores dispostos a adotar posições consideradas mais arriscadas nos mercados de commodities. O dólar mais fraco, a alta do petróleo e dos mercados de ações atraíram muitas compras.
Indicações de que a China está buscando mais soja no curto prazo sustentam o mercado. A capacidade dos Estados Unidos de manter as exportações de grão da safra 2009/10 mostra a competitividade dos preços norte-americanos, observa Cekander. Compras técnicas também ajudaram a impulsionar os ganhos no dia, depois que as cotações testara a resistência de ontem e depois as médias móveis de 50 e 100 dias. Nos produtos, tanto o óleo de soja como o farelo tiveram rali, seguindo o desempenho da oleaginosa.

MILHO FECHA COM VALORIZAÇÃO DE 2,6%.

Os contratos futuros de milho subiram com força nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), sustentados pela alta do trigo e das ações. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam em alta de 10,0 cents ou 2,64%, cotados a US$ 3,8925/bushel. A piora na condição da safra americana, informada ontem pelo relatório de acompanhamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), estimulou o movimento, segundo analistas.
Os preços do trigo e da soja saltaram hoje e os futuros de milho caminharam em território positivo durante todo o dia, fechando perto das máximas. O analista Chad Henderson, da corretora Prime Ag Consultants, afirmou que o mercado de milho encontra resistência técnica, mas seus fundamentos são altistas. Ele entende que o mercado não deverá se limitar a seguir o trigo e a soja. "Acho que os players fracos são os vendidos no mercado de milho", disse. "É hora de tirá-los."
Ainda há preocupações com a umidade em junho e o temor de que as perdas de nitrogênio possam afetar a produtividade, segundo traders. Isso alimenta os rumores de que o rendimento não chegará a 170 bushels por acre. No entanto, alguns participantes entendem que as maiores chances ainda são de que a safra seja volumosa e possivelmente recorde. Traders aguardam os dados de oferta e demanda do USDA, que serão divulgados na sexta-feira.

terça-feira, 6 de julho de 2010

CBOT- GRÃOS PERDEM PREÇO APÓS FERIADO AMERICANO.

Os contratos futuros da soja devolveram os ganhos do início da sessão e encerraram em baixa na bolsa de Chicago depois de perder o suporte de mercados vizinhos e pressionados pelo clima favorável. O vencimento agosto perdeu 4 cents, ou 0,4%, para US$ 9,4050/bushel. A posição novembro, referente à safra 2010/11, recuou 5,75 cents, ou 0,6%, para US$ 9/bushel.
O declínio do dólar e a alta inicial dos mercados de energia e financeiro deram o suporte para a soja. Mas os ganhos foram limitados à medida que os traders decidiram reduzir a exposição a ativos de risco. Estima-se que os fundos venderam dois mil contratos no dia. A atividade do segmento é uma referência sobre o fluxo de investimentos no mercado da oleaginosa. A soja seguiu a alta do mercado de trigo, o cenário favorável nos mercados financeiros e indicações de demanda chinesa ao longo do dia. No entanto, sucumbiu no final da sessão, quando o trigo limitou os ganhos do dia, dando espaço para os participantes focarem a atividade no mercado climático e na projeção de safra recorde em 2010. O vencimento mais negociado, base novembro, chegou a testar a máxima de uma semana, mas depois terminou na mínima de uma semana.
Sem o suporte de mercados vizinhos, foi difícil manter o rali inicial. Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em queda, pressionados pelo declínio em um índice de atividade do setor de serviços dos EUA. A melhora das condições climáticas permitiu o avanço do plantio e também o replantio de algumas lavouras durante o feriado prolongado, segundo Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting.
O clima mais seco também beneficiou o desenvolvimento das plantas, segundo alguns analistas. Relatório semanal de progresso de safra, divulgado há pouco pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), indica que 66% da safra tem condição de boa a excelente. Do total cultivado, 23% já floresceu, ante 13% no mesmo período do ano passado.
A demanda firme e o aperto da oferta norte-americano no curto prazo ainda são fatores altistas, mas sem risco climático ou grandes altas em outros mercados, somado à perspectiva de amplos estoques, limitarão os avanços da oleaginosa, observa Zuzolo. Hoje, o USDA anunciou venda de 120 mil toneladas de soja e 40 mil toneladas de óleo de soja para a China com entrega no ano fiscal 2010/11.
Nos produtos, o óleo de soja encerrou em baixa, também devolvendo ganhos iniciais. Sem o suporte da soja, não foi possível garantir a alta do começo do pregão, observam os analistas.

