quinta-feira, 8 de julho de 2010

CBOT- SOJA FECHA EM ALTA, INDEFINIÇÃO SOBRE CLIMA E DEMANDA SUSTENTAM PREÇOS.

Os contratos futuros da soja encerraram em alta na bolsa de Chicago, sustentados pela incerteza quanto ao clima na temporada de desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos, a sólida demanda exportadora e as perspectivas de ajustes nos números de estoques da safra 2009/10.
O vencimento julho, encerrou com alta de 19,50 cents, ou 2% para US$ 10,1250/bushel e o agosto subiu 15,25 cents, ou 1,6%, para US$ 9,83/bushel. O contrato novembro, o mais ativo, subiu 13,50 cents, ou 1,4%, e fechou a US$ 9,46/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de seis mil lotes no dia.
Os preços para a soja, especialmente no curto prazo, estão em alta por conta do temor de oferta restrita. O receio agora é de que a safra 2010/11 também fique abaixo do esperado. Muitos traders não estão dispostos a vender neste mercado até que se defina melhor o impacto do clima nas lavouras.
Os participantes da indústria acreditam que o relatório de oferta e demanda mundiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que sai amanhã, deve confirmar a situação de oferta ajustada no país. A expectativa é que o USDA corte em cerca de 381 mil toneladas o número para os estoques finais em relação ao dado de junho. O ano comercial da soja vai de 1º de setembro a 31 de agosto.
Mesmo com as indicações de área recorde com soja, de acordo com o relatório da semana passada do USDA, o mercado teme o impacto que o clima pode ter nos níveis de produtividade da safra norte-americana durante o período mais crítico de desenvolvimento das plantas. "Clima e produtividade terão um impacto muito maior nos preços do que a área, já que um aumento ou redução de um buhsel em rendimento afeta diretamente nos dados sobre oferta", afirmou Steve Freed, analista de mercado da ADM Investor Services, de Chicago.
No relatório de junho, o USDA projetou bons níveis de estoques para 2010/11 em 9,8 milhões de toneladas, com base em uma produtividade média de 42,9 bushels por acre. Para os participantes da indústria, este deve ser o maior número do ano, a partir de agora a tendência deve ser de queda nas projeções para estoque, como aconteceu nos dois anos anteriores, observou Freed.
O governo norte-americano estima que o plantio deve atingir o recorde de 78,868 milhões de acres (31,91 milhões de hectares), aumento de 2% sobre o ano anterior. Alguns analistas são mais céticos e não acreditam nesta expansão, por conta do alto nível de umidade e das tempestades registradas no meio-oeste em junho, que pode ter atrasado o plantio e alagado alguns campos. Freed observa que outras variáveis podem pesar neste mercado: o efeito da crise econômica na demanda, o clima em agosto e o forte apetite global por soja.

MILHO- FECHA EM ALTA COM RUMORES SOBRE PRODUÇÃO NOS EUA.

Os preços futuros do milho subiram com influências do mercado vizinho de trigo e preocupações com a possibilidade de a safra americana deste ano ser menor do que o esperado. Os contratos com vencimento em dezembro, os mais negociados, saltaram 7,0 cents ou 1,80% e fecharam a US$ 3,9625/bushel.
A força do mercado de trigo se refletiu no milho, pois ambos os cereais são usados na alimentação animal. Além disso, o analista Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, disse que os futuros de milho ainda estão reagindo ao relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na terça-feira, que não indicou melhora na condição da safra americana durante a última semana, por conta de fatores climáticos. Em vez disso, a piora das lavouras elevou o temor de que a área plantada com milho pode ser menor do que o previsto e, talvez, também a produção. O USDA divulga amanhã o relatório mensal de oferta e demanda.
Scoville notou que a atividade dos fundos especulativos impulsionou os preços hoje. Traders altistas foram estimulados pela expectativa de queda da produção e aumento da demanda. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 15 mil lotes em milho. Relatos de que o clima está quente e seco em áreas de produção da China também sustentaram os futuros.

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