segunda-feira, 10 de maio de 2010

SOJA/MILHO : LEVE ALTA AMPARADA EM RECUPERAÇÃO DOS MERCADOS.

Os preços futuros da soja registraram leve alta hoje na Bolsa de Chicago. O vencimento julho, mais negociado, teve valorização de 1 cent ou 0,10%, cotado a US$ 9,61 por bushel no encerramento dos negócios. Segundo analistas, a commodity foi sustentada pela recuperação dos mercados financeiros, traduzida na desvalorização do dólar, na alta das ações e do petróleo. De modo geral, os mercados corrigiram as perdas expressivas da semana passada. A notícia de que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) vão criar um fundo de quase US$ 1 trilhão para ajudar os países europeus em dificuldade ajudou a restaurar a confiança dos investidores. "A soja, contudo, não conseguiu materializar todo seu potencial de alta, uma vez que as vendas ressurgiram depois que o dólar recuperou-se das perdas iniciais, o petróleo devolveu parte dos ganhos e os futuros de trigo desabaram", observou John Kleist, analista e operador da corretora Allendale. Do ponto de vista dos fundamentos, acrescenta Kleist, o rápido avanço do plantio nos Estados Unidos e a ampla disponibilidade de soja na América do Sul também limitaram o potencial de valorização da soja.
Por outro lado, as incertezas relacionadas ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será publicado amanhã, e ao desenvolvimento da nova safra americana ajudaram a sustentar as cotações. O relatório semanal de desenvolvimento do plantio divulgado pelo USDA no final do dia, reportou 30% da área plantada, contra 15% há uma semana e 13% na mesma época em 2009, 7% das plantas emergiram até último domingo.

MILHO

Os contratos futuros de milho devolveram ganhos obtidos no início desta segunda-feira e terminaram com perdas na CBOT. O mercado não recebeu notícias positivas capazes de sustentar os futuros em território positivo. Posição mais líquida, o contrato julho fechou a US$ 3,7050/bushel, em queda de 1,50 cent ou 0,40%. Sem novidades para estimular compras, os participantes do mercado resolveram adotar postura mais cautelosa antes da divulgação dos dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), amanhã, e colocaram o milho em modo de consolidação.
Os preços seguem pressionados pela ritmo recorde de plantio nos Estados Unidos, especialmente depois de terem avançado para as máximas em um mês, na semana passada. Geadas no fim de semana afetaram pouco as lavouras e o mercado espera ampla oferta. A desvalorização no mercado vizinho de trigo também serviu de influência negativa par ao milho, limitando os avanços.
O salto dos futuros no início do dia foi uma continuidade do movimento da noite. Os mercados financeiros deram sinais de suporte, inclusive no enfraquecimento do dólar. Isso ocorreu no contexto do pacote de ajuda oferecido por União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) aos países endividados da zona do euro. A expectativa é de que o pacote ajude a estabilizar a Europa, tranquilizando os traders para comprar ativos de maior risco, como commodities e ações.
O mercado de milho espera, ainda, que a China volte a importar milho dos Estados Unidos, o que continua sustentando o mercado. De qualquer modo, os participantes não quiseram se arriscar muito antes de receber o relatório do USDA. Há pouco, o USDA informou que 81% da safra foi plantada, ante 46% há um ano. O ritmo está acima da média em cinco anos, de 62%.

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