MILHO

Os preços futuros do milho caíram nesta terça-feira na CBOT após uma forte abertura. Posição mais líquida, o contrato dezembro recuou 5,25 cents ou 1,37% e fechou a US$ 3,7925/bushel. Os ganhos iniciais foram registrados na esteira do trigo, que reagiu a fatores climáticos. Mas o mercado cedeu conforme o trigo perdeu força durante o pregão.
A falta de ameaças climáticas à safra de milho dos Estados Unidos foi o principal motivo de o milho não ter mantido o momentum positivo do início da sessão, segundo traders. Embora a expectativa de produtividade seja um pouco menor por causa da umidade e da seca em partes do Cinturão, traders disseram que os indicadores continuam favoráveis para as lavouras. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 71% da safra americana tem condição boa a excelente.
Previsões do tempo sinalizam chuva nesta semana, primeiro em áreas centrais e no Oeste e depois no Leste. Segundo participantes do mercado, uma eventual ameaça seria um período prolongado de estiagem.
O milho terminou o dia perto das mínimas. De acordo com o analista Arlan Suderman, da revista Farm Futures, os futuros estavam prestes a ter uma correção depois dos ganhos da semana passada por causa do relatório do USDA. Suderman avalia que o mercado passará por um momento de transição, até que se tenha novidades. Ele observou que a queda de hoje exagerou as perdas com ordens automáticas de venda, depois que o setembro rompeu a média móvel de 200 dias a US$ 3,70/bushel.

SOJA/EUA: USDA INFORMA VENDA DE 120 MIL T PARA CHINA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nesta terça-feira a venda de 120 mil toneladas de soja para China em 2010/11. O ano comercial da oleaginosa começa em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.

O USDA também anunciou hoje a venda de 40 mil toneladas de óleo de soja para China em 2010/11. O ano comercial do produto começa em 1º de outubro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 20 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

LA NIñA DEVE MUDAR CLIMA JÁ NA PRÓXIMA PRIMAVERA.

Depois de um período de aproximadamente um ano com águas aquecidas (El Niño), desde o mês passado se observa um processo de resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial, indicando o retorno do fenômeno La Niña. Alterações no clima já são previstas para a próxima primavera no Hemisfério Sul, segundo avaliação da Somar Meteorologia em boletim especial com projeções para a safra de grãos 2010/11.
Conforme a Somar, o resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial deve aumentar gradualmente no decorrer deste inverno, com o La Niña totalmente configurado durante a primavera e permanecendo durante o verão 2011. "A previsão é de um episódio de intensidade moderada a forte e deve durar pelo menos até o outono de 2011", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
O mais recente episódio de La Niña ocorreu no verão 2007/08. No entanto, dadas as características como intensidade, rapidez na formação e provavelmente duração, o episódio deste ano está muito semelhante com o observado no segundo semestre de 1998 e verão 1999.

