sexta-feira, 14 de maio de 2010

OURO SOBE COM TEMOR DE INFLAÇÃO E EURO ATINGE MÍNIMA DE 17 MESES.

O ouro atingiu novo recorde no mercado à vista e futuro, com investidores em busca de hedge contra a queda do euro e contra o risco de inflação trazido pelos planos de austeridade na Europa. O vencimento com entrega julho operava em US$ 1.246,70 a onça-troy, alta de 1,40%, após atingir US$ 1.249,65 na máxima intraday recorde esta manhã. "O ouro comporta-se mais como uma moeda em períodos de incerteza econômica e mais como commodity em períodos de estabilidade", disse o analista Cailey Barker, da Numis Securities. "Agora, está atuando como uma moeda alternativa". Ele prevê que o ouro opere acima de US$ 1.300,00 a onça-troy no atual rali, mas pondera que o período de junho a agosto é tradicionalmente fraco para o ouro, portanto, o metal deve seguir na margem entre US$ 1.100,00 a onça-troy a US$ 1.300,00 a onça-troy nos próximos meses.

O euro atingiu a mínima dos últimos 17 meses, a US$ 1,2432, com a redução do entusiasmo que havia sido gerado pelo pacote de resgate europeu anunciado no início desta semana e pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de comprar bônus de governos. O custo do seguro contra default da dívida soberana de países da Europa Ocidental, enquanto isso, aumentou."O financiamento emergencial diminui o risco de default para a Grécia e a periferia da zona do euro, mas uma consolidação fiscal sustentada será exigida (...) e o crescimento do PIB provavelmente vai sofrer", comentou o Standard Chartered. "O BCE deixou claro que as compras de bônus pretendem lidar com mercados disfuncionais, e não afrouxar a política monetária por meio de afrouxamento quantitativo", acrescentou.
Depois de cair para a menor cotação em 17 meses, às 8h35 (de Brasília) o euro recuava para US$ 1,2477, de US$ 1,2531 no fim da tarde de ontem. O dólar também apresentava baixa, a 92,54 ienes, de 92,68 ienes ontem, enquanto a libra declinava para US$ 1,4558, de US$ 1,4614. "Nós prevemos que o euro vai continuar se enfraquecendo no curto prazo, refletindo a piora dos fundamentos na área do euro. Com a relação entre euro e dólar ainda acima do valor justo estimado, de cerca de US$ 1,15 ou US$ 1,17, mais quedas poderão ser esperadas no curto prazo", afirmou o Standard Chartered.
No mercado de swaps de default de crédito (CDS), o spread dos bônus de cinco anos da Grécia subia 45 pontos-base, para 580 pontos-base; o de Portugal avançava 32 pontos-base, para 235 pontos-base; e o da Espanha aumentava 20 pontos-base, para 175 pontos-base, de acordo com a Markit.
Enquanto isso, o spread dos CDS da Irlanda subia 28 pontos-base, para 195 pontos-base; o da Itália crescia 12 pontos-base, para 140 pontos-base; e o do Reino Unido ganhava 2 pontos-base, para 79 pontos-base.

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