sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

CHINA: SUSPENDEM IMPORTAÇÃO DE GRÃOS SECOS DOS EUA

Muitos traders chineses suspenderam as compras de grãos secos de destilaria - subproduto do etanol à base de milho usado principalmente como ração animal - dos Estados Unidos em meio a preocupações de que o governo pode cobrar elevadas tarifas de importação, após ter aberto uma investigação antidumping.
A indústria norte-americana vê os grãos secos de destilaria (DDG) como uma nova oportunidade de negócios no país asiático, e as importações chinesas cresceram fortemente no ano passado em meio a expectativas de que o subproduto roubará a fatia de mercado do milho.
A Guangdong Jun Jie Agricultural Trading Co. interrompeu a chegada de carregamentos contendo DDG neste mês devido à perspectiva incerta para políticas governamentais, afirmou o presidente da companhia, Xie Xiongping. Como os volumes importados são pequenos comparados aos de outras commodities, "nós obtemos apenas lucros baixos ao importar produtos como os DDGs, então suspendemos [tais compras], já que a perspectiva é incerta", justificou ele.
A Shandong Liuhe Group Co., maior fabricante de ração animal da China, deve receber nos próximos meses embarques de grãos secos de destilaria dos Estados Unidos, conforme previamente acordado, mas não deve fazer novos pedidos, disse Zhou Xiaoyan, gerente de compra da empresa, a repórteres em entrevista nesta sexta-feira. "Nós estamos importando agora, mas cancelamos os embarques a partir de março", revelou ela, acrescentando que os altos preços dos DDGs no momento também limitarão as aquisições.
O Ministério de Comércio da China comunicou em dezembro a abertura de uma investigação antidumping sobre tais subprodutos. O país provavelmente importou mais de 3,1 milhões de toneladas de DDGs dos Estados Unidos em 2010, muito acima das 652 mil toneladas adquiridas um ano antes, mostraram dados da indústria.

CHINA APROFUNDARÁ REFORMA DO CÂMBIO E CONTROLES DE CAPITAL
A China continuará a avançar com a reforma de seus controles sobre o câmbio e fluxos de capitais estrangeiros, afirmou Li Dongrong, assistente da presidência do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central chinês). O PBOC também vai acelerar a reforma das instituições financeiras nacionais, incluindo um movimento gradual em direção à liberalização das taxas de juros.
A China vai promover pagamentos internacionais mais equilibrados por meio de uma abertura da conta de capital e do "aperfeiçoamento da gestão equilibrada dos fluxos de fundos estrangeiros", disse o assistente do PBOC num discurso divulgado no site do banco.
Nas últimas semanas, a China introduziu uma série de medidas para afrouxar seus controles de fluxos de capital estrangeiro. Com o tempo, esses movimentos irão facilitar tanto o investimento estrangeiro na China quanto os investimentos chineses no exterior, e promover a internacionalização do yuan.
Segundo Dongrong, a China lançará reformas piloto de regras para a taxa de câmbio para empresas com investimento estrangeiro na China, e para o investimento direto no exterior por cidadãos chineses.
A China também avançará com a reforma da taxa de câmbio para importadores e exportadores, destacou o assistente, sem detalhar as reformas planejadas.
O PBOC vai orientar ainda as instituições financeiras no desenvolvimento de meios para ajudar as empresas de hedge contra o risco cambial, disse Dongrong. Instituições financeiras qualificadas serão encorajadas também a expandir seus negócios e apoiar a expansão de empresas chinesas no exterior, acrescentou.
A China continuará a encorajar instituições financeiras domésticas a emitir bônus denominados em yuan em Hong Kong e a aumentar o volume dessas emissões na cidade, revelou o assistente do banco central chinês.

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