Os principais impactos para o segundo semestre de 2010 e verão 2011 na agropecuária:
Soja
Para a lavoura de soja do Brasil, o fenômeno La Niña tem dois impactos bem caracterizados: primeiro atrasa o retorno das chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Enquanto para as lavouras do Sul do Brasil e também de Mato Grosso do Sul reduz a incidência de chuva e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão. Para a safra 2011, portanto, muda o cenário climático, principalmente quando comparado com o observado na safra passada.
O retorno das chuvas este ano deve ocorrer somente no fim de outubro e no decorrer de novembro, mesmo assim de forma muito irregular, o que deve implicar atraso do plantio para as lavouras de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins. Durante o verão as chuvas nesses Estados devem apresentar um comportamento médio, com o risco das chuvas se prolongarem até abril e meados de maio.
Já as lavouras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e também de Mato Grosso do Sul não devem enfrentar grandes problemas na fase de plantio entre outubro e novembro. No entanto, deve-se considerar o risco de estiagem durante os meses de verão. A continuidade do La Niña remete para a possibilidade de um outono também com chuvas abaixo da média.
Milho verão
Conforme a Somar, o cenário climático para a lavoura de milho é muito semelhante às condições da lavoura de soja. O risco aumenta principalmente para as lavouras do Sul do Brasil em virtude das estiagens no verão. As lavouras do norte/noroeste do Rio Grande do Sul e do oeste de Santa Catarina, no entanto, que são plantadas mais cedo (em agosto), ainda podem se beneficiar das chuvas da primavera. Elas poderão escapar assim do risco de estiagem que aumenta a partir de dezembro e durante o verão.
Para as lavouras de milho do Nordeste do Brasil, incluindo o agreste e sertão nordestino, a presença do La Niña num primeiro momento indica um bom período de chuvas ("inverno nordestino") que vai de fevereiro a maio. No entanto, a qualidade do período de chuvas ainda vai depender das condições do Oceano Atlântico que, no momento, ainda não estão definidas. De qualquer forma, o cenário climático para 2011 é bem melhor que o observado na safra deste ano.
Arroz irrigado
O fenômeno La Niña está associado a chuvas abaixo da média e períodos de estiagens nas áreas produtoras de arroz do Sul do Brasil. Considerando, porém, que a região vem de um período chuvoso, com a maioria dos reservatórios/barragens cheios e ainda com as chuvas da primavera para completar nível, o indicativo do verão mais seco representa um cenário climático favorável para a próxima safra de arroz do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A Somar observa que o principal problema da safra passada foi o excesso de chuva da primavera, por causa do El Niño.
Além disso, a previsão de redução das chuvas durante o inverno, com a incidência de períodos secos nas principais áreas produtoras de arroz irrigado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, deve beneficiar o processo de drenagem e preparação do solo para o plantio, cujas atividades em grande parte se concentram nos meses de inverno, o que depois favorece o plantio que se inicia a partir de outubro.
Algodão
O atraso no retorno das chuvas na primavera não deve representar grande problema no plantio da lavoura de algodão de Mato Grosso e da Bahia. Durante o verão deve prevalecer o padrão médio de chuvas, o que não deve interferir no desenvolvimento das fases vegetativas. É importante considerar, porém, a possibilidade de o período de chuvas se prolongar até abril e meados de maio de 2011, o que em tese favorece a lavoura de algodão adensado/safrinha na fase vegetativa. Em compensação, pode representar risco nas fases finais (abertura da pluma) e colheita. Portanto, em 2011 não deve se repetir o problema observado na safra passada, quando a falta de chuva em abril e maio acabou reduzindo o potencial de produção de algumas lavouras.
Milho safrinha
O fenômeno La Niña aumenta o risco para as lavouras do Paraná, Mato Grosso do Sul e de São Paulo, que enfrentam período de escassez de chuva durante o outono, assim como não dá para eliminar o risco de frio (geada) a partir de maio. Já para as lavouras de milho safrinha de Mato Grosso e Goiás, o cenário climático é mais favorável, pois o período de chuvas deve se prolongar até abril e meados de maio de 2011. O cenário climático para a lavoura do milho safrinha 2011 muda, portanto, em relação ao observado em 2010. O cenário é mais favorável para as lavouras de Mato Grosso e Goiás, enquanto se pode esperar problemas e aumento de risco para as lavouras do Paraná e de Mato Grosso do Sul.
Cana-de-açúcar
