segunda-feira, 27 de junho de 2011

MASSA DE AR POLAR PROVOCA GEADA NO SUL DO BRASIL

A semana começa com frio extremo (temperatura abaixo de zero) e formação de geadas nos Estados do Sul, até mesmo nas áreas de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul, conforme avaliação da Somar Meteorologia. No entanto, informa a Somar, fatores como o campo da pressão atmosférica na superfície não tão alto e a presença de ventos na alta atmosfera (corrente de jato) contribuem para atenuar os efeitos do frio e reduzir as condições para geadas fortes e amplas.
Segundo a Somar, a chegada da massa de ar polar trouxe frio extremo ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com queda de neve nas regiões serranas e formação de geadas no interior e oeste. Nas áreas de milho (safrinha) do Paraná e de Mato Grosso do Sul o frio se intensificou no fim do domingo. "Na madrugada desta segunda-feira houve registro de temperaturas negativas e formação de geadas no sul e oeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul. Considerando que estamos na última semana de junho, neste momento os efeitos de uma geada afetam somente as lavouras plantadas muito tardiamente", explica o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, incluindo as áreas produtoras de cana de açúcar, café, laranja e milho (segunda safra), algodão, até o início desta segunda-feira havia apenas acentuada queda de temperatura, mas sem formação de geadas.
A massa de ar polar perde intensidade a partir de quarta-feira e não haverá mais risco de formação de geadas nas áreas de milho do Paraná e de Mato Grosso do Sul. Depois do frio, já na quarta-feira, "um sistema de baixa pressão deixará o tempo instável e com chuvas em Mato Grosso do Sul, Paraná, norte de Santa Catarina e sul de São Paulo", informa Etchichury. Nessas áreas, o tempo ficará instável até o fim de semana.
A Somar informa, ainda, que as condições de geadas permanecerão ao longo da semana apenas para o oeste do Rio Grande do Sul.
A meteorologia salienta que a semana também começa com acentuada queda de temperatura nos Estados do Sudeste e Centro-Oeste.
Fatores como campo da pressão atmosférica na superfície não tão alta e a presença de corrente de jato também contribuirão para atenuar os efeitos do frio e reduzir as condições para geadas nas áreas de cana-de-açúcar, laranja e café. Nessas regiões as temperaturas voltam a se elevar a partir de quarta-feira.
No Nordeste, o tempo não muda muito em relação às últimas semanas. As chuvas seguem concentradas na faixa leste da região, entre o litoral da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O interior já vive o seu período seco, que se prolonga pelo menos até outubro.
A semana - As chuvas se concentraram no Sul do Brasil na semana passada, enquanto o Sudeste e o Centro-Oeste tiveram uma semana seca.
Os maiores volumes se concentraram entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No norte gaúcho e no oeste de Santa Catarina houve registro de chuvas fortes acompanhadas de tempestades de vento e granizo.
O tempo ficou totalmente seco em grande parte do Paraná, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, que inclui as principais áreas produtoras de milho (segunda safra), algodão, cana de açúcar, café e laranja. "No fim de semana, porém, uma frente fria provocou chuvas nas áreas de milho (segunda safra) do Paraná, Mato Grosso do Sul e sul de São Paulo", salienta Etchichury. Também houve algum volume de água no extremo Norte e na faixa litorânea do Nordeste do País.
O porcentual de água disponível no solo continua baixo (inferior a 20%) na parte norte de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e no interior da Região Nordeste. No Sul do Brasil e também em São Paulo e em Mato Grosso do Sul as condições de umidade do solo são satisfatórias (acima de 60%).
Estados Unidos - A semana começa com áreas de instabilidades e chuvas nos Estados de Wisconsin, Iowa, Missouri, Illinois e Indiana, informa a Somar. O tempo não muda muito nos próximos dias e segue com predomínio de sol e apenas propagação de áreas de instabilidade e chuvas isoladas nas áreas produtoras de soja e milho.
Mesmo com o registro de chuvas nas últimas semanas, no acumulado de junho já se observa um desvio negativo em grande parte das áreas produtoras de milho e soja. Isso corresponde a "um indicativo do que deve ocorrer durante este verão, inclusive com risco de alguns períodos de pouca chuva e estiagens regionalizadas", informa Etchichury.
No geral, a condição climática das últimas semanas favoreceu o desenvolvimento das lavouras de soja e milho dos Estados Unidos. A primeira semana do verão teve uma condição climática típica da estação, com propagação de áreas de instabilidade e chuvas isoladas. As temperaturas ficaram em elevação sobre o Meio-Oeste americano.
Nas áreas produtoras de soja e milho dos Estados Unidos, esta última semana de junho deve ter temperatura mínima (período da manhã) entre 15 e 20 graus e temperatura máxima (período da tarde) oscilando entre 25 e 35 graus. A tendência nas próximas semanas é que as chuvas se concentrem sobre as partes sul e leste dos Estados Unidos.

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