quinta-feira, 27 de maio de 2010

MILHO: LEILÃO SUPEROU EXPECTATIVA, NA AVALIAÇÃO DO GOVERNO.

Embora os preços futuros do milho tenham avançado nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), foram incapazes de acompanhar a mesma valorização dos mercados de soja e trigo. Operações de spread e sinais positivos sobre a nova safra limitaram os ganhos do milho. Os lotes para entrega em julho, os mais negociados, fecharam em alta de 1,75 cent ou 0,47%, cotados a US$ 3,7325/bushel.
De um modo geral, as commodities tiveram suporte do mercado acionário mais aquecido hoje e da queda do dólar em relação a outras moedas internacionais.Trigo e soja se fortaleceram, mas o milho não integrou o rali na mesma intensidade porque traders venderam contratos de milho e compraram em outros mercados.
O analista Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, disse que o spread entre trigo e milho caiu para seu menor nível desde 2007, para pouco mais de 90 cents, e precisava de uma correção. Analistas acrescentaram que os fatores da nova safra são considerados negativos para os preços, especialmente porque o clima quente favorece a emergência da nova safra americana. Alguns traders altistas estão falando em clima seco em partes no Noroeste do Cinturão do Milho, o que poderia "estressar as lavouras".
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou em seu relatório semanal de exportação que a China cancelou compras de milho para 2010/11, o que também alimentou sentimentos negativos, segundo analistas. A possibilidade de que a China volte a comprar permanece forte, acredita Zuzolo, e o cancelamento pode ser uma tentativa de limitar o movimento dos preços.
Traders comentaram que amanhã o dia deve ser de poucos negócios, por causa do feriado do Memorial Day nos Estados Unidos (segunda-feira), quando os mercados ficarão fechados.
CONAB/LEILÃO PEP.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ter gostado do resultado do primeiro leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), realizado hoje pela Companhia nacional de Abastecimento. Para Rossi, a demanda de 72% da oferta "foi surpreendente". O ministro lembrou que este foi o primeiro de uma série de 10 leilões semanais que serão realizados em apoio à comercialização do milho e que, em geral, a demanda nos primeiros pregões não é expressiva."O resultado superou a nossa expectativa", disse em São Paulo, onde se reúne neste momento com representantes da cadeia produtiva de milho. Na avaliação do governo, o primeiro leilão serve de referência para possíveis mudanças no volume ofertado e no valor dos prêmios. Rossi disse que, como a demanda no leilão de hoje foi grande, o governo parece ter acertado tanto em relação à oferta como ao prêmio. Segundo ele, agora a Conab vai se debruçar sobre as regiões onde a demanda ficou aquém do esperado. Questionado sobre o pequeno interesse pelas 80 mil toneladas ofertadas em Mato Grosso do Sul, onde saíram 13,4 mil toneladas, Rossi disse que pretende escutar representantes do Estado para saber se lá a demanda é realmente pequena ou se o valor do prêmio não satisfaz o setor. Rossi antecipou que a inclusão da safra da Bahia no próximo leilão tem como objetivo abastecer exclusivamente o mercado do Nordeste, onde há grandes problemas logísticos, o que encarece o frete. Ele disse também que os valores dos prêmios devem continuar a ser definidos de acordo com a distância entre o centro produtor e o local de destino do milho.
Preços mínimos - Sobre a reunião desta tarde do Conselho Monetário Nacional, que deve discutir questões referentes à agricultura, entre elas a política de preços mínimos em vigor, Rossi defendeu que os atuais valores sejam mantidos. "Eu respeito os argumentos da Fazenda mas não pode haver redução dos preços mínimos", disse. A pressão sobre a revisão dos valores parte do setor privado e também da área econômica do governo, pois no caso de algumas culturas - como milho e trigo - os preços mínimos superam os de mercado.
A reunião entre Rossi e integrantes da cadeia produtiva do milho acontece a portas fechadas na Superintendência de Agricultura em São Paulo.

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