O período seco mais definido e longo que vem sendo observado em 2010 tem favorecido o corte e o processo de moagem da cana-de-açúcar do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil. No entanto, como o período seco está bem mais crítico (severo) e considerando a possibilidade do atraso no retorno das chuvas da primavera, isso deve interferir no desenvolvimento das plantas novas e assim comprometer a produção da safra de 2011. A Somar ressalta, ainda, que em 2011, em virtude da presença do La Niña, o período de chuvas pode se prolongar até abril e meados de maio, retardando assim o início do corte/moagem.
Café/laranja
Este ano o outono e o inverno mais secos e com temperaturas mais amenas beneficiaram a finalização e a qualidade da safra, assim como tem favorecido o processo de colheita. No entanto, como o período seco será bem mais severo e considerando a possibilidade do atraso no retorno das chuvas, isso poderá prejudicar o desenvolvimento das plantas e as fases de floradas na primavera, comprometendo assim a produção da safra de 2011.
Leite/carne
A Somar alerta para o período seco deste ano, que começou antes e deve se estender pelo menos até outubro. Para o Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil isso implicará um período maior de suplementação alimentar dos animais. A atual condição climática se diferencia completamente do ano passado(2009), que teve período seco curto e com boa oferta de pastagem em praticamente todo o ano. Essa situação deve influenciar diretamente na produção de leite e carne, com uma tendência de aumento do custo de produção. As condições de produção devem se regularizar com o retorno das chuvas no verão.
Já para o Sul do Brasil as condições climáticas são favoráveis até a primavera deste ano. No entanto, como o La Niña está associado à escassez de chuvas no verão, que pode se prolongar até o outono de 2011, é de se esperar um cenário mais adverso para a produção de pastagem no próximo ano, o que deve indiretamente prejudicar a produção de leite e carne da região.
Argentina/Paraguai
Assim como ocorre com lavouras de soja do Sul do Brasil, na Argentina e no Paraguai também se observa uma redução das chuvas e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão, durante período de La Niña. Para a safra 2011, portanto, muda o cenário climático em relação ao observado na safra passada, diminuindo em tese o potencial de produção.
Para a fase de plantio das lavouras de verão entre outubro e novembro, os produtores não devem enfrentar grandes problemas, pois a primavera, mesmo com a presença do La Niña, ainda é um período de boas chuvas. Os agricultores da Argentina, porém, devem considerar fortemente o risco de estiagem durante os meses de verão. Inclusive, a continuidade do La Niña remete para um outono também com chuvas abaixo da média.
Estados Unidos
Definidas as condições favoráveis de plantio das lavouras de soja e milho, daqui para frente as preocupações dos agricultores norte-americanos se voltam para a ocorrência e distribuição das chuvas durante o verão. De um modo geral, pode-se afirmar que as condições climáticas se mostram favoráveis para produção das lavouras do Meio-oeste dos Estados Unidos.
A tendência para este verão é de uma condição média, com elevação da temperatura e redução das chuvas. Cabe ressaltar apenas que, como é típico do verão norte-americano, este ano podem ocorrer alguns períodos de estiagens regionalizadas, entre julho e agosto, principalmente nas áreas produtoras localizadas mais a oeste, incluindo parte dos Estados de Nebraska, Iowa, e Missouri. A previsão da instalação do La Niña para o outono no Hemisfério Norte está associado com redução das chuvas, o que em tese deve favorecer o período de colheita a partir de setembro.
Energia
O período seco mais longo nos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste significa uma menor oferta de energia no segundo semestre de 2010, o que implicará manutenção da expectativa de elevação do preço da energia pelo menos até o fim do ano.
Para 2011, com a presença do La Niña, o cenário muda primeiramente para as Bacias Hidrográficas do Sul do Brasil, que a partir do verão entram em um período de deficiência de chuva. Para as Bacias Hidrográficas do Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte, a previsão é de uma recuperação dos níveis, com as chuvas do verão e do outono de 2011. O prolongamento do La Niña em 2011 é que vai definir o nível de problemas e riscos do Sistema para o segundo semestre. A Somar ressalta que em períodos longos de La Niña (duração maior que um ano) o Sistema de Geração de Energia Hidrelétrica do Brasil apresenta deficiência.

EUA: BOLSAS FECHADAS HOJE.

As bolsas americanas estão fechadas nesta segunda-feira (5), entre elas a Bolsa de Nova York (ICE Futures US), que cota commodities softs (algodão, açúcar, cacau, café e suco de laranja) e a Chicago Board of Trade (CBOT), que tem contratos futuros de grãos (soja, milho e trigo). Os mercados não abrem hoje por causa do feriado de Dia da Independência dos Estados Unidos, celebrado ontem (4). Os negócios serão retomados normalmente amanhã de manhã.

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