sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SOJA E MILHO NA CBOT.

Os preços futuros da soja caíram para o menor nível em uma semana na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com vencimento em maio, terminou o pregão cotado a US$ 9,63 por bushel - queda de 13 cents ou 1,35%. Do ponto de vista dos fundamentos, o resultado das exportações semanais americanas e do esmagamento de soja em janeiro ficou abaixo das expectativas, abrindo caminho para que a commodity cedesse. Segundo analistas, o mercado se prepara para um aumento das vendas de soja da América do Sul, que colhe uma safra recorde. "Os vendedores também foram profundamente estimulados por outros mercados, com a sustentação ao dólar e a forte queda do petróleo. O mercado físico da soja está cada vez mais atrelado aos preços de energia, já que mais de 10% de todo o óleo de soja produzido nos Estados Unidos vai para a produção de biodiesel. Fundos especuladores fecharam o dia com aproximadamente 6 mil posições vendidas em soja, 2 mil em farelo e 4 mil em óleo. Os preços firmes no mercado à vista e a oferta apertada devem limitar as entregas do contrato futuro março de soja e farelo na Bolsa de Chicago (CBOT), segundo analistas. No entanto, eles esperam grande volume de notificações de entrega de óleo de soja. O primeiro dia de notificações é a sexta-feira (26).
A situação apertada dos estoques de soja, poucas vendas de produtores e a pequena circulação por causa das tempestades de neve fazem com que os detentores de soja não queiram se desfazer do produto neste momento, o que resultará em poucas entregas no primeiro dia. Os recentes cancelamentos de recibos de entrega de soja foram tidos como sinais de estoques estreitos, assim como prenúncio de baixo interesse de entrega. Analistas esperam que as notificações de entrega de soja resultem entre zero e 500 lotes, mas a maioria deles espera até 200 lotes, no primeiro dia.
Sobre farelo de soja, espera-se notificações de 3 mil a 5 mil contratos. O farelo enfrenta situação de oferta apertada, semelhante à da soja. Analistas entendem que isso deverá limitar as entregas. A desaceleração da demanda doméstica por óleo de soja para alimentação e a ausência de consumo na indústria de biodiesel abrem as portas para uma grande quantidade de recibos de entrega. Na quarta-feira, 219 contratos de soja haviam sido registrados para entrega, além de 13,92 mil contratos de óleo e nenhum de farelo. O registro significa que a commodity está pronta para entrega, mas não quer dizer, necessariamente, que isso ocorrerá.
MILHO
Os preços futuros do milho terminaram a sessão desta quinta-feira em queda na Bolsa de Chicago em reação a indicadores de demanda e a pressões de outros mercados. Os contratos mais negociados, com vencimento em maio, fecharam em baixa de 3,0 cents ou 0,78%, cotados a US$ 3,8325/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 8 mil lotes. De acordo com o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, o mercado começou a sessão sobrecomprado e sem apoio
externo, de modo que os futuros não encontraram forças para subir. O mercado parece ter afastado alguns traders que estavam comprados. McCambridge afirmou que os dados mais fracos do que se esperava sobre as exportações semanais foram a influência negativa no lado dos fundamentos. Provavelmente se trata de um reflexo do movimento de alta dos preços, que afastou usuários finais, segundo o analista. O dólar se valorizou durante a maior parte da sessão. Além disso, o petróleo e as ações registraram perdas, construindo um cenário baixista para outras commodities. No entanto, o milho apresentou uma certa resistência diante dos fatores baixistas. Compras comerciais e incertezas sobre a temporada de plantio 2010 limitaram a queda os preços.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 401,3 mil toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 18 de fevereiro, volume 59% inferior ao da semana passada e 55% abaixo da média das últimas quatro semanas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As entregas relativas ao contrato futuro março na Bolsa de Chicago (CBOT) devem ficar entre 500 e 2 mil lotes no primeiro dia de notificações, em meio a um grande número de registros e discussões sobre problemas de qualidade na safra americana, segundo traders. O primeiro dia de notificações relativas ao contrato março é esta sexta-feira (26). Até ontem, 2,75 mil contratos foram registrados para entrega, de acordo com um relatório da CBOT. O registro significa que a commodity está pronta para entrega, mas não quer dizer, necessariamente, que isso ocorrerá. Os estoques certificados da CBOT somavam 6,82 milhões de bushels até a sexta-feira passada, de acordo com a bolsa. O analista Bryce Knorr, da Farm Futures, espera que as notificações de entrega totalizem de 1 mil a 1,5 mil contratos. Ele disse não acreditar que haverá entregas "extraordinariamente intensas" por causa de problemas de qualidade na safra, especialmente relacionados à vomitoxina (substância tóxica produzida por fungos).
MILHO MERCADO DOMÉSTICO.
Compradores de milho continuam oferecendo valores abaixo de R$ 15/saca de 60 kg no Paraná, mas os vendedores resistem. Analista local conta que saiu apenas um lote a este valor, por conta da necessidade de caixa e espaço nos armazéns. O valor de compra no disponível no norte do Estado está entre R$ 14,60 e R$ 14,80/saca, mesmo valor indicado no oeste paranaense. A perspectiva de safra maior, apesar da retração em área, indica que o mercado deve seguir pressionado no Estado. O levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná, mostra que os níveis de produtividade estão bem acima das estimativas iniciais e superam a marca de 7 mil kg/hectare. Com isso, a expectativa é de uma produção 35% maior, para 6,044 milhões de toneladas. Segundo o Deral, a colheita do milho primeira safra totalizou 23% e o plantio da safra de inverno atingiu 39% da área prevista. Na Bahia, a movimentação está praticamente paralisada, após a realização dos leilões de apoio ao escoamento da safra de milho. Relatório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), indica que leve melhora da cotação média no Estado, que passou de R$ 15,80 para R$ 16/saca na terceira semana de fevereiro.

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