terça-feira, 28 de junho de 2011

SOJA: CUSTO DE PRODUÇÃO PODE ELEVAR RENTABILIDADE EM 11/12.

Os custos da produção de soja em Mato Grosso e no Paraná, os dois maiores produtores nacionais, devem permanecer praticamente estáveis na safra 2011/12, o que deverá aumentar a rentabilidade da atividade no período, já que os preços internacionais da commodity continuam em níveis elevados. Segundo previsão do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo variável da safra que será plantada a partir de setembro em Sorriso será de R$ 1.342,80 por hectare, contra R$ 1.304,56 no ciclo 2010/11. Os fertilizantes custarão R$ 459,65, acima dos R$ 415,76 anteriormente. Essa elevação, contudo, deverá ser compensada por um custo menor dos defensivos.
Nas análises feitas até o momento, o aumento no preço dos adubos não chega a comprometer a rentabilidade total da próxima safra. "Os fertilizantes sobem junto com os preços da soja, e eles representam 30% do custo de produção. Mas 2011/12 deverá ser uma safra de rentabilidade positiva", avalia Carlos Favaro, diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
Ele lembra que, no ano passado, os produtores do Estado não conseguiram aproveitar ao máximo os bons preços na bolsa de Chicago, que chegaram a bater em US$ 14,7450 por bushel no início de fevereiro de 2011. Isso porque quando o movimento de alta na bolsa iniciou, ainda no segundo semestre de 2010, de 30% a 40% da safra já havia sido negociada.
Como a perspectiva é de as cotações continuarem em alta, a rentabilidade pode ser mais alta em 2011/12. Se as médias históricas de produtividade se confirmarem e não houver problemas climáticos, a previsão inicial de Favaro é de um lucro médio no Estado de R$ 500 por hectare, ante R$ 400 na safra 2010/11. Ontem, o contrato maio/12, referente à nova safra brasileira, fechou cotado a US$ 13,30 por bushel.
No Paraná, a previsão do Deral é que o produtor gastará R$ 986,75 por hectare em média no Estado, sendo R$ 195,30 com fertilizantes. Em 2010/11, o produtor teve despesa de R$ 983,55, com R$ 178,50 em fertilizantes. Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Deral, pondera que esses custos ainda podem aumentar, pois a expectativa é que os preços dos fertilizantes subam com a valorização da soja. "Os custos dos fertilizantes estão atrelados ao preço da commodity, são elos da mesma cadeia, e ainda vão aumentar. Mas é preciso lembrar que eles representam 11,5% do custo total de produção no Estado. A perspectiva é de boa rentabilidade, pois não tem nenhuma outra variável (dentro dos custos de produção) que possa modificar isso", disse ela, lembrando que a rentabilidade média no Estado em 2010/11 foi de R$ 1.032 por hectare.

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