segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

COLHEITA DE SOJA/SOMAR: DIAS CHUVOSOS ATRAPALHAM PR E MS.

As frentes frias devem continuar atuando sobre o Sul do Brasil nesta semana, com os maiores volumes de chuva concentrados entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A avaliação é da Somar Meteorologia em seu boletim semanal. A sequência de dias chuvosos tem atrapalhado a colheita da soja no Paraná e em Mato Grosso do Sul. No Sul do Brasil as águas diminuem a partir da próxima semana e no início de março, o que não deixa de ser uma boa notícia para quem está colhendo a lavoura. Em contrapartida, essa condição climática "representa um agravamento da seca no sul do Rio Grande do Sul", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Em grande parte do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste persiste nesta semana a condição de pouca água e períodos de sol, com apenas chuvas isoladas no período da tarde, típicas do verão. No entanto, a partir da próxima semana e para o início de março, a tendência é que as frentes frias voltem a atuar mais sobre o litoral da Região Sudeste, o que deve provocar um aumento na frequência e na intensidade das chuvas entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso.
No Nordeste do Brasil, que a partir deste mês entra no seu período chuvoso que se estende até maio, os volumes na próxima semana devem se concentrar nas partes norte e oeste da região, incluindo principalmente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e oeste da Bahia.
Análise da semana - O acumulado de chuva de fevereiro revela que os volumes estão concentradas no Centro-Sul do Brasil, enquanto parte do Sudeste e do Nordeste sofre com a ausência de água. Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e também a parte norte de Goiás tiveram mais uma semana seca, agravando ainda mais a situação em alguns municípios onde não chove há mais de 30 dias.
A mudança no padrão das chuvas em fevereiro, em relação ao observado em janeiro, está associada basicamente ao comportamento e área de atuação das frentes frias, as quais, por sua vez, dependem de fatores da atmosfera durante o verão. Entre esses fatores pode-se destacar o posicionamento da Convecção da Amazônia (Alta da Bolívia) e dos Vórtices Ciclônicos (Baixa Pressão na Alta Troposfera).
Depois do início de janeiro chuvoso, quando as frentes frias atuaram mais entre São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro, a partir do dia 20 e durante fevereiro as frentes frias permaneceram "bloqueadas" no Sul, onde foram registrados os maiores volumes de água. "O padrão climático observado nos últimos 30 dias é típico da variabilidade do verão e pode mudar de uma semana para outra. Prova disso, é que esse padrão deve mudar ainda no fim deste mês", informa Etchichury.
Os índices de água disponível no Solo refletem o padrão das chuvas nos últimos 30 dias. Desde o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e até parte de São Paulo apresentam excelente condição de umidade do solo (superior a 90%). Em compensação, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia,Sergipe e Alagoas apresentam baixos índices de água no solo (inferior a 20%).
Argentina - Chuvas isoladas e, no geral, de fraca intensidade foram registradas na semana passada sobre as principais regiões produtoras da Argentina, incluindo o Pampa Úmido. Os maiores volumes foram observados no norte do país.
Para esta semana, segundo projeção da Somar, o tempo não muda muito e a previsão para as regiões produtoras de grão da Argentina é de tempo seco e forte calor, com as temperaturas do período da tarde ultrapassando a casa dos 35 graus. Assim como na semana passada, nos próximos dias as chuvas se concentram sobre as províncias do norte da Argentina.
Para a primeira quinzena de março, em geral, permanece a tendência de um período de pouca chuva (seco) sobre as principais regiões produtoras de grãos da Argentina.

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