segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

DIVERGÊNCIAS NO ESTOQUE DE MILHO EM MATO GROSSO.

Os números relativos às estimativas de safra de algodão e milho da Companhia Nacional de Economia Agrícola (Conab) e do Instituto Mato Grossense de Economia Agrícola (Imea) continuam desencontrados. No fim do ano passado foi realizada uma reunião em Cuiabá, com participação de técnicos das duas instituições e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para afinar as metodologias, mas os primeiros dados deste ano mostram que os entendimentos ainda não surtiram resultados.Na sexta-feira passada, o Imea divulgou sua estimativa para a safra de milho que começou a ser plantada em Mato Grosso. O Imea prevê o cultivo de 1,774 milhão de hectares e produção de 8,090 milhões de toneladas. Já a Conab estima a área em 1,509 milhão de hectares e a produção de 6,657 milhões de toneladas.A diferença entre as estimativas de produção é de 1,4 milhão de toneladas, que é justamente o volume que os agricultores de Mato Grosso têm estocado nas fazendas, aguardando novas intervenções do governo no apoio à comercialização, já que o mercado no momento paga no máximo R$ 8/saca, enquanto o preço mínimo de garantia oficial é de R$ 13,20.
Em sua estimativa, a Conab, por enquanto, mantém a área igual à da safra passada, de 1,509 milhão de hectares, enquanto o Imea elevou em 5,83%. As duas instituições preveem redução na produtividade, que não deve repetir o excelente rendimento do ano passado de 84 sacas por hectares. Para a safra atual, o Imea prevê colheita de 76 sacas por hectare, enquanto a Conab estimava 67 sacas por hectare.Os estoques remanescentes de milho nas fazendas de Mato têm preocupado os agricultores, que já iniciaram a colheita da soja precoce. Muitos produtores estão estocando o produto em silo bag (de lona plástica). Os produtores que venderam o milho ao governo no ano passado pelo preço mínimo reclamam do custo de estocagem que pagaram desde setembro do ano passado, de 2% ao mês até a retirada do milho estocado nos armazéns credenciados. Outra reclamação é que os técnicos da Conab avaliam os estoques pelo volume depositado nos silos, quando deveriam considerar o peso do hectolitro do cereal.As estimativas em relação ao Mato Grosso são importantes para sinalizar a tendência de preços do mercado brasileiro pois, uma vez mais, os agricultores estão investindo no cereal, apesar das dificuldades enfrentadas na comercialização.

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