segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

GUERRA CAMBIAL/PAÍSES DA AL TEMEM PROTECIONISMO

Países latino-americanos exportadores de commodities, como o Brasil, temem "um mundo mais protecionista" em barreiras comerciais, devido às consequências de um cenário de guerra cambial. A avaliação partiu da coordenadora de projetos do Centro de Estudos do Setor Externo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Cesex-Ibre/FGV) Lia Valls.
A especialista fez a análise após explicar tópico especial da Sondagem Econômica da América Latina de janeiro deste ano, que fala sobre as influências no mercado mundial de uma "guerra cambial". Neste tópico, 92% dos entrevistados no Brasil, Colômbia, Chile e México apostam em um risco elevado de se adotar mais medidas protecionistas, caso nada ocorra para mudar o atual cenário. A sondagem ouviu 143 especialistas em 18 países.
Ela lembrou que ainda não ocorre, entre os países do mundo, um consenso a respeito de como rearranjar a entrada de capitais dentro dos países de forma a não conduzir a um cenário de dólar fraco, o que leva a enxurradas de entrada de importados nos mercados domésticos, ao mesmo tempo em que eleva preços de commodities exportadas.
"Ninguém acha que continuar valorizando câmbio é bom, porque acaba afetando a indústria", observou a especialista, comentando que isso, em um longo prazo, pode conduzir a movimentos de substituição de produção por importações. "Se não houver um rearranjo na questão do controle de capitais, para se diminuir desequilíbrios de entrada de capital, pode ser que todo mundo decida se proteger, com medidas protecionistas. Isso seria o pior cenário", alertou. "Este tema cambial é uma das maiores preocupações entre os países da América Latina", afirmou.

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