segunda-feira, 24 de maio de 2010

SOJA/MILHO : CHICAGO FECHA FIRME NA SAFRA NOVA.

Os futuros de soja fecharam em alta na segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), sustentados por fundamentos favoráveis. Mas ajustes de posições no final do pregão ajudaram a pressionar os vencimentos próximos. Os contratos de grão de soja com vencimento em julho, os mais líquidos, apresentaram queda de 0,05% (ou 0,50 cent), a US$ 9,4050/bushel, e os contratos para entrega em novembro encerraram em alta de 8 cents (ou 0,88%), a US$ 9,1550/bushel.
O mercado não conseguiu sustentar a força verificada no início da sessão, porque os participantes reduziram sua exposição em meio às inquietações relacionadas ao crescimento econômico mundial. Fortes ganhos no mercado de dólar colocaram pressão psicológica e contiveram a tendência de alta. O dólar mais firme é visto como um fator baixista para os índices de commodities, na medida em que torna mais caros o grão e o óleo de soja dos Estados Unidos no mercado mundial.
Na sessão, os contratos futuros a princípio subiram, influenciados pela solidez dos fundamentos relacionados à demanda doméstica e externa, disseram analistas. Os níveis de preço no físico estão firmes, refletindo o esforço dos processadores para estimular os produtores a vender parte dos estoques de soja.
Os preços de exportação também permanecem firmes, amparados pelos persistentes rumores de que a China estaria substituindo compras junto ao Brasil pelos Estados Unidos. A recente queda nos preços futuros mantém a competitividade das exportações norte-americanas em um momento em que os importadores costumam concentrar sua atenção nas recém-colhidas safras sul-americanas, disse um analista da CBOT.
Ainda assim, contratos futuros referentes à safra nova (2010/11) conseguiram preservar a maior parte dos ganhos verificados no início da sessão. As incertezas climáticas à frente de uma longa temporada de plantio, com cerca de metade da área prevista de soja plantada, sustentaram os contratos futuros das novas safras.
O relatório semanal de progresso de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que os produtores norte-americanos já plantaram 53% da área prevista para a soja na safra 2010/11. O número ficou bem próximo da estimativa do mercado, que era de 55%. No mesmo período do ano passado, haviam sido semeados 44% do total cultivado. Já na média dos últimos anos, o plantio na mesma data era de 57%. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado 1.000 lotes de grãos de soja. A atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro no mercado.
MILHO
Compras baseadas em indicadores técnicos puxaram as cotações do milho nesta segunda-feira na CBOT. Os lotes mais negociados, para entrega em julho subiram 2,0 cents ou 0,54% e fecharam a US$ 3,71/bushel. O mercado foi capaz de se manter, apesar da força do dólar e do cenário negativo o que diz respeito aos fundamentos. Os preços avançaram ao longo do dia e mantiveram os ganhos mesmo quando a soja saiu das máximas. O analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, disse que o mercado de milho estava em uma posição técnica forte, após se recuperar das mínimas da semana passada e escalar até as principais médias móveis. O contrato julho rompeu as médias móveis de 10, 20 e 40 dias.
Mas, além do dólar, o clima favorável para o desenvolvimento da safra americana é fator baixista neste momento. Traders esperavam que de 91% a 95% da safra tivesse sido plantada e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 93% das lavouras de milho foram cultivadas até o momento (ante 80% no mesmo momento do ano passado). Segundo o USDA, 71% da safra tem condição boa a excelente. Participantes do mercado disseram, ainda, que o recente surgimento da China como comprador de milho dos Estados Unidos está dando suporte ao mercado, embora não haja notícias sobre novas compras. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 5 mil contratos de milho hoje.
Apesar da força técnica, o mercado está volátil e oscila dentro de um intervalo há quase dois meses, segundo o analista Jim Wyckoff, entre a mínima de abril (US$ 3,5150/bushel) e a máxima de maio (US$ 3,85/bushel).

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