sexta-feira, 9 de julho de 2010

SOJA: CLIMA E DEMANDA EXTERNA GARANTEM FECHAMENTO FIRME NA CBOT.

Os preços futuros da soja tiveram um rali nesta sexta-feira na bolsa de Chicago ampliando a tendência de alta recente. O mercado foi impulsionado por boas exportações semanais e ainda pelo cenário de incertezas quanto ao impacto do clima na safra 2010/11.
O vencimento julho, da safra 2009/10, avançou 13 cents, ou 1,3%, para US$ 10,2550/bushel. O contrato agosto subiu 10,25 cents e terminou a sessão a US$ 9,9325/bushel. O vencimento da safra nova, base novembro, ganhou 7,25 cents, ou 0,8%, para US$ 9.5325/bushel. Os fundos especulativos mantiveram as compras da semana e adquiriram mais cinco mil lotes.
A oferta apertada no curto prazo ainda é um fator de alta para o mercado. A demanda exportadora consistente e o receio dos efeitos climáticos sobre a produtividade continuam a sustentar as cotações. Os traders adicionam um prêmio de risco sobre clima, conforme se aproxima o período mais crítico para as lavouras norte-americanas, em agosto. É nesta fase que as lavouras começam a formar e encher o grão, o que em última instância determina o nível de produtividade.
O mercado também recebeu algum suporte dos dados de exportação. O anúncio de novas vendas para a China sinaliza para o bom apetite global e mostra que os preços do produto americano seguem competitivos no mercado internacional, observa Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions, de Yankton, Dakota do Sul. A exportação para a China foi a terceira reportada nesta semana.
Sem surpresas no relatório de mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o foco do mercado voltou para os fundamentos. Os números do USDA confirmaram as expectativas de redução do estoque final em 2009/10. Por isso, foram observadas operações de spread dos contratos de longo prazo para os de curto prazo, ampliando a diferença entre estes vencimentos.
A tendência histórica do USDA de superestimar os números para estoques aumenta a importância de acompanhar os efeitos do clima sobre a produtividade, segundo analistas. É este cenário que diminui a disposição por posições arriscadas no período mais crítico de desenvolvimento da lavoura.
Os farelos também terminaram em alta, em linha com os ganhos da soja. Oferta ajustada do grão no físico e sólida demanda garantem os ganhos. No óleo de soja, além destes fatores, o bom desempenho dos mercados energéticos também contribuem para o avanço das cotações.

MILHO

Os preços do milho caíram nesta sexta-feira no mercado futuro dos Estados Unidos, pressionados pela influência das cotações do trigo. Os lotes para entrega em dezembro caíram 1,0 cent ou 0,25% e terminaram o dia a US$ 3,9525/bushel. Traders cobriram posições antes do fim de semana, depois que os preços saltaram para as máximas em dois meses.
A queda dos preços do trigo estabeleceu o tom negativo para o milho, já que os dois mercados estão ligados pelo fato de os dois produtos serem usados em rações. O analista Joe Victor, vice-presidente da Allendale, disse que o mercado não foi capaz de manter os ganhos registrados ontem, sem notícias capazes de dar suporte. Isso encorajou traders a embolsar os lucros. Victor acrescentou que foram desfeitas operações de spread entre milho e soja, o que pesou sobre os preços.
Os dados de oferta e demanda divulgados hoje pelo USDA se somaram ao tom defensivo do mercado. O relatório de safra indicou que a oferta não está tão apertada quanto se imaginava. No entanto, a tendência foi limitada pela possibilidade de que o clima ainda venha a afetar a safra americana. Analistas entendem que o clima servirá de referência para os futuros nos próximos dias, pois a safra entra no importante período de polinização. Além disso, Victor lembrou que na semana passada o USDA estimou área plantada com milho e estoques trimestrais abaixo do que se esperava.

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