sábado, 27 de fevereiro de 2010

SOJA E MILHO NA CBOT.

Os preços futuros da soja fecharam a sexta-feira em alta na Bolsa de Chicago, recuperando-se das perdas registradas ontem. O contrato mais negociado, com vencimento em maio, registrou valorização de 11 cents ou 1,16%, cotado a US$ 9,61 por bushel no término dos negócios. A soja foi sustentada por ajustes de posição em meio a influências altistas de outros mercados. Analistas disseram que a perspectiva de alta, baseada em dados sazonais, para os preços da soja em março encorajou alguns agentes do mercado a cobrir posições vendidas. Do ponto de vista da análise gráfica, o fato de os preços não terem rompido as linhas de suporte foi bem visto como uma demonstração de força da soja. A queda do dólar e a alta do petróleo também foram fatores positivos. A informação de que a China está procurando soja ajudou a sustentar os preços logo pela manhã. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), um exportador privado relatou uma venda de 113 mil toneladas da oleaginosa para entrega na temporada 2010/11, que começa em setembro. "O negócio foi bem-recebido, uma vez que acontece bem no instante em que os traders falam em uma China buscando soja na América do Sul", comentou um analista. Por outro lado, a perspectiva de uma safra recorde na América do Sul limitou o potencial de alta. A entrada das colheitas brasileira e argentina vai criar um cenário de maior competição entre os exportadores da commodity.
MILHO
Rumores sobre possíveis atrasos no plantio puxaram os preços futuros do milho na CBOT. Um movimento técnico com apoio de outros mercados acelerou a valorização e o mercado registrou sua maior cotação em seis semanas. Posição mais líquida, o contrato maio subiu 5,75 cents ou 1,50% e fechou a US$ 3,89/bushel. Na semana, a alta foi de 4,64%. O mercado, que estava numa trajetória de queda desde meados de janeiro, começou a semana com ganhos diante de discussões sobre a possibilidade de a neve no Meio-Oeste atrasar o plantio da safra americana. Meteorologistas indicaram que há riscos de alagamento neste ano, provocados pelo derretimento das grossas camadas de neve em regiões produtoras.
Embora a grande maioria dos produtores esteja a semanas de seu momento normal de plantio, apenas a preocupação já foi suficiente para desenhar uma cena de suporte nesta semana, segundo traders e analistas. "Vai levar um tempo para que o solo comece a absorver qualquer neve derretida", disse o analista Joel Karlin, da corretora Western Milling. "Isso vai obstruir qualquer início precoce dos trabalhos no campo." No entanto, Karlin acrescentou que os atrasos no plantio em fevereiro são "simplesmente ridículos". Alguns traders também observam que o plantio esteve semanas atrasado nos últimos dois anos, o que não evitou safras sólidas e até, no caso de 2009, um recorde.
Alguns disseram que os boatos sobre o plantio são meramente desculpas para uma valorização que tem mais a ver com indicadores técnicos. Analistas acrescentaram que os traders cobriram posições vendidas dados o cenário técnico melhor e o reposicionamento de fim de mês. Além disso, a fraqueza do dólar sustentou as commodities de modo geral. Os traders estão aguardando, agora, os dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que serão divulgados em 10 de março.

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