segunda-feira, 10 de maio de 2010

GRÉCIA: FMI APROVA EMPRÉSTIMO DE 30 BILHÕES DE EUROS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou neste domingo um empréstimo de 30 bilhões de euros, com prazo de três anos, para a Grécia. O montante representa o maior empréstimo já concedido pelo fundo a um único país, e faz parte de um pacote total de 110 bilhões de euros formulado em conjunto com a União Europeia (UE), para ajudar o governo grego a solucionar os problemas fiscais do país.
O maior obstáculo para a liberação do pacote foi removido na sexta-feira, quando o Parlamento da Alemanha aprovou um empréstimo de até 22,4 bilhões de euros para o país. Cerca de 20 bilhões de euros da ajuda financeira de 110 bilhões de euros serão disponibilizados imediatamente para a Grécia, segundo o FMI. A instituição irá contribuir com 10 bilhões de euros, dos 40 bilhões de euros previstos para 2010.
De acordo com os termos do pacote de resgate, a Grécia terá de reduzir seu déficit orçamentário para 8,1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, depois de registrar um recorde de 13,6% do PIB no ano passado. Até o final de 2014, a taxa terá de ficar abaixo do teto estabelecido pela União Europeia, de 3% do PIB. O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss Kahn, reconheceu que a Grécia tem um caminho difícil pela frente, mas disse que o programa de reformas é crível, equilibrado e realizável.
Segundo o FMI, essas medidas devem ajudar o país a sair de sua delicada situação fiscal. Embora o fundo tenha projetado uma queda de 4,4% no PIB grego em 2010, a previsão para 2012 é de um crescimento de 1,1%. Poul Thomsen, chefe da missão do FMI para a Grécia, disse que o Parlamento grego já aprovou a maior parte das reformas mais duras do programa. Porém, ele admitiu que levará tempo para convencer os mercados de que a reforma é eficiente.
Os mercados, no entanto, não acreditam que a Grécia terá a disciplina necessária para levar adiante as reformas exigidas e que a economia do país não crescerá o suficiente para garantir o pagamento dos empréstimos dentro dos prazos. Muitos temem que os problemas enfrentados pelo governo grego contagiem outros países da zona do euro, como Espanha e Portugal.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou para seu colega francês, Nicolas Sarkozy, e para a chanceler alemã, Angela Merkel, e ressaltou a importância de "medidas firmes para dar confiança aos mercados", segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

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