sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

MT- PRODUTORES AUMENTAM ÁREA DE MILHO SAFRINHA.

Os produtores de Mato Grosso parecem desafiar a lógica. A área plantada com milho no Estado vai aumentar em 136 mil hectares (+8,1%) em relação a safra passada, apesar de uma série de fatores, como as dificuldades enfrentadas na safra anterior com a falta de armazéns no pico da colheita; os altos estoques remanescentes que ainda não foram escoados; e os baixos preços atuais que, numa época que poderia ser considerada entressafra, estão distantes do valor mínimo de garantia estabelecido pelo governo. O levantamento de intenção de plantio de fevereiro, divulgado ontem pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostra que a área de milho safrinha deve atingir 1,811 milhão de hectares, ante os 1,774 milhão de hectares estimados em janeiro (+5,9%) e os 1,704 milhão de hectares previstos em dezembro (+1,7%). Em novembro do ano passado, em plena crise para escoamento da produção, muitos produtores sinalizavam com uma redução em relação aos 1,675 milhão de hectares cultivados na safra 2008/09. Um dos fatores que levou ao aumento do cultivo do milho safrinha foi a antecipação da colheita da soja nesta safra, que nesta semana atingiu 3,061 milhão de hectares, que corresponde a 50% da área cultivada, bem acima dos 35% observados em igual período do ano passado. Em termos absolutos, levando em conta também a expansão da área, a colheita está 1 milhão de hectares mais adiantada, o que favorece o plantio do milho, que tem um período determinado para ser semeado.
A explicação para as apostas no milho safrinha está na necessidade do agricultor de otimizar toda infraestrutura de maquinários da propriedade, com o cultivo de uma segunda safra após a soja. A tecnologia permite aos produtores obter uma das melhores produtividades no País. Há 20 anos as lavouras de milho produziam 40 sacas por hectare e, no ano passado, a média estadual ficou em 84 sacas por hectare, favorecida por um clima excepcional, que não deve se repetir este ano. Tanto que o Imea prevê uma queda de 10% na produtividade, para 76 sacas por hectare. Outro motivo que leva os produtores a plantar o milho é a confiança de que o governo continuará dando suporte à comercialização, principalmente com subvenção ao custo do transporte, para tornar viável o escoamento da produção. Como as regiões produtoras de Mato Grosso ficam distantes dos centros consumidores, o frete corresponde a 70% do preço final do cereal posto no destino.

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