terça-feira, 6 de julho de 2010

CBOT- GRÃOS PERDEM PREÇO APÓS FERIADO AMERICANO.

Os contratos futuros da soja devolveram os ganhos do início da sessão e encerraram em baixa na bolsa de Chicago depois de perder o suporte de mercados vizinhos e pressionados pelo clima favorável. O vencimento agosto perdeu 4 cents, ou 0,4%, para US$ 9,4050/bushel. A posição novembro, referente à safra 2010/11, recuou 5,75 cents, ou 0,6%, para US$ 9/bushel.
O declínio do dólar e a alta inicial dos mercados de energia e financeiro deram o suporte para a soja. Mas os ganhos foram limitados à medida que os traders decidiram reduzir a exposição a ativos de risco. Estima-se que os fundos venderam dois mil contratos no dia. A atividade do segmento é uma referência sobre o fluxo de investimentos no mercado da oleaginosa. A soja seguiu a alta do mercado de trigo, o cenário favorável nos mercados financeiros e indicações de demanda chinesa ao longo do dia. No entanto, sucumbiu no final da sessão, quando o trigo limitou os ganhos do dia, dando espaço para os participantes focarem a atividade no mercado climático e na projeção de safra recorde em 2010. O vencimento mais negociado, base novembro, chegou a testar a máxima de uma semana, mas depois terminou na mínima de uma semana.
Sem o suporte de mercados vizinhos, foi difícil manter o rali inicial. Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em queda, pressionados pelo declínio em um índice de atividade do setor de serviços dos EUA. A melhora das condições climáticas permitiu o avanço do plantio e também o replantio de algumas lavouras durante o feriado prolongado, segundo Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting.
O clima mais seco também beneficiou o desenvolvimento das plantas, segundo alguns analistas. Relatório semanal de progresso de safra, divulgado há pouco pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), indica que 66% da safra tem condição de boa a excelente. Do total cultivado, 23% já floresceu, ante 13% no mesmo período do ano passado.
A demanda firme e o aperto da oferta norte-americano no curto prazo ainda são fatores altistas, mas sem risco climático ou grandes altas em outros mercados, somado à perspectiva de amplos estoques, limitarão os avanços da oleaginosa, observa Zuzolo. Hoje, o USDA anunciou venda de 120 mil toneladas de soja e 40 mil toneladas de óleo de soja para a China com entrega no ano fiscal 2010/11.
Nos produtos, o óleo de soja encerrou em baixa, também devolvendo ganhos iniciais. Sem o suporte da soja, não foi possível garantir a alta do começo do pregão, observam os analistas.

MILHO

Os preços futuros do milho caíram nesta terça-feira na CBOT após uma forte abertura. Posição mais líquida, o contrato dezembro recuou 5,25 cents ou 1,37% e fechou a US$ 3,7925/bushel. Os ganhos iniciais foram registrados na esteira do trigo, que reagiu a fatores climáticos. Mas o mercado cedeu conforme o trigo perdeu força durante o pregão.
A falta de ameaças climáticas à safra de milho dos Estados Unidos foi o principal motivo de o milho não ter mantido o momentum positivo do início da sessão, segundo traders. Embora a expectativa de produtividade seja um pouco menor por causa da umidade e da seca em partes do Cinturão, traders disseram que os indicadores continuam favoráveis para as lavouras. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 71% da safra americana tem condição boa a excelente.
Previsões do tempo sinalizam chuva nesta semana, primeiro em áreas centrais e no Oeste e depois no Leste. Segundo participantes do mercado, uma eventual ameaça seria um período prolongado de estiagem.
O milho terminou o dia perto das mínimas. De acordo com o analista Arlan Suderman, da revista Farm Futures, os futuros estavam prestes a ter uma correção depois dos ganhos da semana passada por causa do relatório do USDA. Suderman avalia que o mercado passará por um momento de transição, até que se tenha novidades. Ele observou que a queda de hoje exagerou as perdas com ordens automáticas de venda, depois que o setembro rompeu a média móvel de 200 dias a US$ 3,70/bushel.

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